Mudanças no corpo docente



As duas horas já estavam quase no fim e Harry já estava no corredor da sala de reuniões dos aurores puxando Gina pela mão para que acompanhesse seus passos apressados.

- Você ainda não me disse o que eu naquele jornal, Harry. Eu também olhei e não encontrei nada de mais.

- Claro que não - Harry não desacelerou enquanto falava. - Era uma miníma nota no fim da página, com certeza estão tentando abafar os acontecimentos... Mas eu leio jornais trouxas também, esqueceu? Foi só juntar as coisas...

- Mesmo assim, eu não...

Chegaram a porta , então Gina prefiriu ficar calada.

Harry deu dois toquinhos na porta antes de abrí-la. A sala já estava quase cheia, o que era uma novidade, as reuniões geralmente preechiam apenas metade da sala. O que significava que não era apenas aurores os chamados para esta reunião.

Isto não surpreendeu Harry.

- Bom dia - desejou educadamente, recebendo respostas de boa parte dos presentes.

- Bom dia, Harry. Sra. Potter, como está?

- Muito bem, obrigada, Sr.Forrester.

O sr. Clark Forrester¹ era um homem alto, forte, de cabelos castanhos, olhos de um azul safira e um porte elegante que fazia as mulheres suspirarem apaixonadas quando ele passava, embora ignorassem isso completamente, pois o sr. Forrester só tinha olhos para a belíssima esposa mulata sentada ao seu lado. Eram casados há 20 anos e se conheceram no treinamento de aurores. Hoje, merecidamente na opinião de Harry, Clark era o chefe desse departamento, tendo ele próprio recusado este cargo diversas vezes.

- Desculpe por tê-lo tirado do seu aniversário, Harry, mas esta reunião é realmente importante. Espero que não se importe.

Harry apenas fez um gesto negativo com a cabeça, enquanto se sentava e observava as pessoas ao seu redor. Sem dúvida havia muita gente estranha ali. Cumprimentou Rony com um aceno de cabeça quando o avistou.

- Bem, já que estamos todos aqui eu gostaria de exclarecer alguns pontos antes de irmos ao assunto principal dessa reunião. - clark fez uma pausa enquanto Harry tamborilava no joelho, as sobrancelhas tão levemente franzidas que ninguém notaria. - Primeiro, há sangue novo em nosso grupo hoje cuja presença explicarei mais tarde. Contudo, educação em primeiro lugar e vamos às apresetnações: Quero que conheçam o senhor Marco Treachers , um grande bruxo que deixou o seu destaque no departamente de aurores dos Estados Unidos.

Muitas cabeças curiosas se voltaram para o tal homem que Clark apontara, a de Harry inclusive. Uma breve olhada foi capaz de registrar os poucos cabelos loutos e grisalhos que ainda possuía na cabeça, a barba or fazer, os olhos azuis que não pareciam muito simpáticos e as cicatrizes - sim, essas eram muitas - que envelheciam ainda mais o seu rosto cansado. Harry teve uma doce recordação da figura de olho-tonto Moody.

- Temos também a presença de minha irmã, Edilaine forrester quem teve a brilhante idéia de convidar o senhor Treachers.

A atenção agora se recaía sobre a loira muito bem vestida, com óculos quadrados e um rosto tímido. Harry reconheceu-a na hora. Estava idêntica ao que era quando a vira pela primeira e última vez, há mais de 14 anos atrás.

Ao contrário de Marco, que sequer piscara à mensão de seu nome, Edilaine sorriu, cumprimentando-os.

As sobrancelhas de Harry franziram-se um pouquinho mais. Clark a apresentara como "Edilaine Forrester" e não "Edilaine Zabini". Será que isso significava que os dois não estavam mais juntos? Porque se estivessem, já estaram casados, não? Afinal, 14 anos...

Mas porque isso lhe interessaria, por Merlim? Era mesmo muito curioso!

- Não sabia que tinha uma irmã também, Clark - alguém comentou. - Achei que só eram você e seu irmão dos Forrester.

- Sim, porque minha irmã estudou por muito tempo nos Estados Unidos. Voltou há uns 15 anos, mas andou viajando por lá nesses últimos também. Foi lá que conheceu o sr. Treachers.

"Agora, voltamos às apresentações antes de podermos de vez, começar nossa reunião."

Harry não prestou muita atenção nas outras pessoas, intercalando olhares entre Marco, que o encarava de forma incômoda, Ed, e Rony, que também parecia curioso. Por fim, Clark resolveu ir logo ao assunto.

- Bom, quem esteve conosco há 14 anos atrás sabem o quepassamos quando os ataques à trouxas começaram. Primeiro, em menorias, como um aviso. Depois, aquele episódio terrível do povoado trouxa há uns três anos, cuja perda foi devastadora. Juntamente com outro departamente conseguimos descobrir a fonte da contaminação e paramos com os ataques, graças ao antídoto que preparamos. Infelizmente não capturamos os degraçados - desculpem senhoras - Aqueles que armaram tudo deliberadamente e eles ainda estão a solta.

- Bem, enquanto eles ainda estiverem amuados... - alguém se arriscou a dizer.

- Ah, meu querido, Charlie! O problema está justamente aí! Eles não estão mais na penumbra! Voltaram a agir e atacar. Estive pesquisando os jornais trouxas dos últimos meses e percebi a falha que o mundo mágico teve graças a, mais uma vez, ignorarem os fatos que não ocorrem em nosso mundo.

Harry quase sorriu. Sem dúvida, Clark era um homem inteligente e como ele, não fechava os olhos para o restante do mundo.

A um aceno da varinha do chefe, surgiu no fim da mesa de reunião um grande mapa, que todos podiam enxergar perfeitamente bem.

- Estão vendo esse ponto vermelho? Logo ali embaixo? É um hospital com poucos recursos de uma área de Londres. Foi fechado devido a falta de controle sobre os pacientes, que por alguma razão entraram em como e assim estão até hoje.

Com um novo aceno, uma linha azul ligou aquele ponto vermelho com umoutro logo adiante, na diagonal à esquerda. Essa é uma farmácia que também foi fechada com a justificativa de comercializarem produtos alterados e sem validade. Essa foi a explicação para a necessidade dos doentes que compraram lá serem levados urgentemente ao hospital e se econtrarem hoje na mesma situação: com vida, mas incosciente.

Uma nova linha azul alcançou umponto vermelho dessa vez a direita, iniciando um zigue-zague.

- O mesmo aconteceu com esse Azilo para velhos, este Orfanato, esta casa de recuperação para dependentes químicos e por fim, uns três ou quatro rapazes que se embriagaram... aqui. Neste bar.

Um círculo surgiu ao redor daquela última bolinha vermelha. Clark e todos os outros ficaram em silêncio. Harry foi o primeiro a quebrá-lo.

- Thomas Culley - murmurou.

Todos olharam para Harry, até Clark, mas este sorriu e afirmou, fazendo um sinal para que continuasse.

- Thomas Culley estava entre eles. Saiu n'O Profeta hoje, uma pequena nota, informando o seu estado.

- Mas... - O tal de Charlie Culley? O Thomas que trabalhava como josrnalista n"O Profeta? Mas é um...

- Um bruxo. Exato, Charlie - Clark interrompeu. - Mas imagino que saibam que saibam que Thomas é um nascido trouxa. Tanto de pai, quanto de mãe.

- Mas isso significaria...

- Sim. Que o que quer que esteja atingindo os trouxas dessa vez, tambpem atingirá os nascidos trouxas e seus familiares. É uma verdadeira crise.

Harry apertou a mão de Gina entre as suas, com força. Olhou de relance para Rony, que empalidecera. Seus temores... Seus medos já não eram mais apenas medos, apenas preocupações. Estava acontecendo. De verdade.

- Acalmem-se, senhores. Há um outro problema, um ainda maior! Pediria que olhassem para a figura outra vez... Isso. Estão vendo como ficou? É uma distância mais ou menos igual por cada linha, formando um zigue-zague com, até agora, seis alvos. Está óbvio que o responsável traçou esse caminho propositadamente seguindo uma ordem. Se continuarem assim, podemos supor que o próximo seria... aqui.

Uma linha ligou um ponto acima e à direita.

- Tudo bem. Podemos ficar preparados, mas eu não sei se vamos poder fazer alguma coisa sem antes descobrir o que está causando isso. O problema é... Se eles mudarem de rumo? Se decidirem fechar o esquema ao invés de continuar abrindo-o? Sendo mais claro, se eles decidirem pegar essa direção?

Dessa vez, a linda desenhouse para a esquerda e para baixo, formando o bico de um triângulo.

Harry foi o primeiro a reconhecer o local.

- Hogsmeade!

Um murmurinho enxeu a sala.

- Acalmem-se! Acalmem-se! Claro que se essa maldição ou sejá lá o que for alcançassem Hogsmeade seria terrível, sem dúvida. Mas devemos lembrar que por ser um povoado bruxo, são raros os nascidos trouxas e nossas perdas seriam pequenas. O contrário se eles continuarem e...

- Alcançarão Hogwarts!

Um grito foi abafado pelo tumulto que se seguiu. Harry foi um dos poucos que conseguiu manter-ser calado, mas num estado não menos apavorado.

Clark tentava controlar os presentes, sem muito sucesso. Dizia algo como: "Impedir é nossa missão", "trabalharemos incansavelmente",, "Hogwarts e seus filhos estarão seguros", e etc. Até que ele desistiu e pediu socorro a Harry, que pediu socorro à Gina.

- Espere - ela murmurou, pegando algo na bolsa e tirando logo em seguida um gravetinho de aspecto inocente. Sem hesitar, ela acendeu a ponto com fogo vindo da varinha e o lançou no ar.

Um segundo e 23 milésimos de segundos até que explodisse, assustando e calando a todos.

Harry e Clark encararam Gina, que corou e deu de ombros.

- Sírius ganhou do Fred ontem. Disse que seria bom carregar um na bolsa.

- Foi maravilhoso, sra. Potter - Clark elogiou, sorrindo. - Obrigada. Agora, senhores, aproveitando a o silêncio, vamos ao que realmente interessa. Esse não é um caso simples, como todos podemos ver. Vai exigir de nó agilidade,perspicácia e raciocínio. - Fez uma pausa, parecendo escolher as palavras.

- Tenho respeito a cada um que aqui está e admiração por todos, sem destinção. Infelizmete, como um profissional assumo que cada um tem seu jeito de trabalhar e a sua especialidade, por isso faltariam pessoas naquilo que realmente precisamos. Gostaria da compreenção de todos para essa decisão, pois a explicação é única e precisa: Há vidas em risco. Não podemos falhar!

- Vai nos separar? - Um voz perguntou.

- Sim - resondeu Clark, mansamente.

Um pequeno murmurinho enxeu a sala.

- Senhores... Por favor, escutem. Não há como lutar se não conhecermos o inimigo e suas armas primeiro. É por isso que separarei um grupo de acordo com suas melhores qualidades para cada fase dessa missão. A começar pelo uso do raciocínio e...

- O que acontecerá com os outros? - perguntou Charlie, receoso. - Eu quero ajudar, mas não sou muito perspicaz nem inteligente...

Uma meia duzia de homens lhe deram apoio.

- Todos ajudarão - afirmou Clark. - Cada um naquilo que de melhor pode oferecer. Por isso que também recrutei novos membros a este grupo. Agora faremos o seguinte: Os nomes que anunciarei agora farão parte do primeiro grupo, que é aqueles que serão enviados até os lugares que já foram atacados. Recolherão amostras de tudo que encontrarem como remédio, bebidas, tudo o que pode ser ingerido ou inalado, até objetos que entraram em contato com uma das vítimas. Enviarão para serem analizados aqui e farão um relatório completo sobre a atual situação. Entenderam?

Quando todos afirmaram, Clark começou a chamar alguns nomes, que foram liberados logo depois para providenciarem tudo. A nova lista seria daqueles que fariam a análise e, Harry teve a certeza de que não fora o único que percebera que todos os nascidos trouxas estavam inluídos nela. Sem dúvida, Clark pensara em mantê-los em segurança.

Aqueles que sob desfarce estariam no possível próximo alvo também foram liberados e agora, apenas Harry, Gina, Rony, Marco, Edilaine, Clark e sua mulher, e mais três novatos ficaram na sala.

- O sr. Treachers, Marisa, Trompeur, Ryncle e Gordam, que possuem facilidade maiores em se desfarçar irão para Hogsmeade, uma equipe curta, mas que graças a experiência saberá muito bem destinguir o perigo quando o vir e as pessoas em quem poderão confiar.

- E nós? - Rony perguntou. - O que faremos?

- Vocês são, de certa forma, os mais jovens. Por isso imagino que são também os que possuem maior familiaridade com Hogwarts. É pra lá que irão, cada um com um cargo de autoridade lá dentro.

Harry arregalou os olhos, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Clark tirou um papel da pilha que segurava.

- Vejamos... A diretora me mandou isso logo de manhã. São os cargos que estarão disponíveis a partir de setembro... Ed, graças a seu certificado de curandeira, a Madame Ponfrey lhe acolherá como uma sobrinha americana e você trabalhará como sua auxiliar. Tudo bem?

A mulher fez um gesto positivo.

- Sra. Potter, o Profº Lupim também adoraria tê-la como uma judante e substituta nos períodos de lua-cheia. Imagino que não terá problemas?

- Nenhum - respondeu Gina, sorrindo para Harry que lhe retribuiu o sorriso.

- E nós? - Harry e Rony perguntaram, ao mesmo tempo.

Clark sorriu.

- De acordo com McGonagall, Herbologia, Poções, Transfiguração e Estudo dos Trouxas estarão fora de cogitação, pois os professores são novos e ela não quer dispensá-los.

- Seria inútil - apoiou Harry. - Conheço-os e garanto que sua presença dentro da escola poderão muito nos judar. É bom que permaneçam lá dentro.

- Certo. Mas só temos Aritmancia e Runas Antigas...

Rony gemeu.

- Aritmancia e Runas Antigas? Eu sequer estudei essas matérias!

- Eu, tampouco.

Clark sorriu.

- Desconfiei que diriam isso. Essas duas matérias nada tem a ver como departamento de vocês. Por sorte, eu estudei Runas e posso pegar as aulas. A professora de Aritmancia, porém, será poupada das férias. E por uma sorte ainda maior, Weasley, eu por acaso sei que o cargo para aulas de vôo também estará vago. Joga quadribol, não?

O alívio de Rony era quase palpável. Harry quase sentiu inveja do amigo. Dar aulas de vôo... Sentia tanta falta do quadribol...

Clark voltou sua tenção para Harry.

- Quanto a você, Harry, imagino que não dará conta das aulas de duelos que se abrirão este ano, por isso colocarei Zabini para lhe auxiliar.

- Za... Zabini? Blaise Zabini?

O queixo de Harry caiu e ele tentou desfarçar para Edilaine, envergonhado.

- Sim, Harry. Zabini também estará entre esse grupo, só não pôde comparecer hoje - Clark franziu as sobrancelhas. - Há algum problema?

Gina lhe deu um discreto beliscão na perna.

- Ãh, não. Tudo bem. - Ninguém reclamara. Porque só ele o faria?

Mas quando saía da sala pretendendo ir para casa, ele não podia deixar de imaginar o inferno que seria trabalhar ao lado de Blaize Zabini.

Bem, pensou, pelo menos ficaria de olho nele...

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Fim do capítulo. xD Comentem?


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*¹ Nome do protagonista do livro "Doce sabor do pecado".

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