Intenções Ambíguas



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG-13
Spoilers: Todos os cinco livros, incluindo a Ordem da Fênix. Se você não leu o quinto livro, então desliga esse computador e vai ler agora mesmo!! E, obviamente, "Departamento de Mistérios", que é a primeira parte dessa fic.
Shippers: Harry e Hermione, obviamente.
Summary of the chapter: Harry precisa dar algumas explicações… mas talvez elas não sejam exatamente o que Hermione quer ouvir…
Disclaimer: bom, já que a Jo disse... ESTA HISTÓRIA É TOTALMENTE MINHA E, A NÃO SER QUE VOCÊ SEJA A BILLIE OU A CAROL, VOCÊ NÃO TEM DIREITO ALGUM SOBRE ELA!!!
A/N: Ambíguo: que pode ter mais de um sentido, incerto, equivocado.
A/N 2: Quero agradecer a Gala e a Dea, minhas amigas do core... por me ajudarem sempre e por terem me apresentado esse cara fantástico que é o Neruda!



Capítulo Doze – Intenções Ambíguas



"A ilusão em pedaços quebrará meus caminhos,

tudo há de ser cansaço, tudo se fará dor,

serão cansaço todas as árvores divinas,

ficarão dolorosas minhas fontes de amor.

Na terra mais fragrante nascerão espinhos,

seiva anêmica e triste brotará no verdor,

me ferirá as pupilas o maldoso destino

que ensangüentou as flores da esperança melhor.

Pobres vidros azuis da ilusão florescida

que me virá truncar-se fatalmente na vida

submissa ao cego impulso de uma desolação.

Depois deitar perfumes de uma nova canção

que outra vez fará rosas da carne fatigada

e fará outros caminhos que não deixarão nada."

– Pablo Neruda, "Meu Tríptico Simbólico – parte II"










***

Harry surpreendeu-se ao ouvir os passos furiosos de Hermione descendo. Levantou imediatamente e largou o copo quase vazio de whiskey de fogo sobre a mesa, ignorando o que o Sr. Weasley dizia. Arthur Weasley e os gêmeos, Fred e Jorge, permaneceram sentados, apenas observando. Quando Hermione alcançou o pé da escada e encontrou Harry, a primeira coisa que fez foi empurrar o pergaminho que estava em sua mão contra o peito dele.

– COMO VOCÊ PÔDE FAZER UMA COISA DESSAS? – ela gritou, indignada, sem se importar com os presentes.

– Hermione, você está bem? – perguntou Harry, observando McGonagall, Gina e Molly, que desciam logo atrás de Hermione.

– É claro que eu não estou bem! O que significa isso?

Não precisou nem observar o pergaminho para entender o motivo da fúria de Hermione. Respirando fundo, ele respondeu, desanimado:

– Eu acho que você sabe o que isso significa...

– Acho que, se eu soubesse, não teria perguntado, POTTER!

– Bem, se você não sabe, não sou eu quem vai te dizer – resmungou ele, entediado com a conversa. Afinal, o que Hermione queria? Incomodar?

– Eu sei que não vai. Você é o Harry Potter, perfeito demais para admitir seus próprios erros! Quer saber a verdade? Não preciso que ninguém me diga. Para mim está bem claro o que você anda fazendo. Mais do que nunca. A pergunta é: por quê?

– Voldemort precisa ser destruído...

– Não me diga! – exclamou ela ironicamente, quase rindo da declaração dele.

– Eu só conseguirei fazê-lo se...

– Até parece que é uma obrigação sua. Ah, desculpe, esqueci que você sempre tem que bancar o herói e salvar o dia! Por Merlin, Potter, aquela profecia nojenta não o torna mais capaz de derrotá-lo do que qualquer outro bruxo!

– Não foi o que Dumbledore disse... Não foi o que VOCÊ disse no nosso quinto ano!

– Agora você se importa com o que Dumbledore diz? Se fosse assim você não estaria envolvido com esse tipo de magia. Ou agora vai me dizer que Dumbledore aprova isso?

Harry abriu a boca para responder, mas Hermione não permitiu.

– Aposto que você nem falou com Dumbledore, não é? Porque, se ele soubesse disso, teria feito o mesmo que estou fazendo agora; tentado obrigar você a esquecer essa idéia maluca. HARRY, TEM-UM-MOTIVO-PARA-QUE-NÃO-APRENDAMOS-ARTE-DAS-TREVAS-NA-ESCOLA! E-NEM-DEPOIS-DELA!

– E-ESSE-MOTIVO-NÃO-SE-APLICA-A-MIM! QUE DROGA, HERMIONE, VOCÊ ACHA QUE EU NÃO QUERIA SIMPLESMENTE SER IGUAL A TODO MUNDO? MAS ISSO NÃO ACONTECE! ISSO NUNCA VAI ACONTECER! ATÉ MESMO DUMBLEDORE SABE DISSO! ELE SABE QUE EU NÃO PASSO DE UMA ARMA PARA DERROTAR VOLDEMORT, TODOS SABEM DISSO, ENTÃO, QUAL A DIFERENÇA DE COMO ESSA ARMA É USADA?!

– A diferença, Harry – começou Hermione, tentando por tudo no mundo ser paciente –, é que por mais poderoso que você seja, isso pode tomar conta de você! Não, eu não considero que você seja uma arma. Eu te amo, você sabe disso, mas se você deixar esse poder tomar conta, vai acabar prejudicando as pessoas que se preocupam contigo. Porque você faz isso? Eu achei que você me amasse, mas se você realmente o fizesse, não ficaria escondendo tais coisas de mim. Você me contaria e confiaria no meu julgamento.

– Eu confio no seu julgamento Hermione, sempre confiei. Mas você simplesmente não entende. Acha que não tentei lhe contar inúmeras vezes? Não podia correr o risco de não terminar os estudos, de não poder finalmente derrotar Voldemort e me ver livre para sempre de tudo.

– Ah, Potter, não me faça rir... – respondeu ela, perdendo a paciência novamente. – NÃO CULPE VOLDEMORT PELA SUA IGNORÂNCIA!

– Ignorância? Ignorância só porque estou tentando fazer o que querem que eu faça?

– NINGUÉM MANDOU VOCÊ USAR MAGIA NEGRA PARA DESCOBRIR SE MARK EVANS ESTAVA ESPIONANDO EM HOGWARTS! NÃO PRECISÁVAMOS QUE VOCÊ FIZESSE ISSO E, NO ENTANTO, VOCÊ O FEZ!

– Ah, sim, como se a Ordem estivesse trabalhando muito para descobrir isso...

– Sim, estava! Minerva interrogou Mark Evans e agora está tudo claro! Mas você não poderia esperar, não é?

– Ah, agora você sabe de tudo... ops, desculpa, esqueci que você sempre soube de tudo... Mas me diga, como é que "a bruxa mais inteligente dessa era" não pode ver que está errada ao menos uma vez?

– EU-NÃO-ESTOU-ERRADA! Pergunte para qualquer um nessa sala! Você está errado! ESTÁ CEGO POR ESSE PODER QUE ACHA QUE DOMINA!

– Voldemort PRECISA ser destruído! Esse é o único modo de fazê-lo! Eu tenho que saber exatamente o que ele vai usar contra mim. Preciso conseguir usar essa magia para me defender e atacar à altura!

– Se igualando a Voldemort, você quer dizer. Já não bastam os poderes das trevas que ele lhe deu, você também quer agir como ele?

– Eu não estou me igualando a ele. Eu não matei aquele monte de gente!

– MAS MATOU BELLATRIX LESTRANGE NA FRENTE DE TODO MUNDO!

– E você agradece todo dia por isso, afinal, conseguiu trabalho de pesquisa para se manter ocupada o ano inteiro! É só isso que você faz, não é? Mesmo quando EU estou prestes a ir a julgamento, tudo que você consegue pensar é no caso!

– EU ESTAVA PENSANDO EM VOCÊ O TEMPO TODO! A ÚLTIMA COISA QUE EU QUERIA ERA LHE PERDER, mas você não tem razão. A minha vida não se restringe a isso, mas a sua, pelo jeito, resume-se a lutar contra Voldemort.

– E NÃO FOI POR ISSO QUE EU VIVI ESSES ANOS TODOS?

– Pois deveria ter considerado melhor isso antes de envolver outras pessoas na sua vida! Será que nunca vai parar para pensar que suas ações têm conseqüências na vida dos outros?

– Se está falando de si mesma, então me desculpe. Você tem razão, eu não deveria tê-la envolvido nunca. Sabia que seria demais para você!

– Você está certo, Potter! É demais para mim – declarou ela, tirando a aliança e pondo-a sobre a mesa de centro.

– SABIA QUE SUA GRANDE INTELIGÊNCIA NÃO SERIA SUFICIENTE PARA ISSO, GRANGER! MAS EU NÃO QUERO SABER DA SUA INTELIGÊNCIA, NÃO QUERO SABER DE NADA QUE VENHA DE VOCÊ! – disse Harry, arrependendo-se imediatamente.

Hermione recuou imediatamente sob o efeito de tais palavras e o encarou com incredulidade. Indignada com a declaração dele, simplesmente deu-lhe as costas e partiu, batendo a porta de Grimmauld Place, número doze.








***

Harry também batera a porta assim que entrara no quarto, não esquecendo de colocar feitiços anti-aparatação, para que não fosse perturbado por ninguém. Atirara-se de bruços na cama, cobrindo a cabeça com o travesseiro, tentando sufocar os pensamentos que rondavam sua mente.

Era difícil descrever o que estava pensando no momento, mas sabia definir muito bem o sentimento que lhe dominava. Raiva e o mais puro ódio. Depois de tudo que passaram juntos, Hermione novamente desistira de tudo. Por causa de uma briga idiota e de um assunto que não tinha nada a ver com o relacionamento dos dois, ela pusera tudo a perder; ignorara tudo de bom que tinham vivido e jogara na sua cara, sem necessidade, verdades que ele mesmo tinha vergonha de admitir.

Harry não tinha idéia do que faria agora. Estava sozinho e isolado, por mais que seus "amigos" estivessem do outro lado da porta. Não importava. Eles não entenderiam mesmo o que estava passando. Por melhores que fossem suas intenções, não poderiam fazer nada para mudar a situação. Na verdade, nunca tentaram fazer nada, como se não se importassem realmente. A única pessoa que Harry contara como certa era Hermione, acreditando que ela lhe apoiaria não importando o que acontecesse; mas, infelizmente, agora ele descobrira que estivera enganado durante todo o tempo. Ela fora justamente a primeira pessoa a abandoná-lo no momento em que mais necessitava de apoio.

Não entendia como confiara nela. Um ano depois – ele não deveria ter se enganado ao pensar que um ano depois as coisas continuariam como estavam antes dele partir. A discussão por ela criada era uma prova irrefutável de que toda a esperança por ele depositada em um possível futuro entre os dois fora um erro. Assim como ele, Hermione mudara. E, assim como ele, afastara-se dos pontos em comum que tinha com o noivo.

Analisando de outro ponto, Harry percebera que não deveriam ter ficado juntos para começo de conversa. Não sabia por que ela aceitara a reconciliação se não o amava realmente, se não estava disposta a aceitar as conseqüências de ser a namorada de Harry Potter.

Talvez ele também não a amasse realmente, talvez tudo não passasse de uma louca obsessão. O amor de que todos falavam não passava de uma farsa. O amor que supostamente um dia seus pais sentiram era uma mentira, algo fantasioso inventado por alguém cruel que só pretendera fazê-lo sofrer.

Todas as afirmações sobre o suposto amor que sua mãe por ele sentira não passavam de uma ficção. Nem ao menos a visão que ele tinha dos pais ao se aproximar de um dementador deveria ser real. Ele não tinha como saber se a voz que lhe murmurava no fundo de sua mente não passava de um delírio.

– Você não deveria ter feito isso, Harry. Por que contestar Hermione se ela estava certa?

– Ela não estava certa! – ele respondeu raivosamente, quase cuspindo as palavras contra sua própria mãe.

– Então por que você está com tanta raiva do que ela disse?

– EU NÃO ESTOU COM RAIVA DO QUE ELA DISSE, ESTOU COM RAIVA DO QUE ELA FEZ! – respondeu Harry, sem nem levantar a cabeça para encarar o vulto ao seu lado.

– Ela só fez isso porque se importa com você...

– ELA NÃO SE IMPORTA COM NINGUÉM ALÉM DELA MESMA!

– Isso é mentira, é por isso que ela foi embora.

– Ela foi embora porque se importa comigo? – perguntou Harry, extremamente sarcástico.

– Não, ela foi embora porque se importa com a filha de vocês.

Antes que pudesse pedir uma explicação melhor, alguma coisa o trouxe de volta à realidade, impedindo que a escuridão dominasse sua mente. O ruído de alguém chamando seu nome do outro lado da porta.

– Harry, abra! – ordenava uma voz familiar.

– Vá embora! – resmungou ele, sem ter certeza, nem se importar, se era ouvido pela pessoa que o chamava.

– Harry, abra, nós só queremos conversar com você.

– EU NÃO QUERO CONVERSAR! – respondeu ele, dessa vez colocando mais força em sua voz.

– Nós precisamos conversar, Harry – falou, enfaticamente.

– ENTÃO CONVERSEM ENTRE VOCÊS, EU NÃO QUERO SABER! – gritou Harry, usando toda sua certeza para tentar sustentar, mentalmente, o feitiço anti-aparatação do quarto.

– Você vai abrir a porta, Harry?

– Não – disse Harry, com a voz mais fraca. Ele próprio não estava mais tão forte quanto antes, pois a magia negra que praticava para manter-se isolado estava exaurindo suas forças.

Com um estrondo, a porta foi jogada do outro lado do quarto e uma aura de poder resplandeceu daquele bruxo que parara no portal, observando o jovem atirado sobre a cama.

Harry levantara-se de ímpeto para enfrentar Dumbledore. Com a varinha em punho, ele aproximou-se do diretor de Hogwarts fuzilando-o com o olhar.

– Saia da minha frente! – ordenou Harry.

– Não. Nós vamos conversar. Estão todos lhe esperando para começar a reunião da Ordem.

– Eu não quero saber de você e de sua maldita Ordem, AGORA SAIA DA MINHA FRENTE! – ele gritou mais uma vez, embora estivesse com a voz insegura. Sentia o quarto girar a sua volta e buscou apoio no dossel da cama.

– Harry, por favor, deixe-me ajudar... – pediu Dumbledore.

Ainda cambaleante e com a cicatriz ardendo em sua testa, Harry apontou a varinha diretamente para o rosto de Dumbledore. Sem parar para pensar, agiu imediatamente, lançando uma Maldição Imperdoável no diretor.

O grito de Dumbledore ecoou pelo resto da casa, mas Harry permaneceu impassível. Usando um feitiço negro que ele julgara não conhecer, ele silenciou o diretor, fazendo-o cair em um sono profundo. Harry não se importara realmente em ter certeza de que Dumbledore ainda estava vivo. Tudo que fez foi sair correndo do quarto, passar pelos membros atônitos da Ordem e ir embora sem olhar para trás.








***

Ao sair do Largo Grimmauld, Harry tinha apenas uma certeza em mente: precisava encontrar Hermione. Aparatou na entrada de Hogsmeade e caminhou pelas ruas quase desertas do povoado até chegar à antiga casa de Hermione.

As luzes estavam apagadas, deixando-a na mais completa escuridão, mas Harry ainda tinha esperanças de que ela estivesse lá dentro. Bateu à porta várias vezes inutilmente, Hermione não respondia.

Harry não entendia por que ela estava fazendo isso, por que ela não abria a porta para ele. Ela estava lá dentro, tinha que estar. Não havia nenhum outro lugar aonde ela pudesse ter ido, havia?

Desejara que ela não tivesse partido, que apenas o chamasse para uma conversa longe dos outros em que ele explicaria tudo; que ela o ouvisse, que ela compreendesse. Era por isso que viera ali, precisava fazê-la compreender e não simplesmente desistir de tudo. Precisava dela ao seu lado, ou não teria motivos para continuar, porque ele fazia isso por Hermione, ele lutava para proteger pessoas como ela.

Ela estava certa, Tom Riddle estava certo; ele era muito parecido com Voldemort. Porém, em uma coisa ele era diferente. Uma pequena diferença que os mantinha de lados opostos: ele tinha a quem proteger; enquanto tudo pelo que Voldemort lutava não passava de um sonho sem nexo.

Cansado de não obter resposta, Harry começou a chamar pelo nome de Hermione. Primeiro o fazia em um tom um pouco mais alto do que o normal, mas poucos minutos depois já estava gritando alto o suficiente para acordar a vizinhança.

As janelas começaram a se abrir, mas Harry não se importou nem um pouco – tudo o que ele queria era que Hermione parasse de fingir que não fora para casa. Ela precisava abrir a porta e deixá-lo entrar ou anular os feitiços que o impediam de aparatar do lado de dentro. Sabia que Dumbledore os fizera por segurança depois que eles se mudaram para Grimmauld Place, mas agora desejava não tê-lo permitido.

Ao longe ele conseguia ouvir os murmúrios das pessoas que saíam à rua. Ninguém ousava se aproximar, estavam atônitas diante da atitude de Harry. Furioso, virou-se para a sua platéia e gritou:

– O QUÊ VOCÊS QUEREM?

Uma criança que observava de perto correu para esconder-se atrás da mãe. Harry ainda pôde ouvir o que ela choramingava:

– O Harry Potter gritou comigo...

Apesar de tudo, ele estava muito confuso com a situação. Toda aquela gente ali, apenas o observando, como se quisessem ajudá-lo, mas não o fizessem por pura diversão. Diversão, ele não passava disso. O Profeta Diário sempre o colocando sob holofotes, criando calúnias, e depois Hermione inventando aquela idéia besta de ele dar ao Quibbler uma entrevista. Na época, ele se importara, mas não tanto quanto agora; parecia ser a única coisa que ele poderia fazer para tentar dar às pessoas uma verdade em que pudessem acreditar. Nesse momento, estava profundamente arrependido de tê-lo feito. Perdera tempo contando a horrível experiência que tivera no Departamento de Mistérios e o fizera em vão; ninguém acreditara nele.

Não que ele quisesse receber alguma carta de apoio, até porque sabia que isso não seria possível, mas queria sim que as pessoas de alguma forma ajudassem. Que alguém se pronunciasse e dissesse "Nós sabemos que Fudge está errado e que ele deveria deixar de ser Ministro", ou algo assim, mas não houvera nada. Ao contrário, as pessoas continuavam a encará-lo como se ele fosse uma espécie de entretenimento, como se dissessem "Hei, sabemos que uma guerra está acontecendo, mas para que nos preocupar se podemos passar o tempo rindo dos depoimentos malucos de Harry Potter?".

Ninguém se pronunciara e, provavelmente, ninguém acreditara nele. Afinal, ele era Harry Potter, o garoto-prodígio de Dumbledore, que experimentava alucinações quando a cicatriz doía e que se unira a Voldemort em sua incansável busca por poder. Estava cansado disso, mas sentia-se impotente diante do mundo. Nem Dumbledore, o bruxo mais poderoso que Harry já conhecera, conseguira lutar contra a conspiração armada pelo Ministério.

Sentou-se na sarjeta dando as costas para a casa, mirando o chão, tentando ignorar os outros. Um vulto se aproximou e chamou seu nome, obrigando-o a levantar os olhos.

– O quê? – perguntou ele, encarando o sujeito com impaciência.

– Queira entregar sua varinha e me acompanhar, por favor – ordenou o homem, ameaçando Harry com a própria varinha.

Harry pensou em reagir e tentar uma fuga, mesmo sabendo que provavelmente não obteria sucesso diante do homem alto e ruivo a sua frente. Colocou a mão no bolso e se levantou, como se estivesse prestes a obedecer, fingir render-se, mas, ao invés disso, estuporou o bruxo a sua frente, sentindo no mesmo instante algum feitiço atingir suas costas e o fazer perder os sentidos.








~~~~~ NEXT CHAPTER ~~~~~




P.S.: Capítulo sob influência de uma forte crise de abstinência de "The West Wing"... não notem se parecer que eu meti política no meio...
P.S. 2: Ninguém quer me adotar? Eu prometo que serei boa filha, que estudarei bastante e me comportarei direitinho... mas meu pai quer que eu saía de casa só porque ele ficou maluco.... :´(

Próximo capítulo: Dumbledore está ferido (alguém ainda se lembra da frase que eu coloquei no cap anterior "Somebody´s going to the Emergency, Somebofy´s going to the jail?") e Minerva tem que proteger Hermione, mas para onde as duas foram? Harry acorda em um lugar não muito agradável e... é, acho que é isso... não vou contar mais... e acho que vou ter que fazer uns dois capítulos a mais... (e olhem que esse capítulo aqui foi longo, o mais longo de todos... deu 3116 palavras... 9 pág do Word) COMENTEM!

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