Proteção antiga, proteção nova



CAP 16
Proteção antiga, proteção nova



Hermione tentou se acalmar por debaixo da pesada capa preta que vestia. Malfoy ia a sua frente, andava a passos largos e não parecia ter medo algum do que estava prestes a fazer. Estava seguro de si, e Hermione podia ter certeza de que tudo aquilo não passava de uma aventura para ele. Uma aventura que podia ser a sua última, mas que ele visivelmente não dava a mínima. Podia jurar que o garoto queria mesmo era morrer.

Draco andava tão rápido que os galhos das árvores já machucavam o rosto de Hermione. Queria pelo menos aproveitar aqueles últimos momentos de calma, mas aquela correria toda a estava deixando mais nervosa ainda. Parou de andar de repente e lançou um feitiço imobilizador em Malfoy. O garoto soltou uma baforada de ar pelas narinas e virou a cabeça lentamente para trás.

- Perfeito – disse ele. – Já esta morrendo de medo Granger?

Hermione engoliu em seco. Na véspera estava cheia de ímpeto e ousadia, mas agora que estava prestes a executar seu plano, estava apavorada.

- Como vamos fazer isso se você nem ao menos se comunica comigo? – ela disse retirando o feitiço.

- Nós já repassamos o plano milhares de vezes. Não há mais nada a ser dito agora. Vamos Granger! Você está me deixando irritado...

- Por que eu? – ela se viu falando sem nem ao menos pensar. Lembrou do dia na enfermaria, e de como ele estava arrogante e impaciente. E em como de uma hora pra outra, com apenas algumas palavras, ela já conseguia ver uma pessoa nova dentro daquele garoto loiro e arrogante.

- Você sabe por que, Potter te contou...

- Eu não quis saber por ele – ela o calou. – Eu sabia que ele podia mentir pra mim... – Não era bem mentir, mas ela tinha certeza de que Harry perguntara isso a Malfoy e mesmo assim não falou nada para ela. É claro que aquilo não era uma coisa boa... nada que Harry escondesse dela poderia ser bom naquela situação. Resolveu não perguntar para o amigo. Sentiu que se perguntasse estaria colocando tudo a perder.

- Eu te trouxe por que não suporto o Weasley e o Potter. Só isso.

- Não! Não minta pra mim Malfoy! Eu já consigo ver quando você está mentindo – ela disse se aproximando dele com o polegar reto na direção do rosto do garoto. – Você me suporta tanto quanto os suporta, e não me venha dizer que é o contrario. Nós já estamos aqui, não estamos – Hermione gesticulou mostrando as arvores ao seu redor. – Estamos sozinhos e você está armado...

- Não estou não...

- Está sim porque eu vi você colocando algo dentro da capa e eu não sou burra!

- E porque deixou que eu trouxesse então?

- Por que você vai entrar lá comigo – ela disse simplesmente, sorrindo.

- Você também não sabe mentir – ele disse segurando a varinha entre os dedos.

- Por que Malfoy? Por que me trouxe até aqui? – ela insistiu e ele guardou vagarosamente a varinha dentro do bolso interno da capa, ajeitou as vestes e depois de piscar os olhos demoradamente falou:

- Por que você é a mais idiota entre todos eles, e pensa que tudo isso vai dar certo – ele encerrou a frase colocando as mãos na cintura. – Você acha que eu estou mentindo agora? – ele acrescentou com o seu velho sorriso.

- Eu não acho. Mas isso eu já sabia Malfoy, me diga algo novo, me diga algo que eu não sei... – ela disse imitando a mesma pose dele.

- Você quer a verdade não, é?

- Quero.

- Você vai morrer lá dentro Granger, só isso, você vai morrer. Essa é a verdade – ele disse, mas para a sua própria surpresa, Hermione não mexeu um músculo por causa da frase.

- Se eu morro você também morre.

- E DAÍ? – ele gritou e pela primeira vez Hermione se mostrou brava.

- E daí que você não quer morrer sozinho Malfoy, você está com medo de morrer sozinho... por isso você me trouxe não, é? Eu sou a pessoa mais próxima de você nesse momento, fui eu quem te visitou todos os dias na enfermaria, fui eu quem te fez enxergar o que você devia fazer, fui eu quem te fez companhia todo esse tempo...

- Está se achando importante demais Granger...

- Oras! Não era preciso mais de uma pessoa para entrar lá dentro – ela disse e os olhos de Draco se arregalaram em surpresa. – A marca negra te dá passagem livre por ali, mas você quis me trazer junto... – ela se acalmou e tomando ar acrescentou - Por que não quer ficar mais sozinho.

- Parabéns Granger! Mais uma vez você não conseguiu ficar de boca calada e mais uma vez está prestes a botar tudo a perder! Nós já deveríamos estar lá – Hermione se deu conta de que ele podia estar certo, mas mesmo assim tinha que terminar com aquilo. Saber se tudo o que pensava era verdade. – Já estou começando a pensar que não deveria ter trazido você! Volte logo se é isso que você quer! Volte que eu faço isso sozinho... Você já sabe a verdade...VÁ!

Hermione baixou a cabeça e tornou a levantá-la para encarar o rosto de Malfoy. Ele tinha o corpo de William mais mesmo assim ela conseguia ver o Draco por trás daquele jovem baixinho. Ele estava respirando rápido e estava muito nervoso, como se alguém tivesse tirado sua máscara. Ela se aproximou devagarzinho e passou os braços por trás da cabeça dele pegando no seu capuz e trazendo-o para frente a fim de cobrir a cabeça do garoto.

- Eu não quero voltar – ela disse baixinho, ajeitando as vestes. – Eu já sabia de tudo e mesmo assim eu estou aqui, pra te fazer companhia, e eu vou ficar e seguir com você. – Falava como se uma criança de cinco anos estivesse a sua frente. Malfoy mantinha a cabeça baixa e os olhos ferrados no chão úmido da floresta. – Me amarre e vamos lá – Hermione deu um abraço em si mesma para que as cordas não doessem tanto depois que Draco as colocasse.

- Tem certeza de que não quer voltar? – ele perguntou e lançou o feitiço que conjurou amarras ao redor de Hermione.

- Tenho.

Draco verificou se as amarras não estavam muito apertadas e fez questão de afrouxá-las um pouco.

- Então – ele disse de repente – por que você veio?

- Por que você provavelmente morreria sem a minha ajuda.

- Ah é! Então por que você não vai sozinha? – ele disse gozador.

- Primeiro porque eu não tenho a marca negra – ele pareceu constrangido ao se lembrar do detalhe – e segundo por que eu também preciso que alguém me proteja. Por isso vamos os dois.

- Então vamos morrer juntos não é Granger?! – ele disse sorrindo, mas Hermione podia sentir o nervosismo em sua voz.

- Nós não vamos morrer – ela disse calmamente.

- E como você tem tanta certeza?

- Eu não tenho certeza – respondeu olhando de forma divertida para Draco. – Só acho que você deve fazer o seu papel depois de eu ter ficado a manhã inteira planejando um jeito de você conseguir uma varinha que prestasse!

- Eu sabia que uma varinha não podia aparecer no meio do gramado de Hogwarts! – Hermione riu gostosamente ao ouvir a observação.

- Vamos Malfoy. Já está na hora de mostra a que viemos! – encerraram-se as risadas e Draco fez Hermione levitar ao seu lado.

- Tudo certo?

- Tudo ok.

- Vamos lá então.

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- Eu trouxe Draco Malfoy para o Lord.

Foi a única coisa que conseguiu sair da boca de Draco ao se postar na frente dos dois guardas da fortaleza. Jonh Cristansen e Gaby Jue, um nome muito afeminado para um homem de quase dois metros de altura, eram os dois guardas principais e segundo Draco, o que tinham de grandes tinham de burros. Passar por eles a princípio parecia uma tarefa muito fácil, mas agora que estava ali, e do jeito que estava tremendo e pela recusa de sua boca de não soltar mais nenhuma palavra, a possibilidade de êxito parecia voar como uma coruja solta e rápida para bem longe deles.

- Draco Malfoy está morto – Jonh, o mais baixo deles disse agressivamente, colocando as mãos apertadas sobre a varinha.

- Ei ei ei! – Draco cuspiu as palavras e só se deu conta de que falara muito alto quando um outro comensal se aproximou deles. – Vocês mais do que ninguém deviam saber que o ministério e a Ordem fazem de tudo pra nos enganar! – ele disse e Hermione pôde perceber que ele ria como um louco. – Sou espião no ministério, e como um bom espião trouxe Draco Malfoy, o suposto morto! – dessa vez ele pareceu muito mais confiante.

- Suposto... então ele não está morto?

Bem que Draco dissera, era burro como uma porta.

- Bom... – Draco arregalou os olhos e cutucou Hermione com a varinha para mostrar aos comensais como aquele corpo era real. – Ele está aqui, eu sou um comensal à serviço do Lord – ele mostrou a marca negra como quem mostra as horas a um amigo – e eu tenho absoluta certeza de que o Lord já está me esperando a algum tempo. E vocês sabem como não é bom deixa-lo esperando. – todos ficaram em silêncio e Hermione estava louca pra se mexer e dar um cutucão em Draco.

- Qual é o seu nome rapaz? Parece muito novo para trabalhar no Ministério.

- William.

- William... – ele repetiu impaciente.

- William Steel Mc.Dangam, senhor – Hermione teve ímpetos de se mexer e beijar Malfoy tal fora a sua esperteza. Um dos mais renomados Comensais de todos os tempos então tinha um filho? Deixaria que Malfoy resolvesse tudo aquilo.

- Mc. Dangam hã? – O comensal olhou mais uma vez para a figura de William e depois ergueu os olhos na direção do corpo de Malfoy, que pendia no ar desfalecido. – E tem a marca não, é?

- Claro! – Malfoy mostrou a marca novamente, e não se dando por vencido, pelo desapontamento de Hermione, continuou em tom irônico: - Você não quer que eu o desamarre e mostre o dele não, é?

Pronto! Malfoy gostava mesmo de arriscar o pescoço.
- Podem passar. – Hermione sentiu um calor revigorante passar pelo seu corpo. Tudo estava indo bem!

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- Não se esqueça Harry, eu entro com todo o exercito e só cinco minutos depois você entra com a capa. Ouviu bem?

Um minuto atrás Harry e todas as outras centenas de pessoas que invadiriam a fortaleza de Voldemort haviam visto o sinal de fogo que Draco e Hermione deveriam lançar assim que entrassem e desarmassem as defesas do lugar. Lupin já havia voltado, e o próprio e mais de 300 pessoas armadas não só de varinhas estavam escondidas no interior da floresta, esperando pelo sinal que os levaria ao ataque, e finalmente a batalha que parecia ser afinal.

- Eu sei Lupin. Não fique nervoso. – Harry disse, mas sentia seu esqueleto tremer involuntariamente.

- Nós só vamos entrar quando vocês já estiverem lá dentro. Não se preocupe. – Dessa vez foi Rony quem falou, e para orgulho de Harry, o amigo parecia o mais determinado a lutar em meio aquele monte de gente ao seu redor.

- Todos aos seus postos! – Lupin gritou e todas as pessoas se calaram imediatamente. – Quando eu disser três, aparatem para o norte, à 375 metros daqui, precisamente. A partir daí, a batalha começa. – Lupin soltou um grande suspiro e se preparou para contar. Estufou o peito de ar e tomando fôlego começou a cortar. – UM, DOIS, TRÊSSSS!

Uma nuvem de poeira subiu instantaneamente sobre Harry e Rony, e quando ela baixou Harry olhou para os lados e ali não havia mais nem uma viva alma que não fossem ele e Rony. Um silêncio fantasmagórico tomou conta do lugar, e como um presságio, uma cobra passou lentamente à frente deles, serpenteando e se enroscando entre os pequenos galhos que havia no chão. Quando a cobra veio por desaparecer de suas vistas, um grito distante, mas mesmo assim muito forte se fez ouvir.

A batalha começara.



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Harry e Rony aparataram um pouco antes da fortaleza de Voldemort. Parecia mais uma rocha esquisita e anormalmente grande no meio da floresta. Gostaria de saber como ninguém percebera aquela anomalia no meio de tanto verde, mas logo depois veio a perceber que aquele lugar parecia ser o tipo de ambiente intocado pelo homem.

Espiaram por entre as arvores e colocaram a capa enquanto viam a batalha que ocorria a alguns metros deles. Havia muito mais componentes da Ordem do que Comensais lutando, o que trazia uma ótima vantagem sobre o inimigo. Mas algo dizia a Harry que aquilo não podia ser normal. Sentia que o problema apareceria só depois que entrassem no lugar.

A batalha corria bem. Aurores e outros soldados da Ordem prendiam e matavam a torto e a direito. Para aqueles que tinham a sorte de caírem desmaiados ou serem presos sem mais danos, esses eram aparatados em bandos pelas mãos de algum desconhecido da Ordem. Harry preferia que todos eles tivessem o mesmo destino, mas infelizmente muitos deles insistiam em lutar até a morte.

- Vamos entrar. – Harry disse colocando a capa sobre os ombros e jogando ela por sobre Rony que estava ao seu lado.

- Você está louco? É pra nós entrarmos só depois que todos estiverem lá dentro!

- Quando todos estiverem lá dentro nós não poderemos circular pelo lugar.

- Você pirou, Harry? – Rony jogou a capa para o lado em sinal de braveza.

- Eu não vou esperar mais por isso. Pense bem Rony, nós podemos entrar lá dentro enquanto todos estão aqui fora, ou pelo menos um bom numero deles, achar Draco e Hermione e encontrar Voldemort antes do prazo previsto.

- Prazo previsto? – Rony enrugou a testa sem entender.

- Antes que metade da Ordem seja morta. – Harry concluiu se tapando com a capa da invisibilidade até Rony não poder mais vê-lo. – Você vem ou não vem?

- Droga Harry! Eu não sei por que eu ainda sigo as suas idéias malucas! – ele disse tateando o ar, e quando achou a capa, se meteu embaixo dela.

- Por que elas já te safaram de boas encrencas?

- Bom... pode ser. Mas não esqueça que essa encrenca não é como as outras.

- Faça de conta que é. Ajuda a aliviar a tensão.

Harry e Rony andaram cuidadosamente pelo meio de todas aquelas pessoas. Feitiços erram lançados a torto e a direito e corpos jogados de um lado para outro. Tiveram que ficar espertos para não serem pegos de surpresa ou atingidos por qualquer coisa perigosa.

Quando estavam a bem uns cinqüenta metros de distância da fortaleza, Harry apertou o passo e fez com que Rony corresse junto com ele até aquilo que lhe parecia uma porta de entrada. Um misto de medo e muito, muito frio correu pelo corpo de Harry no instante em que entraram. Rony reclamou ao seu lado e ele pode perceber que aquele frio todo não era produto de seu nervosismo nem do seu medo. Não havia absolutamente ninguém naqueles corredores. Estavam desertos e nem ao menos se escutavam barulhos, nem os de forra nem os dentro.

Harry e Rony não disseram palavra alguma, simplesmente se olharam e já sabiam o que deviam fazer. Andaram devagar, ainda sob a capa da invisibilidade, tomando todo o cuidado para não fazerem barulho. Aquilo não parecia necessário, tal era o vazio daquele lugar, mas algo muito estranho devia estar acontecendo para que tudo estivesse desabitado. Percorreram ansiosos, boa parte daquele lugar sombrio e silencioso, e o medo de que algo tivesse acontecido a Hermione era cada vez maior em seu coração. Imaginou que a qualquer momento durante aquela caminhada, acharia o corpo de Hermione pelo chão, sem vida e sem mais esperança. Resolveu varrer aquele pensamento ruim da cabeça. Sentia Rony tremer ao seu lado, o amigo olhava freneticamente para os lados a procura de algo, certamente Hermione, mas a cada corredor que passavam só achavam espaços vazios.

- Não estou entendo nada Harry – disse Rony finalmente. Harry tomou um bom susto ao ouvir a voz do amigo, pois depois de percorrer mais de quinze minutos aquele lugar, um simples ruído já lhe causa arrepios.

- Vamos voltar e ver o que acontece.

Voltaram com dificuldades até a porta por onde entraram. Tiraram finalmente a capa da invisibilidade; ficaram imóveis por alguns segundos a espera de um ataque repentino, mas nada aconteceu.

- Não tem ninguém aqui, Harry. Malfoy nos enganou – Rony disse enquanto tateava a porta a sua frente.

- Ele não fez isso – falou Harry com toda a convicção. Rony simplesmente franziu o cenho e continuou a mexer na porta, que aparentemente estava trancada.

- Não conseguiram entrar, está trancada. – Rony se afastou da porta e deixou que Harry a examinasse. Estava mesmo trancada, e encostando os ouvidos à porta, Harry podia ouvir uma batalha lá fora. Pegou instantaneamente o velho canivete que Sirius lhe dera e tentou abrir sem sucesso a porta. Tudo parecia estar dando errado. Não sabia onde estavam Draco e Hermione, não sabia como a batalha estava indo lá fora, não sabia como abrir aquela maldita porta, e pior ainda, tinha a impressão de que não conseguiria a abrir de jeito nenhum.

- Vamos tentar do modo trouxa então – Rony disse antes de se jogar contra a porta como se aquele fosse um colchão extremamente macio. Rony bateu com toda a força na porta e voltou cambaleando para trás.

- Você tem cada idéia! – Harry disse segurando o braço do amigo.

- Não! Deu certo! Eu senti que ela se moveu alguns centímetros!

- Você bateu a cabeça muito forte, foi isso. – Harry disse, mas não conseguiu segurar o amigo quando esse se desvencilhou de seus braços e partiu com mais velocidade do que da última vez. Preparou os ouvidos para o baque e os braços para segurar Rony quando ele voltasse, mas o amigo não voltou. Ele tinha ultrapassado a porta!

- Rony! RONY!

Harry correu de encontro à porta e começou a chamar incessantemente pelo amigo, batia na porta como se essa o tivesse engolido, mas não recebia resposta nenhuma. Rony havia passado para o outro lado da porta. Sim só podia ser isso! Os pensamentos se confundiam em sua cabeça e tudo que ele queria acreditar era que Rony tinha atravessado a porta e agora estava na batalha lá de fora. Só isso.

Tentou se acalmar do jeito que podia. Contou até dez, baixou a cabeça e fechou os olhos, ainda debruçado sobre a porta, dando leves socos nela. Não agüentava mais aquele lugar. Estava ali há pouco tempo, mas lhe pareciam anos, principalmente sem uma companhia.

Virou ainda com a mão da cabeça, como se para espantar aquela dor de cabeça infernal que estava sentindo, os olhos cerrados e apertados, sua boca mexendo descontroladamente. Não estava dizendo nada, mas sua boca insistia em se mexer.

Um calor tomou conta do seu corpo de repente. Abriu os olhos devagar e tudo que viu a sua frente era uma névoa engraçada, leve e que lhe permitia ver tudo a sua frente. Parecia aquele velho truque que a professora Trelawney usava para surgir dos cantos da sala sem que ninguém a visse. Forçou os olhos para o corredor a sua frente e conseguiu distinguir um corredor que não estava lá a principio. Virou e tateou a porta para ver se ela não abria, mas ela teimou em permanecer fechada. Tomou coragem e seguiu em frente.

Os corredores pareciam mais escuros do que antes e a névoa não ajudava em nada a sua visão. Tentou lembrar por onde tinha caminhado com Rony, seguir o mesmo caminho, ou pelo menos fazer as mesmas curvas e atravessar as mesmas portas, mas muito daquele lugar havia mudado. Os corredores eram mais longos e as dezenas de portas com quartos vazios tinham sumido. A dor de cabeça começava a voltar, mais forte que antes, e por um lado Harry até agradeceu pela sua volta. Ao menos desse jeito não pensaria tanto no medo e começaria a se concentrar um pouco na dor que estava sentindo.

Parou por um momento e colocou as mãos na cabeça, como se assim conseguisse aparatar para fora dali, entretanto isso só fazia seus nervos sofrerem ainda mais. Abriu os olhos, que já estavam vermelhos e cheios de lágrimas, não lágrimas de dor, mas sim de revolta. Queria a qualquer custo sair daquele lugar horrível. Começou a achar que tudo aquilo fora um plano para prendê-lo ali enquanto destruíam a todos lá fora. Imagens de Hogwarts sendo invadida e Gina sendo levada passavam como relâmpagos por sua mente. Gritou. Gritou bem alto e por um momento aquilo parecera funcionar. Mas quando parou, o silêncio voltou de modo aterrorizador.

Voltou até o corredor inicial, se jogou contra a mesma porta pela qual Rony havia passado (pelo menos achava ele que assim fora). Bateu, chutou, gritou e xingou a porta de todos os nomes que conhecia e por fim caiu de costas no chão, exausto.

Por um instante de um segundo, sentiu uma leve brisa passar por seu rosto, abriu os olhos e conseguiu ver a claridade que vinha pela fresta da porta. Deitado dali onde estava, olhando por debaixo da porta, conseguia ver pequenas sombras de pernas se movimentando freneticamente no lado de fora. Ainda estavam lutando. Lutando por aquilo que podia acabar esta noite, se ele não permanecesse deitado naquele chão de barro. Levantou, limpou a poeira das roupas, e quando estava pronto para continuar caminhando a procura de um leve sinal que lhe tirasse dali, viu um vulto lá no fundo do corredor.

Apertou a varinha na mão direita e correu de encontro aquele vulto, que por mais que fosse fantasmagórico, Harry pensava que até um fantasma seria lucro numa hora dessas.

- HERMIONE! – saiu involuntariamente de sua boca. Não queria gritar, não queria falar sequer uma palavra, na verdade. Isso poderia chamar muita atenção para ele. Se bem que um pouco de atenção seria bom naquele momento... – HERMIONE! – gritou de novo e sentiu que era inútil continuar a chamar. Não era ela. Por algum motivo sabia que não era ela desde o começo, mas mesmo assim sua boca insistiu em chamar.

Chegou perto de onde aquele estranho vulto se movia, e com o corpo tremendo da cabeça aos pés, pode ver que aquilo era, na verdade, uma sombra, um tipo de fantasma ou algo parecido. Não! Não era um fantasma. Fantasmas não eram tão transparentes assim, pensou lembrado de Hogwarts. Era-lhe parecido com um holograma. Sim um holograma! Como os trouxas usam. Aquele ser estranho nem pareceu se dar conta da presença de Harry, continuo caminhando devagar e sempre pelo corredor deserto, como se estivesse querendo levar Harry a algum lugar.

Preparou todos os feitiços que conhecia e guardou-os na mente caso aquilo fosse uma armadilha. Só podia ser, pensou ele, mas a útima coisa que queria era ficar mais tempo parado naquele lugar.

Seguiu a criatura de longe, cuidando cada passa que ela dava. Depois de andar por todos aqueles lugares por onde já havia passado, a criatura parou e ergueu aquilo que parecia um braço e fez um gesto no ar, como se estivesse lançando um feitiço, e entrou pela parede e desapareceu.

- Droga! – correu em direção a parede o mais rápido que pode e tentou achar um lugar para passar, mas nada achou. – Droga droga droga! Por que só eu não passo pelas paredes? – disse e depois riu da própria frase. Viu que estava desesperado. – O que eu faço.. o que eu faço...? – então lembrou. O vulto havia feito um feitiço, ou era o que parecia. Levou a varinha até o alto da parede e sacolejo-a e nada aconteceu. Teve ímpetos de pegar a varinha e parti-la em dois. Não em três! – Calma Harry... calma...

Levantou a varinha mais uma vez, e tirando todos os pensamentos de revolta da cabeça, sacudiu a varinha mais uma vez, e num inspiro disse sem ao menos pensar:

- Me deixa passar!!!! – resmungou, cansado.

Tirou a varinha do ar e já sem esperanças levou a mão à parede, que parecia mais sólida do que nunca. Mas quando se encostou a ela, seus dedos atravessaram a parede como se nada houvesse ali. Não conseguiu conter um pulo de alegria e passou com cuidado para o outro lado.

Sentiu um frio ao passar por aquilo, como se estivesse atravessando uma pequena cachoeira, e quando seu corpo passou inteiramente para o outro lado, o calor de antes tomou conta novamente. Viu a criatura a sua frente. A mais ou menos dez metros de onde estava. Estava parado, e por incrível que pareça, parecia estar esperando que Harry se aproximasse.

Harry se aproximou devagarzinho, a varinha em punho e um feitiço protetor na ponta da língua. Chegou bem perto, deixando uma distância de dois metros entre ele e aquela criatura. Lentamente aquela imitação barata de fantasma se abaixou, levantou novamente e ficou parada de frente para Harry. Não tinha olhos, não tinha imagem alguma. Só um claro de luz. Continuou estática como uma pedra, sem mexer sequer um luzinha...

- Ei! – Harry disse, rindo e nervoso, pois sabia aquilo provavelmente não atenderia ao seu chamado.

Tomou coragem e ergueu o braço que não segurava a varinha, e reunindo mais coragem ainda ergueu os dedos e foi aproximando da criatura. Moveu um pé para trás para começar a correr, ergueu a varinha por precaução, e por fim, encostou os dedos “naquilo”.

O que antes era claro e reluzente, se tornou preto. Harry deu um passo para trás e ergueu a varinha na altura do peito.

Aos poucos a imagem de uma pessoa surgia a sua frente. Era Pedro. Ou melhor, dizendo: Rabicho. No entanto aquilo ainda era esquisito, pois aquele corpo a sua frente continuava imóvel, sem olhá-lo e encarando um ponto do chão a frente de Harry.

- Pedro? – Harry disse se afastando mais e mais. Não respondeu nada. Continuou parado, imóvel olhando para o chão. – O que você tem? – disse com raiva. - Immobillus - disse de repente. O feitiço atravessou o corpo de Rabicho e nada aconteceu. Começou a achar que aquilo ainda era um tipo de holograma... ou algo parecido. – O que você quer, afinal?

A figura de Pedro ergueu a mão metálica, muito devagar, e apontou para o ponto onde seus olhos estavam cravados. Surgiu ao seu lado uma figura ainda mais estranha. Uma cobra. Rabicho se ajoelhou no chão e ergueu a cobra, totalmente mutilada até o seu próprio ombro. Era Nagini! Harry reconheceu, por mais que estivesse deformada. E no momento seguinte, Rabicho sorriu, apontou para o chão mais uma vez, onde uma pedra ficava logo ao lado, e então, sem mais nem menos, desapareceu.

Harry ficou abobalhado. Olhou para o chão, no ponto em que Rabicho havia apontado. Checou se estava sozinho, e se aproximou lentamente do ponto.

Ajoelhou-se no chão e encostou a bochecha e o ombro numa pedra para apoiar-se. Então, com um pequeno estremecimento de ansiedade, inseriu os dedos bem no fundo da terra escura e cega. Percebeu imediatamente que seu palpite estava certo e que encontrara alguma coisa importante. O objeto tinha uma textura lisa e escorregadia; parecia feita de metal e não de pedra. Empunhando-o com firmeza e dizendo a si mesmo para moderar as próprias expectativas, vai trazendo-o muito devagar até a luz. A terra parece estremecer sem querer entregar o seu tesouro.

O cheiro forte e pungente de terra úmida invade seu nariz e sua garganta, embora ele mal perceba. Já está perdido no passado, fascinado pelo pedaço de história que segurava na palma das mãos. É uma adaga pesada e pequena, manchado de pontinhos pretos e verdes devido à idade e ao longo tempo debaixo da terra, pensou consigo mesmo. Harry a esfrega com os dedos e sorri quando os detalhes de prata e cobre começam a se revelar debaixo da sujeira. À primeira vista, também parecera ser medieval, o tipo de adaga que os homens usavam escondidas sobre a túnica em casos de emergência. Já havia visto coisas parecidas com aquelas em filmes e em gravuras, até mesmo nos livros de Hogwarts. Mas não entendia o porquê daquele objeto estar ali. E mais ainda, no porque daquela imagem de Rabicho ter lhe levado até aquele lugar, e conseqüentemente, até a adaga.

Harry conhece os perigos de tirar conclusões apressadas ou de ser seduzido por primeiras impressões, mas não consegue evitar pensar no dono daquela adaga, morto quem sabe há tanto tempo, e que pode ter andado por aqueles mesmos caminhos. Quem sabe tendo que enfrentar os mesmos perigos que ele enfrentava agora. Ou a outra história, aquela na qual não queria pensar muito. Onde um homem mal como Rabicho ou Voldemort colocam uma adaga perigosa embaixo da terra e levam um inocente a usá-la, ou simplesmente a tocá-la, causando um grande desastre ao qual, por alivio, ainda não tinha acontecido.

Por um instante, segura aquela adaga na mão e se pergunta como podia ter tanta certeza de que ela era antiga. Parecia ser, mas nada podia provar. Tudo indicava que estava intocada há tempos, como se estivesse escondida e esperando por ser achada. Olhou para os lados e percebeu que tudo ao seu redor também parecia velho. Aquele lugar parecia extremamente antigo, e sentiu um arrepio ao perceber isso. Podia apostar que aquele lugar não era um lugar comum, e sim um lugar tomado por Voldemort por algum motivo. Gostava tanto de antiguidades e bafafás! Por que o lugar onde se escondia não podia ser também?

Continuou parado onde estava, tentando desvendar de onde tanta idéia surge em sua cabeça. A conexão é forte e Harry está tão entretido em seus pensamentos que não percebe a pedra ao seu lado se mexendo. Então alguma coisa, algum sexto sentido, o fez olhar para cima. Por uma fração de segundo, o mundo parece estar suspenso, fora do espaço, fora do tempo. A luz muda de repente, tudo fica mais escuro, e ao mesmo tempo mais nítido, pois a névoa desaparecera, e então, como se um feitiço estivesse se rompendo, o teto começa a rachar de fora a fora. Harry se joga para longe, meio se arrastando, meio escorregando, bem a tempo de evitar ser esmagado. Uma parte do teto bate no chão com um baque surdo, levantando uma nuvem de pó marrom-claro.

Harry se agarra à parede como quem se agarra a uma pessoa pedindo ajuda, evitando cair novamente. Por fim, caiu no chão mais uma vez, fica estendido no chão, tonto e desorientado. Quando percebe que só não foi esmagado por um triz, seu coração congela. Foi por pouco, pensa. Respira fundo e espera o mundo parar de girar.

Aos poucos, o latejar em sua cabeça diminui. O enjôo passa e tudo começa a voltar ao normal, o suficiente para ele poder sentar e avaliar a situação. Seus joelhos estão esfolados e riscados de sangue, e bateu o pulso ao cair de mau jeito, ainda segurando a adaga na mão para protegê-la, mas no geral escapou ileso. Estava perfeitamente bem para quem enfrentara um desmoronamento.

Esfregou os olhos e olhou para o teto, que agora dava lugar a um grande circulo vazio. Era estranho só ter caído àquela parte do teto, e mais estranho ainda que ele estivesse bem embaixo dela. Num impulso se levantou e subiu nos escombros, alcançou o espaço vazio que antes era o teto, e segurando com firmeza na borda do teto deu impulso para subir para aquilo que parecia um segundo andar. Não podia mais continuar parado num lugar só.

Lentamente seus olhos se acostumam à penumbra, o preto aveludado dá lugar a um cinza escuro, e ele vê que está diante de um túnel comprido e estreito. Sente os cabelos finos se eriçarem na nuca, como a avisá-lo de que na escuridão há algo à espreita que seria melhor deixar em paz.

Apertando a adaga na mão com força, como um talismã, ele respira fundo e dá um passo a frente, dois, três. No mesmo instante, um cheiro de ar subterrâneo há muito tempo escondido o envolve, enchendo sua boca, sua garganta, seus pulmões. O ambiente era fresco e úmido, sem os gases secos que experimentara no andar de baixo. Concluiu que devia existir alguma fonte de ar puro por perto, e com isso, um vão para sair daquele lugar. Porém, para garantir, empunhou a varinha, disse um silencioso incendio e ergueu a varinha com fogo na ponta, confirmando que havia bastante oxigênio no lugar. A chama é sacudida por uma corrente de ar, mas não se apaga.

Sentindo-se nervoso e ligeiramente culpado por ser tão descuidado, enrola a adaga num pedaço de blusa que rasgara e a enfia no bolso, em seguida avança em cautela. A luz da chama é fraca, por isso resolve mudar o feitiço para um lummos bem forte. À medida que avança mais, vai sentindo o ar frio se enroscar por suas pernas e braços como um gato. Está caminhando sobre uma rampa. Pode sentir o chão descendo sob seus pés, irregular e arenoso. O atrito das pedras e do cascalho ressoa alto naquele espaço confinado, silencioso. Tem a consciência de que, quanto mais longe e mais fundo avança, mais aquela pálida luz, que já era pouca, vai ficando ainda mais pálida.

De repente, ele não quer mais continuar. Não sente nenhuma vontade de estar ali. Mas é como se houvesse algo irresistível naquilo, algo a puxá-lo para as entranhas profundas daquele lugar.

Dez metros adiante o túnel termina. Harry se vê na soleira de uma câmara fechada como uma caverna. Ele está em pé sobre uma plataforma de pedra natural; um ou dois degraus rasos e largos bem na sua frente levam a uma área onde o chão parece ter sido nivelado até ficar plano e liso. A caverna tem, conforme seus imprecisos cálculos, dez metros de comprimento e talvez cinco de largura, e foi obviamente construída por mãos humanas, e não só pela natureza. O teto é baixo e abobadado, como o de uma cripta. Está prestes a descer os degraus quando percebe letras gravadas na pedra do degrau de cima. Inclina-se e tenta ler o que está escrito. Apenas as três primeiras palavras e a última letra – R, ou talvez um P – estão legíveis. As outras estão carcomidas ou lascadas. Harry limpa a poeira com os dedos e recita as letras em voz alta. Naquele silêncio, o eco de sua voz parece de certa forma hostil e ameaçadora.

- G-R-I-F... Grif.

Grifinória? Griffindor? O que era aquilo? Um aviso? Uma inscrição qualquer? Desejou que Hermione estivesse ali. Curiosidade e mau pressentimento brigam em seu íntimo, e sente a sua pele dos braços descobertos se arrepiarem, embora não saiba ao certo se é por ansiedade ou por causa do frio da caverna.

Harry levanta a varinha bem alto para iluminar o caminho, tomando cuidado para não tropeçar nem tirar nada do lugar. No nível inferior, pára. Respira fundo e dá mais um passo rumo à escuridão de ébano. Mal consegue distinguir a parede da câmara.

Àquela distância, era difícil ter certeza se não se tratava apenas de uma ilusão criada pela luz de uma sombra lançada pela varinha, mas parecia haver um desenho circular de linhas e semicírculos pintados ou esculpidos na pedra. No chão em frente ao desenho está uma mesa de pedra de um pouco mais de um metro de altura, como um altar.

Mantendo o olhar fixo no símbolo na parede para se guiar, Harry avança mais, agora pode ver o desenho com mais clareza. Parece algum tipo de labirinto, embora sua memória lhe diga que há algo errado nele. Não é um labirinto de verdade. As linhas não conduzem ao centro como deveriam. Mantendo os olhos cravados no suposto labirinto, vai chegando cada vez mais perto. Seu pé bate em algo duro no chão. Ouvem-se um baque leve e oco e o barulho de algo rolando, como se um objeto houvesse sido deslocado.

Harry olha para baixo.

Suas pernas ficam bambas. A pálida luz de sua varinha vai ficando cada vez mais fraca. Chocado, não consegue respirar direito. Está de pé na beira de uma cova rasa. Uma leve depressão no solo, nada mais que isso. Nela há dois esqueletos do que um dia foram seres humanos, os ossos totalmente limpos pelo tempo. Os buracos vazios dos olhos de um dos crânios o encaram. O outro crânio, deslocado por seu pé, está virado de lado como alguém que desvia o olhar.

Os corpos estão dispostos um ao lado do outro, estão simétrica e perfeitamente alinhados, mas não há nada de plácido naquele túmulo. Nenhuma sensação de paz. Os ossos malares de um dos crânios estão esmagados, esmagados para dentro como uma mascara de papel mâché. Varias costelas do outro esqueleto estão quebradas e apontam para fora de modo estranho, como os galhos secos de uma árvore morta.

Determinado a não se deixar dominar pelo medo, Harry se força a se agachar, tomando cuidado para não desarrumar mais nada. Corre os olhos pela sepultura. Uma varinha repousa entre os corpos, a madeira dilacerada e roída devido aos anos, assim como alguns fragmentos de tecido. Ao lado da varinha há uma bolsa de couro fechada por uma tira embutida, grande o suficiente para conter uma pequena caixa ou livro. Harry franze o cenho. Tinha certeza de que aquela bolsa de couro não deveria estar tão inteira, tomando-se em conta os corpos ao seu lado. Parecia nova demais... inteira demais.

Sem mais pensar, levou a mão até a pequena bolsa e puxou-a primeiramente com delicadeza, sentiu que deveria puxar com mais força, foi o que fez, trazendo junto um pedaço de osso, que jogou com nojo para longe. Abre a bolsa e tira de dentro um pequeno objeto, em seguida ergue-o em direção a luz da varinha, soprando delicadamente a poeira para ver melhor.

É um pequeno anel de pedra, simples e sem atrativos, com uma faceta redonda e lisa. O anel também é estranhamente familiar. Harry olha mais de perto. Há um desenho gravado no interior. No inicio, ele pensa que é um tipo de selo. Então, com um choque, percebe. Levanta os olhos para as marcas na parede dos fundos da câmara, depois torna a olhar para o anel.

Os desenhos são idênticos.

O mesmo labirinto, o mesmo desenho. Tudo.

Sente que não deveria estar ali. Que tinha descoberto algo que ninguém até hoje descobrira. Sentiu a coragem se esvair aos poucos. Não agüentava mais aquele lugar.

- Merlin... Como saio daqui? – disse a si mesmo. Por algum motivo se sentiu culpado por ter quebrado aquela sepultura e por ter pegado o anel. Não sabia por que, mas sentia imensamente.

Mas já era tarde demais. Acima ou atrás de si, não conseguindo distinguir onde, Harry ouviu passos. O som ecoou pelo espaço confinado, ricocheteando nos rochedos e nas pedras. Vem vindo alguém.

- Rony? Hermione? – chamou baixinho, pois sabia que aqueles passos estavam muito perto dele. Deixou o anel cair no chão e se concentrou em sua varinha, em apontá-la firmemente para qualquer lugar. Ele estava ali. Podia sentir.

Colocou firmeza nas pernas, enrijeceu os braços e apertos as mãos na varinha. Finalmente havia chegado à hora.

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- Apareça logo! Porque continua se escondendo? Está com medo?! – Harry gritou mexendo freneticamente a cabeça de um lado pro outro.

Foi então que viu um corpo magro e alto ao longe. Era ele, enfim. Tremeu levemente, mas não conseguiu que um sorriso não tomasse conta de sua boca por finalmente encontra-lo. Não estava aturando mais aquela expectativa. A coisa que mais queria agora era estar cara a cara com ele.

- Harry Potter. – Ouviu a voz seca de Voldemort. Sentiu o sangue subir a cabeça e a vontade de começar a lançar feitiço lhe era irresistível.

- Tom Riddle – retrucou.

- Você e o falecido Dumbledore. Insistem em me chamar por esse nome grotesco e simples – ele disse se aproximando mais e parecendo falar com um serviçal sem importância e indefeso. – É uma pena que esteja morto. – Disse sem ao menos mudar a fisionomia. – O destino para aqueles que pronunciam esse nome...

- Não foi você quem o matou! – Harry gritou para ver o que acontecia.

- Indiretamente, sim. Do mesmo modo que os seus amigos há algum tempo atrás, enquanto nós caminhamos juntos por esses corredores.

- É mentira! Eles estão vivos, eu sei! – Voldemort apenas riu. – Se estava junto comigo, como pode saber?

- Eu sei tudo que se passa por aqui Harry. Tudo. Ou acha que vocês atacariam o meu forte sem a minha permissão? – disse se aproximando da cova aberta e olhando lá pra dentro. – Vejo que pegou o anel, não?

- Por que me trouxe até aqui? – a pergunta estava entalada na garganta.

- Accio Anel de Griffindor. – Disse e o anel que estava no chão voou até as suas mão. – Por causa disso – mostro o anel e em seguida o guardou fazendo-o desaparecer com um gesto de mãos.

- Anel de Griffindor?

- Eu pensei que você fosse mais esperto Harry! Depois de destruir todos os meus horcruxes, você achava mesmo que eu não começaria a fazer mais deles? – disse e Harry pode perceber uma entonação de raiva em sua voz.

- E por que me trouxe até aqui? FALE! – Harry disse com mais raiva ainda.

- Um feitiço realmente muito forte esse daqui. – Voldemort apontou para os lados, mostrando a câmara à Harry. – Um jazigo que guarda o corpo de Godric Griffindor e de sua esposa. Nunca pude tocar na sepultura. Uma pena é claro. Mas eu tinha certeza absoluta, que depois de tentar com tantas pessoas diferentes, você seria a pessoa perfeita para abri-la. Somente uma pessoa que não quisesse abri-la podia fazê-lo.

- Como a pedra filosofal.

- Não muito diferente! Esse anel guarda segredos que só Godric sabia. O famoso anel de Griffindor. E agora ele é meu, graças a você. – Harry sentiu as pernas querendo se mover de encontro à Voldemort.

- Você não é tão esperto quanto imagina ser.

- E porque acha isso menino?

- Porque eu já sabia que você estava me esperando. Não sou tão alienado como pensa.




- Diga Draco. Como entramos no lugar?

- Eu só sei que posso ir até a primeira porta e desarmar os feitiços.

- E depois?

- Depois você se vira.

- ME DIGA COMO ENTRAR LÁ!

- Você vai entrar de qualquer jeito! Não vê? Ele está a sua espera, seu idiota!

- A minha espera?

- Sim sim sim! Ele já disse que não vai sair de lá. Sabe que você vai atrás dele, sabe de uma tal profecia e sabe que um dia você vai parecer.

- Então pra quê você serve?

- Eu sirvo pra levá-los até lá e para desarmar os feitiços da entrada!

- Você está mentindo!

- Como eu vou mentir se eu estou sobre o poder do verritasserum?!! Como?

- Ele está me esperando então?

- Está.

- E o que vamos fazer?

- Vamos dar um susto nele e depois você se vira lá dentro. Não há quase ninguém lá dentro do lugar. As únicas vezes que entrei, sai de lá sob o feitiço de esquecimento.

- Você acha que temos chance?

- Lá fora sim, não sei como é entrar lá dentro.

- Como tem tanta certeza?

- Ele já falou que está te esperando. Só isso.

- Estou disposto a arriscar, então.

- Se eu fosse você, não arriscaria.

- Mas você não sou eu, Malfoy.




- Existem três tipos de pessoas: aquelas que imploram pela vida; aqueles que ficam quietos e esperam; e por último o tipo que eu mais gosto, pois quando eu o mato ele engole todas as palavras que disse quando estava vivo: o corajoso que acha que vai viver.

- Eu. – Disse Harry cheio de si.

Voldemort riu uma risada esganiçada e sem graça, e quando parou levantou a varinha na mesma posição que Harry.

- Você me deve um duelo garoto.

- Eu não lhe devo nada. – E Harry foi arremessado contra a parede. Bateu com as costas e sentiu que quebrara alguma coisa. Escorregou da parede rapidamente e caiu com um baque no chão. Voldemort se aproximou como para checar o seu feito.

- Crucio - Disse ele e Harry se debateu por uns instantes, logo conseguindo sair do feitiço. – Mas vejam só! O menino que sobreviveu também resiste a essa maldição!!!! - Avada Kedrava!!!

Harry foi atingido em cheio pelo feitiço. Não imaginava que tudo fosse acabar tão rápido. Que ele simplesmente fosse jogado contra a parede e amaldiçoado por um Avada tão no começo de sua luta. Imagens passaram pela sua cabeça. Rony e Hermione estavam abraçados, esperando-o em Hogwarts, Gina estava correndo de encontro a ele, com os braços apertos para um abraço. Lembrou de vários momentos bons de sua vida, nada de ruim passou por sua mente naquela hora. Sentia que estava começando a flutuar, estava indo na direção da luz, e aquilo era tão bom. Tão bom! ”HARRY”! Ouviu alguém chamar, e nesse momento sentiu uma dor cruciante no peito. ”HARRY NÃO DESISTA!”. Por que não desistir? A morte parecia tão convidativa, tão boa e sem dor. ”Não pode desistir agora.” A voz disse mais calmamente, e então Harry pode perceber de quem era a voz. Era a voz de sua mãe. Lembrou do espelho de Ojesed, lembrou de sua voz na batalha com Voldemort no quarto ano. Tinha certeza que era ela. Sentiu um calor anormal onde o broche que Gina lhe dera estava. Agora tinha, além da proteção de sua mãe, também a de Gina.

A dor voltou com tudo. Sentiu como se tivesse caído mais uma vez, não estava mais flutuando e não via mais a luz. Via uma escuridão que se mesclava com uma claridade chata, insuportável. Abriu os olhos e viu aquela criatura alta a sua frente. Harry ainda estava vivo. Nada que doesse tanto podia ser morte.

Viu o rosto de Voldemort se contorcer em fúria. Já era a segunda vez que não conseguia matar Harry com aquele feitiço. Devia estar furioso.

- Você não pode me matar – Harry disse de repente, como se aquelas não fosses suas palavras e nem a sua voz. Deixou que seu instinto continuasse: - O destino está do meu lado. Eu vou matar você.

Voldemort acenou com a varinha mais uma vez. Harry sentiu a carne se rasgando e viu que definitivamente não conseguiria mais se levantar. Aquelas palavras estúpidas estavam saindo de sua boca e ele nem ao menos sabia por quê.

Aquele lugar era cheio de mistérios e encantos. Não sabia por que falava aquilo, mas algo o inspirava; não sabia por que pegara o anel, mas pegara; não sabia por que aquele lugar estava tão deserto... ainda. Já sabia que cedo ou tarde se encontraria com Voldemort, isso sim era a única coisa que não lhe causava surpresa.

- Você não vai me matar. – Repetiu e sentiu vontade de gritar. Queria parar de falar! Queria calar a boca e morrer em paz. Mas a voz dizia que não ia morre. Por quê?

- Eu vou matá-lo sim. Olhe pra você. Está destruído, só está delirando. – Voldemort se agachou perto de Harry. Tão perto que Harry conseguiu sentir um frio e um cheiro podre entrando pelas suas narinas. – Vou matar você como seus amigos mataram Nagini. Vou deixá-lo deformado!

Nagini... Nagini... Rabicho estava com ela. Nos braços e rindo aquele sorriso misterioso. Que estranho, pensou.

- Onde está Rabicho? – Harry perguntou, tentado reunir forças para continuar falando. – Onde ele está?

- Está matando o resto de seus amiguinhos lá fora. – Disse se aproximando mais ainda de Harry, tomando a varinha dele e encostando sua boca perto do ouvido de Harry. – Só falta você. – Harry sentiu o bafo frio passar pela orelha.

Rabicho tinha matado Nagini. Tinha! Tinha certeza. A dívida estava paga.

Fechou os olhos e sentiu uma lágrima correr pelos olhos. Iria morrer. Independente da voz que lhe dizia o contrário. Iria morrer de qualquer jeito. Abraçou a si mesmo, tentando espantar o frio e a tremedeira. Estava pronto.

Foi então que sentiu suas mãos tocarem em alguma coisa. Um objeto dentro de seu bolso.

A adaga.

Apertou os dedos sobre ela, segurou firme e aos poucos tirou o pedaço de pano que a cobria. Tudo lentamente e muito silenciosamente.

Voldemort estava paralisado a sua frente. Como se estivesse se deliciando com aquele prato de morte que há tempos esperava saborear. Estava perto demais, perigoso demais.

Colou o rosto ao de Harry, ficando bem a uns cinco centímetros de seu nariz, e disse com a voz arrastada e feliz:

- Adeus Harry Potter. – Falou e Harry sentiu uma varinha colada a seu peito.

- Adeus Tom Riddle. – Respondeu, segurando a adaga com um fiapo de força que ainda lhe restava.

Levou a adaga até o peito de Voldemort.

Estava acabado. Só não sabia se era Voldemort ou ele quem havia morrido, ou os dois, pois ficou inconsciente de repente e fechou os olhos mergulhando na escuridão...

Seu último pensamento foi de raiva. Raiva por não ter ficado para saber o que havia acontecido com Voldemort.





<><><><><><><><><><><><><><><><>

NA.:

hAaAaAaA nossa que saudades de vocês! Voltei às aulas e não pude entra na net a semana toda, e quando eu entro hoje, sábado, volta aquela alegria de sempre! Pessoal, como alguns já perceberam a fic ta chegando ao fim (snif). Para alegria de uns e tristeza de outras, infelizmente. Não tenho certeza absoluta se vou colocar mais um ou mais dois capítulos por aí. Estava pensando em fazer dois capítulos, chamados capítulos especiais. Sim sim especiais uahsuahs. Mas tamb pode ser que a coisa dê mais certo só com um... mas eu vou ver, vou ir escrevendo, e com o tempo eu vejo como fica melhor.
Peguei essa última parte, da caminhada do Harry pelo lugar, de um livro chamado Labirinto, de Kate Mosse. Realmente não sei se o livro é bom ou não, pois ganhei uma amostra dele na feira do livro aqui de Porto Alegre e me apaixonei por uma parte. Sendo assim, resolvi coloca-la na fic. Várias coisas nessa fic são imagens, falas, textos ou outras coisas que eu vi, li, e gostei. Ansiosa pelo próximo gnt... Rezem por mim!


Mariana Vieira: Oi oi oi oi! Marianaaa vc não é a única que ta p* com o Floreios não ein... Antigamente, quando eu tinha mais tempo pra ler fics, eu fazia comentários imensos pras minhas amigas. Chegava até a escrever eles no word e depois passa ali pra barrinha. E não é que esses dias o Floreios me apaga um baita texto (baitaaa msm), que eu fiz com todo o carinho e coração!? Q merd... o pior d etudo é que ele não tem nem a a educação de avisa que agnt jah passo de tantos caracteres! Uahsuahas! Sim sim... o Voldi acho o Harry, e eu tava loka pra que isso acontecesse logo! Hehe! Seu desejo é uma ordemmm: claro que eu vo coloca momentinho hr/r no próximoo! Eu jah fikei aguniada que nesses últimos eles não apareceram tanto neh... to com tanta vontade de ver eles juntos quanto vc! Por isso estou pensando em fazer dois capítulos... pra ficar bem grande. O Único problema eh q eu não sei se vou ter tempo! Buaaaa! Qro voltar pro segundo anoooooo! Mto mto mto obrigaddaaaa viu... fiko superultramega feliz em saber que vc gosta da fic, e q aprecia o modo como ela é feita... é realmente mto bom ser reconhecidaa! Mto msm. Continuaaaa assim tão kirida do jeito q vc eh... infelizmente agnt só se conheceu aki pro fim da fic... mas jah deu pra ver que vc eh uma pessoa mtooo tri (gíria do sul!!!!). Tenho o prazer de responder a todos os coments, principalmente quando são tão bons quanto os seus... bjuxxxx e te vejo na próxima ah? Fuixxxx!

Pedro James Potter: Curiosidade desfeita? Um pouquinho espero, mas eu tenho sempre a mania de deixar vc curioso (!!!!!) O que será que aconteceu com o Harry e o Voldi? Tchã tchã tchã tchããã! Uashuahsuh! Ahh nossa vc eh o contrario de mim sabe... eu adoro d/h, e não gosto mto de d/g. A única d/g q eu gostei, e nem foi tanto assim, foi a de Draco Dormiens e Draco Sinister. Já leu? É ótimaaaaa! Sim sim Gina voltou a amar o HARRY... aiaiaiai! Bjinhuxxxxx miguxooooo!

Raiza: Migaaaaa não preocupessss! Não vo parar de escrever naummm. Jah consegui escrever esse capitulo, com mtooo trabalho mas consegui, e agora vem o final da fic e eu jah tenho as minhas idéias. Mas como vc sabe, o final é sempre a parte mais difícil, onde eu vou dar por encerrada a fic e encerrar ela com classe é mtoo importante. Eu to tri nervossaaa! Uahsuahsuah! Não vjo a hora de sentar akina cadeirinha e começar a escrever que nem uma maluca... e colocar o mais rápido possível on line. Ahhhh vc quase teve um treco com a Gina e o Harry? Pois eu tabm tive um quando me veio essa idéia! A principio eu faria uma fic só disso sabe... mas daí eu jah to cheia de coisa pra fazer e essa idéia fica bemmm mais pra frente. Juro que se tivesse mais tempo eu escrevia mtoo maisssss... mas como não dá... vai assim msm. Xuxuu vo induu lá... um dia me manda as fic q vc gostaaa... o nominho e daí eu vo lendo com o tempo. Bjinhuxxx e ateh!!!!

Barbara Fox Diggory: (Som de tamboresssss) MIGAAAA SÊ VOLTOU! Ahhhhhhh xuxu que saudade que eu tava dos seus comentários! Poxa eu jah te disse isso neh? Mas eu digo de novo não tem problemaaaa! Uhuuuuu! Migaaa vc realmente descobriu sim o segredinho Do Trailer. E na verdade eu só coloquei ele naquele cap pra ver se alguém se tocava o que ia acontecer sabe... e como vc não é nada espertaaa(aushaushu), descobriu de kra! mAs vá lá... quem pode pode neh! Kibom que eu posso manter contato com vc no msn, e q vc gosta da fic assim desse modo... fiko mto mtoo felizzz! Espero que agntt se fale sempreeee, msm depois da fic acabar. Eu não tenho duvidas disso... bjuxxxxx xuxu!

TheBlueMemory: Tudooo bom e com vc? Aushauhsuah. O Draco tadinho, jah tava mto machucado pra apanhar mais neh! E o Rony... bom, ele tem que se acalmar um pouquinho agora, se não daki a poko jah vão tah dizendo por aí que o meu Rony virou aqueles palyboy que bate em todo mundo!!!! Concordo com vc viu... tbm axei desde o começo que a parte da da Gina e do Harry foi rápida d+. Mas eu sabia que ia ter que enfrentar isso, corri o risco msm, pq eu queria acabar logo com esse assunto das horcruxes sabe. Colocar um ponto final. Inicialmente essa idéia de perder o amor ia ser usada em outra fic minha. Mas como eu estou sem mto tempo, e sei que não vou conseguir escreve-la, coloquei nesse capitulo, veio como uma luz, e acabou rapidinho, só pra dar um gostinhoo... Amo amo o Draco tbmmm... não resisti na possibilidade de coloca-lo na fic... e aí ta ele. Do jeitinho como eu gostaria que ele acabasse o livro sete. Ou ateh melhor que isso... bjinhuxxxx e ateh a próximaaa!

índia: Olááá! TA AÍ O CAP! BJUXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

rhu: Ahh mas então eh boa a idéia de colocar uma cap por semana... daí a sua mãe não briga tanto com vc, vc não passa tanto tempo na frente do pc e ta tudo ok! Aushuahs! Mas eu sei que as coisas não são tão fáceis assim como eu falo. Quando eu lia fics, sempre que terminava de ler uma, ficava um tempão caçando outras na net! É um vicio que não largaaa! Pode deixar que o Draco não vai se meter entre Rony e mione não... Ateh hoje eu não gosto de fics que fazem isso sabe. Eu te digo uma coisa, eu amoooo h/d. Gosto msm, mas que elas não coloquem o nome do Rony no meio. Fica meiu irreal, na minha cabecinha não tem como Rony não ficar com a Mione. Fic d/h pra mim só as que não mencionam o nome do Roniquinhooo! MTA gtn ficou perocupada com o aparecimento dle, mas no problem, é só uma participação especial! A idéia do colar veio de não sei onde... e quando veio eu tive logo que escrever. Pena que o capitulo foi rápido, eu poderia ter estendido a história do colar, fazer vcs sofrerem mais um pokinho, mas eu jah estou meio cansada sabe... vo pra reta final! Guriaa espero te ver na próximaaa então! Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Mika: Bjuxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Rafaela Klein / *Suzannah Black*: uahsaushuahsuah! Capitulo apavorante! Bomm... eu só posso te dizer que o Draco e a Mione podem dar certo simm ( não qué entregar o jogo ah!!!), ele tah com boas intenções, vc pode ver por esse capitulo, que ele tomou o veritasserum. E se a JK tah certa, ele provavelmente não mentiu. Meus amados Gina e Harry ... ahhhhhhhhhhhi! Quando eu re-li o capitulo eu fiz uma careta sabe... tadinho do Harry! Fiko imaginando a cara dos leitores!aushuashu! Mas não te preocupa viuuu... tudo vai se encaminhandoo.... bjuxxxxxx e ateh!

carina granger: Qué isso mininaaa! Eu tinha certeza que vc não me abandonaria! Aushuahsu! Mta gente nessas férias deu uma desaparecidinha sabe... perfeitamente normal. Mas fico super feliz de ver mais um cometario seu! Fiko simmm! !Não queria ver ela e o Harry separados: eu tbmmmm! Nunkaaa! Dracoo tah sendo sinceroo simmm... amoo ele! Bjuxxxxxxxxxxxxx

Lulu: Ahhh migaaa voltaste! SAUDADES DE VC!!!!! Mas jura eu sabia que vc voltariaaaa, jah conheço um pokinhoo vccc!!! Vc falou em criatividade, mas se eu te disser que eu to apavorada, ou melhor, to super nervosa, pq agora vem os últimos caps e eu to naquela expectativa de fazer uma coisa lindinha sabe... uma coisa que todo mundo goste. E toda noite que eu deito na cama eu fiko um bom tempo pensando em coisas pro capitulo. Jah me vieram varias idéias, é claro, mas falta aquele Q a mais sabee. Torce por mimm migaaa! Sonhar com o universo HP? AHH isso eh extremamente normal. Não se senta esquesita e nem se chame de louca (uahsuahsauhu) pois eu sou uma pessoa que sonha mtoo sabe. Eu na verdade penso d+, e na hora de dormir todas as coisas que povoam os meus pensamentos reaparecem em sonhos. Vai dizer que não é gostoso? É superbom.. como se estivesse vivendo um pouquinho aquilo, como se estivesse vendo um filme. Ahh eu adoro! "ME DIGA QUE VOCÊ NÃO FEZ ISSO" Ahhh eu sabiaaa que vc ia perceber! Coloquei de prpósitooo sim sim, só pra alguém vir perguntar! Heheh! Sobre a Mione e o Rony... to loka pra escrever algo dles no próximo cap. O draco... EU AMO ELE. E vc acha msm que eu convenci com a história dele? Sério? Eu queria perguntar isso pra alguém e acho q vc eh a pessoa certa pra isso. Fikei com medo de não convencer, mas o resultado ateh agora foi bom pq ningas reclamou. Com certeza eu não me importo de vc ocupar um bom espaço na minha pagina de coments! Uashuahsauhs! Claro q naumm... fiko é super feliz de ver tanta coisa escrita. E daí eu me empolgo e escrevo tbm e isso vai virando uma bola de neveeee! Heheheh! Divulgação de fic vai a mil entaum ein! Tbm adoro divulgar ficss. Infelizmente as q eu mais gostava não estão terminadas! Migaaa era vc que qria q eu indicasse fics? SE QUISER eu to a disposição. Vo induu lá antes que eu não pare mais de escrever! Bjuuu migaaaaa ótima semana pra vc!

Amanda Alves Silva, lari_petry, Letícia Aquino , Iolanthe Malfoy: Migas, me desculpem mas não vou conseguir responder aos seus comentários. Na próxima ok? To cheinha de coisa pra fazê! bjuxxxx kiridas.



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GENTE QM CURTE ESSA FIC ENTRA NA COMU Q O KIRIDU PEDRO FEZ: COMUNIDADE

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