xX Dois anos depois Xx



-Espere senhorita Granger... -ele disse me segurando pelo braço, eu pensava “Se ele for grosso comigo, ele me pagará bem caro”. -Escute aqui mocinha, você tem 15 anos e eu posso até afirmar que não vai ser fácil lidar com você...

-Como assim?

-Você vai ser mais pirralha do que já é, porque você e seus amiguinhos dessa “prisão” como chamam, vão botar na cabeça que são rebeldes e vai piorar a situação dos professores...

-Problemas são de vocês!

-É aí que você se engana! Você vai ficar fazendo gracinha por todo lado, vai ficar brigando, gritando, batendo ou até mesmo mentindo, e vai chegar uma hora de que os professores vão ter que tomar uma providência e então você se dá mal!

-Primeira coisa, você não é vidente para ficar dizendo que chegará uma hora, que afirma que não sei que lá... Por que não cuida da sua vida e fica na sua!

-Porque não estou nem um pouco a fim de ficar te aturando garota!

-Quer uma solução? Esqueça que eu existo, pois eu também não quero ter que aturar mais um professor puxa saco nesta prisão!

-Mas o meu trabalho é te aturar, então creio que nisso não seje uma solução adequável não?

-Oh sim! Se meta na minha vida para você ver! Da para soltar o meu braço agora?

-Não dá, pois estou com muita raiva de você!

-Se me bater você será considerado um professor morto ok?

-Infelizmente não posso te bater, mas posso te castigar por me responder sabia?

-Não sei, não quero saber, e tenho raiva de você!

-Também tenho. O que achou?

-Como?

-O que achou sobre mim, conte-me o que sabe sobre mim...

-Escuta aqui o idiota, não sou nenhum detetive não, e se fosse acha mesmo que eu diria? Faça mil favores cara! Você ta mal, não pensa!

-Não é detetive, mas quer saber quem sou eu.

-Obvio que quero, não estou nem a fim de ter um professor psicopata!

-Fique sabendo, que para você, eu serei mil vezes pior do que um psicopata ta?-ele disse, finalmente, soltando meu braço, que naquele momento estava até vermelho.

-Grande coisa!-foi à última palavra que disse para ele naquele dia, odiei o professor, odiei mesmo, e ele me pagava por dizer que eu era “rebelde”.

Já era hora da janta, eu estava procurando meu lugar animadamente, e vi que Jack estava do outro lado, sozinho, como se fosse esperar alguém, quando achei meu lugar, Harry e Rony não estavam lá, então eu decidi ver o porquê do garoto ficar lá parado, sozinho. Fui até ele, ele começou a me olhar com uma cara de quem não estava muito contente.

-O que faz aqui sozinho Jack?

-Você esqueceu Hermione?

-Do que você está...

-Ótimo! Você esqueceu do nosso encontro não? É por isso que você está com suas vestes ainda!

-Ah! O encontro...

-Se quer me dar um fora, me dê logo de uma vez Hermione!

-Escute Jack, eu não esqueci do nosso encontro “super importante” para você, é que... Eu nunca tive um encontro então eu nem sabia com que roupa eu vinha, então vim com minhas vestes, eu também não sabia onde é esse seu “lugar surpresa”... -eu mentia, eu não achava legal mentir, mas há certas coisas na vida que somos obrigados a mentir, para não magoar o próximo, e eu simplesmente não queria magoá-lo dizendo que esqueci do tal encontro.

-Que bom que não esqueceu Hermione, e pode ficar tranqüila, pois o lugar aonde nós vamos não vai ter ninguém, só nós dois!

-E que lugar é esse?

-Surpresa!

-Olha aqui, se tentar alguma gracinha comigo, você vai se dar mal ok?

-Você sempre diz isso!

-É para mostrar para todos esses imbecis de Hogwarts que ninguém se mete comigo!-eu disse um pouco alto, eu acho que eu estava louca.

-Ok Hermione, agora vamos?

Eu e Jack fomos caminhando, nas gramas molhadas, meia hora depois, eu vi uma lua completamente imensa, um céu qualhado de estrelas, eu estava praticamente em uma montanha, e um pouco a frente havia um pano e comida em uma cesta, ou seja, era um piquenique noturno, e tinha uma fogueira e dois troncos, meu primeiro encontro saia perfeito. Eu olhava aquela lua belíssima e lembrei de Harry sorrindo, no 1° ano, não lembro pelo que, quando pensei em Harry, lembrei de Voldemort, foi só lembrar desse monstro que me deu um cala frio. Do nada, vi Rony saindo e reclamando de fome, ele tinha roubado meu pedaço de lingüiça de frango, e comeu numa boa, e Harry veio reclamando não sei o que comigo.

-Como você pode Hermione?

-O que? Não sei do que você está falando Harry!

-Você é mesma gamada em loiros de olhos verdes, grande coisa!

-Eu?

-É! Você é gamada nesse moleque e no Malfoy!

-Harry, pela milésima vez, eu não sou gamada no Malfoy!-eu brigava.

-Ah... E nem nesse otário?

-O burro, você nem me conhece e já vem me chamando de otário!-brigava Jack.

-Não interessa, é um otário e pronto!

-Ele pode até ser um otário Harry, mas pior que você só Malfoy mesmo!

-Espera aí Hermione, você está me chamando de otário?

-De otário, imbecil, idiota, sabe por quê? Porque eu te odeio Harry! E sabe o porquê de eu te odiar? Porque não te entendo, e eu fico muito nervosa com isso Harry, sinceramente, eu estou completamente perdida, não sei o que quer, não sei o que pede, não sei nem mais quem é você Harry, porque você mudou, e eu daria qualquer coisa para que o Harry Potter que eu conheci voltasse... O que eu penso de você está tudo misturado dentro de minha cabeça, com o que eu penso de um galinha... -eu dizia olhando naqueles olhos lindos dele, mas eu não chorava, porque eu queria mostrar para ele que eu não era chorona, que eu era forte.-E quando você mudar, me avisa ok? E eu já vou embora, porque certas pessoas estragaram meu primeiro encontro, com alguém que pelo menos não pergunta com quem eu saio, com quem falo ou de quem eu gosto! E, desculpe-me Jack!-eu disse indo embora, sozinha. Eu imaginava que meu primeiro encontro iria ser belo, mas Harry o estragou, enquanto eu caminhava à Hogwarts, eu pensava em quem seria meu primeiro e verdadeiro beijo. Pois o beijo de Malfoy não foi verdadeiro, não foi mágico, foi nojento. E se eu odiava o Harry, então eu não o amava, ou ele só servia como amigo mesmo. Eu andava, passo por passo silenciosos, naquele frio, não dava para eu entender porque chovia ou porque fazia frio e nada secava naquele mês.

Mas uma vez, tive um dia ruim, todos os dias, dês de que meus pais morreram, nada dava certo, é obvio que ninguém me entende, mas quem entende já sabe o porque que eu queria sumir, para quem não entende se ponha em meu lugar, imagine: Você é amiga de um garoto faz uns cinco anos, esse garoto gosta de outra garota, e você é extremamente gamada nele, você abre o jogo e diz que o ama, depois ele diz que você está confusa e diz que ama uma metida. Você sai com alguém para esquecer dele, logo depois ele aparece dizendo que você é gamada em um nojento, tenho que insistir ou deixar quieto? Logo após de uma briga com ele, você fica pensando “Já que ele gosta de outra, porque me persegue?”, depois você lembra que fez uma coisa vergonhosa, e esse seu amigo já sabe que você gosta dele, pois você disse sem dó nem piedade na cara dele, depois que disse você não teria vontade de desaparecer? Você não teria vergonha de nada cada vez que olhasse para ele? Não daria vontade de chorar quando ele só olha para a garota que ele gosta, e que ele não está nem aí com os seus sentimentos... Não dói saber que ele não a ama tanto como você o ama? E ainda tem mais, já que sou forte eu lutaria por ele, eu o beijava sem mais nem menos ou sei lá, mas aí tem outro problema... Sua amiga já está lutando por ele, e ela parece ser mais forte que você, e você não pode pisar nela porque ela nunca pisou ou pisaria em você, ela o ama muito mais tempo, e dava para ver nos olhos dela que ele estaria disposta a tudo! Eu não sabia o que eu faria se Harry continuasse implicando sem esclarecer as coisas, eu iria desmaiar com tanta coisa na minha cabeça. Guardando este assunto, o caso do professor eu deveria investigar mais, mas com cuidado, pois ele parecia ser grosseiro e por incrível que parecesse, ele poderia ser pior que Snape.

Eu entrei no castelo, fui até meu dormitório, tirei minhas vestes, coloquei meu pijama azul, e fiquei olhando para a janela para ver quando Harry, Rony e Jack chegariam, pois naquela noite, eu estava preocupada, pois poderia acontecer algo, o que poderia acontecer em uma noite bela, com o céu qualhado de estrelas, um luar muito belo, mas poderia haver perigos constantes espalhados por todo lugar do campo.

Para me aliviar, Harry veio a minha procura, entrou no castelo correndo, Rony e Jack andavam feito lesmas conversando, dei um sorriso e andei em direção a minha caminha quentinha, não demorou muito, Harry bateu na porta acordando as garotas, ele gritava por meu nome, me pedia para que abrisse a porta, as garotas sorriam, achava quilo romântico, já eu que estava meio “rebelde” mandei as barbis calarem a boca, abri a porta e fiquei olhando para ele, a fim de saber de mais uma confusão que ele inventaria para colocar em minha mente.

-Hermione, preciso falar com você!

-Já está falando...

-É... Em particular...

-Ok!-eu disse encostando a porta. Sentei-me no sofá e ele em outro. -O que queria falar Harry?

-Eu estava pensando no que sinto pela Cho...

-Olha Harry, não precisa ficar com pena de mim, pois agora eu estou apaixonada por outro e eu realmente confundi as coisas!-eu menti, porque não queria ninguém com pena de mim.

-Está apaixonada por outro?

-Exatamente! E não é o Malfoy e nem o Jack ok?

-Ok!

-E eu não te odeio tanto assim, eu só fiquei com raiva e escapou da boca para fora... E eu continuo sendo sua amiga Harry. Boa noite!

-Eu não terminei de falar Hermione!

-Então fale logo!

-Eu estava pensando se amo mesmo a Cho, e eu descobri que não, descobri que amo outra garota...

-Ah é? E quem Harry?-eu disse, imaginando que era eu.

-É... Uma amiga...

-Oh Harry, diga logo!

-É a Gina!

-O que é que tem a Gina?

-Eu descobri que amo ela... Você me ajuda com ela?

-Oh sim, lógico que ajudo, eu não farei nada e você já a beija que nem a ajuda que te dei com a Cho!-eu disse já com o cérebro fritando e se levantando.

-Mas agora é totalmente diferente, eu a amo mesmo! Diga isso a ela, por favor!

-Não precisa dizer Harry!-disse Gina, que saiu do dormitório feminino.

-Eu... Estou com sono, até amanhã Harry e Gina!-eu disse agora entrando no dormitório.

No dia seguinte, fiquei sabendo que Harry e Gina estavam namorando, pelo menos, dois grandes amigos estão felizes, mas eu só pensava nos outros, estava na hora de eu mudar, pensar em mim mesma e deixar de ser chorona.
Dois anos se passaram, eu estava no dia 01/03/2007, um novo ano me aguardava, eu não ficava só na casa de Hagrid, eu tinha concordado de passar à tarde com Hagrid e dormir no meu apartamento. Meu apartamento era grande, não tinha porta para entrar, a porta era um elevador, no começo eu ficava com medo, mas depois eu me acostumei a ficar sozinha.
Eu fui ao expresso para Hogwarts, Harry e Rony procuravam as malas que perderam, eu e Gina conversávamos em quanto o trem não chegava, foi então que, um garoto lindo passou por mim, sem notar que eu existia, só para chamar atenção dele, eu disse um pouco alto:

-Acho que vi um gatinho... -eu disse brincando, imitando o piu-piu. Quando verei para olhar para ele, eu vi que ele era mais lindo do que eu imaginava, ele tirou seus óculos de sol e ficou me olhando admirado, eu fiquei paralisada, foi como se fosse amor à primeira vista. -Vi sim! E é um gatão!

-Perdão... Disse alguma coisa comigo?-ele dizia com uma voz linda, não era uma voz de criancinha.

-Disse, mas foi com a minha amiga. -eu dizia o encarando sem piscar os olhos e ele fazia à mesma coisa.

-Prazer, sou Christopher Alexander Luis Casillas Von Uckermann.

-Vou demorar um ano e meio para decorar... Hermione Granger!

-Lindo nome, mas você é muito mais...

-Obrigada!-eu disse ficando vermelha.

-E é mais ainda quando sorri, ou quando fica vermelha...

-Desculpe atrapalhar a conversa de vocês, mas... Temos que ir Hermione, o trem já chegou!

-Já vou Gina!-eu disse ainda olhando para ele. -Tchau Chris!

-Estuda em Hogwarts?-ele perguntou pegando minhas malas e as dele, caminhando até o trem comigo ao lado, eu e ele não tirava os olhos um do outro.

-Sim, mas você não né?

-Eu entrarei agora no 7° ano, é que meu pai disse que a minha escola estava cheia de marginais. -ele dizia entrando comigo no trem e Gina estava logo atrás.

-Seu último sobrenome é Uckermann?

-É!

-Seu pai se chama Leon? Ele é prefeito de Londres?

-Sim!

-Então você é podre de rico não?

-Sim, mas não sou feliz...

-Há um ditado assim... Dinheiro não trás felicidade... Então dê o seu e seja feliz!-eu disse o fazendo rir. –Mas, porque não é feliz?

- Estou aqui!-gritou Harry no último vagão, mas eu nem prestava atenção.

-Porque minha mãe se matou, em 2005, por causa de uma briga com meu pai. E já meu pai, ele é muito ocupado e então, só falo com ele por celular...

Eu já estava em frente ao último vagão, Gina entrou, eu e Chris continuávamos conversando em frente ao vagão. -Meus pais foram assassinados por... “Você sabe quem” quando eu estava no 5° ano.

-Sinto muito! Se precisar de algo é só falar comigo ok?-ele disse, entrando em outro vagão, mas não tirava os olhos de mim.

Eu entrei, e parei de olhá-lo, Harry ficava incomodado com ele olhando para mim, Gina se incomodava com Harry olhando para o Chris, e Rony se incomodava com Gina sentindo ciúmes de Harry.

-Gente, vocês não falam nada... Está tudo ok com vocês?-eu disse.

-Está!-disse os três.

-Que bom agora, eu vou dormir. Eu não dormi à noite toda, eu estava muito ansiosa!

-Eu também Mi, e ficar com sono deixa nossos olhos caídos, e isso é horrível!-disse Gina.

-Que?

-Esquece! Vamos dormir... Ah!-ela gritou.

-Que foi Gina?

-Eu esqueci de me depilar...

-Que isso Gina? Para que se depilar?

-É verdade meu amor, você é linda, não precisa de nada meu docinho!-dizia Harry.

-Ai! Que melação!-eu e Rony dissemos juntos.

-Nossa, acalme-se vocês dois! Não se pode dizer mais nada não?-disse Gina.

-Harry, quero falar com você, a sós!-Rony falou.

-Depois você fala Rony! Agora, vamos arranjar algo para fazer...

-Que tal jogar um jogo?-falou Gina.

-Que jogo?-eu falei, com um desânimo.

-Hum... Vamos inventar histórias? Que tal?

-Eu vou dormir!-eu disse me deitando no colo de Gina.

Eles diziam histórias sem graça, eu tentava dormir, mas a voz de Gina estava me irritando. Horas se passaram, eu estava no 7° sono, e ouvi Harry gritar no meu ouvido:

-Chegamos! Acorda!-ele gritava.

-Ai! Que saco Harry! Não precisa gritar!-eu disse, pegando minhas coisas e correndo para a cabana de Hagrid. Harry e Rony vieram atrás de mim, Gina foi até o castelo se depilar, tonteira.

-Olá Hagrid!-eu gritei, dando um abraço nele. -O que foi Hagrid? Aconteceu algo? Por que está com essa cara?

-Algum bicho comeu os coelhinhos Hermione!

-Não acredito! Eu mato esse bicho!

-Alguns disseram que era um leão, outros disseram que era um homem...

-Leão? Homem?

-Hagrid, sentimos muito!-disse Harry.

-Eu vou para o dormitório, depois eu volto!-eu disse, correndo até o castelo.

Eu corria pensando naquele professor, que no 5° ano bebia uma poção, para se transformar em leão. Eu deveria desmascará-lo, eu deveria encontrar uma poção, que arrancasse esse poder, ou se não o professor iria matar alguma pessoa. Foi então, que eu trombei no Chris, só de relar nele, me deu um arrepio, mas quando cai no chão, eu torci meu pé e a dor era insuportável, não mais do que a voz da Gina.

-Desculpe Hermione!

-Sem problema Chris!-eu dizia morrendo de dor.

-Perdão, eu te levo na enfermaria.

-Não precisa! Eu só torci! Não faz mal... Mas valeu pela preocupação.

-Não precisa mesmo?

-Não preciso!

-Quer jantar comigo então?

-O que? Jantar com você?-eu disse, com uma felicidade imensa de ter torcido o pé.

-Sim! Se não quiser, tudo bem!

-Lógico que quero, será como um sonho!

-Como um sonho?

-Eu falei isso?

-Falou!

-Então esqueça meu filho, eu to mal na cabeça sabe, tudo que eu penso sai da boca pra fora!

-Então eu penso que nem você... Tchau Hermione!

-Espere Chris!-eu gritei.

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