Notícias do Profeta Diário

Notícias do Profeta Diário



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG-13
Spoilers: Todos os cinco livros, incluindo a Ordem da Fênix. Se você não leu o quinto livro, então desliga esse computador e vai ler agora mesmo!! E, obviamente, Departamento de Mistérios, que é a primeira parte dessa fic.
Shippers: Harry e Hermione
Summary of the chapter: Fala, fala, fala / para contar que Fudge (ainda) é uma mala / O mundo não têm paz / Mesmo Harry tendo feito tudo que foi capaz / O Ministério e o Profeta / Continuam usando seus asseclas / Para Harry tentar desmoralizar / Então tudo que se pode fazer / é ir para Londres e ajuda procurar / mas, espere, de quem é esse rosto tão familiar? (só sei fazer essas rimas de meia-tigela, não reclamem!)
Disclaimer: Harry Potter não é meu, é da tia Jo, da Warner e etc.
A/N: Homenagem ao um dos melhores capítulos de “O Cálice de Fogo”: O Retorno de Almofadinhas. Outra coisa: o próximo capítulo é um dos últimos melosos, em homenagem ao Dia dos Namorados, e vai ser publicado dia 12 de junho.
A/N 2: os comentários de vocês me fazem tão feliz!!! Respondendo aos atrasados: yasmin: o Harry achar um emprego? Depois desse capítulo você entende mto bem o porquê. Renata: coloquei a continuação, então leia e comente, ok? Sabrina Potter: não posso evitar escrever de madrugada, é quando eu me inspiro de verdade. Cath_Potter: repito: já atualizei, comente pra dizer o q vc acha desse cap :) Fernanda Mac-Ginity: você tem razão, mas de qualquer forma, nos próximos capítulo não fica tão meloso (leia-se: a partir do cap 10) Dani: eu, matar alguém?? NUNCA! Sou um anjo de bondade e compaixão para com os personagens!
A/N 3: Lu, querida, você não sabe como você me faz feliz!!! Bigadu pelos comentários!! :) :) Atendendo a pedidos, aí está um capítulo mais longo e que eu atualizei rapidinho, então não reclamem e comentem, ok? E se alguém quiser que eu avise quando atualizo a fic, deixe o e-mail nos comentários ou me adicione no MSN.





Capítulo Oito – Notícias do Profeta Diário

“There is a word

Which bears a sword

Can pierce an armed man --

It hurls its barbed syllables

And is mute again --”

–– Emily Dickson, “There is a Word”




***

– Então, que história é essa de todo mundo saber o que há no Departamento de Mistérios? – perguntou Harry, enquanto eles voltavam para casa.

– Você quer dizer como Hagrid sabe sobre o véu? – perguntou Hermione, sem olhar para ele.

– Suponho que o Hagrid saiba porque ouviu o Mark comentando. Mas a questão é, como Mark sabia? Duvido que ele tenha acesso a essas informações, ele é só um garoto do sexto ano, não é como se o Ministério saísse divulgando isso para todo mundo, é?

– Você estava no quinto ano quando descobriu.

– Sim, mas foi porque eu, nós, invadimos o Ministério. Você acha que ele fez isso?

– Não. – Hermione silenciou, indecisa se deveria continuar a falar. – Atualmente as pessoas sabem do véu, sabem das salas de tribunal existentes no nível dez do Ministério.

– O que isso quer dizer?

– Quer dizer que agora elas são novamente usadas.

– O QUÊ? – Harry parou de caminhar e lançou um olhar espantado a Hermione.

– Na noite em que você prendeu Voldemort no Ministério, os aurores capturaram vários Comensais da Morte. A popularidade de Fudge não estava lá essas coisas, então ele quis mostrar serviço condenando qualquer pessoa que tivesse a mínima ligação com artes das trevas. Ele praticamente tinha a Wizengamot na palma da mão e a usou para condenar os Comensais à morte. Foram jogados pelo véu, em uma demonstração grotesca que ficou conhecida por todos os bruxos como um aviso do Ministério. Um aviso entre vários. Você acha que nós vivemos em paz durante todo esse tempo? Na verdade, vivemos em paz. Uma paz armada, baseada no medo.

Harry baixou a cabeça, mirando o chão sem vê-lo realmente. Então sentou em uma grande pedra à beira da estrada.

– Depois disso Fudge ficou ainda mais sedento por poder e controle, se é que isso é possível. Mesmo sem haver ataque algum a trouxas ou a bruxos nascidos trouxas, mesmo sem haver nenhum incidente, nenhuma morte, ele continuava incitando o terror. Começou a prender bruxos só porque eram suspeitos. Ele fechou a Durmstrang porque lá ensinavam artes das trevas e prendeu os professores também. E não só os professores de lá, mas de outros lugares também, até de Hogwarts.

– De Hogwarts? – repetiu Harry – E Dumbledore não fez nada?

– Bem que ele tentou, mas ainda assim. É claro que o Fudge o culpava por vários crimes absurdos e até tentou levar Dumbledore à corte, mas Dumbledore tem seus próprios meios e seguidores, mesmo que eles estejam agindo sob os panos.

– Mas a Ordem...

– Dumbledore não precisava manter a Ordem organizada para se livrar das falsas acusações. A Ordem não teve mais utilidade, então ela foi dissolvida. Porém, a rede de contatos de Dumbledore estava mais ativa do que nunca. Se não fosse por isso, não sei se Draco teria escapado.

– Ele foi a julgamento?

– Não, conseguimos interferir antes que isso acontecesse. Mas também depois disso o Ministério veio com tudo para cima do Dumbledore. Eles retiraram todas as honrarias e títulos e iniciaram uma campanha de difamação pior do que aquela vista durante o nosso quinto ano, lembra?

Harry só acenou com a cabeça, observando a garota parada a sua frente.

– E o pior não é isso. Dumbledore não pode sair da escola para não ser preso. Hogwarts é o único lugar realmente seguro ultimamente e o Ministério não tem poder para interferir. Fudge não consegue nem para entrar na escola, embora tenha tentado de tudo, parece que tem algo com os feitiços de proteção usados pelos fundadores.

– Fudge quer mandar Dumbledore para Azkaban?

– Ah, não! Azkaban não existe mais. Depois que os dementadores abandonaram o lugar houve algumas fugas, você lembra. Digo algumas porque depois foi bem pior. Então o Ministério simplesmente decidiu que não precisava mais de uma cadeia como aquela. É também por isso que os tribunais do décimo nível foram reativados. Agora, quando os aurores prendem alguém, o levam diretamente para o Ministério, onde os suspeitos aguardam o julgamento, que normalmente ocorre no mesmo dia.

– E vocês simplesmente aceitam isso?

– Até parece que você esqueceu como era antes, Harry. O Ministério continua mandando e desmandando no Profeta Diário e é levado a sério por boa parte da população. A maioria concorda com o que Fudge está fazendo, atribuí a ele a queda de Voldemort.

– Como alguém que negou a ascensão de Voldemort pode ser a causa de sua queda?

– Eu sei que é maluquice, mas é como as coisas são. Logo depois daquela noite no Departamento de Mistérios, Dumbledore tentou contar para todos o que aconteceu lá. – murmurou Hermione, encostando na pedra, ao lado dele.

– E o que aconteceu?

– O Profeta obviamente não publicou nada. Só o Quibbler o fez. Mas também foi a última reportagem. O pai da Luna foi preso e... bem, você imagina.

– O véu...?

– É.

– Você acha que vai ser diferente? Agora que Voldemort voltou? – Harry perguntou, depois de um tempo.

– O que você acha?

– Vai começar tudo de novo. – murmurou ele, desanimado. – Você acha que Fudge vai divulgar que Voldemort ainda está vivo?

– Não sei, o Ministério ainda não anunciou nada, mas ele não pode negar por muito tempo, vai acabar aparecendo de uma forma ou de outra.

– De novo...

– Mas não vai ser como da outra vez. Você viu, a Ordem está se reorganizando, Dumbledore com certeza vai fazer alguma coisa. – falou Hermione, tentando ser otimista.

– Mas o Ministério...

– Nós vamos ter que tirar o Fudge, depois de mais de dez anos ele ainda não conseguiu garantir segurança nenhuma, acho que isso não vai ser muito bem aceito. E nós temos a nosso favor o fato de que você já esteve certo antes. Se você acusar publicamente Fudge, quem sabe as pessoas comecem a ver que ele não deveria estar mais no cargo.

– Mas como você quer que eu faça isso? O Profeta Diário não vai publicar e agora não temos mais o “The Quibbler”...

– Ah, pode deixar que eu dou um jeito nisso. Vamos pra casa.




***

Pela manhã, ainda cheia de sono, Hermione acordou e viu que estava sozinha na cama. Seu primeiro instinto foi vestir o robe de seda que estava em cima da cômoda e procurar Harry pela casa. Depois de olhar no banheiro e no quarto de hóspedes, ela desceu as escadas e o encontrou zanzando de um lado para o outro, na sala. Parecendo preocupado e concentrado, ele só percebeu que Hermione estava na escada quando ela lhe falou:

– Você não dormiu?

– Olha isso! – respondeu ele imediatamente, quase jogando sobre ela a edição matinal do Profeta Diário.

No momento em que ela começou a ler o título que anunciava a reportagem, pesadas batidas foram ouvidas à porta. O coração de Harry sobressaltou-se e ele, vigilante, correu até a janela para espiar em era.

Pela cortina de renda, pôde ver Kingsley e Dawlish. Não teve tempo para especular sobre o motivo da visita porque as batidas se repetiram mais insistentemente.

Hermione atendeu. Harry até pensara em deter a garota; algo lhe dizia que os aurores não apareceriam na porta para discutir algo relacionado com a Ordem. Entretanto, Harry ficou parado perto da janela, esperando.

– Hermione Jane Granger? – Kingsley falou alto, em um tom extremamente formal.

– Sou eu. – confirmou Hermione, olhando para Harry pelo canto do olho.

– Somos Shacklebolt e Dawlish, aurores do Ministério da Magia. Temos um mandato de busca para a sua casa e uma ordem de prisão para Harry James Potter. – anunciou ele, novamente alto o suficiente para atrair a curiosidade dos que passavam na rua.

– COMO?

– Dê um passo para trás para que possamos entrar. – ordenou ele e Hermione obedeceu, atônita.

Kingsley entrou e fechou a porta. Pegou Hermione pelo braço, sem força, e, seguido por Dawlish, a guiou para o andar superior da casa. Dawlish acenou para que Harry os acompanhassem e logo os quatro estavam reunidos à portas e janelas fechadas no quarto de Hermione.

– Nós já sabemos da reunião. – contou Kingsley, mudando totalmente o tom de voz e falando não mais alto que um sussurro. – Vocês leram o Profeta Diário?

– Sim. – respondeu Harry.

– Não. – respondeu Hermione.

– Como eu disse antes, Fudge deu ordem de prisão para ele. – disse Kingsley, acenando para Harry.

– Mas por quê? – perguntou Hermione, sem entender.

– Porque eu ajudei Voldemort. – murmurou Harry.

O rosto de Hermione apresentou uma expressão de completo entendimento. Então era por isso que Harry estava tão preocupado quando o encontrou. Ele odiava ser o centro das atenções e o Profeta Diário estava novamente o colocando sobre os holofotes, desta vez sob uma falsa acusação.

– Espere. Como eles sabem que o Harry está aqui? – perguntou ela, mantendo o tom da conversa.

Kingsley olhou para Harry, visivelmente embaraçado. Dawlish parecia muito entretido observando a rua pelas frestas da janela.

– Está no Profeta Diário. – falou Harry, finalmente. – “Harry Potter, atualmente foragido, buscou refúgio na casa da antiga namorada, a bruxa nascida trouxa Hermione Granger, em Hogsmeade.”

Hermione olhou para Harry, atônita, sem saber o que dizer. Harry a encarou com os olhos bem abertos e, respirando fundo, perguntou calmamente.

– O que Dumbledore quer que eu faça?

– Quer que você se esconda. Vá para Grimmauld Place. Seria melhor que Hermione também fosse, mas eu acho que ela precisa trabalhar. – respondeu Dawlish.

– E vocês precisam excluir qualquer indício de que Harry esteve aqui. Se você guarda qualquer coisa que o lembre, como alguma roupa ou fotografia, leve para a sede da Ordem. Não podemos dar motivos para que o Ministério suspeite de você, Hermione. Precisa dizer que não tem mais contato com o Harry, que não o vê há quase um ano. – concluiu Kingsley.

Harry acenou levemente com a cabeça, indicando que entendera a mensagem. Kingsley, Dawlish e Hermione desceram novamente, deixando Harry sozinho no quarto. Os aurores se despediram anunciando a altos brados que Hermione estava sob investigação.

Quando ela subiu novamente, Harry estava sobrando suas roupas com atenção, antes de colocá-las na mala que estava aberta em cima da cama.

– Você já vai? – ela perguntou.

Harry meramente acenou com a cabeça.

– Quer que eu vá junto?

– Não. Vá trabalhar, podemos nos ver de noite. – ele murmurou.

Hermione aproximou-se dele e pegou sua mão, fazendo-o largar a camisa que estava dobrando.

– Eu vou sentir saudades. – disse ela, se aproximando.

– Eu também. – ele respondeu, com a cabeça baixa.

Hermione o puxou mais para perto, envolvendo-o em um abraço. Harry encostou o queixo no pescoço dela e fechou os olhos.

– Você vai ficar bem? – ela perguntou depois de um tempo.

Harry balançou a cabeça, confirmando, e se afastou dela, dando as costas e voltando-se para a mala.

– Não use pó-de-flu. O Ministério pode estar vigiando.

Harry mais uma vez acenou e Hermione virou-se para sair do quarto.

– Acho que depois de tudo isso não adianta eu tentar acusar o Fudge, não é? – ele murmurou.

Hermione não respondeu. Desceu as escadas para sair e descobriu que sobre o sofá ainda estava o Profeta Diário, com a manchete que causara aquilo que poderia ter se transformado em um grave incidente:


VOCÊ-SABE-QUEM NOVAMENTE À SOLTA

“O honorável Ministro da Magia, Cornélio Fudge, convocou na tarde passada uma coletiva de imprensa para divulgar um incidente ocorrido no Departamento de Mistérios há três dias.

Como todos sabem, há pouco menos de um ano, após uma batalha acontecida no Ministério da Magia, em Londres, Você-Sabe-Quem foi detido junto com alguns Comensais da Morte. Porém, na noite de vinte de abril, com a ajuda de Harry Potter, o Lord das Trevas conseguiu escapar da sala secreta onde estava trancado. As suspeitas são de que o Menino-Que-Sobreviveu tenha voltado-se para as artes das Trevas após passar um ano em convívio do Você-Sabe-Quem, que lhe ofereceu poder em influência dentro do Ministério da Magia.

“Nunca deixaremos isso acontecer, o Ministério é uma entidade livre de qualquer influência externa que só trabalha pelo bem da população bruxa. Por isso, nos antecipamos a qualquer tentativa de golpe e expedimos um mandato de prisão para Harry Potter,” disse o Ministro durante a coletiva. “ele é considerado armado e perigoso e pedimos a ajuda da comunidade bruxa para conter essa ameaça. O Primeiro-Ministro trouxa obviamente já foi alertado do perigo e está auxiliando nas buscas.”

Boatos dizem que Harry Potter, atualmente foragido, buscou refúgio na casa da antiga namorada, a bruxa nascida trouxa Hermione Granger, em Hogsmeade. O Ministério está averiguando a informação e, enquanto isso, aurores estarão executando uma operação de busca em meio à comunidade bruxa, com autorização para aprisionar qualquer indivíduo que esteja colaborando com as forças das trevas, seguindo os princípios do Decreto Ministerial n.° 48.”

Levando o jornal consigo, ela desaparatou para Londres, mas não foi para o trabalho. Chegando em Brompton, ela entrou em um antigo prédio de três andares, com tijolos à mostra e pequenas janelas brancas. Subiu até o último andar, tocou a campainha e ficou esperando. Um garoto ruivo, de aproximadamente seis anos e com um rosto extremamente familiar lhe atendeu.

– R... Rony? – ela perdeu a fala, ao deparar-se com a criança, que lhe lembrava uma versão mais jovem do antigo amigo de escola.




~~~~~ Next Chapter ~~~~~

P.S.: na na ni na não, não vou cair no lugar-comum dos fundadores. Só os citei por causa de uma frasezinha que ficou martelando na minha cabeça todo o tempo que eu demorei para escrever esse capítulo. “Hogwarts sempre acolhe aqueles que a ela recorrem.” Não perguntem de onde saiu, acho que foi do Cálice de Fogo, mas naum tenho certeza, é capaz de ter sido da Câmara Secreta.

P.S.2: o que a escola teórica positivista não faz qndo você precisa escrever uma manchete do Profeta Diário...

P.S.3: moral do capítulo: cuidado com o que deseja... o Harry não queria que o Ministério divulgasse? Então...

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