capítulo 18



nota: olá, desculpem minha demora, minhas humildes desculpas! Olhem meu msn h [email protected] ok? Qualquer coisa entrem em contato comigo. Quem quiser ir lendo a draco dormiens no site próprio, podem ir, eu tenhu q ir devagar com isso aqui porque estou tendo que estudar. Bejao. Mas quro acabar de postar logo essa fic pra a Ana poder colocar a draco sinister! Bejao e xau!



Harry se aproximou do alçapão, nervoso, e colocou sua mão direita, ainda grudenta com seu próprio sangue e o de Draco, no puxador. Nada aconteceu. Não houve gritaria nem alarme. Encorajado, Harry puxou a porta e desceu até o espaço à frente.

Ele se perguntou quanto tempo eles teriam antes que Lúcio e os outros fossem até Draco. Draco... Harry estava pensando nele pelo primeiro nome, agora, algo que ele nunca pensou ser possível. Especialmente porque ele ficava fisicamente doente toda vez que Hermione dizia a palavra Draco. Eu sei que você não gosta do Draco, Harry, mas ele está mudado.

Mudado. Talvez ele tenha mudado, Harry pensou, circundado por teias de aranha. Ele tinha estado convencido de que tudo foi por causa da Poção Polissuco, mas será que uma poção como essa era poderosa o suficiente para neutralizar uma vida inteira voltada inteiramente para somente os próprios interesses e fazer com que alguém que nunca foi heróico arriscar a própria vida pela vida de uma garota que ele mal conhecia? Harry não tinha certeza. O que ele sabia era que, por qualquer que fosse a razão, Draco salvou Hermione de tortura e provavelmente da morte. Isso deixava Harry em débito com Draco. Ele não queria ser como Snape, destinado a uma vida inteira de culpa e ressentimento; ele não iria deixar Draco Malfoy morrer enquanto ele, Harry, devia a ele, Draco, alguma coisa.

Ele estava em frente ao portão do calabouço. Ele ergueu sua mão sangrenta e aproximou-a do cadeado, que abriu como se fosse feito de macarrão. Ele soltou o cadeado, empurrou o portão, abrindo-o, e entrou.

Sirius e Hermione estavam sentados juntos no banco do final da cela. Sirius estava... bem, extremamente sério enquanto explicava algo para ela, Hermione balançava positivamente a cabeça e ainda estava ridiculamente bonita no vestido de cetim de Narcissa. Ela parecia sentir que Harry estava lá antes mesmo dele dizer qualquer coisa: ela se levantou e correu pela cela, jogando seus braços por entre as grades para poder pegar a mão dele.

- Harry... você está bem?

- Estou... AI!

Ele tremeu quando ela apertou sua mão, com o corte. Ela viu o sangue e ofegou:

- Lúcio fez...?

- Não. Isso não é só o meu sangue._ ele disse – Uma parte é de Draco.

Ela ficou esverdeada.

- Ele está bem... ele está machucado?

- Eles bateram nele, mas nem tanto assim. Eles estão o guardando para Voldemort._disse Harry, tenso. Ele virou para Sirius – Você sabe alguma coisa sobre Feitiço do Encarceramento?




**



Draco estava deitado sobre suas costas, olhando para o teto. Ele deveria estar se contorcendo de medo, mas não estava. Uma espécie glacial de paz caiu sobre ele, e ele não sentia quase nada.

Harry estava nos túneis sob a casa, agora. Draco fechou seus olhos: era mais fácil achar Harry no escuro. Era como se tivesse um fio de luz invisível ligando-os, com ele numa extremidade, e Harry na outra; às vezes, isso aparecia para ele, chamando sua atenção; outras vezes, era muito difícil achar Harry do outro lado do fio. Agora, era fácil; ele podia quase vê-lo. Visões esquisitas, ele pensou. Estou tendo visões esquisitas. Mas isso o fazia esquecer que estava sozinho.

Hermione estava com Harry, agora. Doía pensar nela, como a dor de um dente quebrado. Mas ela estava viva, e isso era pelo menos um pouco por causa dele. Ele não se arrependia do que tinha feito. Ele sempre tinha assistido Harry fazer as coisas ridículas e audazes, que ele sempre se perguntava não só o motivo, mas também como. Agora, ele sabia. Você só fazia o que tinha que fazer: só havia uma alternativa que fazia sentido, uma única saída, e você ia por essa saída. Era invejavelmente simples. Contudo, Draco se perguntou, será que a escolha seria tão sem esforço se ele não tivesse Harry na cabeça?

Quando a porta da sala de esgrima abriu, Draco pensou por um momento que estava imaginando aquilo. Ele virou sua cabeça vagarosamente.

Era o seu pai.

E Lúcio não estava sozinho. Um homem muito alto, em vestes pretas longas e com capuz, vestindo luvas vermelhas e carregando uma varinha, estava com ele. O homem andou apressadamente pelo aposento até a jaula.

- Liberos!_ ele falou, e sua voz era uma coisa sibilante horrorosa

As grades da jaula desapareceram, e Draco se sentou. Ele repentinamente se sentiu nu, desprotegido. O homem alto andou até ele, e examinou seu rosto. Então, ele tirou seu capuz.

Draco sufocou um grito. Uma caveira calva, sem cabelos, da cor do sangue... amarelo, olhos cortados com pupilas de gato, verticais... cortes para as narinas... e uma boca sem lábios.

- Lúcio_ disse a voz horrível, que Draco acabara de ter se dado conta, a voz de Lord Voldemort – Muito bem, foi realmente um grande feito!




**



Quando Harry tirou Hermione e Sirius da cela, Sirius fez com que Harry descrevesse a jaula incandescente várias vezes até ele ficar satisfeito.

- Eu posso tirar o feitiço_ disse Sirius – Mas eu vou precisar da minha varinha.

- Você pode usar a minha!_ disse Hermione, mas Sirius balançou a cabeça

- Esse é um feitiço muito complicado_ ele disse - Eu preciso da minha própria varinha. Eu sei onde ela está, eu vi Lúcio colocá-la numa gaveta de seu escritório. Olhe_ ele continuou – na forma de cachorro, eu posso chegar lá bem mais rápido que vocês. Eu acho que devo ir na frente, e vocês dois vão atrás. Eu tiro o Feitiço do Encarceramento, se eu conseguir, e eu encontro vocês no quarto de Draco.

- E se..._ Hermione engoliu a seco – Você-sabe-quem já estiver com ele?

Sirius estava soturno.

- Ainda assim eu encontro vocês, e nós decidiremos o que fazer depois_ ele disse.

e pôs sua mão no ombro de Harry e Harry olhou para ele por um segundo e concordou com a cabeça:

- Certo!

Sirius soltou Harry e tomou imediatamente sua forma canina, na qual ele saiu do calabouço. Harry e Hermione o seguiram, mais devagar. Harry estava quieto, e parecia muito infeliz. Ele estava andando muito rápido, quase correndo.

- Draco está bem?_ Hermione perguntou timidamente – Quero dizer... você disse que ele não estava tão machucado, mas ele deve estar com medo.

- Ele não está tão bem. Na verdade, ele pediu que eu o matasse._ disse Harry, subindo numa pilha de pedra quebrada

Ele virou-se para ajudar Hermione a subir, e viu que ela estava parada, olhando para ele.

- O quê? O quê você disse, Harry?

- Eu peguei meu canivete de confiança e enfiei na garganta dele. O quê você acha que eu disse?_ perguntou asperamente Harry, irritado – Eu disse a ele que ele era louco e que eu não iria matá-lo!

Hermione começou a subir atrás dele, sem usar a ajuda.

- Por quê? Não estou perguntando porq eu você não o mataria, mas por que ele te pediu isso?

- Se eles puserem a maldição Lacertus nele, isso iria matá-lo de qualquer jeito._ disse Harry sobriamente – Ele não queria que fizessem isso, ele não queria arriscar, já que ele acabaria assassinando pessoas. Ele disse que isso só seria morrer um pouco antes do que ele iria de qualquer jeito.

Hermione empacou novamente. Harry se perguntou se eles iam chegar a algum lugar, com Hermione parando a cada dois passos.

- Harry..._ ela disse

- O quê?

- Uma coisa que você disse. No nosso primeiro ano, quando você estava indo atrás da Pedra Filosofal... você disse que se Você-Sabe-Quem te pegasse, isso só seria morrer um pouco antes do que você iria de qualquer jeito.

Eles olharam, um para o outro.

- Você acha que era eu falando nele?_ perguntou Harry, desconfortável

Hermione parecia extremamente funesta.

- Eu não sei_ ela disse – Eu não quero achar isso.

- Eu não acho que fui eu._ disse Harry inesperadamente

Hermione sorriu para ele.

- Eu espero que não._ ela disse – Eu já convidei ele para me visitar, no verão.

Agora foi a vez de Harry de parar de andar.

- Ele vai transformar sua família inteira em sapos, Hermione._ ele disse, lugubremente ecoando os próprios medos dela

- Ele não vai fazer isso_ ela disse, obstinada – Meus pais vão gostar dele. Ele tem mesmo bons modos, e ele se veste bem, e... e ele leu Hogwarts, uma história!

Harry virou-se para ela. Então ele se aproximou de Hermione, segurou-a pelos braços e olhou atentamente para o rosto dela, algo que ele jamais havia feito antes.

- Você gosta dele, Hermione? Eu sei que você beijou ele e tudo mais, mas você gosta dele?

- Sim_ ela disse, surpreendendo a si mesma – Eu gosto dele, eu realmente gosto dele.

- Você ama ele?

- Harry!

- Você poderia amar ele?

- Sim!_ ela exclamou – Sim, eu poderia. ela tentou puxar sues braços, mas ele a segurava muito firme. – Eu já estou ficando cheia dessa sua superproteção de como se você fosse meu irmão mais velho, Harry!_ ela continuou agudamente – Eu não tenho doze anos e eu não sou idiota, e é problema meu quem eu quero...

- Hermione..._ ele a interrompeu furiosamente – Você é tão burra...

E ele a beijou.

Isso não era nada como beijar Draco. Beijar Draco era doce e embriagante e divertido. Beijar Harry não era nenhuma dessas coisas; para Hermione, beijar Harry era a mistura de seis anos de amor frustrado, seis anos de devoção e ressentimento, seis anos de esperança e desejo e desespero. Era meio como uma bomba caindo sobre sua cabeça. Ela se sentiu se segurando a Harry como se, se não fizesse isso, fosse cair, sentiu Harry agarrando seus braços com uma força que chegava a ser dolorosa. Ela devia ter uma contusão, mas ela não se importava. Ela não podia respirar, mas ela não se importava. Havia uma pedra cutucando suas costas, mas ela não se importava. Ela podia sentir o coração de Harry batendo violentamente contra o dela, e era isso que importava.

Foi um choque quando ele a soltou e deu um passo para trás. Ela viu que o peito dele estava erguendo e depois declinando rapidamente, como se ele estivesse correndo. Ele continuou andando para trás até que ele estava contra a parede oposta, olhando para ela como se estivesse aterrorizado.

- Me desculpe._ ele disse – Eu não pretendia fazer isso. Eu realmente sinto muito.

Ela estava desnorteada.

- Por quê? Você sente muito por o quê?

- Isso..._ ele disse, apontando para ela, e depois para si mesmo – Você e eu. As coisas já estão caóticas demais. Eu não queria deixar a situação ainda pior.

- Pior?_ Hermione olhou para ele – Você está dizendo que me beijar foi uma coisa ruim?

- Não! Beijar você foi... ótimo._ disse Harry, fracamente. Ele se ajeitou, parecendo determinado – Mas ainda assim, eu não vou fazer isso de novo.

- Por que não?_ perguntou Hermione

- Porque_ disse Harry. Ele havia tirado seu canivete do bolso, e estava se distraindo com isso. Ainda havia sangue na lâmina – Isso seria errado.

- Errado?_ será que ele estava maluco? – Draco estava certo._ ela disse terminantemente – Você está ficando louco.

- Não estou ficando louco. Eu pensei bastante, Hermione, não pense que eu só...

- Você não quer saber o que eu penso_ ela falou asperamente

- Eu quero._ disse Harry

Ele estava desesperadamente infeliz, mas Hermione não tinha mais paciência pra sentir pena dele. Ela deu dois passos à frente e o agarrou pela gola das vestes.

- Diga isso!_ ela disse

Ele se recuou a olhar para ela.

- Eu não posso.

- Diga isso, Harry!

Agora ele estava com raiva e teimoso, como só Harry podia teimar.

- Se você está me pedindo para dizer o que eu sinto por você_ ele disse – Eu não posso. Eu não posso e não direi.

- Eu já te pedi isso antes._ ela disse – Eu não vou te pedir isso de novo. Essa é, Harry, essa é a última chance que você tem, você está me entendendo?

- Eu não posso!_ ele disse novamente

- Ótimo._ ela disse, e o soltou

O canivete dele caiu no chão e ela se abaixou para pegá-lo. Quando ela se levantou, ela viu Harry olhando para ela.

- Ótimo?_ ele repetiu, incrédulo

- Sim_ ela disse, entregando o canivete para ele Mecanicamente, ele o pegou – Ótimo. Por seis anos eu me perguntei se você era, você sabe, a pessoa certa para mim. E agora_ ela disse – Eu sei que você não é.

Os olhos de Harry estavam arregalados.

- Hermione, eu...

E ela virou-se e começou a andar. Harry ficou parado, por uns instantes, segurando o canivete firmemente, e então, a seguiu.




**



Na forma de um cão, Sirius correu pelos corredores em zigue-zague do calabouço e saiu pelo alçapão. Sob as sombras, ele passou pelos saguões, na direção de onde ele lembrava ser o escritório de Lúcio. Foi sorte, ele pensou, muita sorte que a casa estava deserta: ele não podia imaginar onde Lúcio e os Death Eaters estavam, mas não parecia ter ninguém por perto.

Ele virou o puxador do escritório de Lúcio com uma pata, e entrou. O que ele viu lá dentro o chocou tanto, que ele voltou à sua forma humana sem ao menos pensar, e gritou bem alto.

Narcissa estava sentada atrás da mesa de carvalho de Lúcio. Ela estava muito pálida, e estava segurando a varinha de Sirius com suas mãos. Quando ela o viu, seus olhos começaram a passear pelo quarto.

- Sirius..._ ela disse, e entregou a varinha para ele com a mão trêmula – Eu sabia que você viria atrás disso. Pegue isso rápido, e vá!

Ele pegou a varinha. Ele sentiu uma urgência louca de tocar na mão dela quando ele fez isso, mas reprimiu sua vontade.

- A sala de esgrima_ ele disse suavemente – Como eu faço para chegar lá?

Ela balançou sua cabeça.

- Saia da casa, Sirius!

- Narcissa_ ele disse – Eu preciso pegar Harry antes que o Lord das Trevas faça isso. Você me entende?

- Eu entendo._ ela respondeu – Mas o Lord das Trevas já o pegou.




**



Draco não podia acreditar no quão medonho Voldemort era. Ele nunca, na verdade, tinha pensado sobre isso, mas ele sempre achou que o Lord das Trevas era como qualquer outro Death Eater, talvez um pouco mais alto ou mais pálido, mas ainda humano. Olhando para os olhos cortados, do como os de gato de Voldemort, e para seu rosto escamoso e sem nariz, Draco repentinamente sentiu pena de Harry. Tendo de estar cara-a-cara com ele a toda hora. Vendo esse rosto em seus sonhos. Isso devia ser horrível.

Draco sabia que devia estar sentindo medo, mas ele não estava. Ele não sabia o motivo. Em partes, ele supôs, era porque ele podia sentir Harry e Hermione na outra extremidade do fio invisível, eles estavam andando pelos túneis, atrás dele, e ele podia sentir a solicitude e preocupação deles. Isso o fazia sentir-se menos só, mesmo sabendo que não havia jeito deles chegarem a tempo.

Ele olhou para seu pai, que estava ansioso e gulosamente esperançoso.

- O senhor está feliz, Mestre?_ perguntou Lúcio Malfoy

- Eu estou._ disse o Lord das Trevas – Lúcio, você e os Death Eaters fizeram um bom trabalho.

- Lúcio e os Death Eaters_ disse Draco, desejando que sua voz não parecesse tão ranzinza – Soa como um nome de banda.

Lúcio e Voldemort encararam Draco. Draco encarou de volta. Se ele iria morre, ele estava determinado a morrer sendo irritante, o que, além do mais, ele fazia muito bem.

O Lord das Trevas se abaixou e colocou sua mão sobre a testa de Draco, diretamente na cicatriz de Harry. Sua mão estava fria.

- O meu toque te queima?_ ele perguntou numa voz horrível – Isso te machuca, Harry Potter?

- Não_ disse Draco – Mas faz cócegas como o inferno!

Ficou evidente que Voldemort não tinha senso de humor. Ele olhou para Lúcio, que olhou de volta e balançou os ombros.

- Ele está mentindo!_ disse Lúcio

Os horrorosos olhos de gato de Voldemort estavam cortados.

- Ele está?

Ele se abaixou e tirou uma de suas luvas. A mão que apareceu era vermelho-escura, quase cor de tijolo, com longas unhas pretas. Haviam ranhuras profundas pelas palmas das mãos dele, como cortes cicatrizados ou queimaduras.

- Pegue minha mão, harry Potter!_ ele disse, estendendo-a para Draco

- Só depois que você botar uma loção nesses cortes._ disse Draco – Eles são muito asquerosos!

- Pegue minha mão!

A mão de Voldemort foi até a de Draco e a agarrou com a velocidade de uma cobra em greve. Ele esmagou a mão de Draco com o aperto. Era a mão que Harry havia feito o corte e a dor foi aguda. A mão do Lord das Trevas estava tão seca e escamosa como a pele de um lagarto. Ele não tinha nenhuma pulsação. Draco puxou sua mão de volta o mais rápido que pôde.

O Lord das Trevas virou-se para Lúcio Malfoy e o olhar em seu rosto não era nem um pouco agradável.

- Isso é alguma brincadeira, Lúcio?

- Eu não... eu não sei o que o senhor quer dizer._ Lúcio gaguejou

- Esse_ Voldemort apontou para Draco – não é Harry Potter. Você acha que um frágil disfarce iria me enganar? Enganar a mim? Eu não sei quem é esse... algum trouxa para quem você deu a Poção Polissuco... o que você pretendia com isso, Lúcio?

O rosto de Lúcio Malfoy estava da cor de queijo cottage.

- Esse não é... não é Harry Potter?_ ele balbuciou

- Não finja que você não sabia._ disse Voldemort, mas Lúcio estava também num estado de choque avançado para dizer qualquer coisa

Ele estava olhando, com os olhos arregalados, para Draco. Draco acenou para ele.

- Quem é você?_ Lúcio perguntou numa voz abafada – Um amigo de Potter...?

- Dificilmente_ respondeu Draco

- Há uma solução simples para essa pergunta, Lúcio!_ disse Voldemort. Ele sacou sua varinha e a apertou contra a garganta de Draco, o que doía bastante. – FINITE INCANTATUM!_ disse o Lord das Trevas

Por um momento, nada aconteceu, e Draco teve certeza de que o feitiço não havia funcionado. Então, a sensação de derretimento que ele se lembrava, tomou conta dele novamente, acompanhada da dor que passava pelos seus nervos como o vôo de pequenas flechas. Era como se sua própria pele estivesse sendo arrancada, seus ossos derretidos e reformados. Ele se dobrou e caiu no chão, de quatro, ofegando, sua visão embaçada e dolorida.

Ele parecia ver seu próprio corpo de uma longa distância, ele se via se transformando. E ele viu o estreito fio de luz, que esticava-se entre ele e Harry, estalar como uma linha de pescaria com muito peso. A visão de Harry que ele tinha no seu íntimo rodopiou na escuridão... e ele estava sozinho.

Draco sentou-se, sentindo o fluxo de dor ir embora. Sua visão ainda estava embaçada... mas isso, ele percebeu, era porque ele ainda estava usando os óculos de Harry, que ele não precisava mais. Ele tentou levar as mãos ao rosto para tirá-los, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele teve de tentar três vezes antes de conseguir tirar os óculos.

Ele olhou para cima. Seu pai e Voldemort estavam olhando para ele: Voldemort com curiosidade, e Lúcio com uma expressão que dizia que todos os seus piores pesadelos tinham acabado de se tornarem realidade num único e terrível momento.

- Esse é o seu filho, Lúcio?_ o Lord das Trevas perguntou




**





- Olá, pai!_ disse Draco

Lúcio parecia que havia sido obrigado a comer uma fatia de limão acompanhada de um enorme tijolo.

- Draco?

- Ele realmente parece com você, Lúcio!_ disse Voldemort olhando Draco superficialmente – Especialmente em volta dos olhos._ ele ergueu sua varinha – É uma pena que eu vou ter de queimá-los!

- Meu Lord!_ exclamou Lúcio, desesperado, virando-se para Voldemort – Por favor, acredite em mim..._ por um breve momento, Draco pensou que seu pai fosse implorar pela sua vida – Por favor, acredite em mim, eu não sabia nada sobre isso!

- Estranhamente o suficiente, eu acredito em você, Lúcio._ disse Voldemort – Você sempre foi profundamente idiota e não me surpreende que você não tenha conhecimento das ações de seu filho. Mas isso não muda o fato de que ele é um traidor e irá morrer!

- Eu posso fazer uma sugestão, Mestre?_ perguntou Lúcio

- Pai!_ Draco interpôs-se

Lúcio o ignorou.

- Faça-a rápido!_ disse o Lord das Trevas

- O Feitiço Veritas._ disse Lúcio delicadamente – É possível, até provável, que Draco tenha conhecimento do paradeiro de Harry Potter... se isso é uma Poção Polissuco, ele deve precisar estar sempre perto...

Voldemort sorriu friamente.

- Uma excelente idéia!_ ele disse

E sacou sua varinha e a apontou para Draco.

- Pai..._ disse Draco de novo

- Veritas!_ sibilou o Lord das Trevas

Então, pela segunda vez em sua vida, os ganchos afundaram em seu peito e o abriram, e ele sufocou de dor e de terror de estar tão exposto. E era ainda pior, talvez porque dessa vez ele estava resistindo. Contudo, não havia como resistir. Não importa o que ele quisesse dizer quando abrisse a boca, ele sabia que a verdade sairia sempre.

Voldemort começou com uma pergunta simples:

- Qual é o seu nome, garoto?

- Draco Thomas Malfoy.

- Em homenagem a mim, Lúcio?_ falou Voldemort – Exótico!

Lúcio sorriu.

- Onde está Harry Potter?

Draco mordeu seus lábios com força. Mas não adiantava.

- Eu não sei_ ele se ouviu dizer.

Esse foi um alívio de grande valor. O fio que o ligava a Harry foi desfeito com a dissolução do efeito da Poção; ele não tinha mais a mínima idéia de onde Harry pudesse estar.

- Por que você tomou a aparência dele e fingiu ser ele?

- Meu pai ia matar Hermione._ disse Draco – Eu não podia deixar isso acontecer.

Lúcio ficou surpreso.

- Ela era mesmo sua namorada?_ Lúcio perguntou

- Não._ respondeu Draco – Ela não era. Ela é a melhor amiga de Harry.

- E você sentiu necessidade de arriscar sua própria vida pela vida da melhor amiga de outra pessoa?_ pergutnou o Lord das Trevas – Por quê?

- Eu a amo._ disse Draco, que se sentiu ruborizar e ficar escarlate

Ele havia pensado que não seria humilhado, mas aparentemente, foi.

- Meu Deus! Que embaraçoso!_ exclamou o Lord das Trevas, mas ele parecia fracamente divertido – Por que você não nos conta, jovem Malfoy, como você veio para nessa casa, com a melhor amiga de Harry Potter, a quem você... ama, e com o próprio Harry, presumivelmente disfarçado de você?

- Não!_ disse Draco, tentando se levantar com a ajuda de suas mãos e joelhos

Havia algo úmido em seu rosto;quando ele levou a mão para tirar essa coisa, sua mão voltou vermelha. Sangue. Ele tinha mordido seus lábios forte demais, e os havia perfurado.

- Não!_ ele repetiu

Mas ele não podia levantar. A dor em seu peito era muito intensa, e o sentimento de ser rachado era muito forte. Ele caiu no chão.

- Pai_ ele se ouviu dizer, e estremeceu-se com o quão infantil ele soava – Pai, por favor!

Lúcio se mexeu, desconfortavelmente.

- Talvez o senhor devesse atingí-lo com o feitiço novamente, Mestre._ ele disse

- Realmente!_ disse Voldemort, e fez




**



Eles estavam quase no pé da escada que levava à sala de visitas quando Harry deu um grito onipotente e caiu no chão. Hermione virou-se, surpresa.

- Harry!_ ela chamou – Você está bem...?

A resposta dele veio abafada. Ele parecia se desdobrar como se, com dor, um infeliz caroço negro rolasse no chão com as mãos no rosto. Ela se aproximou de Harry e pôs as moas sobre a cabeça dele.

- Hermione? É você?

Ela estava quase respondendo impacientemente quando a luz de sua varinha caiu sobre ele, e então, sua resposta incisiva tornou-se um gritinho. Ela tapou a boca com a mão e olhou.

- Harry..._ ela tomou fôlego – É você!

- Claro que sou eu!_ ele disse, irritado – Quem você esperava que fosse? Lúcio? Deixa para lá, não precisa responder!

- Cale a boca!_ ela disse – Estou falando sério, Harry, é você mesmo... você voltou, entende?

E ele tinha mesmo voltado ao normal. O cabelo escuro desarrumado, olhos verdes, cicatriz em forma de raio, e tudo mais. Ele tirou suas mãos de seu rosto e meio que sorriu para ela.

- Eu meio que imaginava isso!_ ele disse – Por causa da dor horrível e pelo fato que eu não consigo enxergar nada.

Hermione não podia parar de olhar para ele. Era tão estranho ver o rosto dele sendo o dele novamente; seus detalhes familiares, de novo tomavam vida pela inteligência que vivia lá e pertencia àquele corpo. Houve um momento de silêncio embaraçoso quando ela ficou pasma, olhando para ele. Finalmente, ela disse:

- Não dói mais, dói?

Ele balançou sua cabeça em sinal negativo.

- Não, mas..._ ele disse – Mas eu queria poder enxergar.

Ela se ajoelhou perto dele.

- Eu posso curar seus olhos, Harry. Você quer que eu faça isso?

Por um momento, ele ficou quieto, mordendo seu lábio. Então, relutantemente, ele disse:

- Eu acho que é melhor.

Ela sabia o motivo pelo qual Harry nunca deixou ela nem ninguém consertar sua vista com mágica, antes: seus óculos tinham se tornado algo como o símbolo da marca registrada de Harry Potter, ele gostando disso ou não, e se ele se livrasse dos óculos, a revista de fofocas “Bruxa Semanal” iria teria um grande dia. Eles já haviam feito matérias sobre como ele cortava seu cabelo (segundo a revista. ele cortava o próprio cabelo no banheiro, com uma tesourinha de unhas) e onde ele comprava suas roupas (“eu deixo Hagrid encolhê-las para mim”). Se ele se livrasse dos óculos, isso significaria manchetes como: HARRY POTTER É MUITO VAIDOSO PARA USAR ÓCULOS: SERÁ QUE O MENINO QUE SOBREVIVEU ESTÁ FICANDO CABEÇUDO? E Harry odiava esse tipo de coisa.

- Será temporário._ ela disse suavemente – Um Feitiço Corretor. Até que recuperemos seus óculos.

- Está bem!_ ele disse, e fechou seus olhos

Hermione sacou sua varinha e tocou a ponta dela suavemente em cada uma das pálpebras dele.

- Fique quieto!_ ela recomendou, manteve os punhos firmes – Oculus!_ ela disse

Harry pulou, como se tivesse sido picado, e abriu seus olhos. Então, um sorriso relutante espalhou-se pelo seu rosto.

- Ei!_ ele exclamou – Obrigado, Hermione!




**



Só haviam passado quinze minutos, mas para Draco, pareciam horas desde que o Lord das Trevas havia posto-o sob o Feitiço Veritas. Ele havia tentado se desvencilhar, e ouviu sua própria voz falando, como se estivesse a uma longa distância, contando ao seu pai e ao Lord das Trevas tudo, desde o primeiro momento que ele ficou sob a aparência de Harry até sua crença de que Harry estava no calabouço, resgatando Sirius.

Finalmente, quando ele não tinha nada mais para contar, o Lord das Trevas tirou o Feitiço Veritas dele. O alívio foi intenso, mas também foi intensa a revoltante sensação de culpa.

- Então_ ele ouviu seu pai falar – Devemos procurar o garoto Potter nos aposentos subterrâneos, Mestre?

- Não é necessário_ disse Voldemort, agradado – Nós devemos apenas esperar. Harry Potter virá até nós. Ele virá em busca de seu filho.

Lúcio Malfoy parecia ter dúvidas sobre isso.

- Mas meu Lord... eles não são sequer amigos, Draco disse o quanto...

Voldemort balançou sua cabeça.

- Eu conheço Harry Potter._ ele disse – Ele é exatamente igual ao pai dele. Ele virá em busca de seu filho, Lúcio. Eu garanto.




**



Quando eles foram até a sala de visitas, Sirius os estava esperando sob sua forma canina. Harry abriu sua boca para dizer alguma coisa, mas Sirius simplesmente balançou sua cabeça velozmente, indicando que eles o deviam seguir. Eles andaram atrás dele pelos corredores até o escritório de Lúcio, cuja porta Sirius abriu com uma pata, e entrou.

Narcissa estava sentada atrás da mesa de Lúcio, exatamente como Sirius a havia achado antes, porém, dessa vez, ela estava com as mãos sobre o rosto. Estava chorando.

Sirius transformou-se em homem novamente tão rápido, que houve um audível *pop* quando ele fez isso. Ele indicou Narcissa com um movimento de seu queixo.

- Eu tive que contar tudo para ela_ ele disse a Harry e Hermione em um tom de voz fraco – Ela está muito triste_ ele olhou para Harry – Tomou sua forma de volta, não é? Eu achei que sim.

Harry parecia surpreso.

- Como você sabia?_ Harry perguntou .

Sirius bateu o pé no chão, parecendo profundamente infeliz.

- Voldemort já chegou._ Sirius disse, e olhou nesse momento, aflito, para Hermione – Ele veio em busca de Harry..._ Sirius suspirou – Bem, quero dizer, ele deve ter sabido logo que Draco não era você, não deve? Ele provavelmente cessou o efeito da poção.

Hermione estava chocada e preocupada; Harry, porém, não mostrava surpresa, só resignação.

- EU imaginei que isso tivesse acontecido._ ele disse silenciosamente – Minha cicatriz está doendo há quase uma hora.

Hermione ficou furiosa, e perguntou:

- Por que você não me contou?

Harry lançou a ela um olhar irritado, e ela se lembrou de que, uma hora atrás, ela e Harry estavam se beijando no calabouço, e depois disso, ela brigou com ele com grande veemência. Não parecia, provavelmente, para ele, a hora certa de dizer que sua cicatriz estava doendo.

- Ah!_ ela exclamou, ficando vermelha – Me desculpe.

Harry virou-se para Sirius, e perguntou:

- Você acha que Draco está bem?_ ele lançou um olhar aflito para Narcissa e abaixou o tom de voz – Você acha que ele está vivo?

Sirius balançou os ombros.

- Não sei. O Lord das Trevas pode tê-lo matado num impulso de raiva. Contudo, Draco é o filho de seu Death Eater mais próximo e mais poderoso. Se Draco conseguir convencê-lo de que estava agindo sob a influência da Poção Polissuco... se ele der ao Lord das Trevas informações sobre você...

- Ele não faria isso!_ protestou Hermione

- Talvez não_ disse Sirius prudentemente, mas nem ele nem Harry olharam para ela

- Narcissa vai ficar bem?_ Harry perguntou, finalmente, quebrando o silêncio

- Eu espero que sim_ disse Sirius esperançosamente – Lúcio..._ ele disse esse nome com imenso ódio – Lúcio a menteve sob todo o tipo de magias e feitiços por muito tempo... Feitiço da Coação, Maldição Imperius às vezes, ela foi proibida de ter uma varinha, proibida de mentir para ele, proibida pela dor da morte até de dizer o nome de Lúcio, no caso de ela usar isso num feitiço.

Hermione balançou sua cabeça.

- Não teria sido mais fácil para Lúcio casar-se com alguém que de fato gostasse dele?_ ela se perguntou, em voz alta

- Homens como Lúcio não fazem as coisas porque elas são fáceis._ disse Sirius amargamente – Eles fazem as coisas para mostrar o quão poderosos são. Lúcio queria casar-se com a garota mais bonita da escola. E assim ele fez.

- Ele deveria estar em Azkaban!_ disse Hermione, com raiva

- E nós deveríamos estar resgatando Draco!_ disse Harry

Hermione estremeceu.

- Eu vou ter que ir encará-lo._ disse Harry soturnamente

- E fazer o quê, Harry?

- Um trato_ disse Harry – Vou me oferecer no lugar de Draco.

- Ah, claro!_ falou Hermione, com raiva – Porque Voldemort é muito conhecido por manter sua palavra!

- Eu acho que sei o que Hermione quer dizer_ disse Sirius – é que ele vai te matar de qualquer jeito. Na verdade, tenho certeza de que ele espera que você faça exatamente o que você acabou de sugerir.

- Bem, nós não podemos deixá-lo a mercê de Lúcio e Voldemort._ protestou Harry – E dos Death Eaters!

- Os Death Eaters não estão com ele._ disse uma fraca voz. Era de Narcissa, que estava agora se sentando e esfregando os olhos – Eles estão no Salão de Festas do andar debaixo, reparando a maldição Lacertus.

Sirius andou, sentou-se perto de Narcissa e colocou uma mão sobre o ombro dela.

- Está tudo bem_ ele disse – Ele ficará bem._ mas o próprio Sirius não parecia convencido disso

Harry olhou para Hermione em busca de ajuda, mas ela estava bastante pensativa. Ela andou até o lado oposto do aposento e pegou um grosso livro verde de uma estante: Elaborações Essenciais de Bruxaria.

Sirius virou-se e olhou para ela. Perguntou:

- Hermione, o que você está fazendo?

- Shhh!_ disse Harry, e colocou seus dedos sobre os lábios de Sirius – Deixe-a!

Hermione começou a folhear o livro.

- Eu só achei que... talvez... se nós pudermos fazer isso funcionar... pode ser que...

Sirius parecia confuso. Até Narcissa parecia confusa. Mas Harry simplesmente ficou parado, assistindo-a ler, e tentou ficar calado. Finalmente, ela soltou o livro e virou-se para Sirius. E disse:

- Eu tenho uma idéia.

Sirius parecia ter dúvidas.

- Isso é bom_ Harry o tranqüilizou – Hermione tem grandes idéias.

- Mas eu vou precisar de sua ajuda, Narcissa._ Hermione adicionou

Agora, até Harry parecia ter suas dúvidas. Mas Narcissa se levantou de sua cadeira.

- O que eu posso fazer?_ ela perguntou




**



Voldemort ordenou que Lúcio tomasse conta de seu filho; então andou pelo aposento, e debruçou-se na janela, olhando para fora. Isso efetivamente deixou Draco e seu pai sozinhos. Se Draco esperava que Lúcio estivesse arrependido pelo terror que ele o submeteu, ele deve ter ficado desapontado. Ele simplesmente examinou Draco dos pés à cabeça e disse friamente:

- Você em entristeceu, garoto.

A despeito de si mesmo, Draco estava quase impressionado com a total falta de remorso de seu pai. Era comovedor.

- Talvez você me desse razões._ Draco disse

Lúcio franziu as sobrancelhas.

- E o sue grande senso de humor não está ajudando no seu caso._ Lúcio disse – Se você se comportar mostrando que está arrependido, é capaz do Lord das Trevas te perdoar. Ele sempre teve grandes expectativas sobre você, Draco. Ele pode ser piedoso. E se você realmente estava agindo sob a influência dessa Poção Polissuco...

Draco balançou sua cabeça.

- Eu temo que eu vá te desapontar novamente, pai._ ele disse – Não tenho a mínima vontade de me unir ao Lord das Trevas. Eu temo que eu não possa ver o que o senhor vê nele. Não o cara mais estável. Nem o louro mais bonito._ ele adicionou, numa reflexão posterior

- Eu não sei o que você espera conseguir me desafiando, Draco_ disse Lúcio, parecendo tão preocupado quanto um pai comum, que acabou de descobrir que seu filho adolescente pegou o carro emprestado e bateu numa barreira de neve

- Se o senhor não sabe o que eu espero, pai_ disse Draco friamente – Não sou eu quem vai explicar.

- E se você não parar de me desafiar_ disse Lúcio, ainda mais frio – Eu não serei mais o seu pai.

Depois disso, eles sentaram-se em silêncio.




**



Harry, Hermione e Sirius sentaram-se nervosamente no escritório, sem olhar um para o outro. Narcissa havia saído havia cinco minutos. Quando a porta finalmente abriu e Narcissa voltou ao quarto carregando um largo objeto empacotado, Sirius ficou tão contente que transformou-se em um cachorro, depois novamente em homem, e então de novo em cachorro, numa sucessão veloz.

- Pare com isso, Sirius!_ disse Harry, embora igualmente aliviado – Muita excitação, isso não é bom para você!

Narcissa colocou o pacote sobre a mesa e andou para trás, quando Harry, Hermione e Sirius (soba forma humana novamente) se aglomeraram em volta.

- Eu disse a eles que estava buscando isso para Lúcio_ ela disse, soando quase contente – Quanto mais eu resisto, mais fácil fica._ ela continuou – Eu sinto como se eu quase pudesse dizer o nome dele agora.

Harry, Hermione e Sirius andaram para trás rapidamente.

- Mas eu não direi_ ela adicionou

Hermione voltou até a mesa e desembrulhou o pacote, e então, respirou fundo. Um grande braço de metal estava estendido à sua frente, sinistro e horroroso. Cada um de seus sete dedos de metal terminavam em lâminas mórbidas e haviam grotescas trinchas de Magia Negra por toda a sua cavidade. A despeito de ser vazio por todo o seu interior, isso parecia extremamente sólido e pesado.

Harry estava olhando para o braço metálico, revoltado. Perguntou:

- Esse é o braço Lacertus?

- É horrível, não é?_ disse Hermione, concordando com a cabeça

- É bom que ele não vai tentar usar essa coisa em Draco afinal de contas_ disse Harry – Não há jeito de fazer Draco vestir uma coisa como essa. Bem..._ ele adicionou, com o espectro de um sorriso – talvez se você dissesse a ele que isso é Armani.

- AH, cale a boca, Harry!_ disse Hermione, desatentamente – Nós só temos alguns minutos com essa coisa antes que Narcissa tenha que levá-la para você-sabe-quem. Me deixe trabalhar nisso!




**



Enquanto Hermione trabalhava, Sirius puxou Narcissa para um canto.

- Você fez muito bem, muito bem._ ele disse – Nós sabemos que pé difícil para você...

- Eu estou fazendo isso por Draco_ ela disse, com a voz um pouco aguda

- Eu sei_ disse Sirius

- E quando tudo isso terminar_ disse Narcissa – você sabe que eu vou ter que ficar aqui, não sabe? Eu não ouso sair. Não enquanto o pai de Draco tiver aquele pingente.

- Mas o Lúcio não já vai pensar que...

Narcissa balançou sua cabeça.

- Ele nunca vai pensar que eu agi contra ele, não pela minha própria vontade, não depois de dezessete anos. Mas se eu sair daqui com você...

Sirius parecia infeliz.

- Eu entendo.

Narcissa sorriu. Era a primeira vez em dezoito anos que ele via seu sorriso. Isso o fazia lembrar de sua infância.

- Tudo vai ficar bem, Sirius_ ela disse

- Sim_ ele disse – Talvez.

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