Prazeres de Tom, vingança de B

Prazeres de Tom, vingança de B



Aquela era uma noite quente a despeito da chuva gélida que caia do lado de fora da antiga escola de magia. Os gritos e gemidos poderiam ser ouvidos por todos os cantos, não fosse o feitiço silenciador que vedava o quarto.
Pensem em todos os pecados e crimes da carne e eleve-os a dois seres insaciáveis, mesquinhos e egoístas. Tudo dentro daquelas almas unidas era sujo, vil e baixo, mas quem se importa, eles queriam prazer e nada mais. Um duelo de titãs, para medir resistência e força, poder e controle sobre o outro, perdia quem caísse primeiro, exausto. Não havia limite para aqueles dois, ou seriam um?
Desabaram ao raiar do dia, quando o sol preguiçoso relutava a aparecer. Ela caiu em sono profundo, havia passado dos limites com um corpo ainda inexperiente agora sentia todas as suas energias se esvaindo. Ele estava bem desperto, não costumava dormir muito ainda mais quando sentia a adrenalina ainda bem quente em suas veias. Observava a garota, correção, mulher, ao seu lado. Tão tranqüila, descansando como um anjo, não que ela realmente fosse um, não depois daquela noite. Nunca imaginou que aquela garotinha poderia fazer tudo aquilo, não a pequena Gina, mas aquela não era ela, era apenas uma copia mal feita da menina que ele conheceu, muito mais parecida com ele do que com a verdadeira. Tão falsa, tão vazia, tão...ele.
Tocou-lhe a face enquanto ela ressonava. Ela era bem esperta, conseguira prever que ele sentiria falta da antiga, mas agora era tarde de mais para voltar atrás, mesmo porque Tom Riddle nunca volta atrás. Restava para ele apenas imaginar como teria sido com a verdadeira Gina.
Mulher nenhuma era capaz de tanta coisa em uma cama, não como ela, nem mesmo Bella era tão inspirada, mesmo sendo a mais competente amante que ele já teve. Forte, decidida, calorosa mesmo quando era indiferente a ele. Bellatrix sempre seria uma boa lembrança e uma boa saída. No entanto aquela mulher com a aparência de Virginia Weasley era de mais para um homem só, do tipo que nunca deixa o sexo cair na rotina, que surpreende a cada noite, mas aquilo tudo era muito exaustivo.
Estava sentindo o sono chegar ele finalmente adormeceu, sem nem ao menos tentar toca-la mais uma vez. Dormiu um sono pesado, sem sonhos, sem descanso, apenas dormiu.


Estava inquieta, simplesmente não pregara o olho à noite inteira, revirando-se na cama para tentar dormir. Foi inútil tentar não pensar no que estava acontecendo no quarto do mestre, o quarto que ele dividiu com ela por tantas noites de prazer. Era degradante admitir, mas estava com ciúmes, morrendo para falar a verdade.
Garota prepotente, arrogante, perfeitinha, uma prefeita vadia de luxo, isso sim. Quem ela pensava que era para fazer isso? Mal chegou e se achava no direito de mandar na criadagem, de recusar ordens do Lord, de se deitar com ele! Era inadmissível uma coisa daquelas.
Sem perceber lembrou-se do outro Weasley. Ele fora muito abusado ao falar com ela daquele jeito, mas não havia como negar todas aquelas verdades, qualquer um dentro do ciclo de convívio do Lord sabia que ela era dele, até Lestrange compreendia isso e não questionava, nem mesmo quando estava vivo ele a impediu. O tal Ronald tinha razão, ela não passava de uma vadia.
Desistiu por fim, não iria mesmo conseguir dormir e estava com tanta raiva que só queria torturar alguém para se distrair e já tinha a vitima perfeita. Ninguém falava aquelas coisas todas na frente dela e de tantos colegas e saia impune, mesmo que fosse tudo verdade.
Trocou-se rapidamente e nem ao menos deu atenção a bandeja do café da manha que um dos elfos tinha deixado lá a alguns minutos, foi para o banheiro e fez sua higiene pessoal, logo em seguida rumou para as masmorras.


Poderia dizer que os acontecimentos da noite anterior não foram de todo ruins. Sabia agora que sua irmã estava viva e bem cuidada, ainda que fosse por aquele monstro, e seu pai fora libertado. Se o preço por tudo isso era a sua liberdade, então pagaria satisfeito, ou pelo menos quase, de qualquer modo sua vida não tinha sentido depois de perder Mione em batalha. Amou a esposa mais do que tudo nessa vida e podia dizer que ainda a amava, a perda foi tão grande que ele meteu a cara no trabalho com tudo para tentar esquecer, falhou miseravelmente.
Agora estava em uma bela enrascada, logo quando tinha conseguido algum progresso nas linhas rebeldes, logo quando Harry estava a caminho e quando a esperança começava a voltar. Seu velho amigo teria que se virar sem ele por uns tempos, isso se ele não morresse antes de rever aquela cicatriz. Só tinha receio de encontrar aquela louca, histérica e desvairada. Uma puta escandalosa que atendia pelo nome de Bellatrix Black, ex Lestrange, já que aquele miserável já tinha ido para o quinto dos infernos pelas mãos do próprio Rony.
Aquela mulher era a própria madame Satã. Calculista, fria, insensível, nem parecia mais uma mulher, era apenas uma sombra embaçada do que poderia ter sido, mas ao que parece Voldemort agradava-se bastante com ela. Ora, qualquer um sabia que ela era a amante dele e o único medo dele era que a irmã tivesse o mesmo destino, isso seria de mais para ele e toda a família Weasley.
Imagine só, chegar em casa um belo dia e dizer aos seus pais e irmãos que a caçulinha da família era a nova concubina do Lord Voldemort, sua mãe com certeza teria um ataque do coração e o pai abriria a própria cova no mesmo instante. Que Merlin fosse bom e não permitisse que todos estivessem vivos para ver tal atrocidade.
Estava tão distante com todos aqueles pensamentos que não ouviu os passos apressados pelo corredor de pedra, só despertou quando a porta da cela foi aberta e um vulto negro entrou por ela.
Cabelos chicoteando violentos pelos movimentos bruscos, os olhos insanos e profundos cercados por olheiras, bochechas coradas, nariz reto, reconheceria aquele rosto mesmo que tivesse perdido a memória. Simplesmente não era possível esquecer a face alucinada da mulher que sempre fora taxada como a maior Comensal a serviço das trevas, a assassina de Sirius e de tantos outros. Lá estava a amante mor, Bellatrix.
- Estava começando a pensar que você não viria. Achei que não levaria em conta o que eu falei.- ele falou fazendo pouco caso da presença dela sabia que não iria escapar de um belo castigo por ter falado tanta coisa.
- Achou que iria falar aquelas asneiras e ficar impune. Sempre soube que eram pobretões, mas não que eram burros.- sorriu mordaz.
- Não me lembro de ouvir você desmentir o que eu disse. Quem sabe porque é tudo verdade. Você não passa de uma vadia que o cara usa e abusa e depois joga fora.- deu um sorrisinho satisfeito ao ver estampado na cara dela o choque, não pela audácia, mas por ser exatamente o que ela estava pensando.
- Como ousa falar assim comigo seu imundo traidor do sangue.- falou ríspida e indignada.
- Tem coisa bem pior nessa vida do que ser um traidor do sangue. Ser uma mulher mal amada é um bom exemplo.- dessa vez foi de mais. Bella partiu para cima dele com tudo, esqueceu a varinha, estava com tanto ódio que partiu direto para os punhos.
Os dois rolaram pelo chão úmido e mofado das masmorras como duas crianças briguentas ou dois animais disputando um misero pedaço de carne. Bella desferia socos, murros e pontapés contra ele, que fazia o possível para se esquivar ou tentar imobiliza-la. Por fim, depois de rolarem por toda cela ela finalmente se acalmou ou pelo menos parou de socar o tórax dele. Pararam. Rony em cima dela, com um joelho de cada lado do quadril dela, segurando os punhos finos e observando a fúria queimando dentro dos olhos dela.
- O que veio fazer aqui afinal, Bellatrix? Se foi para tentar me punir com esses golpes eu fico feliz em saber que não vou morrer tão cedo, não desse jeito. Ou será que um certo megalomaníaco lá em cima resolveu te trocar por material melhor?- os olhos dela passaram da raiva a decepção e depois a algo quase indescritível. Seria aquilo desejo por vingança, desejo por ele, ou quem sabe pelos dois?
Ainda não entendendo aquilo, Rony foi subitamente puxado por um dos braços dela que conseguira se soltar. Arrastado diretamente para um beijo ardente, fogoso, violento, lascivo, tóxico, viciante. Ela rolou para cima dele, invertendo os papeis e desabotoando as vestes sujas dele.
Ele exalava um cheiro diferente. Não era o cheiro de sangue do Lord, como também não era o aroma de perfume caro que seu falecido marido usava, era algo novo, algo que ela costumava sentir em Sirius, cheiro de homem. Ele era muito alto, com ombros largos, braços fortes e abdômen definido, tudo completamente diferente do que o que ela conhecia em termos de sexo oposto.
Ela era louca, louca e quente. Por Merlin, ela realmente sabia fazer um homem ficar apertado dentro das calças. Aquela força, a vontade, a determinação o poder que ela exalava, o cheiro de fêmea no cio, tudo novo e primitivo, aquela era uma mulher com todas as letras. Uma mulher de armas, de fibra, coragem, de pulso.
Era loucura o que estavam fazendo. Ela queria vingança e ele queria consolo, ambos haviam perdido o que mais amavam, ambos estavam carentes, mas havia algo que nada justificava, eles eram inimigos que deveriam se odiar, não praticar orgias dentro de uma cela imunda. Que se danasse o mundo, o que eles queriam e precisavam era algo daquele tipo.
Então que fosse feita a guerra, não por ideais, dessa vez seria uma guerra para saber quem controlava o outro, quem permanecia por cima, quem obtinha e dava mais prazer. Sim, seria uma guerra.


Estava zonza, a cabeça rodava, o corpo doía e a mente estava turva. Não estava no seu quarto e não tinha idéia de onde estava. Era um quarto bem mais escuro, velas minguadas, cortinas verdes, lençóis de linho puro e um roupão negro pendurado em uma cadeira ao lado da escrivaninha. Olhou para si e notou a total ausência de roupas, pensou que talvez tivesse sido atacada e Nany a levara para outro quarto mais próximo e retirara as vestimentas para que ela pudesse dormir melhor.
Estava satisfeita com essa justificativa, até olhar para o outro lado da cama e ver o corpo esguio, alvo e inerte de Tom. Cabelos negros espalhados na fronha, rosto relaxado, completamente nu. Ele se moveu, virou-se na direção dela, ainda adormecido passou o braço pela cintura dela, puxando-a num ato possessivo. Ela afastou-se o mais rápido que pode, enrolando-se em um dos lençóis.
Era assustador, nojento, aterrorizante. Não podia ser verdade, ela não podia ter feito aquilo, não com ele, não amando Harry. Tudo estava muito turvo em sua cabeça, não se lembrava de nada da noite anterior, apenas borrões. Mas era impossível ela ter feito aquilo, odiava Tom, então por que algo dentro dela teimava em dizer que não era algo tão impossível assim. Em todo caso ele poderia tê-la forçado a fazer tudo aquilo, mas a mesma voz insistia que não.
Escorou-se na parede do quarto, chorando de pavor e nojo de si, gritaria se pudesse, mas ele com certeza acordaria. Ficou ali, agachada por um bom tempo, acuada, assustada, sentindo todo peso do mundo em suas costas. Aquele era o fim de suas esperanças de se livrar dele.


Tinha consciência de que dormira pouco, mas foi o suficiente para repor suas energias. Tateou a cama a procura do corpo dela, nada. Estava sozinho no leito, levantou-se rapidamente procurando pelo roupão e por algum indicio dela. Vestiu o roupão e encontrou uma massa de cabelos flamejantes agachada contra uma das paredes próximas do armário.
Devagar ele se aproximou dela. Não entendia o por que dela estar ali e não ao lado dele na cama. Tocou o queixo dela com uma de suas mãos e agachou-se para vê-la melhor, puxou o rosto dela, para ver os olhos castanhos da ruiva e o que encontrou deixou-o chocado. Ela estava chorando, com aqueles mesmos olhos doces e gentis.
Onde estava o fogo, a fúria, a raiva da noite anterior? Onde estava a Lady das Trevas? Ela soltou uma exclamação de pânico, confirmando suas suspeitas, Gina estava de volta. Não sabia se ficava satisfeito ou tremendamente temeroso por isso.
- O que você fez comigo? Quem lhe deu o direito de me tocar?- ela falava com raiva, com repulsa e com tristeza.
- Você me deu o direito, Virginia. Ontem à noite, depois de atacar Bella e matar pelo menos três dos meus homens.- falou calmo.
- Eu não fiz nada disso!- gritou.
- Fez sim. Ontem você não era Gina, ontem você era a Lady das Trevas, era minha.- passou a mão pelas bochechas dela carinhosamente.
- Eu não...- não conseguiu terminar a frase, como se algo a impedisse de faze-lo. Arregalou os olhos de uma vez, não os olhos castanhos profundos, mas os olhos negros incandescentes. Sorriu o sorriso sádico da noite anterior.- Menina teimosa essa, podia muito bem ter ficado adormecida.- olhou nos olhos azuis acinzentados dele.- Sentiu minha falta, Tom.- não esperou a resposta, apenas o beijou com toda volúpia que possuía.





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Amores da minha vida que leem essa fic, eis mais um capitulo. Talvez surreal, talvez humano, mas ainda sim um capitulo. Nao contem com atualisaçoes antes do final da semana que vem. A titia aqui vai curtir o carnaval no total isolamento de um computador que nao seja de lan house.
Espero que aproveitem esse capitulo e se preparem para meu novo projeto, uma songfic Tom/Gina, mas essa é uma ideia ainda em faze de amadurecimento, nao é certeza.
Pra nao perder o costume.
COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bjux e bom Carnaval.
Gabriela Andrade

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