Distinguo Inimicus Tuum



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG–13 (já vou avisando que esta história vai ser muito mais “dark” que a outra).
Spoilers: PS, CoS, PoA, GoF, OOTP, Departamento de Mistérios.
Shippers: Harry e Hermione, um pouquinho de Draco e Gina.
Summary of the chapter: Harry está vivo, mas até quando os Comensais permitirão isso? E porque ninguém diz nada para Hermione?
Disclaimer: Harry Potter não é meu, ele faz parte da conspiração estadunidense, mas como eu já disse, votem em que eu resolvo a situação rapidinho!
A/N: rapidinha sobre o título do capítulo (que a incrível Ainsley conseguiu traduzir em 3 horas e 42 minutos): Distinguo inimicus tuum é algo como “conheça teus inimigos”, ou mais ou menos assim: saiba quem é inimigo e quem é amigo, ok? Nhai, quem não gosta de Latim, desculpe-me, mas é que eu simplesmente AMO esse idioma.
A/N 2: quero agradecer a todo mundo que me deixou reviews no ff.net e no potterish e no próximo capítulo eu agradeço a todos direitinho, certo? É que o meu computador que armazena os e-mails das reviews tah implicando comigo e travando, ainda assim, obrigada mesmo, vocês não sabem como vocês me dão inspiração para continuar!





Capítulo Dois – Distinguo inimicus tuum



“Well I just heard the news today

It seems my life is gonna change

I close my eyes, begin to pray

Then tears of joy stream down my face”

–– Creed, “With Arms Wide Open”





***

Quando recobrei os sentidos, estava no mesmo quarto em que tinha sido colocado pela primeira vez. Não fiquei sozinho por muito tempo; logo um Comensal entrou, fechou a porta e foi até a janela, parecia analisar se ela estava bem trancada.

Não pude identificar quem era nem quando aproximou-se de mim e, sem dizer uma palavra, me fez beber uma poção. Mas, ao contrário das outras vezes, essa poção me deixou mais acordado que nunca, até mais descansado. A partir daí, pude começar a considerar a possibilidade de fugir dali.

Voldemort estava inconsciente, mas senti que se eu dissesse qualquer coisa, ele poderia acordar. Como se tivesse lido meus pensamentos, o Comensal levou o dedo indicador à boca, ou pelo menos onde eu supunha que ficasse a boca dele, em um gesto que pedia silêncio. Pegou minha capa que estava jogada em um canto do quarto e me entregou.

O único ruído que fez antes de sair da sala, foi murmurar para mim algo como “desaparate”. Quando ele fechou a porta, sem pensar duas vezes abri a capa e me preparei para vesti-la. Foi quando reparei que algo caiu no chão, algo que estava escondido na capa. Uma varinha, ou melhor, minha varinha.

Agora eu entendi porque ele me entregara a capa. Não fora para eu vesti-la para alguma reunião que teríamos em breve, e sim para entregar minha varinha. Mas quem seria ele? Sem tempo de me questionar sobre isso e não querendo ser surpreendido por outro Comensal, eu imediatamente desaparatei para o lugar mais seguro que pude imaginar – a sede da Ordem da Fênix.




***

– Você está dizendo que não sabe de nada? Harry pode estar vivo, e pior, pode ter sido seqüestrado por Comensais e você não sabe de nada?? – gritou Hermione, não conseguindo conter o nervosismo.

– Eu só tenho as informações que o Ministério forneceu. Não sei se Comensais o seqüestraram. Eu saí do grupo assim que a Ordem se dissolveu há um ano, Srta. Granger. – respondeu Snape, tentando disfarçar o escândalo que começava a chamar atenção dos estudantes.
– Dumbledore não lhe disse nada? Não é possível! E eu nem consigo encontrá-lo, parece que todos desapareceram de uma hora para outra!

– Pelo que sei, o diretor está em Londres. Ele parece pensar que há possibilidade de Potter voltar para onde era sede da Ordem. A Vice-diretora está na sala de transfiguração, talvez devesse procurá-la ao invés de perder tempo distraíndo os alunos como está fazendo agora, Granger. Então, se me der licença, eu preciso retornar à aula. – falou Snape, virando-se e voltando a entrar na masmorra.

“Como se eu não tivesse ido à sala de transfiguração!”, pensou ela, amaldiçoando Snape por não ajudá-la; tinha certeza que ele agira assim somente para provocá-la.

Talvez fosse melhor ela seguir o exemplo de Dumbledore e ir para Grimmauld Place. Se Harry estivesse vivo, provavelmente iria para lá, esperando encontrar alguém da Ordem. Trancado no ministério por um ano ele não deveria saber que a Ordem deixou de ser necessária no momento em que Voldemort foi derrotado, e não existia desde então.

Hermione entrou escondida na sala dos professores, pegou um pouco de pó de flu, entrou na lareira existente em um canto da sala e disse “Grimmauld Place, número doze.”




***

A casa parecia extremamente vazia quando Harry chegou na sala. Examinou-a inteira e encontrou apenas uma pessoa, exatamente quem ele procurava – Alvo Dumbledore.

– Imaginei que viria para cá, Harry. – falou Dumbledore, quando Harry entrou na cozinha. – É bom encontrá-lo novamente.

– Igualmente, Dumbledore. Achei que teria mais gente aqui, mas a casa está quase vazia.

– Sim, está. – respondeu Dumbledore, sem maiores explicações – Talvez queira sentar-se. Aceita uma xícara de chá?

Harry sentou-se; Dumbledore lhe entregou o chá, antes de continuar.

– A Ordem da Fênix não existe mais, Harry. Ela acabou no momento em que você venceu Voldemort. Por isso, a casa está vazia.

Harry considerou por um momento. Deveria ter imaginado que a Ordem não existiria mais, com certeza algum tempo passara desde aquela noite. O Ministério provavelmente já conseguira assegurar a tranqüilidade do mundo bruxo agora que Voldemort não estava mais livre.

– Faz tempo? Que a Ordem se separou? – perguntou Harry.

– Um ano. – respondeu Dumbledore sinceramente. – Por isso foi uma surpresa quando a porta foi aberta e nenhum corpo foi encontrado. Vocês deveriam estar mortos.

– Mas não estamos. – respondeu Harry, tentando encontrar palavras para explicar a situação.

– O que aconteceu com Voldemort? – perguntou Dumbledore, cuidadoso.

Harry levantou-se e mostrou a última coisa que desejava que alguém visse. Tirou o capuz mostrando a terrível visão de um rosto quase desfigurado na parte de trás de sua cabeça.

Dumbledore assentiu e Harry reergueu o capuz, sentando-se. Harry estava extremamente ansioso para ver a reação de Dumbledore, mas o diretor manteve-se pacífico como sempre.

– Entendo. – falou Dumbledore, quebrando o silêncio formado. – Os servos de Voldemort sabem?

– Foram eles que me tiraram do Ministério.

Dumbledore novamente assentiu.

– Por que Voldemort pôde me possuir? – Harry soltou a pergunta que queimava em sua boca – Quero dizer, quando eu o matei com a espada de Gryffindor, ele ficou extremamente fraco. E também, uma vez você me disse que Voldemort nunca poderia residir em alguém tomado por uma força que ele detesta.

– Só posso especular sobre isso, Harry. Acredito que seja porque, inconscientemente, você sabia que só sobreviveria naquela sala se isto acontecesse. Pode ser também porque você estava tomado pelo ódio naquele momento. Fazia pouco tempo que tinha matado Bellatrix e queria matar novamente, talvez isso tenha deixado Voldemort forte o suficiente para manter vocês dois vivos.

– Queria que não tivesse sido assim. – murmurou Harry. – E por quê minha cicatriz não dói mais? Minha cabeça não deveria estar explodindo de dor agora que Voldemort está o tempo todo próximo?

– Sua cicatriz é o sinal da sua conexão com Voldemort. Apesar de Voldemort estar tocando em você, acredito que ela não doa porque o elo entre vocês dois agora é maior e mais complexo que uma simples cicatriz. Devo estar muito enganado se não for verdade que Voldemort tenta controlar sua mente e, ouso dizer, seu corpo também.

– Ele tentou algumas vezes. – falou Harry, concordando. Vendo que Dumbledore não respondera, ele decidiu continuar. – Mas ele só começou a ter sucesso depois que os Comensais me obrigaram a beber uma poção.

– Interessante. Vou falar com Severo sobre isso, ele deve ter alguma informação.

– Professor... Snape ainda age como um espião entre os Comensais? – perguntou Harry.

– As missões da Ordem encerraram-se há um ano, Harry.

– Alguém me ajudou a sair de lá, devolveu minha varinha, me mandou desaparatar...

– É bom saber que temos algum Comensal que está do nosso lado. Mesmo que não saibamos quem é, devemos a ele o fato de você estar aqui, não?

– Onde devo ficar, Dumbledore? Eu não voltaria para a casa dos Dursley, muito menos neste estado.

– Acho que seria mais seguro se você ficasse aqui, Harry. A não ser, é claro, que você queira voltar para a escola.

– Não acho que depois de um ano um professor de Defesa Contra Arte das Trevas ainda seja necessário. – respondeu Harry, dando um leve sorriso.

– Não. Você tem razão, encontramos um substituto e ele é muito competente. Conhece essas artes muito bem.

– Eu o conheço?

– Ah, sim. O Sr. Malfoy estudou com você.





~~~~~ Next Chapter ~~~~~


P.S.: E quem imaginaria o Draco de professor? Ainda mais de Defesa Contra Arte das Trevas? Eu pelo menos nunca vi isso em alguma fic, de qualquer forma... Próximo capítulo: Harry e Hermione se reencontram e a Ordem pode fazer-se novamente necessária para proteger Harry.


Próximo capítulo: Harry e Hermione se reencontram e as coisas não são mais as mesmas... mas os meus coleguinhas da H2 ainda terão que esperar mais para verem os dois juntos, se eles ficarem juntos... e o Harry apanha mais um pouquinho...

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