Tragédias geram romances



Antes de mais nada galera, eu queria pedir desculpas pelo atraso, fiquei uma imensa temporada sem pc e issu prejudicou ´pra caramba minha ronita de fanfics... agora estou de volta, e a mep já está acabando... vou deixar voces completamente atualizados agora... E toh sem beta então desculpem desde já pelos erros pavorosos!


Tragédias geram romances - Capítulo XVIII

- O que?! Clark? Nem pensar! Ficou maluco, Harry?

Harry negou com a cabeça, sem dizer palavra.

Um gemido doloroso escapou dos lábios de Clark.

- Harry... - ele murmurou baixinho, num suspiro.

Os olhos saíram de foco por um momento e quando voltaram a encará-lo, estavam sem brilho.

- Faça agora, Ed...

A mulher o empurrou para o lado e apontou a varinha para o irmão. Todos resolveram apenas observar, por mais confusos que estavam, parecia óbvio que nenhum dos dois iriam parar o que faziam para explicar.

Depois de murmurar algumas palavras inteligíveis e de alguns floreios da varinha de Ed, os olhos de Clark voltaram a se fechar e ele pareceu cair num sono profundo.

- E agora? - sussurrou Harry, a voz soando incrivelmente alta no aposento totalmente silencioso.

A mão de Edilaine tremia. Ela continuou olhando fixamente para a face pálida do irmão e para o peito imóvel, até que ele respirou profundamente, então ela suspirou, aliviada.

- Errado não deu - disse. - Resta agora saber se deu certo.

Um segundo se passou. Um segundo em que todos pareciam prender a respiração e esperar por algo. Algo que não faziam idéia do que era.

Então várias coisas se seguiram rapidamente. Clark soltou um suspiro falho e seu corpo passou a se agitar descontroladamente. Cordas amortecedoras saíram da varinha de Harry para que ele não se machucasse, ao mesmo tempo em que Edilaine transfigurava uma almofada e a colocava sob a cabeça, prevendo o ataque que, tendo as mãos e o restante do corpo imobilizado, atingiu em cheio este membro. Alguém gritou indignado.

- Não é mais fácil estuporá-lo? Ele vai se ferir!

- Temos que... deixar... É uma reação normal do contrafeitiço... Terá que passar naturalmente...

Marisa se levantou, parecendo fora de si.

- Já chega, isso não está certo! Vocês não podem culpá-lo! O que ele fez para ser acusado assim? Olha o que estão fazendo com ele...

- Isso é necessário, Marisa - Edilaine falou sem fôlego. - Você vai entender... É só esperar...

Mas marisa não parecia querer entender. Ela quase arrancou a varinha das mãos de Harry e só não atrapalhou porque naquele momento Clark pareceu se controlar e a curiosidade falou mais alto que qualquer outra coisa.

- Você toma conta dele? - Harry perguntou a Edilaine.

Antes que a enfermeira respondesse, o homem agarrou o braço de Harry e o olhou com os olhos embaçados.

- Harry...

- Ele está tremendo... - Harry percebeu. - E frio. Vai saber o que ele passou pra conseguir chegar aqui...

- Haaarry... Eu não queria, eu... Eu tentei fugir, mas... Harry...

- Ed, depressa, cuide dele. Não sabemos quanto tempo ele ficou sob o feitiço... Cuide dele.

- Harry...

- Clark, não se preocupe, sua irmã vai cuidar de você, está seguro agora.

A expressão do homem outrora forte e inabalável parecia a de uma criança carente, o que comovia a todos. Havia algo naqueles olhos azuis que beirava a um desespero inconsolável e uma urgência incontida.

- Você não entende, Harry... - Ele baixou a voz de uma forma que até Harry teve que se abaixar para conseguir ouvir. - Eu não estou seguro... Ninguém está seguro... Você precisa... fazer... algo...

- Eu vou fazer - ele respondeu, firme. - Vou fazer. Agora Edilaine vai cuidar de você, tá bom?

Ainda parecendo desconfiado, Clark soltou lentamente do braço de Harry, deixando que Ed o examinasse melhor e Harry se voltasse para os membros da reunião.



- Recebi denúncias há um tempo. - Harry começou a falar para os olhares curiosos de todos. - Denúncias a respeito do espião que sabia haver no nosso meio. Não me perguntem como, porque as suspeitas vieram de alguém que prefere permanecer anônimo, mas eu tenho que confessar que por mim nunca teria chegado a essa conclusão. Clark não tem nos traído, como deve ser o que estão pensando. Ao menos não voluntariamente.

"Desconfio que Lúcius precisava de alguém de dentro do grupo dos aurores para passar informações estritamente confidenciais e talvez até intervir em certas decisões que tomávamos, facilitando muitos dos seus planos. Passei a pensar sobre isso graças a Draco."

Harry olhou para ele, que parecia desconfortável com aquela revelação toda. Mesmo assim, franziu as sobrancelhas, mostrando que não entendia sua participação naquela história.

- sim. Com o que você dizia a respeito de Treachers. Fazia todo o sentido. Inclusive seus pensamentos tomaram o rumo certo. Seu pai realmente precisava de alguém influente e responsável pela coordenação. Você só se enganou ao pensar em Treachers. Confesso que até eu cheguei a desconfiar dele, você faz bem uma imagem de vilão, Marco - Harry falou sorrindo meio sem graça para o velho, que apenas fez um aceno positivo com a cabeça.

- Estou acostumado a ouvir isso.

- Então... Mas aí começou a acontecer coisas estranhas. O comportamento de Clark desde que começamos a trabalhar em Hogwarts tem sido muito estranho, percebi que já não era mais o homem animado que sempre tomava a frente de tudo. E de uns tempos pra cá, ele começou a agir ainda mais estranhamente. Então tudo começou a fazer sentido. Eu já vi de perto os efeitos e o estrago que essa maldição faz com as pessoas para não reconhecê-la uma hora. Clark estava sob a maldição Imperius. Esse tempo todo. Fornecendo gratuitamente informações para o outro lado e usando planos de Lucius para nos atrapalhar.

- Harry... - Gina educadamente se manifestou, esquecendo por um momento que o homem que comandava aquela reunião era seu marido. - Se Malfoy praticamente esteve a frente das nossas organizações porque já não falhamos totalmente? Apesar de certos erros cometidos, não podemos dizer que temos errado em tudo. Você não acha que com Malfoy influenciando já não teríamos decaído completamente?

Harry fez um aceno positivo com a cabeça, demonstrando que entendia a dúvida da esposa.

- É nesse ponto que não podemos esquecer de Treachers. Apesar de tudo, foi graças a sua cabeça dura sobre a qual temos reclamado esse tempo todo, por não deixar de interfirir nas decisões de Clark, que não permitiu o nosso fracasso total.

Todos ali que algum dia já reclamara do sistemático Marco Treacher ficou constrangido com a situação. Logo, não teve um ser presente que não encontrou uma mancha repentina na mesa.

Marisa pigarreou.

- O que vai acontecer com meu marido?

Ao invés de responder, Harry olhou para Marco. Ela e todos os outros fizeram o mesmo.

- Oh... - Treachers exclamou, ao perceber o olhar receoso de todos. - O que estão pensando?

- Bem, Treachers, você está no controle agora. Cabe a você decidir o que será feito em relação a Clark.

O velho sequer olhou para o homem já adormecido na cadeira, recebendo os cuidados da irmã Edilaine.

- O sr. Forrester receberá uma proteção maior a partir de hoje. Creio que você já o tenha livrado totalmente da maldição certo, Potter?

Harry fez um aceno positivo.

- Ele não deverá sair do castelo sozinho e mesmo aqui, conto com todos para que fiquem de olho nele. Clark conviveu muito próximo do perigo nesse tempo todo. - O tom de Trachers abaixou consideravelmente, e um silêncio sepulcral paraceu pairar sobre aquela sala.- Próximo demais, para o próprio bem dele.

Harry olhou para Clark, dormindo pesadamente na cadeira. Seu olhar subiu e encontrou o de Edilaine. Ao abaixá-lo, Harry entendia que mais uma vez, uma vida estava nas mãos de Lúcius Malfoy, e essa vida não escaparia se ele não fizesse alguma coisa. E rápido.



Era bem tarde quando, depois de muito insistir, Robert conseguiu convencer os pais a irem comer alguma coisa e deixar que ele cuidasse da irmã. Suspirou dolorosamente ao vê-los se afastar. Não mereciam isso.

- Olá Maggie. Como está se sentindo agora? Papai e mamãe já voltam. Espero que você não se importe de ficar um pouco comigo, não é? Não, eu sei que não. Lembra de quando você era pequeninha e invadia meu quarto de noite quando tinha um pesadelo? Então. Vamos fazer de conta que é o que está acontecendo agora... Um pesadelo. E eu vou estar aqui... Como sempre acontecia. Tá bom?

Robert pegou a mão que estava estendida imóvel ao lado do corpo de Maggie. Estava quente. O que para Robert era um bom sinal, pelo menos mostrava que ainda havia vida no corpo pequeno da irmã.

- Você está melhor? Está doendo alguma coisa? Esse soro está sendo bom pra você? Sabe o que eu estava pensando... Vou pedir para a enfermeira mudar sua cama... você sempre gostou de ficar encostada na parede não é? Vou falar com ela... Assim quando você acordar, vai estar do jeito que gosta... O que você acha?

A porta da enfermaria se abriu sem que Robert percebesse. Continuou a falar sem parar com a irmã desacordada, até que uma voz feminina o interrompeu.


- Não sabia que eles podiam nos ouvir...

Ele olhou sem entender para Lily, que indicou as demais camas no aposento, um pouco envergonhada.


- É... as enfermeiras dizem que é bem provável que não. Mas eu gosto de... tentar. Quem sabe ela não ouve? Pode ser que esteja entediada... Não acha?

Lily sorriu bondosamente, enquanto se sentava ao lado do primo.

- Eu acho. - falou suavemente.

Robert tapou o rosto com as mãos.

- Devo estar parecendo um tonto... As esperanças são mínimas... Mas é que... eu... Nunca pensei que isso pudesse acontecer com ela... Eu...

- Você sente medo, não é?

Robert hesitou um pouco, antes de concordar.

- Está tudo bem - disse Lily, erguendo insegura a mão para pousar nos cabelos castanhos do rapaz. - Eles vão achar uma solução, tenha fé... Ela vai sair dessa.

Robert suspirou e tirou as mãos do rosto, não fazendo qualquer objeção aos carinhos que Lily começara a fazer em seus cabelos.

- Ela não merece passar por isso.

- Ninguém merece passar por isso, Robert. Mas passam. Infelizmente. Esse mundo é injusto demais.

Nenhum dos dois disse mais nada. Vendo as olheiras em seus olhos e a expressão de desalento, Lily pressionou a lateral da cabeça dele e o puxou para que deitasse em seu ombro. Ele veio sem pestanejar.

- Eles estavam em reunião - Lily falou baixinho. - Tenho certeza de que encontraram uma saída. Você verá.

- Você acha mesmo? Acha que todas essas crianças vão poder voltar ao normal?

Lily não hesitou antes de responder, mas havia dúvidas em seu coração.

- Eu acho sim.


Robert desencostou sua cabeça para poder olhar para Lily.

Seus olhos brilharam.

- Sei que não está sendo tão sincera. Mesmo assim, obrigada por me consolar.

Ela estava para desmentir novamente e dizer que não, quando notou o sorriso suave do rapaz. Sorriu também.

- Vai ficar tudo bem. Mesmo. É só a gente manter a esperança.

Ele continuou olhando-a por um tempo, até que fez um aceno leve com a cabeça.

- Obrigado.

Antes que qualquer um dos dois pudesse dizer qualquer coisa, alguma coisa na gravidade pareceu pensar por eles, e os dois se inclinaram para frente, unindo os lábios num toque suave.

Segundos mágicos depois, as bocas se afastaram e os olhos se abriram, então Lily voltou a puxá-lo para que se ajeitasse em seu ombro mais uma vez, onde os dois ficaram, em silêncio, por um longo momento.

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Sempre estava amanhecendo quando eu chegava na enfermaria. Sempre a mesma rotina desde aquele maldito dia em que fui pra casa. Uma vez por mês eu era obrigado a deixar tudo para trás e cumprir minha nova realidade. As vezes muito machucado, mas normalmente muito sonolento e fraco, entrava cambaleando pela porta especial que Madame Ponfrey sempre deixava no jeito pra mim. Lá dentro também, como nem sempre ela podia estar lá, deixava tudo no jeito. Poções, comida, cama feita.

Claro que eu ignorava a comida, mal tomava as poções e caía na cama.

Naquele dia não foi diferente. Não era o primeiro dia de lua cheia, eu já estava todo moído, ainda que havia dormido o dia todo. Peguei a poção reanimadora porque meus membros estavam todos parcialmente imobilizados pela dor e virei todo conteúdo num gole só.

O efeito era rápido por isso em poucos segundos eu já estava sentindo o formigamento nas pontas dos dedos começar e se espalhar pelo restante do corpo. Procurei também pela poção analgésica, mas como não encontrei, abri a porta devagarzinho e espiei para fora, afim de ver se o caminho estava livre. Essas poções ficavam num armário perto da mesa de Ponfrey.

Foi então que levei um grande susto. A enfermaria estava lotada. Todas as camas pareciam ocupadas e eram todos... alunos. Reconheci mais de uma pessoa ali, apenas na primeira olhada. Forcei a memória para me lembrar sobre algo a respeito de um ataque que eu ouvira quando acordei, pouco antes do anoitecer.

O que haviam dito? "Tragédia", "Inocentes", "Um grande ataque", "Muitos atingidos", as únicas coisas que eu me lembrava de ter ouvido. Sei que deveria ter prestado mais atenção a um caso como esse, mas as horas que antecedem a transformação são dolorosas demais para que eu consiga me importar com qualquer outra coisa. Nem se o mundo estivesse explodindo acho que eu só perceberia quando me atingisse. Ainda assim tenho minhas dúvidas.

Um ataque. Deve ter sido muito feio já que havia tantas crianças e adolescentes imóveis, nas camas.

Mas que tipo de ataque fora? Será que havia sido muito sangrento ou algo mais discreto? Droga, eu odiava perder as coisas assim... Talvez eu poderia... Não, deixa de idiotice, seria impossível ter ajudado... Mas era horrível não saber o que poderia ter acontecido...

A audição aguçada me fez perceber o som de passos se aproximando da porta. Quem poderia ser? Se não fosse a enfermeira, não era bom niguém me ver no estado em que estava. Corri para o fundo do aposento e me escondi atrás do último biombo, apurando os ouvidos e abrindo uma fresta para poder espiar.

- Você checou se todos eles têm demonstrado os mesmos sintomas? - Era a voz de Ponfrey. - Nenhum deu sinal de que ia acordar ou reagiu aos remédios?

- Não senhora - Aquela voz masculina era de quem? - Nenhum deles apresentou melhoras com nenhum dos medicamentos que me pediu para testar. Aparentemente só responderão ao próprio antídoto do veneno que os deixou assim.

- Hum... antídoto - Madame Ponfrey resmungou. - E Draco? Sabe se ele já obteve sucesso com esse antídoto?

- Não senhora, quando sai de lá ele parecia estar descobrindo alguma coisa a respeito do veneno, mas não quis me adiantar nada, disse que irá conversar pessoalmente com a senhora.

- Está certo. Irei lá daqui a algumas horas. Pobres crianças, condenadas apenas pelo sangue trouxa em suas veias... Vamoz rezar para que achemos uma solução. E rápido. Seu irmão já está bem?

- Sim. Está descansando agora. Vai ficar fraco por algum tempo ainda, mas logo ficará bom.

- Ótimo. Pode ir descansar agora, Eduardo, trabalhou demais o dia todo.

- Eh... Ponfrey?

Achei estranho a hesitação na voz do tal Eduardo. E ainda mais estranho o suspiro cansado da enfermeira, por isso inclinei um pouco a cabeça a ponto de espiar melhor os dois.

- Está bem, não vou dizer mais nada, se é isso o que você quer. Só que pense no que eu falei, certo? E diga a Zabini que eu quero falar com ele sobre isso.

Pelo que vi ela entregou alguma coisa pra ele, que pareceu contente ao sair de lá. Não pude nem pensar em sair, já que uma nova pessoa entrava.

- Droga... - deixei escapar baixinho.

- O que faz a essa hora fora da cama, srta. Malfoy?

Sarah fingiu não ouvir, caminhando na direção de uma das camas.

- Onde ela está? - exclamou irritada. Eu até sorri. Sarah tinha mais do pai do que julgava saber.

Um pouco irritada, Ponfrey fez um aceno na minha direção.

- O irmão pediu para que a mudasse de lugar. Mas... Ei, não é horário de visitas, se insistir serei obrigada a denunciá-la na diretoria.

Sarah parou bem perto do lugar onde estava, pude vê-la girar os olhos antes de, assustado, dar um passo para trás e cair sentado na cama.

Paralisei-me, o coração acelerado, morrendo de medo que ela me visse no estado em que estava. Causaria muitas perguntas que eu não saberia responder. E aí... meu segredo estava perdido.

- Está certo... Voltarei mais tarde então. Mas vou ficar o dia todo aqui e não vai ser você que vai me impedir. - ela respondeu, grosseira pra enfermeira.

Respirei fundo quando ouvi os passos se afastando e limpei o suor da testa. Então eu descobri que as revelações daquele dia não haviam acabado ainda. E a cada hora, uma era pior do que a outra.

A cama onde eu havia caído estava ocupada. E ocupada por uma pessoa que eu conhecia muito bem.

- Maggie... - murmurei. O coração parecia ter parado. O ar não parecia entrar nos meus pulmões. E eu achei que teria um colapso naquele momento.

Ao longe, eu teria ouvido Ponfrey resmungar sobre a forma que Draco Malfoy mimava sua filha enquanto se aproximava da cama que Sarah tentara invadir minutos antes, e teria ouvido ainda o grito que ela deu ao me ver sentado ali, se não estivesse distraído demais desacreditando do tamanho da injustiça que o destino me arrumava a cada dia mais.

- Lucas...! Você não deveria estar... Lucas, o que... você está bem?

Não eu não estava. E a única coisa que eu sei além disso é que tudo se escureceu muito rápido.

E eu já não me lembro de mais nada.


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Quando Sarah saiu da enfermaria, não eram poucos os sentimentos que a desnorteavam. Tudo estava um inferno. Tudo.

E era uma droga. Caramba, ela tinha poderes extremamentes especiais! Não era ela a criança "cuja áurea de poder natural substituía a maior vista nos últimos tempos" e não sei o que mais?

Grande merda.

Não estava nas melhores relações com sua família, o cara que ela gostava estava com outra aos passeios em Hogsmeade, seus melhores amigos... um desaparecido, com receio de confiar nela e contar o que (ela já sabia) o entristecia. A outra internada no hospital em estado grave, e ela, Sarah, a "super poderosa", não podia fazer nada para ajudar, sequer vê-la quando queria.

Ter super poderes na adolescência?

Grande merda de novo.

Na verdade, ser adolescente não havia ajudado em nada até agora. Só atrapalhado. Afinal quais eram as vantagens de ser adolescente quando os adultos só ouvem os adultos? Quais as vantagens de se ter um corpo de adolescente, ainda em formação, quando eram as garotas mais [i]avantajadas[i] que chamavam a atenção dos garotos? Collin não quis nem beijá-la porque era muito nova. Só que ela tinha certeza que se ela tivesse os quadris da tal de Tatiane com quem o Sírius estava saindo, ou talvez os peitões da mãe e até mesmo a cintura de Maggie, ele teria pensado duas vezes antes de recusar.

- Droga... - ela reclamou, estava uma pilha de estresse. "Nem bonita eu sou! Ter super poderes não faz de mim nem o suficientemente interessante para atrair alguém, quanto mais ajudar os meus amigos!

Ainda com os pensamentos nesse rumo, Sarah passou em frente a sala usada para as aulas de duelos. Os grandes espelhos que refletiam a escassa luz do sol das primeiras horas da manhã haviam chamado sua atenção. Ela entrou e fechou a porta atrás de si.

Não gostou do que viu. Nem um pouco. Nunca parara para se analisar com esse olhar crítico. Na verdade, sempre se achara bonita com os cabelos perfeitos e os olhos do pai. Mas naquele momento a garota que lhe encarava de volta com os olhos lacrimosos parecia apenas mais uma pivetinha metida que sempre andara com o nariz para cima, quando deveria ter perdido um pouquinho do seu tempo pra perceber que nada nela era digno disso.

Era um rosto infantil demais que não negava seus 14 anos. Era magra como o pai, mas tinha os ombros largos da mãe e agora isso lhe parecia desproporcional. Os cabelos eram lisos demais e não chamariam a atenção. Não se sua intenção fosse seduzir alguém. Agradar, como pretendia com Collin. Seios... estes não eram dos menores, mas também estava claro que estavam em fase de formação, fariam rir um homem com mais de trinta anos, na certa com muitas mulheres experientes e bonitas na sua lista de amantes.

- Droga... - Sarah reclamou de novo, dessa vez com uma nota de desespero, dor, e raiva contidos. - Eu queria ser adulta. Queria ser tão bonita quanto uma mulher adulta e poder resolver as coisas como tal... Mas que droga... Porque eu não posso ser ao menos bonita??

- Do que está falando, Sarah? - Ela deu um pulo, olhando ao redor e notando, com um certo atraso, um descabelado Collin, sentado num colchonete a poucos passos dela. - Como assim queria ser adulta? E bonita? Você é linda. Da onde tirou o contrário?

Sarah deu um passo para trás, sem palavras por um momento graças à surpresa e ao susto. Depois piscou e pareceu se recuperar.

- Collin, o q-que você... - Na mesma hora se lembrou. - Ah, sim... papai falou algo de você passar a noite no castelo, mas eu achei que passaria num quarto, não... numa sala de aula.

- É melhor pra mim - ele respondeu, se levantando. - Quartos, apenas nas masmorras, e eu não estou nem um pouco afim de ficar perto de Blaize ou Draco... desculpe. Aliás, estando aqui, é mais fácil de sair quando necessário e tudo o mais... Mas não mude de assunto. Você está bem? Que história é essa de querer ser bonita, Sarah? Você sabe que é linda, não sabe?

Não era um bom momento para Sarah suportar ouvir uma mentira. Muito menos dele.

- Pare. Eu já estou cansada de mentiras, ok? Você melhor do que ninguém sabe que eu não tenho atrativos nenhum. - Ela engoliu em seco. - Não o suficiente.

O sorriso misericordioso que ele abriu fez a sua raiva aumentar.

- Você sabe que isso não é verdade, Sarah. Se está dizendo pelo que aconteceu ontem, eu já te expliquei que...

- Por favor, não venha com esse papo de novo!

Sarah apertou os olhos, desejando por tudo no mundo ter como provar para Collin que não era apenas uma criança.

- Droga, como eu queria ter dez anos a mais!

- Não seja boba, Sarah. Você vai ter. Tem que aprender a esperar, um dia você...

- Eu não quero um dia! Eu quero agora! Eu quero crescer! Eu quero ser uma mulher de verdade! Eu quero isso [i]agora[/i]!

Sarah pensou que podia ter se controlado. Sua raiva cresceu a um ponto que as aulas com Harry não puderam mais segurá-la. Aquela velha sensação dos cabelos esvoaçando e do formigamento começando pelas pontas dos dedos e subindo por seus braços, descendo por seu corpo e voltando novamente... Ela fechou os olhos, incapaz de ver o rosto de Collin transfigurado pelo choque, como acontecia sempre, com todos que a assistiam.

Tentou se controlar, mas aparentemente dessa vez esse desvio de controle não a faria quebrar ou danificar nada. Depois de alguns segundos, simplesmente passou.

- Sarah? - A voz de Collin era insegura. Receosa.

- Desculpe. - ela pediu, ainda de olhos fechados.

Quando Sarah abriu os olhos encontrou nos de Collin algo mais do que choque. Ele a olhava com surpresa e incompreenção. Receio e admiração.

- Collin? Desculpe ter feito você assistir isso, estou tentando... tentando...

Sarah, então, percebeu várias coisas ao mesmo tempo. E coisas estranhas. Primeiro; sua voz, estava diferente. Era pouco, mas estava. Segundo; antes, era necessário erguer bem o queixo para olhar no olhos de Collin, e agora os seus pareciam quase nivelados com os dele. Terceiro e último, nem por isso menos importante, suas roupas estavam estranhamente apertadas... Apertadas demais.

Como se lesse seus pensamentos, ainda em transe e sem desviar seus olhos dela, Collin apontou para o grande espelho ao lado deles.

Sarah olhou.

- Oh...

- Cuidado... Cuidado com o que deseja... Sarah.



- Essa sou eu? - Sarah perguntou com a voz frágil. - Sou eu?

Collin não respondeu, enquanto Sarah olhava para a Sarah do espelho, ele olhava para a Sarah verdadeira. Ela o observou pelo reflexo.

- Quantos anos... - Collin engasgou. - Quantos anos você desejou crescer?

- Uns dez... - Vendo as bochechas de Collin se avermelharem ao descer os olhos por seu corpo, Sarah sorriu. - Dá pra perceber, não dá?

- É... É... dá... Quer dizer, você... Você está muito... Hum-hum... Diferente.

Sarah olhou mais uma vez para o seu reflexo no espelho, desconfiando que esse feitiço havia influenciado em sua maneira de pensar também. Se fosse antes, ela duvidaria que entenderia os olhares de Collin como estava entendendo. Sorriu, com uma auto-confiança que não sentira antes. Tudo o que via ao olhar para o espelho era a imagem que ela sempre desejara ver. Eram os mesmos olhos, o mesmo rosto, o mesmo tom de cabelo. Mas eram traços mais maduros, uma forma mais sensual do jeito que os cabelos estavam penteados e jogados, pequenos caixos nas pontas... O uniforme subira até mostrar uma barriga mais bronzeada e os botões estavam quase estourando no busto, graças ao seios maiores e mais arredondados. O mesmo aconteceu com a saia, que abriu o fecho e subiu extraordinariamente de comprimento... Sarah se olhou de perfil e fez uma cara engraçada ao constatar outra grande mudança.

- Uau... Isso aqui é tudo meu?

- Pode apostar que é. - Disse Collin, olhando também.

Algo na nova Sarah fez ela se virar com uma sobrancelha erguida para encará-lo.

- Não pareço criança pra você agora, não é?

Collin desviou os olhos depressa.

- Olhe pra você. Nem de longe é uma criança, Sarah. Mas você sabe, ainda tem 14 anos... É uma loucura, você não pode mudar sua vida, adiantar o seu futuro... pra quê?

Os olhos de Sarah faíscaram.

- Pra que você pare de me ver como uma criança, porque eu não sou, Collin. Mas se o meu corpo, meu rosto e a minha mente de 14 anos te incomodam, você tem a sua frente agora uma mulher com seus vinte e quatro, vinte e cinco anos. O que vai fazer para fugir agora?

Collin suspirou audivelmente, mas seus olhos o traím, descendo e subindo a todo momento pelo corpo de Sarah.

- Sinceramente, Sarah... Porque você insiste tanto nisso?

- Sinceramente mesmo, ou foi só um jeito de falar? - Sarah provocou, com um sorriso.

COllin segurou em seu cotovelo. Em questão de um piscar de olhos ela estava entre seus braços firmes, encarando seus olhos azuis faíscarem próximos demais dos seus.

- Eu não sou nenhum dos pivetes com quem você deve estar acostumada a se envolver, Sarah. Comigo as coisas seriam... diferentes.

Sentindo as pernas já um pouco moles, Sarah suspirou e abriu um sorriso.

- Isso significa então que você está interessado?

A resposta de Collin foi a melhor e mais inesperada reposta que ele podia dar.

Ele a beijou. E foi o melhor beijo, e mais envolvente que Sarah já trocara com alguém. Ela tinha certeza que teria ficado daquele jeito com ele por todo o tempo do mundo, se algo não tivesse atrapalhado poucos minutos depois.


- Ooowwwww! - Sarah exclamou, quando algo gelado passou por sua perna. - O que é isso?

Ao invés de soltá-la, Collin apenas murmurou algo incompreencível, desviando seus beijos para o pescoço da garota/mulher.

- Hum?

- Collin, é s-sério... - Sarah o chamou novamente, esforçando-se para não fechar os olhos e permitir que suas pernas fraquejassem. - Parece que é pra você...

Resmungando novamente Collin se afastou, olhando para baixo.

Em uma forma meio fantasmagórica, porém mais sólida e mais consistente, algo como uma pantera pequena olhava inofensivamente para Collin, as vezes erguendo a pata e o cutucando, exigindo sua atenção.

- Ah, de novo... droga... O que ela quer agora?

- Ela? Ela quem? E quem é esse bichinho...? Parece tão linda...

Satisfeita com as palavras de Sarah a pantera soltou um rugido baixinho e esfregou sua cabeça na perna da garota, como um gatinho muito grande.

- É o patrono da metida daquela Edilaine, a namorada daquele sonserino idiota. Ela está sempre me chamando nas horas mais impróprias. Não sai do meu pé.

Sarah ergueu as sobrancelhas.

- E o que ela quer de você?

Ao observar Sarah e prestar mais atenção no tom que ela usara, Collin sorriu.

- Está com ciúmes, é? - Sarah fez um muxoxo. - Bem, ela ficou encarregada de me chamar sempre que algo acontecesse, alguma situação onde precisam dos meus serviços. Você sabe que eu estou aqui a trabalho. né?

- Sei... Mas de qualquer forma, ela parece impaciente...

Sarah sorriu ao ver o patrono pular em Collin novamente e o cutucá-lo com a pata.

- Que gracinha... - ela afagou a cabeça do felino.

- Hum... estranho... ela gostou de você... Mas me odeia... Ainda bem que é inofensivo pra mim... De qualquer forma, acho que sou obrigado a ver o que ela quer...

Collin pegou a varinha e com um aceno a bagunça que fizera para dormir desapareceu. Ajeitou os cabelos e o paletó. Então olhou novamente para Sarah.

- Parece que Edilaine sabe quando estou com você porque ela sempre dá um jeito de interromper ou de aparecer pouco tempo depois... Você acha... que tem algum motivo para ela fazer isso?

- Edilaine? - perguntou Sarah, apoiando-se na parede. - Não. Não faço a mínima idéia do porque de tudo isso. Deve ser connhecidência.

O jornalista apertou os olhos para a jovem e o seu tom de quem sabia mais do que contava. O patrono escolheu este momento para pular em Collin e rosnar ameaçadoramente, informando que já não lhe restava muita paciência.

- Muito bem, muito bem, já estou indo! Sarah... Será que nós... podemos... continuar isso um outro dia?

Sarah sorriu, provocativa. Tinha certeza de que usaria esse novo feitiço muitas vezes agora.

- A gente pode combinar.

- Ótimo então. - Collin sorriu, jogou a mochila pelos ombros e antes de seguir a pantera que já o espera na porta, colou seu corpo ao de Malfoy e lhe deu um beijo rápido e provocante. - Até mais.

- Até.

- Vamos lá, felina impaciente, me leve para a sua dona de uma vez.

Aos saltos, a pantera saiu da sala, fazendo Collin correr para acompanhá-la. Sarah suspirou, escorregando até sentar-se no chão. Se ela queria tanto ficar com Collin porque agora estava se sentindo estranha?

Como se estivesse... incompleta? Fazendo algo errado?

Não entendia. E suspeitava que não conseguiria entender tão cedo.

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- Viu Sarah, Lucas?

- Ahh... hoje? Agora, você quer dizer? Não, eu não vi, sírius.

Sírius soltou o ar, emburrado, jogando-se na cadeira.

- Yoolly disse que ela levantou logo nas primeiras horas da manhã e não retornou. Fui até a cama de Maggie mas ela também não...

Sírius se calou, vendo a pouca cor sumir do rosto de Lucas. Chamou-se de idiota interiormente.

- Ai... caralho, Lucas, me desculpe... Eu nem perguntei... Puts, cara, como é que você está?

Lucas não conseguiu desfarçar o desânimo. Com um suspiro empurrou o prato de ovos mexidos para longe de si.

- Porque a Maggie, Sírius? Eu também sou mestiço! Muita gente é! Hoje quase não se encontra alguém que seja sangue puro! E isso tinha que acontecer? Porque? Será que esse preconceito bobo nunca vai acabar?

Sírius permaneceu calado. Como amigo podia imaginar que Lucas, uma pessoa sempre reservada, teria muito o que desabafar.

- Essas coisas são muito injustas... - ele continuou, olhando para a mesa dos professores. - Veja os Weasleys como estão. Arrasados. E seu pai? Olha a cara de todos eles! McGonagall... imagine enfrentar os pais de todos aqueles alunos inconscientes na Ala Hospitalar... E olhe esse jornal... - Lucas tacou uma cópia do profeta diário daquele dia embaixo dos olhos de Sírius. - Estão metendo a boca na escola. Diz que seus profissionais não mais prezam a segurança dos alunos. É um absurdo! E o pior, é que não há nada que possa ser feito.

Esquecendo Sarah por um momento e o plano de deixar Lucas falar, Sírius de repente teve uma idéia.

- É claro que algo pode ser feito. - exclamou, fazendo Lucas olhá-lo surpreso.

- O que disse?

- Que algo pode ser feito! Claro! E [i]nós[i] vamos fazer! Nós vamos descobrir o que há de errado!

- Sírius... Como você pretende fazer isso?

- Ainda não sei bem... Venha, vamos procurar a Sarah.

- Mas, Sírius...

- Vem, Lucas!

E o licantropo não teve nenhuma alternativa a não ser segui-lo.



Encontraram Sarah saindo da sala de duelos.

- Sarah! Estávamos procurando você! O que estava fazendo aí?

- Eu? - Sarah ajeitou os cabelos, parecendo nervosa. - Estava... Estava... Ah, o que importa o que eu estava fazendo? E vocês? O que vocês estão fazendo aqui?

- Sírius nos fez procurar v...

- Sua saia está desabotoada, Sarah - cortou Sírius com a expressão desconfiada. - Você está sozinha aí?

E ele a empurrou para olhar dentro da sala.

Sarah girou os olhos.

- O botão está quebrado, Sírius, eu preciso arrumar mas não me lembro de nenhum feitiço. E é claro que estou sozinha, que idéia! Estavam me procurando porquê?

Sírius substituiu sua expressão desconfiada por uma de quem está armando alguma coisa.

- É o seguinte, Sarah, nós estamos cansados de esperar que as pessoas aqui resolvam as coisas. Queremos ajudar. Queremos descobrir porque Maggie está daquele jeito e quem é o responsável por isso. A gente quer saber se você topa ajudar a gente.

Sarah olhou de um, para o outro. Era a sua vez de parecer desconfiada.

- Como vocês querem descobrir alguma coisa que um grupo formado de aurores não descobriu ainda?

- Ah, qual é, Sarah! - Sírius exclamou, como se aquela pergunta fosse um absurdo total. - Qual é! É claro que nós podemos descobrir as coisas, somos adolescentes! Podemos nos enfiar em lugares e arrancar as coisas das pessoas sem dificuldade nenhuma! É muito mais fácil!

Novamente, Sarah olhou de um para o outro. Lucas parecia pensar o mesmo que ela, pois balançava a cabeça em desânimo.

- Olha só - retomou Sírius, dessa vez um pouco zangado. - Eu quero fazer isso porque quero ajudar minha prima. E todas essas crianças que foram prejudicadas. Se vocês não ajudarem eu farei sozinho. Mas pensem, vai ser muito mais fácil se eu puder contar com a ajuda de vocês.

Lucas fez um aceno rápido com a cabeça.

- Tá legal - Sarah respondeu. - Mas o que nós vamos precisar fazer?

Mais animado do que nunca, Sírius começou a passar o plano que deveria ter bolado há muito tempo.

- Vamos fazer o seguinte: Sarah, você vai atrás de seu pai, que eu sei que está trabalhando com os exames dos contaminados para tentar um antídoto, ou algo que diminua os efeitos. Vai tentar tirar dele toda a informação que for possível. Utilize seus poderes especiais se necessário. Nós temos que descobrir o que, afinal de contas, fez isso com Maggie e quais as possibilidades de mudar essa situação.

"Lucas... Tem muita gente... e muita gente estranha dentro desse castelo. Mais do que isso tem muita [i]coisa[/i] estranha acontecendo. Quero que você registre tudo. Todo mundo gosta de você aqui e ninguém vai ficar te fazendo perguntas. Se você ver alguma coisa estranha, alguém agindo estranhamente aqui, voce me conta. Leve até uma bloquinho de notas e uma máquina fotográfica, se for o caso. Mas não deixe de registrar nada!"

Antes que Lucas pudesse checar se todas as informações foram guardadas por seu cérebro, Sírius voltara a falar.

- Eu vou atrás do meu pai. Saber como andam as coisas, quais as decisões que os aurores tomaram e se chegaram a algum lugar. Quero saber qual é o caminho pelo qual eles estão seguindo. Teremos o dia inteiro pra checar tudo isso. Não comentem nada com ninguém e descubram o que puderem descobrir. Nos encontramos... Aqui, na sala de duelos, hoje logo depois do jantar, certo? Alguém tem alguma dúvida?

Talvez eles até teriam, mas de acordo com suas expressões nenhuma palavra conseguiria expor o que estavam pensando.

- Ótimo - concluiu Sírius. - Boa sorte pra vocês dois, eu vou começar o meu trabalho e aconselho que façam o mesmo. Tchau, tchau!

Sem mais uma palavra, Sírius seguiu o corredor, deixando Sarah e Lucas se olhando como se não tivessem entendido nada. Lucas, então, deu de ombros.

- Bem, é melhor fazer o que ele pediu, porque pelo jeito ele não vai gostar se chegarmos aqui a noite sem uma única informação para ele ficar feliz. Boa sorte, Sarah.

E ele também saiu, seguindo o corredor que o levaria para o andar de cima. Sem outra alternativa, Sarah fez mesmo, na direção contrária. Aproveitaria para pedir a mãe que arrumasse sua saia, voltar para o seu corpo de adolescente fora fácil, mas suas roupas estavam todas esticadas. Será que daria para se aproximar do pai e descobrir alguma coisa? Aff... Tinha que ser idéia do Sírius! Se levasse uma bronca, botaria a culpa nele. Era simples.

Bufando, ela continuou o seu caminho, assim como Lucas, na direção contrária, e Sírius.

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