Draco Malfoy



Me lembre de não esquecer que te amo

Autor:
Thais Potter Malfoy;

Shippers: Harry/Hermione, Draco/Hermione, Draco/Gina, Ron/Hermione e Harry/Gina;

Resumo: Hermione sofre um ataque e acorda na enfermaria da escola, sem memória. Agora ela está totalmente perdida. Não sabe se deve acreditar em seus sentimentos ou no que as pessoas lhe dizem.


Capitulo Cinco – Draco Malfoy

- Quer sugerir alguma coisa pra fazer já que não vou à Hogsmade? – perguntou Hermione, mordendo o lábio inferior.

- Eu bem que sugeriria, mas tenho que voltar ao treino, Mione... – Harry disse, fazendo cara de quem não gostava do que dizia. – Aliás, nem devia ter saído...

- Ah, não? – perguntou ela, mudando o olhar para o tipo indignado.

Ao perceber, Harry tentou concertar o que dissera – Eu... Quero dizer... Você me entendeu, Srta. Granger. Não podia ter deixado os jogadores lá, sozinhos. Isso tudo é culpa sua.

Hermione tirou as mãos dos ombros do rapaz à sua frente e deu um passo para trás.

- Entendo – ela disse, virando as costas. Começou a caminhar pelos gramados com um sorriso no rosto, agora que Harry não podia ver.

Hermione ainda mal acreditava que haviam se beijado. Corrigindo, Harry havia a beijado. E aquilo definitivamente fora muito bom. Ela quase estava levantando a mão para tocar os lábios e ver se era mesmo real, mas Harry segurou seu braço, fazendo-a encará-lo.

- Você está tão diferente. – ele disse, sem se incomodar com a proximidade dos corpos.

- Experimente ficar com um grande vazio na cabeça – Hermione respondeu, ofegante. Harry tinha um sorriso maroto que não passou despercebido.

Como ela queria sentir os lábios dele outra vez, o gosto de sua boca... Se pudesse, levaria suas mãos ao rosto dele, sentiria cada centímetro de sua pele, depois o beijaria novamente e saciaria todo o seu desejo e carinho e amor...

Amor. Era isso, amor. Isso era o que sentia por ele.

*
.

Hermione estava tão hipnotizada pelos olhos verde-esmeralda de Harry que não viu que, um pouco mais à frente, Gina os encarava. A ruiva bufava de ódio. E seus olhos emanavam um sentimento diferente...

Gina deu meia volta e se escondeu atrás de uma das árvores, observando-os de longe. Hermione ainda encarava Harry sem desviar os olhos. Ah, aqueles olhos... Aqueles olhos que ela devia estar encarando. Aquela boca que só ela devia beijar. Depois de tudo que fizera para finalmente conquistá-lo...

Gina estava o perdendo. E nem mil poções do amor poderiam traze-lo de volta agora...

Ela se remexeu, desconfortável, ao ver Harry levar os lábios até a boca de Hermione novamente e a beijar de um jeito que ela sabia que nunca seria beijada; Apaixonado. Essa era a palavra certa para definir o que Harry sentia por Hermione. E parecia que a morena sentia o mesmo...

O jeito como eles se beijavam quase a fazia desejar que eles ficassem juntos para sempre. Via-se o quanto ambos desejavam um ao outro, sempre e muito e cada vez mais... O beijo foi se aprofundando de uma maneira quase incontrolável. As mãos de Harry seguravam forte a cintura de Hermione enquanto esta o puxava para mais perto.

Gina decidiu que era a hora de fazer alguma coisa. Ela se afastou um pouco mais e começou a caminhar para perto deles quando o beijo se encerrou. Ainda de longe, gritou:

- Harry!

Logo, os dois viraram-se para ela, assustados, e se separaram rapidamente, quase desesperados. Ela podia imaginar o que se passava na mente deles. Mas Gina não seria burra para estragar tudo agora...

- Os jogadores estão lá no campo, sem saber o que fazer! – ela continuou, quando chegou ainda mais perto. Enlaçou Harry pela cintura, num meio-abraço, e beijou longamente a sua face. – Acho que a Mione não vai querer que a Grifinória perca a taça esse ano... Não é? – perguntou, dirigindo-se à morena.

- Mais é claro que não! – respondeu Hermione, um pouco sem graça. Ela respirou fundo para continuar: - Eu já vou indo, então. Tchau.

Harry não teve tempo nem sequer de murmurar um ‘até logo’ e Gina já envolveu-o num beijo profundo, sem ao menos esperar Hermione sair. Ela queria fazer Harry se lembrar de que ela era sua namorada, e não outra; ou seja, Hermione.

Quando Gina percebeu que Hermione já estava longe e não poderia mais atrapalhar, ela segurou Harry pelo braço e o guiou até o campo de quadribol.


.

*

Hermione mal se continha; estava eufórica.
Harry a havia beijado. Mesmo eles sendo ‘somente melhores amigos de muitos e muitos anos’. Mesmo ambos tendo namorado(a). Mesmo com todas as barreiras existentes...

E finalmente ficou provado que tudo aquilo que ele sentia quando ela estava com McLaggen não era implicância com o garoto, ou excesso de proteção... Aquilo era ciúmes, não restava uma gota de dúvida. Mas o que passava pela cabeça de Hermione agora - além da lembrança do beijo – era uma pergunta tão simples e tão complicada... O que iria acontecer com eles?

Sim, aquele beijo provara que eles se amavam, e muito. Nenhuma pessoa que não sentisse nada pela outra daria um beijo como o que Harry lhe deu. Ela sentia que ele também desejava aquilo há muito tempo... Talvez até antes de ela ter perdido a memória... Mas como poderia saber?

Tantas perguntas estavam fazendo seu cérebro dar voltas... Hermione olhou para trás mais uma vez enquanto andava em direção ao castelo, e só conseguiu ver Gina e Harry abraçados, voltando para o treino. O que fazia sua mente questionar-se sobre outra coisa... Gina vira? Teria a ruiva visto o que aconteceu e resolvera fingir que nada aconteceu? Ou ela não tinha realmente isto? Gina tinha um temperamento forte; se ela visse, com certeza armaria um belo de um barraco.

Sem nem mesmo perceber, Hermione já estava na biblioteca. Logo, sentou-se em uma das mesas mais afastadas de tudo. Não tinha cabeça para ver ninguém, falar com ninguém. Ela pegou um livro qualquer na primeira prateleira que alcançou e passou os olhos rapidamente sobre o título: “As Artes das Trevas mais sombrias”.

Era um título interessante para começar. Ela abriu no primeiro capítulo e descobriu que não conseguia absolver nenhuma palavra do que estava lendo. Aquilo não passavam de linhas aleatórias que passavam por seus olhos. Palavras em sua mente não permitiam que a concentração fosse encontrada...

“Você foi quem pediu”

Como ela queria que aquela cena se repetisse milhares e milhares de vezes; Como ela o amava. O amava demais. Como, em tão pouco tempo, chegara nisso? Talvez fosse um sentimento que já existisse antes... Mas e Rony?

“Melhor esquecer isso. Vou tentar subir e fazer os deveres...”, pensou Hermione.

Então ela recolheu o livro, arrumou suas vestes e saiu da biblioteca, apressada. Virou em um corredor que pareceu deserto – assim poderia pensar melhor. Se bem que pensar estava fazendo-a ficar muito confusa. Talvez fosse melhor só observar a linda vista que se tinha dos terrenos de Hogwarts daquelas janelas...

Acabou se distraindo e não olhando para onde ia; foi então que uma mão gelada tapou sua boca, enquanto a outra a envolveu pela cintura, fazendo-a arregalar os olhos de susto. A pessoa que a ‘agarrara’ agora a arrastava pelo corredor deserto em direção às escadas que levavam às masmorras.

Hermione se debateu durante todo o caminho, o pânico começando a instalar-se em cada célula de seu corpo. Ela ainda não conseguira ver o rosto da pessoa que a carregava, e isso a assustava mais. Eles pararam diante de uma porta de madeira escura que se abriu quando o rapaz – sua voz era grave – disse uma senha. Depois, ele a soltou.

Hermione levou ás mãos aos braços, pois estavam doendo devido à força usada por ele. Então virou-se para encarar o rosto do rapaz loiro que vira na biblioteca alguns dias atrás. Ficou boquiaberta; jamais imaginara que ele poderia ser seu ‘seqüestrador’, sendo que Rony dissera que se odiavam...

- Quem você pensa que é? - perguntou Hermione, recuperando-se, enfim, do susto inicial.

- Não precisa fingir agora, Mi... - respondeu ele com um sorriso enorme. – Nenhum de seus amiguinhos está nos vendo.

Hermione lançou-o um olhar cortante – O que quer dizer com isso, Malfoy?

- Olhe só! Está até me chamando de Malfoy! – exclamou o loiro, se divertindo e dando boas gargalhadas.

- Não te entendo... O que quer comigo afinal? – perguntou Hermione.

- Preciso realmente dizer? – disse ele, adquirindo um brilho diferente no olhar. Ele se aproximou novamente de Hermione e a encarou profundamente, seus narizes se encostando e a distância quase inexistente.

Hermione começou a ofegar, o que fez com que sua respiração se misturasse à dele antes que Malfoy a segurasse pela cintura e fizesse o que ela temia. Ele a beijou. E ela não pôde fazer outra coisa senão se entregar àquele olhar hipnótico e àquele perfume embriagante.

A boca dele era quente, apesar de todo o resto ter uma frieza inacreditável. Em cada canto em que tocava era como se estivesse eletrizada, pois era realmente excitante beijá-lo. Seu estômago dava voltas e antes que ela pudesse perceber, já estava com as mãos enlaçando o pescoço dele. Tinham um ritmo perfeito.

Draco mordiscou levemente os lábios dela, e acabou por fazê-la voltar à realidade. Hermione o empurrou bruscamente contra a porta do aposento, com uma força que ela mesma desconhecia ter.

- O que acha que está fazendo? – ela perguntou, num sussurro.

- O que é que você está fazendo pergunto eu! Brigou com algum dos dois idiotas e veio descontar em mim? – exaltou-se Draco. Ele parecia magoado e nervoso; percebeu isso quando ele passava as mãos pelos cabelos, colocando-os para trás.

- Em primeiro lugar, - disse Hermione, em tom sério. – Não chame Harry, e muito menos o meu namorado, de idiota. Em segundo lugar...

- Namorado? Agora é isso que o Weasleyzinho é pra você? Fala sério, Hermione! – ele disse, debochando. – Você sempre o achou patético e sempre me dizia que eu beijava bem melhor do que ele...

- Eu já te beijei antes? – perguntou, apreensiva.

- Mais é claro que já! O que é que você tem?

- Eu não entendo... O Rony disse que nós te odiamos!

- Porque ele acha que você me odeia... – riu o loiro.

- Eu não te odeio, então?

- Hermione, qual o problema?

- Eu perdi a memória! Você não soube? – ela questionou.

Draco ergueu as sombracelhas. Ficou óbvio que ele não sabia. E agora tudo fez mais sentido para ela. Por isso ele ficou olhando-a na biblioteca. Por isso ele lançou sorrisos para ela. Por isso ela estava ali: Tinha uma relação amorosa com aquele rapaz.

- Isso não podia acontecer... – ele disse, pesaroso e soltando um longo suspiro.

- Por quê? Tudo bem, é mesmo horrível não se lembrar de quem você é, do que você já fez e viveu, mas...

- Eu imagino como deve estar sendo ruim pra você. Mas não é só isso que me preocupa. – ele disse, refletindo.

- O que, então? – perguntou ela, assustando-se com a maneira gentil com que já se tratavam. Parecia que realmente se conheciam profundamente. Lembrava o jeito que ela e Harry... Oh, não. Harry! E Rony! Se fosse verdade que ela e Malfoy tinham um ‘caso’, ela estava traindo Harry e Rony. Estava traindo a confiança e amizade deles...

- O plano. Você não podia ficar tanto tempo sem nos dar informações sobre o Potter... O Lord das Trevas vai ficar furioso. Eu soube que você esteve na enfermaria, mas não achei que fosse para tanto... – Draco falava rápido, de modo que ela se perdeu em seus comentários.

- Como é que é? Lord das Trevas? Está se referindo à Voldemort?


.


*

- É, exatamente isso que você ouviu! – dizia Gina, desesperada. - Eles se beijaram! Estou me sentindo uma compl...

- Espera aí, Gina. Primeiro, porque Harry foi atrás dela?

- Ah, eu vi de longe que ela estava com o McLaggen, e eles brigaram ontem por causa daquele idiota...

- O Harry estava com ciúmes, então... – a outra disse, pensativa; ergueu uma sombracelha – Bom...

- Bom? Isso não é bom! Aliás, é péssimo! O que fizemos não adiantou nada!

- Eu não ia dizer que era bom, Gi! Como poderia ser bom que um garoto como Harry perdesse tempo com a Hermione sendo que uma garota como você gosta dele...? Definitivamente não! O que eu ia dizer, é que você tem que se manter o mais perto possível deles quando estiverem juntos, e depois vir me contar, ok? Enquanto isso eu posso ir pensando em outro plano...

- Tudo certo, então... Eu queria mesmo ficar os vigiando para ter certeza de que não iria ser traída de novo...

- Gina, acho que já comecei a pensar em alguma coisa. Se você os vir juntos, não atrapalhe... Por enquanto.

As duas sorriram, cúmplices.

- Te adoro, amiga. Estaria perdida sem você aqui! – disse Gina, abraçando a outra rapidamente. – Tenho que ir agora. Marquei com a Luna de estudar Feitiços... Ela não está entendendo bem a matéria... Até logo.

- Tchau, Gina. – sorriu.


*

- Ah, não. Você se esqueceu. – exclamou Draco. – Eu não gosto de explicações... Mas vou tentar. Sente-se.

Hermione obedeceu e sentou-se na enorme cama que tinha lençóis de seda verde-escuros. Pela primeira vez, parou para observar o quarto; Era suntuoso. Paredes altas, carpete de madeira escura – assim como todos os móveis, que incluíam uma escrivaninha, um armário enorme e a cama – cortinas também verde-escuras, que se encontravam fechadas, de modo que só algumas velas os iluminavam.

Draco sentou-se perto dela e segurou sua mão – Escute. Eu imagino que os seus amiguinhos tenham te explicado como é a sua vida, mas há uma parte que eles, aliás, ninguém sabe. Somente eu, você e o Lord.

- E que parte seria essa? – perguntou Hermione. Ela estava começando a ficar com medo. Suas mãos só não tremiam muito porque Draco as segurava. As mãos dele eram tão frias e tão quentes e tão ásperas e tão macias... Uma mistura de algo bom e ruim.

Ele segurou a mão dela mais forte e lhe deu um sorriso. Ela retribuiu, desviando o olhar em seguida.

- Calma, Mi... Não precisa ficar nervosa. Você vai se adaptar e ser o que era antes.

- Me diga como eu era, Draco.

- A garota mais inteligente que eu já conheci. E adorava meus beijos, modéstia parte.

Hermione corou

- Quando o Lord das Trevas voltou ao poder, - continuou Draco – Ele precisava de aliados aqui, em Hogwarts. No nosso quarto ano, eu descobri que você não era tão inocente e, como posso dizer... ‘Potteriana’. Digo, você não gostava tanto do Potter quanto aparentava. Parecia que estava com ódio dele naquela época...

- Eu nunca ficaria com ódio do Harry... Ele é um fofo. – sorriu Hermione. – Além disso...

- Além disso? – perguntou ele. Hermione parara a frase no meio pois estava prestes à contar a um estranho que estava apaixonada por Harry.

- Além disso, eu não conseguiria permanecer ao lado dele durante tantos anos se não gostasse dele.

- A não ser que estivesse espionando. E é exatamente isso que acontece. Você espiona o Potter para nós. Para podermos saber tudo o que ele faz, tudo que ele já descobriu sobre o Lord, quando pretende atacar... Essas coisas.

Hermione permaneceu muda. Mal podia acreditar no que o rapaz estava lhe contando. Como ela era capaz de fazer isso? Se fingir de amiga para colher informações? Não, isso não combinava com ela. Isso não era nenhum pouco de sua índole. Pelo menos não de sua índole dos últimos dias, desde que perdera a memória...

- Hermione! Hermione!

Draco a chamou. Parecia estar chamando há muito tempo. Ela o encarou, com lágrimas nos olhos. Ela não acreditava que fazia aquilo com o homem que amava...

- Eu não posso, não posso fazer essas coisas... O Harry não merece... – Hermione começou a chorar. Se levantou, e saiu correndo dali.

Será que ela era o que Draco dizia? Será que ela não tinha coração?

N/A: Oiee!
Gente, desculpem pela demora, sinceramente.
Mas, finalmente, aqui está o capítulo. Espero que todos tenham gostado, eu gostei de escrevê-lo. Draco e Hermione flui facilmente na minha cabeça, acabei de descobrir.
O que acharam do encontro deles? A Mione ta com tudo, hein? Beijando os dois melhores personagens... Que folgada. ^^

A única coisa que eu peço é que vocês comentem e deixem reviews! Isso é muito importante para mim... Por favor, comentem!

Beeeeijos, Thaís.

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