Fainted



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG–13
Spoilers: PS, CoS, PoA, GoF, OOTP, Departamento de Mistérios.
Shippers: Harry e Hermione, um pouquinho de Draco e Gina.
Summary of the chapter: Vocês acharam mesmo que eu conseguiria não colocar mais cenas melosas de H2? Bom, então aqui está.
Disclaimer: Harry Potter não é meu, é da tia Jo, da Warner e etc.
A/N: Desleixo. Acho que esta é a palavra ideal para explicar a demora do capítulo. Sem internet pra publicar, nem me apresso muito para escrever (acreditem ou não, modem novo e mesmo assim, não funciona!! Tive que fazer cada coisa até desinstalar o drive de CD-ROM, reinstalar o Windows etc, para funcionar, horrível!). Espero que mesmo assim o capítulo tenha mantido o nível dos anteriores (não que seja grande coisa, mas...)
A/N 2: Mais uma notinha sobre o título do capítulo: Fainted, em inglês é algo como fraco, debilitado, e eu acho o som dessa palavra tão agradável aos ouvidos, parece música... *ouvindo a voz da consciência repetindo “você é horrível! Você é horrível!* (Pandora, você vai entender porquê.)
A/N 3: Gente, please, comentem a fic, se não não tenho como saber se vcs estão gostando do que estão lendo!!!





Capítulo Quatro – *Fainted*



“You saw me from the cathedral

Well I'm an ancient heart

Yes, you saw me from the cathedral

Well here we are just falling apart



You catch me

I am tired

I want all that you are



So take my lies

And take my time

'Cos all the others want to take my life”

–– Tanita Tikaram, “The Cathedral Song””




***

Harry abriu os olhos, mas demorou um pouco até compreender onde estava. Por mais estranho que lhe parecesse, ao levantar-se ele reconheceu que estava em um dos corredores de Hogwarts – aquele que levava à biblioteca.

O lugar estaria vazio se não fosse por ele e uma garota de cabelos ruivos que corria pelo corredor. Algo lhe disse para segui-la e Harry assim o fez. Eles entraram na biblioteca que estava escura e vazia – provavelmente já era tarde da noite.

Ele passou e fechou a porta, tentando impedir que alguém percebesse que estavam na biblioteca quando deveriam estar dormindo (ou pelo menos isso foi o que imaginou). Dois passos depois, o sangue que corria em suas veias congelou – a mulher virara para ele.

– M...mãe?

– O que você fez, Harry? – perguntou ela com a voz triste, mas apressada.

A princípio Harry não compreendeu o motivo da pergunta. Só quando ela pegou um de seus pulsos ele pôde entender a que ela referira-se.

– O que aconteceu? Você deixou todos preocupados achando que tinha desistido de tudo. Mas você não desistiu, não foi? Porque se tivesse feito isso, você não estaria aqui.

– Aqui onde? – perguntou Harry, mas Lílian pareceu ignorá-lo.

– Também não faria sentido você passar um ano trancado naquele lugar para desistir de tudo justamente agora que você está livre.

– Se eu quisesse fazer isso antes não poderia. Se eu morresse, Voldemort tomaria o meu corpo.

– E quem disse que ele não fez isso agora?





***

Hermione passara as últimas duas horas ali, observando o sono nada tranqüilo de Harry, ansiosa para que Snape voltasse logo e trouxesse a poção que prometera.

Ele delirava, confundindo-a com Lílian e fazendo perguntas que Hermione tentava responder na medida do possível, esperando que assim ele recobrasse a consciência mais rapidamente, ou que pelo menos não ficasse tão agitado.

Doía vê-lo assim novamente. Estava muito pálido e seu corpo molhado por um suor frio causado pela febre – as compressas que ela improvisara pareciam ser inúteis. Hermione estava sentada ao lado da cama, entre suas mãos estava a mão direita de Harry. Ele tentava falar alguma coisa, mas suas frases eram todas sem nexo.

– Como assim? Eu não entendo. O que você quer dizer? – Hermione observou, aflita, Harry murmurar.

– Shhh, eu não disse nada, não se preocupe.

Harry abriu os olhos e observou-a, apesar de seu olhar estar meio desfocado. Finalmente tomou consciência de que estava deitado de costas sobre algo fofo, confortável e aconchegante, embora as cobertas que o envolvessem não fossem suficientes para impedir que seu corpo tremesse de frio.

Dominado pelo cansaço, ele logo descartou a idéia de tirar os braços debaixo das cobertas e procurá-los, então simplesmente fechou os olhos novamente.

– Está acordado? – perguntou uma voz suave ao seu lado.

Harry novamente abriu os olhos e inclinou a cabeça para a direita, procurando distinguir quem conversava com ele. Menos de dois segundos depois, descobriu ser algo quase impossível de ser alcançado sem os óculos, a não ser que a pessoa falasse novamente e ele pudesse reconhecer aquela voz.

A mulher (porque aquela voz com certeza era feminina) delicadamente ajeitou os óculos dele no rosto e ele pôde, finalmente, observar quem estava com ele no mesmo quarto em que desmaiara algum tempo atrás.

– Hermione... – murmurou ele.

O olhar dela carregava um misto de alívio e preocupação enquanto o observava deitado.

– Como você está? – perguntou ela, sorrindo.

– Com frio. – respondeu Harry, sinceramente. Sua voz não era mais alta que um sussurro.

– É por causa da febre. Não posso te dar mais cobertas.

– Então tire esse pano molhado da minha cabeça. – pediu ele. Não que não gostasse do que tinham colocado na sua testa, até que era bom, porque o fazia sentir como se sua cicatriz não queimasse tanto, mas ele estava com tanto frio e o fato de ter algo gelado e molhado em contato com seu corpo só estava piorando isso.

– Quando Snape voltar ele vai trazer uma poção, então eu posso tirar essa compressa da sua testa, Harry.

– Quando ele voltar?

– Sim, ele veio antes para a reunião. Lupin e Dumbledore também vieram, eles estão lá embaixo esperando-o.

Já era noite; ele passara bom tempo desacordado. Lupin, Dumbledore e Hermione, todos tinham vindo para a reunião da Ordem, um deles deveria tê-lo encontrado e colocado na cama onde estava agora. Alguém tirara sua capa e o enrolara naquelas confortáveis cobertas. Alguém que não sabia o quanto ele queria esconder o que estava por baixo daquela capa.

– Devo chamá-los? – ofereceu Hermione, interrompendo seus pensamentos.

– Quem?

– Lupin e Dumbledore, eles querem falar com você. Eu não devia deixá-lo sozinho depois do que aconteceu, mas você não vai sair da cama se eu descer, vai?

– Não.

– Então espere um pouco que eu já volto. – disse Hermione, levantando-se e saindo.

Ele ficou novamente sozinho. Apesar do que dissera a Hermione, tinha vontade de caminhar pelo quarto, pegar algo para ler, mesmo sabendo que não conseguiria concentrar-se suficientemente para entender uma frase sequer.

Entretanto, tudo o que fez foi ficar deitado naquela cama, observando as paredes cobertas com um gasto papel de parede bordô e a estante, no lado oposto à cama.

A última vez que estivera naquele quarto fora um ano atrás, nas últimas horas antes de partir para o Departamento de Mistérios. O quarto estava do mesmo jeito que ele lembrava-se, exceto pelo vidro da janela – que agora estava quebrado – e pelos três livros que permaneciam no chão junto à parede, onde ele os jogara.

Quando Hermione voltou, sozinha, encontrou Harry ainda deitado, imóvel e de olhos fechados. A expressão em seu rosto estava relaxada e Hermione pensou que ele dormira novamente. Decidida a deixá-lo descansar, ela sentou-se em silêncio na beirada da cama.

Passou suavemente a mão pelo rosto dele e, sentindo que a temperatura quase voltara ao normal, tirou a compressa que ainda estava na testa. Harry abriu os olhos e agarrou a mão dela, sorrindo fracamente.

– Desculpe, não queria te acordar. – murmurou ela.

– Eu não estava dormindo. – respondeu ele, sem saber de onde tirara forças para sentar-se escorado na cabeceira da cama.

Era impossível dizer se alguém contara a Hermione que Voldemort possuíra Harry, mas ele não estava preocupado com isso agora. A voz de sua mãe (ou teria sido de Hermione?) soara tão desapontada que ele sentira uma grande necessidade de explicar para alguém o que fizera – mas antes precisava entender o que acontecera.

– Eu fiquei inconsciente por muito tempo? – perguntou Harry, sabendo que ela confirmaria, mas mesmo assim achando que somente através dessas perguntas poderia descobrir tudo que se passara naquele dia.

– Não sabemos. Nós o encontramos à noite, quando chegamos para a reunião. Eu digo nós, mas quero dizer Lupin, porque ele que subiu aqui para chamar você.

– Hermione, - começou ele delicadamente – você sabe por que eu estou tentando ficar longe de você? Lupin disse por quê?

Ela o mirou interrogativamente, sem entender onde ele queria chegar.

– Dumbledore contou alguma coisa sobre por que eu quis ficar aqui sozinho?

Hermione continou sem responder.

– Quando eu estava... – começou ele, buscando as palavras – preso, eu fiquei muito fraco, não tenho certeza se foi por isso, mas acho que foi. Há algum tempo eu disse que quando eu duelasse com Voldemort talvez ele ficasse tão fraco que não conseguiria possuir nem uma cobra.

– Sei.

– Bem, ele ficou fraco, mas eu fiquei tão ou mais fraco do que ele.

– O que você quer dizer com isso?

– Voldemort sobreviveu. E usou meu corpo para conseguir isso.




~~~~~ Next Chapter ~~~~~



P.S.: É isso. Agora cheguei a mais uma folha em branco e um capítulo sem título. Veremos...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.