A viagem.



N/A:
Apresento a voces, o maior capítulo da fic até o momento...


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Trouxas. Muitos trouxas! Era exatamente esse o cenário que a família Weasley estava vendo para todos os lados que olhassem. Não que já não estivessem habituados a ele, afinal, todos os anos deparavam-se com muitos trouxas na estação de King’s Cross. Mas agora tinha uma diferença: o ambiente. Pois além dos milhares de trouxas no local, ainda tinham as dezenas de parafernálias criadas por eles para poderem “viver sem magia”, como dizia a Sra. Weasley.

Havia alguns minutos que os Weasley, Harry e Hermione tinham chegado ao aeroporto internacional de Londres e, a conselho da própria Hermione haviam chamado dois táxis para leva-los até lá.

Todos os membros da família pareciam muito impressionados com a grandiosidade do lugar, mas ninguém estava mais excitado que o Sr. Weasley, que não parava de apontar as coisas com o mesmo entusiasmo que mostraria uma criança cercada de doces e que não sabia qual comer primeiro. O bruxo ficou realmente impressionado com a escada rolante, e perguntava a todo o momento de onde vinham todos aqueles degraus que não paravam de surgir. “Pra onde eles vão? E não acabam nunca?”, perguntou a Harry após quase dez minutos olhando fixamente para o local de onde surgiam os degraus. Mas o que realmente pareceu ganhar a atenção do patriarca Weasley foram as portas automáticas. Ele gostou tanto que, a todo instante, entrava e saia por elas só para vê-las abrirem e fecharem à sua passagem e sem ele mover um dedo.

- Eu tenho certeza que são enfeitiçadas! – disse pela milésima vez.

- Ah, Arthur! Pelo amor de Deus! – Molly já havia perdido a paciência.

- Mas Molly, nada mais explica o fato delas abrirem só de chegarmos perto! Tenho certeza que tem um feitiço ali! – disse com convicção, fazendo a esposa dar um suspiro conformado.

Ainda faltava um pouco mais de uma hora para a saída do vôo de Rony e Hermione, mas a morena achou melhor que eles fizessem logo o check-in, para ficarem mais tranqüilos, apenas aguardando a chamada para embarque.

- Agora me de aqui a sua mochila, Rony! – pediu a morena.

- E pra que? – perguntou o ruivo abraçando a mochila desconfiado.

- Eu já expliquei Rony! – disse Hermione cansada – Eu preciso lançar um feitiço de ilusão nela. Já disse que elas terão de passar por um aparelho de raio-X e acho que os trouxas ficarão muito curiosos para saber como você conseguiu colocar uma vassourona aí dentro!

- Raio –X? – interessou-se Percy.

- É uma máquina que capta as imagens do interior de algum objeto sem precisar abri-lo. É assim que eles revistam as nossas coisas antes de embarcarmos. É por uma questão de segurança, sabe?

- Genial! – exclamou o Sr. Weasley com os olhos brilhando.

- E então? Prefere ou não evitar perguntas embaraçosas? – quis saber Hermione com a mão estendida na direção de Rony, que enfim, pareceu convencido e pôs a mochila nas mãos dela.

A morena mentalizou o feitiço e, muito discretamente para não chamar a atenção dos trouxas, lançou-o na mochila, que vibrou levemente. Deu uma última olhada na mesma e devolveu-a a Rony.

- Pronto! Acho que já é o suficiente! O que vocês acham de darmos uma voltinha? Ainda falta um tempinho para o embarque. – sugeriu.

- Ótima idéia! – respondeu um empolgado Sr. Weasley.

- É, assim poderremos ir até uma lanchonete e tomar um suque. Estou morrendo de sed’! – disse Fleur.

- Hum... é! É uma boa idéia! – disse Molly um pouco hesitante, vendo o marido olhar fixamente para as portas automáticas.







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- Não me leve a mal meu bem, mas não consigo entender por que vocês têm que ir de avião. – disse a Sra. Weasley olhando para Hermione – Nós poderíamos ter falado com Kingsley e conseguido uma chave de portal para enviá-los até lá!

Quase todos estavam na lanchonete tomando um suco, com exceção de Jorge, que engatou uma conversa bem animada com uma bela comissária de bordo que havia terminado o expediente, e Harry e Gina, que estavam olhando algumas lojas de lembranças, pois a ruiva simplesmente se encantou com os bichinhos de pelúcia.

- Eh, eu sei Sra. Weasley. – respondeu desconcertada – Acontece que fiz meus pais acreditarem que sou corretora de imóveis e que estou interessada na compra da casa em que morávamos aqui!

- Não entendo! Como você irá encontra-los? – perguntou Molly curiosa.

- Esse é o ponto! Eu tinha de dar um jeito de entrar em contato com eles depois que toda essa guerra acabasse, e a única forma que encontrei foi com essa mentira. A nossa casa aqui não está à venda na verdade, mas disse que tenho uma proposta irrecusável por ela, pois queria abrir uma imobiliária e achei aquele local perfeito!

- Mas, se a casa que você quer comprar está aqui, o que você vai fazer lá? – perguntou Gui.

- Eles acham que sou de lá! Eu os fiz acreditar que estou aqui em Londres de passagem para tratar de negócios, e que nessa viagem resolvi que seria uma boa abrir uma filial aqui. Acham que sou dona de uma empresa de imóveis internacional. Então disse que vi a casa, soube que estava desocupada, descobri que eles eram os proprietários e que gostaria de encontrá-los urgentemente e tratar desse assunto. Eles sabem que estou indo pra lá hoje, então estarão me esperando no aeroporto quando chegarmos. – disse nervosa.

- Minha nosse Hermione, você pensou nisso tude sozinhe? – Fleur olhava admirada para a morena.

- Ela é um gênio, não é? – disse Rony orgulhoso.

- Mas como você entrou em contato com eles, querida? – a Sra. Weasley estava disposta a entender toda a história.

- Com isso! – Hermione enfiou a mão na sua pequena bolsa e após remexer um pouco, tirou de lá um pequeno aparelho prateado.

- Pelas barbas de Mérlin! – exclamou o Sr. Weasley quase pulando da cadeira tamanha era a animação; mas ao ver o olhar cortante da esposa, recompôs-se e continuou um pouco mais contido – Hum, eu sei o que é isso. É um feletone sem fio, daqueles que não precisam de tomadas!

- É sim, o chamamos de celular. São muito úteis entre os trouxas. Meus pais também têm um, e foi assim que entrei em contato com eles! Tinha o número deles, claro! Eles bem que ficaram curiosos de saber como eu havia os encontrado. – acrescentou Hermione, aliviada ao ver a Sra. Weasley lhe lançar um sorriso compreensivo.

- Ah, querida, você foi tão corajosa! E é realmente uma bruxa magnífica! Tenho certeza que vai dar tudo certo! – disse a senhora passando confiança à morena – E você, rapazinho, - se voltou ao filho mais novo - não se atreva a dar trabalho aos Granger ou a Hermione! Cuide bem dela e comporte-se se não quiser receber o segundo berrador da sua vida!

Todos os presentes riram da cara assustada de Rony, que parecia não entender o motivo de ter levado bronca sem nem mesmo ter aberto a boca para bocejar.

- Posso saber qual a graça? – Gina havia acabado de chegar de mãos dadas com Harry e trazia um bicho de pelúcia nos braços.

- Nada não, maninha. Apenas a mamãe dando as últimas recomendações ao Rony! – esclareceu Carlinhos.

- O que é isso na sua mão, Gina? – perguntou Rony mais para mudar o foco das atenções.

- É um sapinho de pelúcia. Eu o vi numa vitrine e me apaixonei, daí meu namoradinho aqui não resistiu e me deu de presente. Não é fofo? – perguntou sorrindo e abraçando um Harry muito corado.

- Quem, o sapinho ou o Harry? – quis saber Hermione rindo.

- Os dois! – afirmou a ruiva, fazendo os outros rirem do embaraço de Harry.

- Isso aí é fofo? – perguntou Rony incrédulo, apontando para o bichinho com uma expressão de profundo nojo – Esse bicho me lembra terrivelmente a Umbridge! – completou olhando com asco para o lacinho rosa no topo da cabeça do bicho.

- Oras, não ofenda a Lola! O meu bichinho não tem nada a ver com aquela sapa velha! – retrucou irritada.

- Lola? – disse Rony com ironia.

- Chega vocês dois! – advertiu a Sra. Weasley – Agora não é hora para essas bobagens e nem local para discussões!

- Mas nós não estávamos discutindo! – retorquiu Rony indignado por levar mais uma bronca.

- Ah, estávamos sim! – contrapôs a ruiva com indiferença – Mas a mamãe tem razão. E eu também não quero brigar com meu irmãozinho querido antes dele viajar, não é Roniquinho?

Rony bem que tentou se irritar com a irmã, mas o sorriso sapeca que ela lançou a ele o desarmou completamente, e ao invés de carrancudo, deu um sorrisinho involuntário pra ela. “É, o Harry ta ferrado com essa ruiva!”, pensou.

“Atenção passageiros do vôo 1848 com destino à Austrália: chamada para embarque imediato no portão seis.”

- De onde veio essa voz? – indagou o Sr. Weasley olhando para todos os lados.

- De um alto-falante, Sr. Weasley. – explicou Hermione pacientemente – E essa é a chamada do nosso vôo, Rony! – informou enquanto verificava os bilhetes.

- Então vamos!

E seguiram em direção a sala de embarque para uma longa sessão de orientações e despedidas.








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- Caracas, isso é incrível! Nunca imaginei que seria tão divertido andar de avião! – falou Rony empolgado, deitando sua poltrona.

- Mas o avião ainda não decolou! – informou Hermione calmamente sem tirar os olhos do livro que tinha aberto nas mãos.

- Bom, imagina quando ele decolar então! – disse voltando a sentar a poltrona.

- Ok, mas dá pra você parar de ficar inclinando essa poltrona toda hora? Ou você senta, ou deita! Decide! – Resmungou, mas apesar de seu tom irritado ela parecia estar se divertindo com a empolgação do namorado e as descobertas do mundo trouxa.

- Bem que poderiam colocar poltronas assim no expresso de Hogwarts ou no Noitibus Andante! – comentou ainda inclinando a poltrona pra frente e pra trás.

Hermione bufou e revirou os olhos. Rony riu, deixou a poltrona na posição sentada e puxou o livro das mãos dela.

- Ah, relaxa Mione! – disse a abraçando – Vamos aproveitar esses momentos de tranqüilidade e sem brigas, ok?

A morena soltou um muxoxo impaciente, mas achou que seria um bom negócio abraçar o namorado também.

- Que barulho foi esse? – perguntou o ruivo com um sobressalto.

- Acho que foram as turbinas. – respondeu a garota olhando pela pequena janela do avião – Provavelmente já vamos decolar.

- J-já? Mas e esse barulho todo?

- Eu já disse que são as turbinas! Esse barulho é porque estão ligadas! E acredite que isso é um bom sinal! – respondeu pacientemente.

Nesse momento a comissária de bordo começou a passar as instruções de vôo, mas Rony não parecia estar escutando nada. Apenas olhava para um lado e para outro procurando um rosto tão apavorado quanto o dele, e não encontrando nenhum, tornou a olhar para Hermione, que tinha as sobrancelhas erguidas.

- O q-que foi? – perguntou à namorada.

- Ronald, você não ouviu a comissária pedindo para que todos colocassem o cinto de segurança?

- Quem?

Hermione suspirou conformada e, sacudindo a cabeça e fazendo um esforço enorme para não rir, ajudou-o a afivelar o cinto.

- Eu não sei pra que isso! Se esse troço cair, a última coisa que vou querer é estar grudado nessa cadeira! – resmungou indignado – Como se esse pedaço de pano pudesse me proteger de alguma coisa! – dizia olhando para todos os cantos como se quisesse encontrar algo seguro em que pudesse se segurar caso o avião caísse.

Dessa vez Hermione não conseguiu conter uma risada.

- Rony, o avião não vai cair! – disse rindo.

- Como você sabe? Você nunca gostou de adivinhação, como pode saber? E se cair, aonde vou me segurar? – o ruivo parecia à beira do pânico.

- Pare de bobagens Ron, isso aqui é seguro! E se você quiser algo seguro nas mãos, que tal a sua varinha? Assim, você pode aparatar se o avião cair! – disse divertida – Não se preocupe seu bobo! – e segurou nas mãos geladas dele.

Ao sentir aquelas mãos macias e quentes nas suas, Rony tentou se acalmar, pois sua varinha estava ali... Ops, que dizer, Hermione estava ali e ele é quem deveria cuidar dela. Olhou para o rosto dela e o sorriso reconfortante que ela dava aqueceu seu peito, mas quando estava quase se convencendo de que ela tinha razão e que nada iria acontecer, o avião deu um solavanco e começou a se movimentar. O ruivo soltou rápido as mão de Hermione e encostou-se em sua poltrona com a respiração acelerada.

- Calma Ron! Só vamos decolar! – Hermione tentou não rir dessa vez – Francamente, já fugiu após assaltar um banco montado em um dragão cego e está com medo de andar de avião!

Rony não respondeu, apenas ficou imóvel, com o corpo retesado e apertava com tanta força os braços da poltrona que os nós de seus dedos estavam brancos. Quando o avião aumentou a velocidade, o ruivo fechou os olhos com força e quanto mais a aeronave acelerava, mais ele apertava as pálpebras; até que, quando sentiu que estavam começando a inclinar e deixar o solo, soltou um lamento e prendeu a respiração.

Hermione deu um olhar furtivo para o lado e ficou dividida entre uma vontade louca de rir e uma pena sem tamanho do estado de Rony. Apertou com força uma das mãos dele e quase se arrependeu ao sentir que ele poderia quebrar todos os seus dedos, tamanha a força que ele fez ao retribuir o gesto. Mas mesmo assim não a largou e quando percebeu que já estavam planando nivelados no ar, soltou seu cinto de segurança e aproximou-se dele.

- Abra os olhos! Quem tem medo de altura sou eu, e não você!

- Eu não vou abrir! – respondeu mal-criado.

- Me poupe, Ronald! Você voa se problema nenhum montado em um pedaço de madeira que serve para varrer casas!

- Um pedaço de madeira enfeitiçado, ok? Essa é a diferença!

- Ah, relaxa Ron! – disse o abraçando – Vamos aproveitar esses momentos de tranqüilidade e sem brigas, ok?

Ele a abraçou com tanta força que ela chegou a tossir. Mas a morena se deu por satisfeita ao ouvi-lo rir da brincadeira. Aconchegou-se o melhor que pode nele, afinal, essa seria uma longa viagem.








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- Ainda falta um!

- Calma, me deixa pensar! A poção do morto-vivo foi a nossa primeira lição de poções no ano passado; já faz um tempinho, né?! - justificou-se.

- Mas você está se saindo muito bem. Só falta um ingrediente.

- Eu já disse vagem soporífera? – questionou.

- Já!

Harry e Gina estavam na sala d’A toca desde a hora que retornaram do aeroporto. Havia quase três horas que os dois começaram a revisar a matéria de poções. Harry estava sentado no chão com o livro “Estudos Avançados no Preparo de Poções” de Gina aberto sobre as pernas, conferindo as respostas da ruiva, que estava estirada no sofá.

- Hum, não consigo recordar... – falou com os olhos fechados e mordendo o lábio inferior pensativa.

- Ora, vamos lá ruivinha. Eu sei que você pode lem...

- AH! LEMBREI! – gritou empolgada, abrindo os olhos de repente e dando um susto tão grande em Harry que ele quase deixou cair o livro – São as raízes! As raízes de valeriana! – completou animada.

- Bingo! – disse Harry se recompondo – Caramba, você não errou nenhuma poção. Definitivamente você puxou ao Percy!

A ruiva fez uma careta engraçada.

- Não é o caso! Esqueceu que eu também sou amiga da Hermione? Acho que acabei me contagiando com alguns hábitos desagradáveis da nossa amiguinha sabe-tudo! Bom, mas voltando à nossa revisão, acho que agora só falta estudarmos os antídotos. – disse Gina pegando o livro das mão de Harry e o folheando até a metade – Ah, aqui! A terceira Lei de Golpalott.

Foi a vez de Harry fazer careta.

- Ah, Gi! Eu nunca entendi realmente essa lei! – confessou.

- Não, não, não! Mas comigo você vai aprender! – disse como se estivesse falando com uma criança teimosa – Ela nem é tão complicada assim e é essencial no preparo de antídotos.

- Eu não tenho escapatória mesmo? – perguntou amuado e com um olhar pidão.

- U-hum! – negou veementemente com a cabeça.

- Nem se eu te trouxer um benzoar?

Gina riu gostosamente, lembrando da história que uma indignada Hermione lhe contou sobre o benzoar que Harry entregou ao professor de Poções e saiu como herói da aula, mesmo sem ter sequer balançado a varinha.

- O-ho! Muito audacioso de sua parte meu caro rapaz! – disse a ruiva numa cômica imitação de Slughorn, o que fez Harry rir – Tudo bem, eu sei que o tal benzoar acabou salvando a vida do meu irmão depois, mas ainda assim você tem que aprender a preparar antídotos. – disse irredutível – O mocinho de olhos verdes aí não quer ser auror?

Ele confirmou resignado.

- Voce é tão cruel quanto a Hermione! - comentou desgostoso.

- Pode ter certeza que sim! Então, mãos à obra! – disse sorridente – A terceira Lei de Golpalott diz que o antídoto para uma mistura venenosa será maior que a soma dos antídotos para ... – parou a leitura ao vê-lo consultar o relógio e ficar repentinamente tenso – Está tudo bem?

- Está sim... eh, só estou tentando me concentrar! Pode continuar – respondeu de maneira casual.

Mas a ruiva não se deixou enganar. Encarou-o por alguns momentos e detectou naquele olhar algo mais do que uma simples preocupação com uma matéria escolar. Fechou o livro lentamente e sentou no sofá.

- Harry, não precisa ficar assim. Eu tenho certeza que você vai se sair bem!

Harry ficou tão surpreso que teve ganas de procurar um espelho para constatar se o motivo de sua inquietude estava escrito em sua testa.

- Eu queria que Rony e Hermione estivessem aqui! – confessou.

- Eu sei disso! Mas sei também que você é capaz de fazer isso muito bem sozinho.

- Sei que posso. Não é isso! O caso é que... algumas feridas ainda estão abertas, sabe? – ele suspirou – Seria mais fácil com eles aqui.

- Tenho certeza que não será tão difícil assim. E até arrisco dizer que isso vai te fazer muito bem. – disse Gina passando a mão nos cabelos dele.

Harry levantou o rosto para olha-la.

- Você vai estar do meu lado, não vai?

Ela sorriu, admirada que o homem que havia destruído Lord Voldemort estivesse ali, olhando para ela como uma criança amedrontada. Escorregou do sofá para o chão, ficando ao lado dele.

- É claro que vou! Será uma honra! – disse divertida, o puxando para um abraço – Não se preocupe Harry, é só uma entrevista!

Soltaram-se aos poucos do abraço e Harry se virou para pegar o livro de Poções sobre o sofá.

- Ok, de volta as leis de Golpalott. – disse teatralmente, abrindo o livro.
Gina olhou de Harry para o livro, e deste de volta para Harry.

- Quer saber? – disse decidida tomando o livro das mãos dele e o devolvendo para cima do sofá – Acho que já chega de poções por hoje. Mas não pense que você escapou de Golpalott, não! – emendou assim que viu um sorriso satisfeito brotar dos lábios de Harry – Não vou sossegar até que você saiba essa lei de trás pra frente. Mas agora vamos! – ficou de pé e o puxou pelas mãos – Está quase na hora da entrevista e temos que nos arrumar.

- A senhora é quem manda, madame! – falou fazendo uma reverência.

Gina riu e sacudiu a cabeça, o puxando escada acima.







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- Nunca mais! Eu juro que nunca mais...

- Dá pra parar um pouco? – disse Hermione rispidamente – Você não diz outra coisa desde que desembarcamos do avião!

Rony deu um olhar carrancudo à namorada.

- Depois sou eu o legume insensível! Estou aqui passando mal e você ainda me dá bronca! Eu só posso ter quebrado a varinha de Mérlin em outra vida!

- Sem drama, ok? E vamos rápido pois meus pais já devem estar aqui! – disse agitada e apertando o passo.

Rony não retrucou, apenas a acompanhou. Sabia exatamente o motivo de todo aquele azedume.

- Eu não vou demorar. – falou Hermione se precipitando para dentro de um banheiro feminino apressadamente.

O ruivo pôs-se a observar o movimento enquanto a esperava. Deixou seu olhar se perder distraidamente pelo local. Não poderia culpar seu pai por admirar as invenções trouxas, pois elas eram realmente magníficas. Estava observando atentamente um homem que conversava animadamente no tal de celular, quando ouviu Hermione o chamar. A morena saiu do banheiro transformada. Vestia um conjunto elegante de calça e blazer na cor azul, calçava um sapato com saltos altíssimos, tinha os cabelos presos em um coque e no rosto uma maquiagem bonita, mas que a fez aparentar ter mais idade do que realmente tinha.

- Uou! Pra que isso? – perguntou admirado a olhando dos pés a cabeça.

- Sou uma corretora de imóveis, esqueceu? – disse enquanto remexia distraída em uma pasta que tinha nas mãos – Não poderia chegar de tênis e com cara de adolescente irresponsável. – fechou a pasta com um click e olhou para ele – Vamos?

Rony já ia começar a andar quando Hermione o deteve.

- Calma ai! – disse, e pôs-se a analisá-lo com um olhar critico.

- Que foi? – questionou o ruivo levemente incomodado.

A morena limitou-se a pegar na mão dele e arrasta-lo para dentro do banheiro.

- Hei, pirou de vez? Isso é um banheiro feminino! – exclamou assustado, encostado a pia.

- Não me diga? – ironizou - Não tem ninguém aqui, Rony! – e começou a desabotoar o blazer.

- O-okay, Hermione, agora não é hora para essas coisas e...

- Ora, não seja patético! – disse energicamente mas corando levemente enquanto pegava a varinha de dentro do blazer – Você também não deve chegar desse jeito na frente deles. Pode levantar suspeitas! – e apontou a varinha para o rosto de Rony – Acho que isso ajuda.

Rony virou-se de frente para o espelho.

- Eca! Nem pensar! Fico horrível de bigode! – protestou.

Hermione revirou os olhos impaciente, e soltando alguns impropérios apontou novamente a varinha para ele.

- Satisfeito agora, senhor exigente?

O ruivo tornou a fitar-se no espelho, analisando sob vários ângulos seu recém-adquirido cavanhaque.

- Ah, bem melhor! – exclamou em aprovação.

- Ótimo! Agora precisamos dar um jeito nessas roupas!

- Eu tenho aqui na mochila. – informou já revirando o conteúdo da mochila e puxando de lá um par de sapatos e peças de roupas um pouco mais formais.

- Entra em um desses boxes e se troque rápido! – disse a morena, mas sem necessidade, pois o ruivo já estava fazendo isso.

Alguns minutos depois, ele saiu completamente trocado e colocando as peças de roupa que havia trocado dentro da mochila.

- Me dê sua mochila agora! – pediu a morena, que tentou coloca-la dentro da pasta enfeitiçada, mas suas mãos tremiam tanto que estava tendo dificuldades.

- Eu faço isso! – disse Rony a afastando delicadamente. Hermione não protestou. – Pronto! Podemos ir agora?

Ela apenas confirmou com a cabeça. Rony passou a mão no rosto visivelmente aflito da namorada.

- Calma Mione! Não precisa ter medo!

- Eu não estou com medo! – respondeu rapidamente, mas em seguida baixou a guarda – Eu estou apavorada!

Ele a abraçou.

- Vai dar tudo certo! Só temos que pensar em uma justificativa para a minha presença.

- É, mas precisamos ir! Pensamos em algo no caminho. – disse mais tranqüila, e saíram do banheiro de mãos dadas.



Chegaram rapidamente no saguão de desembarque, que estava apinhado de gente. Muitos tentando localizar com o olhar os conhecidos que chegavam de viagem, e outros com placas contendo nomes a espera de serem reconhecidos. Ainda levou um tempo para que pudessem encontrar os Granger, mas Rony soube que os encontraram assim que ouviu Hermione ofegar ao seu lado. Ela olhava estarrecida para um ponto fixo à frente. Só então Rony reconheceu o casal. Estavam olhando para um lado e para outro e o homem tinha uma placa com os dizeres “Hermione Weasley” nas mãos. Rony precisou ler a placa mais de três vezes para se convencer que era realmente aquilo que estava escrito ali, mas agora não era hora para questionar a namorada sobre isso.

- Hermione, você não pode chegar lá chorando! – disse Rony limpando carinhosamente as lágrimas do rosto dela.

- Oh, Ron! Eu sei, mas... mas tinha tanto tempo que não os via. É tão maravilhoso vê-los bem. – desabafou, tentando a todo custo se controlar – Eles estão vivos, Ron! Vivos! Eu só queria poder correr para junto deles e abraça-los!

- Então vamos acabar logo com isso! Assim você vai poder abraça-los de uma vez!

Ela sorriu fracamente e retomou a compostura tão rápido que Rony admirou-se que há apenas alguns milésimos de segundo atrás ela estivesse chorando. Aproximaram-se cautelosamente.

- Ahn... olá! Vocês devem ser Wendell e Mônica Wilkins, não? – perguntou Hermione um pouco tensa.

- Oh, sim! E você só pode ser a senhorita Hermione Weasley! – disse o homem simpático.

- É um prazer conhecê-los! – a morena estendeu nervosamente a mão para o pai, que a apertou.

- Você é bem mais jovem do que esperávamos. – revelou a mulher com um sorriso que Rony achou extraordinariamente idêntico ao de Hermione.

- Eh, nem tanto! – respondeu desconcertada – Deixem-me apresenta-los o Sr. Ronald Weasley. – disse se dirigindo a Rony, que se apressou a beijar delicadamente a mão da Sra. Granger.

- Ronald Weasley? – perguntou o Sr. Granger levemente interessado – Então ele é seu marido?

Rony e Hermione coraram furiosamente. Mas Rony agradeceu que eles não tivessem precisado se dar ao trabalho de inventar uma desculpa para a presença dele. E achando essa perfeita, tomou controle da situação.

- Sim, Sr. Wilkins! Nos casamos há alguns meses. – disse com tanta convicção que fez Hermione arregalar os olhos em espanto.

- Meus parabéns ao casal! – disse o Sr. Granger apertando fervorosamente a mão de Rony – Faço votos de que sejam muito felizes!

Rony agradeceu, pensando se a reação seria a mesma caso ele soubesse que Hermione era filha dele.

- Ah, sim! Vocês formam um belo casal! – disse a Sra. Granger – Vocês vão ver o quanto é maravilhosa a vida de casados, não é Wendell?

- Podem acreditar nisso! – concordou o Sr. Granger – Mônica e eu somos muito felizes. Os casamentos são maravilhosos quando os casais realmente se amam.

- Então vamos ser realmente felizes, pois nos amamos muito, não é querida? – disse Rony se voltando para Hermione, que estava vermelhíssima e lhe lançou um olhar homicida que dizia claramente “eu vou te matar!”

- A única coisa que faltou em nossas vidas foi um filho, não é meu amor? Infelizmente não conseguimos. Só faltou essa grande benção para que pudéssemos nos considerar completamente felizes! – completou melancólico.

Rony sentiu Hermione apertar sua mão com força.

- É verdade. – concordou a esposa tristemente, mas em seguida olhou para Hermione e sorriu ternamente – Sabe, é uma verdadeira coincidência você se chamar Hermione. Além de não ser um nome muito comum, Wendell e eu sempre o adoramos e dizíamos que se tivéssemos uma filha, daríamos esse nome a ela.

Hermione sorriu, tentando segurar as lágrimas com todas as suas forças.

- Bom, que tal irmos a um restaurante? - Rony tentou rapidamente mudar de assunto – Ainda não é tão tarde e poderíamos ir jantar e continuar a conversa lá!

- De forma alguma! Preparei um jantar em casa e faço questão que todos vamos para lá! – disse a Sra. Granger .

- E seria uma boa oportunidade para que a Sra. Weasley me explicasse esse súbito e grandioso interesse na minha residência em Londres! – sugeriu o Sr. Granger.

Rony concordou de imediato, afinal, assim poderiam desfazer de vez o maldito feitiço e acabar com o sofrimento de Hermione. Olhou para ela.

- Tudo bem pra você? – perguntou.

- Por mim, tudo bem! – concordou o olhando significativamente, o que o fez perceber que ela havia pensado exatamente a mesma coisa.

- Vamos então! Meu carro está no estacionamento. – o Sr. Granger começou a olhar para o chão, procurando algo – Onde está a bagagem de vocês?

- Ah...Ehr! Não temos! – disse Rony olhando para Hermione que milagrosamente parecia incapaz de pensar em algo, então tentou espremer alguma idéia de seu cérebro – É que temos uma pequena casa em Londres e temos tudo que precisamos lá! Assim não precisamos ficar carregando bagagens durante as viagens. E, bom, sabe como são as mulheres, não é? Se abrirmos um espaço, elas carregam a casa toda com elas. – disse com um sorriso maroto para o Sr. Granger.

- Ah, sim! Eu sei exatamente! – riu-se o homem – Ai, querida! Já disse que isso dói! – reclamou ao levar no ombro um sonoro tapa da esposa – Ela não perde essa mania! – acrescentou para Rony, que viu a Sra. Granger revirar os olhos de uma forma carinhosamente familiar.

- Não me diga?! – disse Rony divertido, descobrindo as origens das manias de Hermione, que apenas sorria da cena.

- É melhor irmos antes que ela se irrite! Ela fica assustadora! – disse o homem vendo a esposa estreitar os olhos ameaçadoramente.

Rony riu, segurou na mão de Hermione e seguiu o casal até o estacionamento.








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Já estava quase começando a roer os dedos, porque unhas, ele não tinha mais. Estava tenso, nervoso e preocupado. “Porque ela não desce logo?”, perguntava-se aflito.

Havia mais de uma hora que Hermione havia subido com os pais para o quarto do casal no andar de cima e até agora nem sinal de vida. Assim que entraram na casa dos “Wilkins”, Hermione não perdeu tempo e, na velocidade da luz, lançou o feitiço de memória nos pais antes mesmo que eles tivessem a oportunidade de esboçar qualquer reação. Foram segundos tensos, onde o casal pareceu atordoado por alguns instantes, com o olhar vago, mas Rony e Hermione perceberam que havia dado certo assim que a senhora Granger pronunciou o nome da filha. Hermione literalmente desabou de alivio, caindo ajoelhada no meio da sala, chorando e rindo ao mesmo tempo. Rony nem conseguiu correr para ela, pois os pais da garota foram mais rápidos.



FLASHBACK


- Hermione! Filha! – exclamou a Sra. Granger desesperada ao ver a filha em prantos e correndo ao encontro dela, acompanhada do marido.

- Por Deus meu amor, o que houve? – perguntou o pai aflito.

- E-eu amo v-vocês! – balbuciou entre soluços abraçando os pais, que retribuíram no mesmo instante.

Ainda em meio ao abraço, o Sr. Granger lançou um olhar indagador e confuso a Rony, que acompanhava tudo um pouco mais afastado. Aos poucos se soltou do abraço, deu um beijo no rosto da filha e se encaminhou até o ruivo.

- Ronald, não? – perguntou; Rony confirmou. Sabia que os Granger se lembrariam dele do aeroporto, mas também já se conheciam da plataforma de King’s Cross. – O que aconteceu? Por que diabos estamos na Austrália?
Rony percebeu que eles lembrariam de tudo que ocorreu após Hermione ter alterado a memória deles.

- É uma longa história Sr. Granger! E tenho certeza que Hermione irá explicar tudo.

Os dois desviaram o olhar para o meio da sala, onde a Sra. Granger ajudava Hermione a ficar de pé.

- Venha querida! Está tudo bem! – dizia enquanto se aproximavam dos dois homens.

- Meu bem, eu sei que você tem algo a nos explicar, mas não prefere fazer isso depois? Não quer descansar um pouco? – perguntou o Sr. Granger preocupado.

- Não papai, não se preocupe! Já estou melhor! Além do mais, preciso acabar logo com isso. – respondeu mais calma.

- Tem certeza?

- Tenho sim! – confirmou passando a mão no rosto do pai.

- Então vamos para o nosso quarto! – disse a Sra. Granger.

Hermione apenas confirmou. Os pais a abraçaram um de cada lado e foram andando. Mas a morena parou ao pé da escada.

- Esperem um pouco! – e soltou-se lentamente deles, se aproximando de Rony. – Ron, obrigada! Não sei o que eu teria feito sem você! – e sorriu como há tempos não sorria.

Ele apenas acariciou o rosto dela e a abraçou.

- Não agradeça! Eu faria qualquer coisa pra ver esse sorriso novamente!
Os dois se olharam profundamente e se beijaram carinhosamente, sem nem mesmo se importar que os pais dela estivessem ali, acompanhando tudo.

Os Granger não fizeram nem disseram nada. Apenas se entreolharam e voltaram a olhar para a filha e Rony.

Hermione voltou para junto dos pais, que a receberam com um sorriso, e começaram a subir as escadas.

- Fique a vontade Ronald! – disse a Sra. Granger com um sorriso bondoso – Sei que deve estar cansado também!

O Sr. Granger olhou para ele e apenas deu um leve aceno de cabeça, que Rony retribuiu.


FIM DO FLASHBACK




Enfim ouviu passos na escada, e aliviou-se profundamente ao perceber que eles vinham rindo descontraidamente. Levantou-se rápido do sofá.

- Ah, Ronald! Obrigada por acompanhar Hermione até aqui! – a Sra. Granger apressou-se a agradecer e lhe deu um abraço gentil.

- É verdade, rapaz! Que bom que se preocupa com ela! – completou o Sr. Granger apertando a mão do ruivo, que parecia um pouco desconcertado.

- Ah, não foi nada! Eu adoro a Hermione. Não a deixaria vir sozinha! – respondeu corajosamente, o que fez os pais da garota sorrirem satisfeitos.

- Eu sei que sim! – disse a Sra. Granger – Eu vou servir o jantar. Vocês devem estar com fome e precisando descansar, hum? Você poderia vir me ajudar, querido?

- Claro! – concordou, e saiu atrás da esposa em direção a cozinha.

Rony e Hermione ficaram sozinhos. Ela caminhou até ele e o fez sentar no sofá.

- E então? – perguntou o ruivo.

- Eles foram tão compreensivos... nem precisei me justificar muito! Contei por alto o que houve na guerra, sabe, acho que seria muito chocante para eles saberem os detalhes. Claro que ficaram impressionados e preocupados, mas também pareceram bastante orgulhosos de mim. Disseram que eu sou uma grande mulher! – disse com um sorriso radiante que fez Rony sorrir.

- Que bom que isso acabou, Mione!

- Você tinha razão! Eu estava dificultando as coisas pra mim! Eu realmente tinha esquecido os pais maravilhosos que possuía!

- Então, quando vamos voltar? – perguntou.

- Por eles amanha mesmo! Mas pedi para passarmos pelo menos mais uns dois dias, sabe? Para conhecermos a cidade! Tudo bem por você?

- Ótimo!

Ambos sorriram e se abraçaram.

- Eles me perguntaram se estamos namorando.

- O que? – Rony assustou-se.

- É, eles são muito diretos e, bom, viram nós nos beijarmos! Acho que não restou muitas dúvidas, não?

Os dois riram.

- E depois do que viram e ouviram aqui, a única coisa que vão cobrar de você é que me faça feliz e não me faça sofrer...coisas de pais, sabe?! – disse dando de ombros.

- Ah, mas acho que com isso eles não devem se preocupar! – respondeu, a beijando em seguida!









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- Nossa! Espero que a repórter que virá te entrevistar seja horrorosa! – disse Gina assim que entrou no quarto de Rony e viu Harry sentado na cama calçando os sapatos – Espero que essa produção toda seja pra mim. – completou sentando ao lado dele.

- Não exagera, Gi! Além do mais, ela poderia ser uma Veela que não faria a menor diferença, pois só tenho olhos pra você! – respondeu enquanto a abraçava.

- Puxa, assim eu até acredito! – disse sorrindo, o beijando em seguida.

Harry surpreendeu-se que apenas a simples presença de Gina fosse suficiente para lhe transmitir calma e que os beijos dela fossem como um tônico que o enchia de força e coragem. Lembrou-se de Dumbledore e de sua teoria de que o amor era a arma mais poderosa que alguém poderia ter. “Seria isso?”, perguntou-se.

Gina separou seus lábios dos de Harry.

- Como você está? – perguntou acariciando a nuca dele.

- Pronto! – respondeu terminando de calçar os sapatos.

- Eu imaginei que sim! – disse sorrindo.

- Gi, você acha que sua mãe vai deixar que você fique comigo durante a entrevista?

- Ué, e porque não deixaria? – indagou – Além do mais, eu já falei com ela!

- Sério? E por que não me disse? – perguntou surpreso e meio aborrecido.

- Ah, Harry! Eu esqueci de te contar. – respondeu sinceramente – E acho que o importante é que ela aprovou e, inclusive, achou uma ótima idéia não deixar você sozinho!

- Sei! Quer dizer que a minha ruiva vai estar do meu lado o tempo todo?

- Sua ruiva? – perguntou Gina erguendo as sobrancelhas.

- De quem mais seria? – questionou Harry também erguendo as sobrancelhas.

- Bom, Sr. Potter. Eu respeito a sua miopia, mas acho que ela não te impediu em nada de ver que minha família é bem grande. Acho que sou um pouquinho de cada um deles! – respondeu divertida e inclinando-se na cama, pois Harry estava se aproximando perigosamente.

- Você tem razão! – concordou com ar pensativo, se inclinando mais sobre Gina, que já estava quase deitada na cama. Então deu um sorriso maroto e completou: - Só que eu tenho certeza que nenhum deles pode fazer isso! – e a beijou.

Gina foi “forçada” a deitar na cama com o coração já aos pulos. Nem por todos os cachimbos de Mérlin que ela achou que Harry pudesse ser tão atiradinho de vez em quando. Mas ela estava longe de reclamar, pelo contrário, estava adorando! O beijo foi calmo e lento, mas cheio de desejo, carinho e muitas outras coisas que, um dia, ela pretendia descobrir o que eram.

Harry cessou o beijo de repente.

- E então? É ou não a minha ruiva?

Gina ainda estava de olhos fechados quando ouviu a pergunta. Teve vontade de gritar que não, de dizer que ela não era de ninguém e que jamais seria; mas sequer conseguia abrir os olhos de tão entorpecida que estava. Só conseguiu sorrir com aquela pergunta, completamente feliz que estivesse ouvindo aquilo.

- E você é meu por acaso? – perguntou sorrindo, ainda de olhos fechados.

- Desde a primeira vez que te beijei!

Foi a resposta que a fez abrir os olhos. Ou seria o coração que parecia uma bomba prestes a explodir? Ela o viu ali, sobre ela, com aqueles olhos cravados em seu rosto; teve vontade de agarrá-lo e dizer que sim, que ela era dele, que queria ser completamente dele.

- Gina eu...

- HARRY! GINA! JÁ ESTÃO PRONTOS?

Os gritos da Sra. Weasley cortaram as palavras de Harry e fez com que ele e Gina se sobressaltassem com o susto. Os dois com a respiração e batimentos acelerados. Harry ainda estava por cima de Gina quando ela gritou:

- SIM MAMÃE!

- A SENHORITA WILLIAMS JÁ ESTÁ ESPERANDO POR VOCES! – berrou de volta, sua voz ecoando pelo corredor vinda de quatro andares abaixo.

- OK, ESTAMOS INDO!

Os dois se olharam pensando na mesma coisa, mas sobre ângulos diferentes.

- Acho melhor irmos! – disse Harry, sem saber por que estava sussurrando.

Gina nem conseguiu responder, apenas confirmou com a cabeça. Harry deu um beijo rápido nela e se levantou; já ia estender as mãos para ajudá-la a se levantar quando ouviu novamente a voz da Sra. Weasley.

- HARRY! VOCE PODE VIR AQUI, QUERIDO?

- EH, SIM! JÁ VOU! – e voltou-se para Gina – Eu já volto, Gi! – e saiu apressado do quarto.

Gina permaneceu deitada na cama; seus pensamentos a mil. Sabia que ele ia dizer algo importante. Seria o que ela achava que seria? Não, com certeza, não!“E por que não? Por Mérlin, até com Rony viajando tem que ter alguém pra atrapalhar?”, perguntava-se irritada. Levantou-se furiosa, olhou-se no espelho para ajeitar os cabelos e saiu do quarto batendo os pés.



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N/A:


Okayyy!!! Calma!!
*Autora lança um feitiço escudo para se deferder das azarações*
Eu juro que tenho uma explicaçoão pra demora!!!
Gente, eu sei que prometi atualizar a fic na segunda, mas só não fiz isso por problemas de saúde. Mas não se preocupem, pois eu estou vivinha da silva! Não posso morrer antes de terminar essa fic, né? Senão acho que voces iriam até o além pra me lançar umas azarações bem dolorosas...

Explicações à parte, tai mais um capitulo enooorme!
Espero sinceramente que tenham gostado! Foi bem legal de escrever.
Ele foi mais R/H, mas também salpiquei alguns momentos H/G, não podia deixar eles fora dessa, claro!!

Aguardo os comentários, claro...sem eles, a fic não sai!

Bom, mas como eu sou muito boazinha e estou adorando os comentários de voces, vou presenteá-los com mais um capítulo, ok? Farei os agradecimentos no próximo então...beijos e aproveitem...












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