A vitória de um Weasley



Capítulo 10 (9) A vitória de um Weasley sobre um Potter

Àquela hora o café da manhã já havia sido servido há muito tempo, mas por ser sábado, os alunos sempre acordavam mais tarde, então ainda havia algus deles chegando enquanto muitos já saíam.

Lucas e Maggie já haviam tomado seu café há muito tempo. Sarah, entretanto, acabara acordando muito tarde, já que demorara a beça para pegar no sono, tamanha era a sua culpa e preocupação. Era uma das únicas sentadas na mesa do café da manhã, mas pouco se importava, não se julgava realmente muito sociável naquele momento.

Mas quem quer que seja a criaturinha que a estava cutucando naquele exato momento, aparentemente não havia percebido isso ainda.

Ela olhou. Uma garota morena que dividia o quarto com ela e Maggie a encavara.

- Ah... Oi, Yana. Tudo bem?

- Oi, Sarah - Ela piscou, parecendo um pouco confusa. - Hum... Me mandaram te dar um recado.

Sarah esperou, mas como a garota não disse nada, ela ergueu as sobrancelhas.

- E? Qual é?

- Eu tô tentando me lembrar... Parece que o Lucas disse pra Maggie pra dizer pra mim pra eu dizer pra você que ele precisa urgentemente que você vá ao dormitório dele. É... Acho que é isso...

- Precisa que eu vá até lá? Que estranho... Mesmo assim, obrigada, Yana...

Sarah se levantou, mas Yana a interrompeu.

- Espere... Tem mais uma coisa esquisista... Disse que era pra você levar bastante torradas porque... porque...

- E então? - Sarah já estava impaciente. - Porque tenho que elvar comida? Eles já não tomaram café?

- Bem, não sei... Olha eu não entendi nada mesmo, só estou passando o recado... Acho que citaram o fato de estarem ocupados com um filhote de cervo faminto...

O rosto de Sarah se iluminou.

- Ele disse cervo? Cervo júnior?

- É... acho que foi exatamente isso.

Yana não entedeu quando Sarah enxeu uma travessa com torradas e geléia e saiu correndo com um sorriso imenso, babulciando algo como: "Ele voltou!". Sacudiu a cabeça. Há tempo que desconfiava que essa daí não batia muito bem, mas fazer o quê? Era melhor tomar o seu café antes que servissem o almoço ou viesem com mais algum recado maluco.




- Sírius! - exclamou Sarah, ao entrar no dormitório masculino e encontrar os três amigos reunidos. - Onde você estava? Há quanto tempo chegou?

Antes de responder, Sírius jogou uma torrada inteira na boca.

- Fiquei p-peso - disse de boca cheia. - Tive que ameaçar um elfo com roupas para que me ajudasse a sair de lá antes que seu pai voltasse.

Como ele não parecia afim de falar mais nada antes de devorar todo o prato de torradas, Maggie resumiu a história para a loira, que ele contara antes de ela chegar. Quando por fim terminou a refeição, deixou o prato de lado e disse, bocejando.

- Estou morrendo de sono então vamos resolver isso logo para que eu possa dormir. Lucas, o que tinha naquela carta?

- Nada de útil - ele respondeu, tirando a carta do bolso e passando-a ao amigo. - Leia você mesmo, nós não conseguimos advinhar.

Sírius leu, mas ao fim da leitura sorria, satisfeito. O que deixou o grupo completamente confuso.

- Excelente, só confirma o que eu pensei! Veja, aqui tem a carta de um dos advogados de seu pai. Vou lê-las pra você, escutem só:

"Eu realmente sinto muito, Malfoy, mas ele não mentiu quando disse que poderia conseguir o que queria de qualquer forma. Infelizmente ele poderá ganhar a causa se entrar na justiça, se apelar (como eu imagino que irá fazer) para o fato de que tem realmente abandonado a mansão há tantos anos.

São quase vinte anos que ninguém pisa naquela casa e isso já a deixou em péssimo estado, se ele alegar que pagará por ela mais do que valeria nas atuais circunstâncias para ainda construir algo qu ele diz que beneficiará as pessoas carentes (o que eu duvido, mas que é impossível de provar o contrário), poderia vencer facilmente o caso, se comparado a uma herança de família que por abandono tem se definhado a cada dia.

Como seu advogado, aconselho que aceite a proposta agora, afinal ele quer mesmo lhe pagar mais do que ela está valendo. Como seu amigo, aconselho que se não quer vender a mansão Malfoy, o que é compreencível pois suas lembranças podem estar resumidas a ela, ao menos vá até lá e faça uma limpeza na casa, aí poderá declarar que quer passá-la ao seu filho quando este se casar.
Lamento não poder ajudar mais. Boa sorte."



- A casa? - foi a primeira coisa que Sarah falou. - Então era a casa que ele insiste em não vender? Isso não faz sentido!

- Porque? - perguntaram os três.

- Veja bem, papai nunca vai lá, eu mesmo só soube da existência daquela casa há alguns anos e da forma como ele fala não gosta nem um pouco dela. Eu achava que ele venderia na primeira oportunidade!

- Será mesmo, Sarah? Será que ele odeia mesmo? Afinal, ele cresceu lá...

- Exatamente! A vida de papai antes que a guerra acabasse não é uma coisa que ele adoraria ficar recordando.

- Bem - Maggie interrompeu os dois. - Só uma coisa está óbvia, não? Há algum motivo para que tio Draco não queira vender a casa. A questão, então, é: qual?

Sírius bocejou, se enfiando melhor embaixo das cobertas.

- Vamos deixar para brincar de detetives mais tarde, sim? Estou morto de sono...

Assim que ele fechou os olhos a porta se abriu com estrépito, anunciando a chegada de um terceiro colega de quarto, Will.

Ele parou de chofre ao ver as garotas ali, mas não pareceu realmente achar aquilo uma novidade...

- Estão sabendo da confusão lá embaixo?

- Confusão? - Sírius abriu um olho... - Que confusão?

Will apontou um dedo para Sírius.

- Sua irmã - apontou para amggie. - E o seu irmão. Estão fazendo o maior escândalo lá embaixo.

Sarah, Lucas e maggie se apressaram em ir confirmar o que o garoto estava dizendo. Sírius ainda virou de costas e resmungou.

- Será que não se pode mais dormir nessas escola? - Levantou-se e foi ver com os póprios olhos o que aocntecera, a curiosidade pesando mais que o sono.

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- Não! - gritava Lily, parecendo fora de si. - Já disse que não, então não! Você não havia dito isso antes, Robert, é trapaça!

Robert apenas ampliou o sorriso que tinha no rosto. De pé, os braços cruzados sobre o peito, parecia inatingível pelos gritos da prima.

- Não foi bom asim e você sabe. Sinto muito que não tenha pensado nessa possiblidade antes do jogo, mas agora é tarde. Tivemos testemunhas lá, se der pra trás agora todos vão achar que não cumpre sua palavra.

Lily olhou ao redor, parecendo, pela primeira vez frágil, o que fez Robert franzir as sobrancelhas.

- Mas eu... pensei...

- O quê?

Todos esperavam. A discussão já havia reunido todos aqueles que estavam na torre da Grifinória naquele momento e eles pareciam muito interessados na resposta que ela daria.

Ergueu o queixo e encarou a figura reflexiva de Robert.

- Pensei que você teria um pouco mais de dignidade e não o envolveria nisso! Você quer acabar com o pouco da amizade que consegui manter por ele durante esses anos?

O rosto de Robert se avermelhou na hora, mas nem de longe aquilo poderia ser considerado como constrangimento. Estava com raiva. Aparentemente muita raiva.

- Então é isso? Dignidade, você diz? Amizade? Que amizade. Lilian? Que amizade! Você maltrata o garoto desde os nove anos! E nada vai mudar na "amizade" de vocês, ao contrário - Agora ele sorriu, com malícia e não alegria. - Quem sabe vocês não se entendem? Pode ser até bom...

Rosier teve que entrar na frente do irmão e até Sírius se envolveu, segurando Lily quando ela ameaçou partir pra cima do primo.

- Lily, olha o vexame... - murmurou, já não achando mais graça na situação.

- Robert, já chega, não é? - Rosier repreendeu.

Mas os protestos dos irmãos não causaram efeito algum, perto da influência positiva daqueles que assistiam.

- Você não pode exigir isso, Robert! - exclamou Lily, a voz estridente. - É muita maldade sua!

- Maldade com quem? Porque não foi o que Dylan achou quando falei com ele...

A única cor que tinha do rosto da ruiva desapareceu.

- Você... Falou com ele? Já?

- Robert... - disse Rosier em tom de alerta. - Isso já se excedeu demais...

O rapaz olhou para a irmã, depois para as pessoas ao redor.

- Está certo, já chega. - Pegou a vassoura que estava ao lado. - Te espero em 15 minutos no campo para o treino, Lílian. E você também, Sírius.

Sírius gemeu, havia se esquecido completamente do treino.

- A propósito - Robert falou ao parar na entrada da torre. - Marquei com Dylan no fim do treino, ele vai estar lá.

Lily não foi capaz de responder, nem de encará-lo, por isso ficou observando os próprios pés. Depois de alguns segundos a observando, Robert cruzou a passagem e desapareceu.

- Anda, acabou o show! Todo mundo vazando! - Rosier disse em voz alta, como ela usava o distintivo de monitora, o pessoal resolveu obedecer. Sírius ainda olhou para a irmã uma última vez, mas resolveu se apressar se não quisesse perder o treino e receber uma bronca de Robert.

Já Rosier quis ficar com uma arrasada Lily. Assim que todos dispersaram ela se sentou ao lado dela e dedicou sua atenção em analisar a aparência infeliz da monitora chefe.

- Lily, você está bem?

A ruiva acenou com a cabeça, mas uma lágrima que caiu de seus olhos mostrou o contrário.

- Posso fazer... Um pergunta?

- Claro, você quer saber o que eu apostei com Robert, não é? É estranho que ainda não saiba.

- Bem... Ouvi um boato, mas não sei...

Lily fez um aceno abrupto. Rosier arregalou os olhos.

- Mas não entendo, Lily. Você tinha certeza que ia ganhar para apostar um beijo no Dylan?

- Não, Rosier. Eu não apostei um beijo no Dylan, eu apostei um beijo, achei... Eu não fazia idéia de que ele colocaria logo o Dylan nisso, eu pensei...

Ela se calou.

- Tem outra coisa que eu não entendo... Tá certo que você não quer de maneira alguma se envolver dessa forma com Dylan, mas... Há outra coisa, não há? Você não ficaria tão chateada por causo disso... Talvez irritada, humilhada, mas... Há outra coisa. Não há?

Lílian se levantou, enxugando o rosto.

- Vou para o treino. Não quero me atrasar.

- Lily?

Talvez pela urgência na voz da Weasley, Lilian a olhou novamente.

- Você não... Não vai aceitar isso, não é? Não vai beijar Dylan, vai?

Lily a observou profundamente.

- Não sei.

Pegou sua vassoura e saiu.

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Por um minuto, Sírius não chegou atrasado no campo, devido a sua passadinha básica na enfermaria para um tônico energizante (o qual Madame Ponfrey se negou a dar e Edilaine lhe passara escondido com uma piscadela) afinal, ele não poderia desmaiar de sono há uma altura de mais de quinze metros!

Pensou em conversar com Lily antes mas acabou que não teve tempo. O estado de sua irmã no salão a surpreendera e ele realmente se preocupara. Entretanto, a moça agora se encontrava normalmente com nariz ainda mais empinado do que o normal, toda sorrisos para qualquer um do time - menos Robert, é claro, que até no momento que ele ditava as instruções ela lixava as unhas, penteava os cabelos, ou retocava a maquiagem. Pareceu dar tudo de si no treino, marcando ela mesma a maior parte dos gols e com excelentes performances. Nem quando uma turma da sonserina - Dylan entre eles - sentaram-se na arquibancada e passaram a vaiar o time por boa parte do treino.

- Está ótimo, pessoal! Já chega por hoje! - Robert exclamou ainda no céu, fazendo sinal para que todos descessem.

- Foi um excelente treino hoje, pessoal, parabéns pelo esforço! Vamos treinar três vezes por semana a partir de hoje para o primeiro jogo que será contra Corvinal. Assim que tiver os horários eu os passo a vocês. Parabéns outra vez.

Exaustos e suado, os jogadores começaram a se despersar para o vestiário, inclusive Lily, quem Robert chamou em poucos segundos.

- Onde pensa que vai? - ele perguntou sorrindo. - Acho que temos um assunto pendente para resolver agora.

Por um momento ela pareceu vacilar, mas foi apenas por um momento, pois logo ela abriu um sorriso. Dylan se aproximava.

- Não se preocupe, primo, eu não vou a lugar algum além do vestiário tomar uma ducha e ficar apresentável para o nosso assunto pendente. - Ela se virou para o loiro e sussurrou num tom que quase o fez perder a voz. - Você não se importa de esperar um pouco, não é?

O garoto abriu um sorriso encantador.

- Eu te beijaria em qualquer situação, Lily, mas se você prefere assim eu espero o tempo que for preciso.

Ela lhe presentou com um de seus mais belos sorrisos e deu a volta, sem nem olhar para Robert.

- Só alguns minutos - gritou por sobre o ombro.

O Wealey mais velho pareceu recuperar a voz.

- Duvido - murmurou baixinho. Ela não tem coragem.

- Não tenha tanta certeza - Sírius disse sensatamente. Deu uma palmadinha no ombro do primo e se afastou ao avistar Sarah, Lucas e Maggie perto da arquibancada.

- Oi. O que estão fazendo aqui?

- Você está brincando? - Sarah se acomodou num lugar em que podia enxergar perfeitamente a rodinha onde Dylan estava e a porta do vestiário. - Não ia perder isso por nada! Será que ela vai beijá-lo mesmo?

- É meio estranho de se imaginar... - Maggie comentou, tendo Lucas concordando logo em seguida.

O olhar de Sírius de repente desceu e encontrou um sutil roçar de mãos entre os dois amigos. Com uma sobrancelha erguida a encarou. Maggie corou e sorriu, mas não mexeu a mão para tirá-la daquela posição.

- Cadê ela?

- Vertiário, disse que volta em questão de minutos. Aquela não é Rosier na janela?

Os três amigos olharam para trás. Em uma das janelas do segundo andar uma cabeça ruiva se destacava.

- Parece que é...

- É - concordou Maggie. - Ela disse que tinha muita coisa pra fazer e não viria ver. Deve ter mudade de idéia.

- Então porque não desceu?

Maggie deu de ombros, mas Sírius reparou que ela e Sarah trocaram um olhar cúmplice numa fração de segundos.

Quinze minutos de espera depois disso e eles avistaram Lily saindo do vestiário, os cabelos molhados e uma roupa trouxa comum. Ela andou resoluta, impassível até a roda onde estavam os sonserinos, Robert e a equipe de quadribol, sem vacilar nem um minuto.

- Lily, você sabe o que...

- Não tenho tempo para perder com você, Robert - ela cortou, sem nem olhar para o garoto que parara na sua frente. - Com licença.

Quando um confuso Robert deu um passo para o lado, aconteceu o inesperado: Lily se aproximou tão rápido de Dylan que ele ma teve tempo de prender a respiração e... ela estava beijando-o. Ali, na frente de sonserinos e Grifinórios, Robert e o irmão. Ela o estava beijando de uma forma tão repentina e violenta que nem ele mesmo se recuperara do choque, quanto mais os outros. Mas era óbvio que ele não ficaria parado por muito tempo; não quando tinha Lilian Weasley Potter em seus braços depois de tantos anos sonhando com isso, então quando o choque cedeu o lugar para o insitinto masculino, ele correspondeu ao beijo de forma quase obscena, agarrando-a pela cintura e encaixando-a em seu corpo, os dois se envolvendo em um beijo que fez alguns perderem o fôlego e os sonserinos soltarem assovios e risadinhas.

Sírius ate que aguentou alguns segundos, mas como os dois pareciam aumentar as carícias a cada instante ao invés de diminuir, ele se aproximou raivoso.

Pigarreou, mas não fez efeito algum.

- Vocês não acham que já chega, não? LILY!

Com o grito os dois se separaram, os lábios inchados, a respiração falha.

- Uau... - Dylan sussurrou, olhando abobado para a ruiva que estivera em seus braços.

Lily cobriu a boca com as costas da mão esquerda, talvez tentando esconder a vermelhidão, enquanto se virava e encarava Robert, paralizado no mesmo lugar, uma descrença e confusão enfeitando sua face. Não, ela não parecia mais tão segura quanto estava antes daquele beijo, ao contrário, parecia tão frágil quanto naquele momento no salão comunal.

Como talvez uma última amostra de dignidade que tinha, ela baixou a mão, ergueu o rosto e deu as costas.

- Parabéns pela vitória. - Ouviram ela dizer, antes que se afastasse depressa na direção do castelo.

No dia seguinte e em todos os outros que o sucederam era raro encontrar Lily e Robert juntos a não ser em situações de extrema necessidade. Dylan bem que tentou repetir a cena do campo, mas ela continuou o ignorando como sempre fazia, fingindo que nada havia acontecido e sempre arrumando uma desculpa para despachá-lo. Outro coisa de estranho que alguns também repararam foi que Rosier evitava a compania da prima, de Dylan com quem andava sempre e até mesmo a do irmão mais velho, Robert. Mas como normalmente ela se refulgiava para a biblioteca ou seu quarto na torre da Grifinória, todos interligavam suas atitudes com o aumento de seus devers e estudos para os NOM's.

Aliás, ocupados com deveres era o que todos estavam, então não sobrava mesmo muito tempo para bolarem teorias mirabolantes.

Nem para perceberem a verdade.

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