xX O Começo Xx



O Diário de Hermione Granger.

Dia 24 de janeiro de 2005, eu estava tentando dormir animadamente, pois eu sabia que no dia seguinte iria ser um dia feliz. Estava chovendo muito, caindo raios e tudo mais...

“Eu não consigo dormir... Acho melhor eu descer para conversar um pouquinho com minha mãe.” Eu pensava se levantei calmamente de minha cama.

Dando passos silenciosos, eu fui até a porta de meu quarto, puxei a maçaneta, e quando abri a porta lentamente, ouvi berros e coisas caindo.

“O que está acontecendo lá em baixo?”-Eu pensava já agindo, eu peguei com a maior rapidez minha varinha, corri sem fazer barulho até a escada, se abaixei para que ninguém me visse ali e comecei a assistir, assustadamente, a briga de meus pais contra Voldemort.

-O QUE QUER COM MINHA FILHA?-Gritou meu pai protegendo minha mãe que berrava de medo.

-ISSO NÃO LHE INTEREÇA!-Disse a voz roca e grossa do Voldemort. -ONDE ELA ESTÁ?

-NÃO DIGO!

-ENTÃO MORRA DESGRAÇADO!AVADA CADABRA!-Voldemort mandou esse feitiço fazendo com que a alma de meu pai, partisse e sobrando seu corpo já branco, gelado e duro, bem na frente de minha mãe. Quando atingiu meu pai, fechei os olhos forçadamente, fazendo com que caíssem mais duas lágrimas de desespero em meu rosto.

-NÃO! POR QUÊ? PARA QUE O SENHOR FAZ ISSO? POR QUE É TÃO MAL? O QUE VOCÊ QUER COM A MINHA FILHA?-Disse Mamãe com um aperto em seu peito.

-Eu quero só falar com ela, e já que seu “ex-marido” não me deu essa informação, a senhora não será idiota também de não dizer onde sua garotinha de 15 anos está heim?

-Ela não está aqui, ela viajou com os amiguinhos dela de escola! Se ela estivesse aqui ela estaria aqui comigo e com meu marido!-Disse minha mãe tentando o fazer embora.

Mas não deu certo, ele mandou uma cobra, grossa e longa, com a linguagem de cobras que só quem é do mal consegue falar, atacar minha mãe.
Obedecendo, a cobra se enrola em minha mãe, a apertando muito, quebrando os ossos dela. Comecei a pensar que aquilo era torturante, pensava na dor que ela estava sentindo por minha causa.

-É a ultima vez que eu te pergunto, onde está a garota? Se me disser eu mando minha cobra a soltar!

-Eu já disse, ela está viajando com os amiguinhos dela!-Mesmo gritando de dor, minha mãe insistia naquela mentira.

-Deve ser verdade meu Lorde! Ela ainda insiste nisso... Pode ser verdade!-Disse Rabicho tentando ajudar Voldemort.

-Quieto! Não quero opiniões de um ex-rato!-Disse o Voldemort começando a falar aquela língua novamente à cobra. Eu acho que ele a mandou soltar.

Com os ossos todos quebrados e com uma dor insuportável, Voldemort ainda não se sentiu feliz, pegou a varinha dele e disse:

-AVADA CADABRA!-Lançou mais uma vez a matando. Quando ele lançou e ela morreu, tocou a música, que toca no relógio do corredor, parecendo aqueles sinos de igreja, parecendo com que aquele sinal de 12 noite fosse um aviso de que morreu a minha mãe, fazendo me fechar os olhos novamente, assim como fechei quando meu pai morreu.

-Meu Lorde!-Disse o Rabicho com medo dele.

-Fala estrupício!

-Eu acho que a garota está lá em cima...

Dizendo isso, ele vira se lentamente, com aquela expressão de “Como eu fui tão burro?”, olhando em direção a mim, e eu comecei a pensar naquele momento “Estou perdida! Chegou a minha vez de morrer... Adeus mundo! Adeus Harry! Adeus Rony! Adeus... O que estou pensando? Eu não vou me render não! Eu vou é dar o fora daqui!” pensei... Eu deveria ter ficado lá, ter enfrentado o Voldemort, mesmo sabendo que não dava para eu vencer, mas pelo menos eu não ficaria com esse peso na consciência agora.
Eu corri para o meu quarto, abri a janela, sai correndo em cima do telhado, cuidadosamente para que eu não caísse de lá. Por sorte, Voldemort cansou de me procurar lá em cima do telhado e foi embora, eu imaginei que podia ser uma armadilha, podia até ser, mas por isso mesmo que decidi ficar em baixo daquela chuva grossa, do lago perto de casa que me lembrava momentos felizes, com aquele frio de cortar nossa alma ao meio... Então, depois de 4 horas em baixo daquela chuva horrenda, eu desci o telhado cuidadosamente para não cair e se machucar e chamei a coruja de sua mãe para mandar uma mensagem a Ordem da Fênix.
Nada mais importava naquele instante, quem podia garantir que eu escaparia dessa, eu fui para um tipo de porão, que ficava em baixo de minha casa, e que dava para entrar só pelo lado de fora, em uma espécie de janela. Isto foi uma idéia minha, eu sabia que um dia eu iria precisar de um lugar onde ninguém saberia encontrar, um lugar bem escondido, mas o único problema era que estava bem frio naquele lugar, com isso, já que não sou louca de me matar porque me sinto e sentia culpada pela morte deles, peguei pneumonia, por que aquela droga de varinha caiu no chão do porão, e estava escuro, não dava para procurar... Fiquei internada em um hospital trouxa em Londres, depois, disseram-me que era melhor eu fazer natação, o governo me arranjou um tutor, aqueles que cuidam de crianças e adolescentes que estão sozinhos no mundo. Por muito estranho que pareça, o meu tutor era Hagrid, achei muito estranho e perguntei:

-Hagrid? Como você pode ser meu tutor?-Eu disse.

-Bem, professora McGonagall me pediu para que eu fosse seu novo tutor, e então eu fiz uma identidade falsa para que eu seje seu doutor aqui e lá...

-Mas Hagrid! Isto vai ser complicado, será complicado mentir para a prefeitura...

-Eu tenho tudo sobre controle!

Então, eu me sentia protegida e segura disso, pois era Hagrid que estava dizendo, e eu não duvidava de nada. Ele me pegou no colo e me colocou em cima de sua moto, assim, eu pelo menos tive algum pingo de esperança de conseguir viver bem sem meus pais.

Cheguei a Hogwarts antes do que todos, pelo visto eu iria morar lá, já que Hagrid mora... Mas eu ainda me sentia sozinha e independente, quando Hagrid estava ocupado e não podia ficar comigo, eu caminhava pensando no pior dia de minha vida, às vezes eu pensava em Harry, não sei por que, talvez por causa que Voldemort lembra Harry, ou porque quando estava com Harry eu me sentia sempre segura, feliz e aliviada...
Vi no jornal a notícia da morte de meus pais, mas fiquei muito abismada com isso tudo, pois eu não queria que o Malfoy zoasse comigo e principalmente, ficar me chamando de Sangue-ruim de novo.

Uns dias se passaram, eu estava super feliz com Hagrid, não que meus pais não eram legais ou tudo mais, mas é que Hagrid sabia mesmo me alegrar, e isso era bom, pois eu não queria pensar toda hora naquilo, pois ficou como marcado em mim, ver a morte deles na minha frente e com a varinha na mão sem fazer nada.
Eu estava dando comida aos coelhinhos junto com Hagrid, ele estava me ensinando, foi então que avistei de longe, professora Mcgonagall trazendo os alunos novos para dentro do castelo e professor Snape estava conversando com os alunos velhos, no meio dos alunos estavam Harry e Rony, Harry havia mudado muito, estava mais, digamos, bonito e Rony também... Mas só de ver Malfoy eu fiquei com medo de cumprimentá-los então eu botei em minha cabeça em ir depois.

-Hermione! Olha! Lá está Harry e Rony, você está vendo?-disse Hagrid muito contente.

-Sim!-eu disse com medo de Malfoy.

-Então vai lá para ficar com seus amigos!

-Hagrid? Por um acaso, você está enjoado de mim?

-Não, não, não, eu só quero que você não fique muito comigo ou se não você não ficará muito com seus amigos...

-Ok! Sei! Mas tem que ser agora?

-Lógico! Snape deve estar dizendo algo importante, quer que eu vá junto?

-Não precisa Hagrid, muito obrigada!

Eu disse aquilo como se fosse uma derrota, Snape estava falando aceleradamente e eu entrava no bolo de gente de fininho, mas passei uma vergonha, Snape fechou a boca e ficou olhando para mim.

-Onde estava Senhorita Granger?-perguntou ele sério.

-Bom dia Professor Snape!-eu, boba, tentando não levar bronca.

-Onde estava?

-Bom dia!

Eu continuei dizendo bom dia cada vez que ele dizia algo, eu não sabia o que falar, todos estavam rindo, com certeza se eu falasse outra coisa a não ser bom dia, Malfoy inventaria algo para me zoar, então decidi ficar quieta, no meu canto, por pior, o meu canto estava longe de Harry e de Rony.

-Vamos então!-disse o professor.

Por minha sorte, encontrei Gina, eu fiquei conversando com ela até avistar Harry e Rony, mas, sem sucesso! Fiquei com Gina a tarde toda, me enjoou ficar ouvindo as mesmas histórias uma setecentas e setenta e seis mil vezes, minha saudade pelos meus dois amigos eram grande, pois eu gosto muito deles, e eu me sentia como se fosse um robô, com a obrigação de ouvir uma voz que começava a irritar, dava vontade de mandar calar a boca, mas eu não pude fazer isso, pois os dois me salvaram de um escândalo resolvendo aparecer...

-Harry! Rony!-gritei abraçando os dois de uma só vez.

-Onde você esteve? Nós estávamos te procurando!-reclamava o mesmo chato de sempre.

-Estive aqui, ouvindo a mesma voz de Gina, a tarde toda, esperando vocês!

-Como está Hermione?-disse o Harry.

-Muito bem Harry, e você?-eu respondi.

-Bem? Oh sim, é ótimo perder os pais e ficar sozinha!-respondeu Ronald Wesley com a maior cara de pau.

-Rony! Não fale assim!-Harry disse.

-Uai! Você pergunta se está tudo bem e ela responde com a maior tranqüilidade que sim! Ela só pode ser louca!

Eu fiquei quieta, era horrível ficar quieta e ver os meus dois amigos brigando e falando de mim, na verdade, eu nem deveria dizer que estava tudo bem, só para que tivesse evitado.

-Ela não é louca Rony! No fundo no fundo ela está magoada pela morte dos pais, mas ela é cociente e sabe que ficar arrasada com algo e perder o tempo da vida chorando não leva a nada!-Harry me defendeu, foi à coisa mais fofa que eu ouvi dele, mas também fui me defender.

-Rony, por que não esquece isso e vá contando as novidades?

-Conta como foi!

-Como foi o que Rony?

-Como foi, depois que seus pais morreram... -acrescentou o ex-fofo do Harry.

Harry realmente tinha me empurrado para eu cair, Rony, ele e Gina ficaram quietos esperando que eu dissesse algo.

Depois que eu contei, comecei a chorar, Harry sentou do meu lado para me consolar, Gina me deu a mão e Rony só ficava olhando eu chorar e os dois me consolando. Naqueles momentos, eu me sentia como se fosse encontrada, em um beco escuro. Rony não fazia absolutamente nada, até parecia que estava com raiva de mim ou que eu fiz alguma coisa e esqueci de pedir desculpas, mas eu não me lembrava de ter feito algo ruim contra ele, quer dizer, eu não fiz nada, mas eu não ficava feliz com isso, vendo meu amigo sendo largado.

-Alguma novidade Rony?-eu disse enxugando as lágrimas e prestando atenção em meu amigo.

-Finalmente alguém perguntou! Não, eu não tenho nenhuma novidade.-disse o imbecil. Devo admitir que fui otária, eu, com pena, de alguém que me deu um corte desses.

No dia seguinte, acordei com só um pensamento na cabeça que com certeza todos tem quando acorda “ vou faltar hoje!”, mas eu não desisti, resolvi olhar a janela e ver o sol lindo, mas também vi um desastre, um leão apareceu do nada em Hogwarts, acordei as garotas para que elas vissem, mas era tarde, o leão entrou no castelo e todas me chamaram de louca. Eu só podia estar louca mesmo, quando voltei não tinha nenhum leão, mas é obvio que eu iria investigar, por que eu não sou louca, e Harry mais uma vez brigava com Rony para me defender, eu estava achando o Harry um fofo, e o Rony, um otário, mas aquele garoto me pagava, mas antes eu deveria investigar, mas antes de investigar o surgimento do leão eu deveria prestar atenção na aula. E foi isso que eu fiz. Neste ano ninguém estava com vontade de estudar, nem eu que amava mais não amava mais.

-Hermione?-disse Harry que estava sentado de dupla comigo.

-Que?

-Eu não entendi.

-O que?

-Como se faz a poção...

-Harry! Você não prestou atenção?

-Você não prestou atenção, mas sabe fazer não?

-Ora Harry, é fácil, é só ferve-la e colocar o pé de morcego!

-Simples assim?

-É!

-O que eu faço depois?

Eu cheguei mais perto dele para pegar algo para mexer o liquido vermelho, mas Harry me segurou, achei esquisito e senti um arrepio, nossos lábios estavam uns três centímetros longe, voltei ao meu lugar e nem falei mais com ele, fiquei com vergonha, não sei se era impressão, mas eu achava e acho que ele iria me beijar, mas não posso pensar nisso de meu amigo não? Alias, ele gostava de Cho Chang, e isso estava começando a me irritar com isso, pois eu achava e acho que estou apaixonada... Mas não deveria e deve ser nada... Continuando...
Não conversei mais com ele a aula inteira, ele me perguntava da poção com a maior cara de pau, mas eu fingia que ele não existia, nem olhava para ele de tanta vergonha, e o desgraçado ainda sabia que eu estava com vergonha, eu estava até vermelha. Quando acabou, eu tentei fugir, mas ele me puxou pelo braço.

-O que você tem Hermione?-ele me perguntou sabendo a resposta.

-Na-Nada...- gaguejei de vergonha.

-Como nada? Fala ai!

-Falar o que?

-Que me ama... -ele sussurrou no meu ouvido.

Arrepiei-me novamente, ele me disse para eu falar que o amo e ainda no ouvido. Nunca imaginei que Harry Potter dissesse isso para mim.

-Ah! Que isso Harry!-falei brincando, comecei a levar na brincadeira.

-Como?

-Pare de brincar!

-Não estou brincando... Eu te amo... -disse aproximando-se de mim.

-Pare Harry! Isso não tem grassa!

-Eu amo você Hermione Granger...

-Sério?

Harry caiu na gargalhada, com certeza era brincadeira e eu começava a achar que era verdade, eu era tola, ele não sabia, mas eu me magoei com essa brincadeira, com certeza Rony que deu essa brilhante idéia.

-O que foi Hermione? Não ficou triste que eu não amo você não?

-Não! É que não teve grassa!

-Ok! Para dizer a verdade, eu ri a toa porque Rony disse que a faria rir, eu ri, mas também não achei grassa.

-Rony disse isso?

-Ele que inventou essa brincadeira, eu queria a fazer rir sabe? Mas acabei estragando tudo não?

-Não Harry, eu só não achei grassa, mas eu também nem me magoei com isso não... Tranqüilo!-menti para que ele não ficasse sentido, mas eu fui idiota, eu devia ter metido a boca nele... Mas não consegui.

-Sabe que amo a Cho não sabe?

-Sei!Mas eu não amo você Harry...

-Eu sei! Mas, você me ajuda com ela?

-Ajudo. -eu respondi como se fosse à morte, na verdade, era a morte.

-Obrigado Hermione... Tchau, te vejo depois. -ele me disse indo embora e eu fiquei quase chorando lá parada.

-MI!!!-gritou Gina.

Pelo visto, Gina Wesley ficou paty, começou a me chamar de Mione, Mi e Mia, a amiga dela começou a me chamar de um nome estranho, super nada haver, era HG_182, HG_669, HGr_182 ou HGr_669. A amiga dela era estranha, mas eu consegui fugir delas dizendo que já voltava.

Meu coração me mandou para ir para a sala precisa, não sei por que, mas fui. Chegando lá vi Harry e Cho se beijando, fui embora, comecei a chorar desesperadamente, não sabia por que, acho que era inveja ou sei lá.

No meio do caminho encontrei Pavatil, eu parei de chorar e peguei um folheto que ela estava dando a todos, nele estava escrito que iria ter uma festa, á noite, de boas vindas, só para os alunos, os professores não iriam saber de nada. Eu não gostei disso, pois mentira tem perna curta, mas eu decidi ir sim, eu acharia bom, só para arranjar um namorado sabe? Mas isso não era certo.

No Grande Salão eu estava, com todos os alunos de Hogwarts, todos estavam jantando menos eu, que perdi o apetite depois que Parvatil disse que era para ir com um acompanhante, mas não para ficar a festa toda dançando ou tudo mais, só para dar para o casal um prêmio que eles iriam sortear.

-Com quem você vai Parvatil?-eu perguntei a ela.

-Não sei, talvez com Neville... O que você acha Neville?-ela disse.

-Pode ser... -Neville disse como sem opção.

-E você Harry?-eu perguntei a ele.

-Com a Cho, eu acho, eu vou perguntar a ela... E você Hermione?-disse ele.

-E você Rony?-eu disse não querendo responder a pergunta de Harry.

-Vou convidar a Luna.

-A Luna?

-Sim.

-E você Hermione?-Harry insistia.

-Eu não vou!

-Olha! A garota do bom dia não vai à festa!-perguntou o idiota do Malfoy que estava atrás de mim.

-Eu não vou porque não quero, e se aparecer um idiota me perguntando se quero ir com fulano, vai se dar mal comigo!

-Já que eu não sou idiota, você quer ir comigo?

-Não! Ela não quer, não é Hermione?-respondeu Harry por mim.

Eu fiquei pensando “Malfoy? Convidando-me para a festa? Justo ele? É armação!” Mas se fosse armação, eu iria armar para ele também, e já que eu não daria este gosto para o Harry dizendo não, eu respondi ao contrário...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.