Recomeço



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG-13
Spoilers: Todos os cinco livros, incluindo a Ordem da Fênix. Se você não leu o quinto livro, então desliga esse computador e vai ler agora mesmo!! E, obviamente, Departamento de Mistérios que é a primeira parte dessa fic.
Shippers: Harry e Hermione
Summary of the chapter: bom, acho que o título do capítulo já dá uma boa idéia. Afinal, o Harry saiu do Departamento de Mistérios, e agora? Por mais que ele queira, a vida não pode ser do mesmo jeito que era antes. Ai ai, não tem como eu ficar muito no drama com esse casalzinho... esse sumário ficou tão louco... deve ser porque eu comi mto brigadeiro....
Disclaimer: Harry Potter não é meu, é da tia Jo, da Warner e etc.
A/N: Ai ai, como um comentário pode mudar a vida de alguém. ´tá bom, exagero, não mudou a minha vida, mas mudou a história. Minha inspiração tava zero, já tinha começado esse capítulo três vezes e então eu vi o comentário da Lu_Spíndola (hum, esse nome é tão familiar...) lá no Potterish e veio a luz! Por isso esse capítulo é dedicado à Lu. Espero que você continue comentando, viu? Porque se não fosse por vcs eu nem estaria escrevendo. (clichê...)
A/N 2: Sobre aquele que ajudou o Harry a fugir: quem lê “Severitus” pode ter uma boa idéia de como vai ser essa fic, porque foi inspirada nisso. Ou então, quem começou a ler minha outra fic, “A Invasão de Azkaban”, que está no ff.net, lá tb tem uma pista. Pan: você deve saber quem é, a Ainsley mandou uma pista na última carta...





Capítulo Seis – Recomeço

“Let the rain come down and wash away my tears

let it fill my soul and drown my fears

let it shatter the walls for a new sun

A new day has come


Where it was dark now there’s light

Where there was pain now there’s joy

Where there was weakness, I found my strength

All in the eyes of a boy


Hush, now

I see a light in your eyes

All in the eyes of a boy”

–– Celine Dion, “A New Day Has Come”




***

Quando Harry acordou o sol ainda não estendera seus raios sobre as janelas da casa. Andando cautelosamente no quarto escuro, procurando não acordar Hermione, ele recolheu suas roupas do chão e foi até o banheiro, mergulhando em um revigorante banho gelado, procurando ignorar os pensamentos que percorriam sua mente.

Dumbledore não se importava com quem o ajudara a sair daquele lugar, mas Voldemort não pensava assim. Ele não podia esquecer daquela imagem que vira durante o sono, todos aqueles Comensais, ajoelhados diante dele alegando inocência e desconhecimento. Na verdade, Harry não poderia dizer com certeza na frente de quê os Comensais ajoelhavam-se, pois sabia – sentia – que Voldemort ainda vivia como um mero espectro, como ele o vira na primeira noite no Departamento de Mistérios.

Harry perguntava-se se tudo começaria de novo. Voldemort sem corpo, buscando poder... não era a primeira vez que isso acontecia. Da outra vez, ele lembrava-se perfeitamente, Rabicho usara o seu sangue para dar um novo corpo ao seu mestre. Seria novamente assim?

Harry fechou o chuveiro e pôde ouvir um movimento no quarto – Hermione levantara. Ele aprontou-se rapidamente e saiu do banheiro. Hermione sorriu ao vê-lo ali, parado na porta, usando o mesmo pijama da noite anterior.

– As suas roupas ainda estão no roupeiro, não só os pijamas. – esclareceu ela, apontando o guarda-roupa e observando-o.

– Ah, é mesmo? – perguntou Harry, aproximando-se do armário. – Então vou ter que trocar de roupa.

– Faça isso enquanto eu preparo o café. – respondeu ela, saíndo do quarto.

Harry pegou uma calça preta, uma camiseta, uma longa capa e vestiu. Depois, admirou rapidamente o próprio reflexo no espelho. Sem parar para pensar muito, ele desceu as escadas em direção à cozinha, quando Hermione arrumava a mesa.

– Já decidiu o que vai fazer a partir de agora? – ela perguntou, enquanto Harry arrumava alguns sanduíches.

– Não sei. Não tenho a mínima idéia. – respondeu Harry, sinceramente.

– Você não acha que seria uma boa idéia ir ao Ministério? Quero dizer, todo mundo ainda está achando que você está morto...

– Acho que Dumbledore já cuidou disso. Você ainda trabalha lá?

Hermione estava de frente para ele, encostada de costas na borda da pia e procurou não levantar os olhos quando respondeu.

– Não. Eu já saí há algum tempo. Não trabalho mais lá.

– Ouça, você sabe com quem ficou as minhas coisas depois que eu entrei lá? Porque se achavam que eu estava-

– Para mim. – respondeu Hermione sucintamente e Harry sorriu.

– Para você? – perguntou ele, surpreso.

– Eles queriam entregar para seus tios, eu achei melhor que seria melhor se ficasse comigo. Eu as guardei no seu cofre em Gringotes. Se você quiser buscar...

– Não tudo bem, eu só estava curioso. – respondeu Harry, ainda sorrindo. – Então, vamos comer ou não?

– Sim. – respondeu ela, aproximando-se da mesa e sentando na cadeira ao lado de Harry.




***

Passaram a manhã juntos, sentados na sala, jogando conversa fora. Hermione contara as novidades, comentara sobre o novo emprego, sobre o afilhado Matthew, sobre Hogwarts. Harry ouvia a tudo com atenção, mas permanecendo calado durante a maior parte do tempo.

– É por causa disso que eu passo a maior parte do tempo na Toca, eu acho. Não sei, essa casa parece tão vazia, eu estava pensando em me mudar.

– Mudar? – estranhou Harry. – Você não gosta de Hogsmeade?

– Eu gosto, mas acho que se eu fosse para Londres seria mais fácil, sabe, não ter que aparatar todo dia para chegar no trabalho. Eu tinha pensado isso, mas se você quiser ficar morando aqui comigo...

– Não sei, temos que falar com Dumbledore primeiro.

– Certo.

– Então, vamos? – perguntou Harry levantando-se de supetão e esticando a mão em um gesto convidativo.

– Onde? – surpreendeu-se Hermione.

– Falar com Dumbledore. – respondeu Harry, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Hermione olhou indecisa para a janela e depois para a mão que estava estendida a sua frente. Harry continuava a impressioná-la. O tempo fechara-se durante a manhã e agora pesadas nuvens cinzentas encobriam o céu, anunciando uma tempestade que começaria em breve e, no entanto, Harry estava a sua frente, convidando-a para dar uma caminhada de quase uma hora até Hogwarts. Por fim, resolvendo que nada disso importava, ela pegou a mão de Harry e levantou-se, anunciando decidida:

– Vamos!




***

Hermione estava certa. Quando estavam próximos aos portões da escola uma grossa chuva começou a cair. Ela obviamente não trouxera um guarda-chuva, com certeza não precisaria de um desde que tivesse a varinha. Ela a puxou do bolso e estava pronta para dizer “Impervius” quando Harry segurou sua mão, impedindo.

– Ah, não precisa fazer feitiço.

– Como não? Vamos ficar totalmente molhados. – perguntou ela, confusa.

– E daí? É divertido! – respondeu Harry, simplesmente, dando mais uns passos à frente e pisando com força em uma poça, espalhando água para todos os lados, parecendo uma criança.

Hermione olhou para suas calças, agora cheias de lama por causa da bagunça que Harry estava fazendo, depois levantou o rosto para encarar Harry, preparando-se para brigar com ele. O garoto (sim, porque era isso que ele era agora) estava de costas e no momento em que se virou para ela, fez a carranca desaparecer do rosto de Hermione, que começou a rir sem parar.

– O Filch... – começou Hermione, tentando recuperar o fôlego, mas sem conseguir parar de rir – o Filch vai adorar quando entrarmos no castelo.

Harry parou e seu rosto ficou sério no mesmo instante, observando-a.

– Harry? – aproximou-se ela, preocupada.

– Você acha que conseguimos atrair a madame Nor-r-ra para fora do castelo? – perguntou ele, sem rir.

– Não sei, por quê?

– Estou pensando em como seria interessante fazer ela afundar numa poça de lama... – respondeu Harry, olhando pro chão.

– Ah, Harry! – resmungou ela, empurrando o garoto pro chão e obrigando os dois a rolarem juntos na lama – achei que você estava falando sério!

– Mas eu estou! Quero dizer, agora o Filch não pode nos dar detenção nem nada... hum, quem sabe eu consigo convencer o Pirraça a nos ajudar. – falou, com um olhar conspirador, ignorando totalmente a sujeira que estava em suas vestes.

– Sabe que não seria uma má idéia. – refletiu Hermione, deitada em cima de Harry. – É claro que seria melhor se os gêmeos estivessem aqui, mas...

– Não seria uma má idéia? – repetiu Harry, afastando o cabelo dela, que caía em seu rosto e mirando atentamente os olhos de Hermione.

– Hum hum... – ela murmurou, mordendo o lábio inferior.

Eles estavam tão próximos que o que aconteceu a seguir foi inevitável. O barulho da chuva batendo com força contra o chão, contra sua cabeça, contra suas costas parecia ter desaparecido, deixando apenas uma música agradável pairando no ar. Um barulho tão harmonioso que coroava os gestos e que tornava qualquer palavra totalmente desnecessária.

Harry tirou do chão as mãos geladas e com elas, envolveu a cintura de Hermione, fazendo-a arrepiar ao seu toque. Encostou os lábios molhados nos dela suavemente. Hermione, sentindo como se aquilo fosse o melhor momento que vivera nos últimos meses, permitiu-se mergulhar naquele beijo que deveria durar a eternidade.




~~~~~ Next Chapter ~~~~~


P.S.: Pessoal, mandem um comentário, mesmo se não estão gostando da fic. EU PRECISO SABER!!!

P.S. 2: Pra quem não se tocou, Matthew, o afilhado da Mione é o filho da Gina e do Draco.

P.S. 3: Capítulo curtinho, eu sei, mas foi só pra poder atualizar rápido pra vocês... o outro será mais longo, espero.

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