Brigas Infantis I



Me lembre de não esquecer que te amo

Por Thais Potter Malfoy

Shippers: Harry/Hermione, Draco/Hermione, Draco/Gina, Ron/Hermione e Harry/Gina.

Resumo: Hermione sofre um ataque e acorda na enfermaria da escola, sem memória. Agora ela está totalmente perdida. Não sabe se deve acreditar em seus sentimentos ou no que as pessoas lhe dizem.

PARTE I

Capitulo Quatro – Brigas Infantis


- Harry! – disse Hermione, repreendendo o rapaz. Ele a puxava fortemente pelo braço, de uma maneira possessiva. – Está me machucando!

Harry não respondeu. Simplesmente a soltou e largou-se numa poltrona próxima a Gina e Rony. Hermione continuou em pé, alisando a parte do braço a qual ele apertara. Ela tinha uma expressão desapontada no rosto e olhava de vez em quando para Harry. Enquanto isso, todos eles ficaram em silêncio.

- O que falava com o McLaggen, Hermione? – Rony quebrou o gelo.

- Nada... Só estávamos falando de Quadribol e ele me convidou para ir à Hogsmade... – comentou ela, inocente.

- O QUÊ? – gritou Rony.

- Ah, Rony, ela não vai... – disse Gina. – Você não vai, não é?

- Claro que não – foi Harry quem respondeu. – Eu tirei ela da fria.

- O que quer dizer com isso? – perguntou Hermione.

- Ah, Mione, você tem que me agradecer! – resmungou Harry.

- E pelo que exatamente? – ela rebateu.

- Esse cara foi eleito o chato do ano... – disse Harry.

- Ele não me pareceu tão chato assim... E, além disso, não pode ser tão chato sendo que eu namorei com ele. – disse Hermione.

- E desde quando você tem o melhor bom gosto do mundo? – implicou Harry.

- Que saco, Harry! Você já ouviu falar que gosto não se discute?

- Mas, convenhamos, o seu é um pouco estranho. – disse Harry.

- Hey! – contrapôs Rony, indignado com o amigo.

- Deixe-me somente entender. Você inventou que havia me convidado só pra ele não me convidar?

- Exatamente. E, já disse, tem mais é que me agradecer. – resmungou o moreno. Ele tirou os óculos brevemente, os limpou e os levou de volta aos olhos.

- Eu realmente queria ir com ele! – Hermione ignorou a cara raivosa de Rony - Não entendi porque “inventou” que eu tinha marcado com você... – brigou Hermione. Agora Rony estava muito vermelho de ciúmes.

- Porque ele é um idiota e você não ia querer sair com ele... Além disso, você namora o Rony e porque... – Harry não completou a frase.

- Por quê? – perguntou Hermione, erguendo as sombracelhas. Ela e Harry se encaravam fixamente. Vários segundos passaram e eles não desviaram o olhar.

- Porque eu... Deixa pra lá. – disse ele, saindo irritado da Sala Comunal e subindo para o dormitório masculino.

- Que raiva! – ela murmurou. Rony e Hermione olhavam curiosos e estranhos. – O que é que foi? – ela explodiu.

- Nunca a vi brigando desse jeito com o Harry... – disse Gina. – Afinal, o que houve lá com o McLaggen?

- Ah, não foi nada! Eu não entendo! Juro que não entendo! – Hermione subiu para o seu dormitório ainda repetindo essas palavras.

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Harry realmente não devia ter deixado transparecer seus sentimentos daquele jeito. Ele simplesmente estava cansado por causa do treino de Quadribol, que fora um desastre, e por causa de todos os problemas que ele estava enfrentando ultimamente. Principalmente porque sua melhor amiga, a pessoa que mais o apoiava e aconselhava, tinha esquecido completamente da sua vida (e dele).

Mas talvez a vida tivesse feito um favor a ele e fizesse com que a nova Hermione não quisesse enfrentar a guerra que estava por vir, não quisesse ajudá-lo... Seria realmente bom ela ficar trancada em algum lugar, segura. Sem correr perigo nenhum. Assim ele teria mais segurança para continuar.

A porta do quarto se abriu e Gina entrou, se dirigindo até a cama dele.

- A Hermione também ficou bastante brava. – disse ela. - Deveria ter deixado ela fazer o que ela quisesse fazer...

- Você não entenderia... – disse Harry. Ele deitou-se, evitando o olhar da ruiva. – Além disso, aposto que você não a deixaria sair com o McLaggen.

- É, realmente... Eu não deixaria. – Ela sentou-se ao pé da cama e passou as mãos pelas pernas do rapaz.

Gina engatinhou devagar até poder deitar-se ao lado dele. Harry olhava para cima, mas não pôde deixar de a ruiva o olhava fixamente. Ela o abraçou pela cintura e apoiou a cabeça no peito, agora forte, de Harry.

- Harry... – chamou – Me beija.

Harry soltou um suspiro. Ainda tinha de se lembrar de que ele estava namorando.

Ele se virou para ela e soltou um sorriso. Aproximaram as faces e começaram um beijo ardente. Logo, Gina estava por cima dele, afogando as unhas compridas em seus cabelos despenteados, enquanto ele mesmo não sabia o que fazer.

Ela deslizou as mãos para a cintura de Harry e segurou a camiseta dele, puxando-a para cima. O peitoral de Harry ficou à vista assim que ela retirou totalmente a camiseta dele. Eles se encararam e Gina sorriu. Harry fez menção de se levantar, mas ela o parou.

- A porta está trancada. E eu lancei feitiços sobre ela. Está tudo bem...

Ela o beijou novamente, passando as mãos pelos braços de músculos pouco definidos de Harry. Se viraram e ele estava em cima dela. O cheiro dos longos cabelos ruivos invadia as narinas do rapaz e, de repente, ele não consegue mais continuar. Harry levanta-se em um pulo.

- É melhor, não, Gina...

- Mas todos estão lá em baixo estudando... Você sabe, ano de N.I.E.M.... Já fizemos isso tantas vezes, Harry! O que há?

- Apenas não quero... Não hoje... Me desculpe...

Ela deu um olhar “já-que-não-tem-jeito” – Você é quem sabe... Se mudar de idéia é só pedir pra uma das meninas me chamar no meu quarto, ok?

Ele assentiu, deu um breve sorriso e assistiu a ruiva sair do quarto parecendo decepcionada.

- O que é que deu em você, Potter? Rejeitando uma mulher? – ele disse em voz alta.

Mas Harry sabia bem o porquê. Ele não conseguiria com tantas coisas o preocupando. Ah, ele havia se esquecido completamente de incluir que o time de Quadribol estava péssimo sem Kátia Bell.

Ou seja: tudo estava dando errado. E ninguém imaginava o quanto.

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Hermione acordou tarde na manhã seguinte. Também pudera. Ela havia ficado horas lendo na noite anterior e o principal motivo era Harry Potter. Primeiro, porque ela queria entender o mundo mágico para que ele lhe contasse o que prometera. Segundo, porque ela queria muito esquecer o que acontecera.

Não entendia. Era isso. Não podia entender o que se passava na cabeça de Harry Potter. Por que ele agia daquele jeito? Parecia mais um cão de guarda. Será que ele sempre fora assim? Ela tinha certeza de que ele não tratava Gina Weasley com tanto autoritarismo. Ou ele resolvera tirar o dia pra enchê-la?

Mais nada a abalaria naquela manhã de outono. Estava decidida a aproveitar cada minuto daquele dia, e depois pensaria em Harry e em tudo que tinha para falar com ele.

Na noite anterior, ela lera sobre o tudo que envolvia Magia e a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Hoje, se houvesse tempo, ela pegaria livros sobre Quadribol e sobre o tal torneio Tribruxo. Estava curiosíssima.

Quando ela chegou para tomar café da manhã no Salão Principal (Rony lhe ensinara o caminho enquanto voltavam da biblioteca) não havia quase ninguém, somente alguns primeiranistas e quem não havia ido ao passeio a Hogsmade. Ela então tomou o seu café o mais rápido que pôde, se perguntando onde seria a cozinha, pois em Hogwarts: uma história não falavam sobre ela.

Hermione ainda não fazia idéia do que faria. Era um sábado, o que poderia se fazer? Talvez andar pelos jardins, ver os fantasmas passearem por todos os lados do castelo ou, é claro, se sentar em algum lugar de onde houvesse uma leve e brisa e ler um livro incrivelmente grosso. Mas, no momento, nenhuma proposta lhe parecia tão tentadora quanto ir ao vilarejo vizinho à escola.

E, como se Merlin atendesse as suas preces, Comárcio McLaggen apareceu na entrada do Salão, exibindo a ela um enorme sorriso ao sentar-se ao seu lado. – Olá, Hermione. Bom dia!

Ele lhe deu um beijo na face e voltou-se para o café da manhã.

- Sabe, Comárcio, o Harry desmarcou comigo. – comentou ela, fingindo-se indiferente.

- Que maravilha, gata! – disse ele – Ainda quer ir comigo? Acha que o Rony vai se importar?

- Claro que não! – disse ela. – Não é nada demais... Só quero que me mostre Hogsmade. Tudo bem pra você, então?

- Mais é claro!

Hermione o esperou terminar de comer e eles foram andando lentamente, lado a lado, pelos jardins da escola, em direção à estrada de Hogsmade. Ele ia lhe mostrando algumas partes que ela ainda não conhecia pessoalmente (ou pelo menos não se lembrava de conhecer), como a Floresta Proibida e o campo de Quadribol, onde havia um time treinando.

Eles passaram por lá sem dar muita importância e já estavam perto dos portões quando ouviram alguém chamando a moça.

- Hermione! - Ela se virou para trás e viu Harry vindo em sua direção. – Hermione! – ele chamou novamente.

Ela notou que Harry usava o uniforme vermelho e ouro da Grifinória e segurava a sua vassoura na mão direita; parecia mesmo cansado.

- Harry! Não sabia que era a Grifinória que estava treinando! – disse Comárcio, exibindo um sorriso provocativo para Harry.

- Cala a boca, McLaggen. – ofegou Harry – Aonde vão?

- Olá, Harry, está tudo bem comigo, sim, obrigada. E com você? Como acordou? Já passou aquele stress todo? – perguntou Hermione, irônica.

- Quer parar de me provocar? – ele rebateu. – Dá o fora daqui, McLaggen.

O outro o olhou desconfiado. – E por que exata-

- Porque eu estou mandando! Dá o fora! – Harry se enfureceu. Comárcio lançou-lhe um olhar desdenhoso e se afastou lentamente dos dois. – Porque faz isso!? Eu realmente não gosto de ficar brigando com você.

- Faz isso porque quer. Não lhe dou nenhum motivo. Aliás, não é minha babá. Ou é?

- Hermione... – ele se aproximou dela. – Eu só quero o melhor pra você. Na verdade, estou me sentindo um idiota, por ficar brigando com você como o Rony faz... Eu odiava quando vocês ficavam brigando.

- Então não brigue. – ela disse.

- Eu apenas não acho bom que você ande com o McLaggen. Você não pode entender...

- Por que não tenta explicar? – perguntou Hermione.

Harry respirou fundo. – Você está julgando mal as pessoas... Sabe, existem pessoas em que não podemos confiar. O Malfoy e o McLaggen são exemplos perfeitos disso.

- Não preciso de uma aula sobre o bom caráter das pessoas. Posso descobrir sozinha quem é confiável e quem não é.

- Está sendo teimosa. Por que não confia em mim?

- Por que você não confia em mim?

- Eu fico com medo de que alguém possa se aproveitar de que você está sem memória e, eu não sei...

- Harry, não precisa ter medo. Eu tenho 17 anos, não é mesmo?

- Hermione! Você não tem noção do que está acontecendo no mundo bruxo!

- Nada pode ser mais grave do que já houve.

- Acredite, está bem pior do que qualquer coisa que já tenha acontecido. O que você sabe sobre isso?

- Li um livro sobre As Artes das Trevas ontem à noite, contando tudo que os bruxos já tiveram que enfrentar, inclusive o que você já teve que enfrentar.

- Pois bem... Vou resumir o que está acontecendo. Voldemort não morreu naquela noite. Ele voltou há três anos e agora está atrás de mim. Isso sem falar que os Comensais da Morte estão por todo lado, causando terror nos bruxos. E nos trouxas também. Você deve saber que Voldemort odeia nascidos trouxas, então, sendo você uma, eu não acho bom que ande com qualquer um.

- Ok. Agora eu entendi. Mas você não pode me negar um passeio a Hogsmade. Estou louca pra conhecer. – ela pediu.

- Podemos ir no próximo fim de semana que tiver visitas. Hoje estou treinando.

- Harry! Pare de bancar o meu pai! Eu posso ir sozinha e voltar rápido. – ela insistiu.

- Hermione, pare de ser teimosa! Você nunca foi assim! Não vai e ponto!

- E posso saber como e quem vai me impedir?

- Você foi quem pediu. – advertiu Harry.

Ele puxou a cintura de Hermione até que os seus corpos colassem. Ele podia sentir o hálito dela bem próximo ao seu rosto e vice-versa. Harry tinha um brilho estranho no olhar e a puxou mais ainda até unir seus lábios.

Um choque percorreu todo o corpo de Hermione. Harry estava a beijando. Ambos abriram os lábios e invadiram a boca do outro. Harry brincou com a língua de Hermione na boca dela até o beijo se tornar mais quente.

Ela colocou as duas mãos no pescoço do rapaz, o puxando para mais perto e aprofundando o beijo. O ar sumiu dos pulmões rapidamente, pois era um beijo muito quente, e logo eles se separaram, contra a vontade.

Hermione não sabia o que fazer. Ela estava mesmo gostando de Harry e ele ainda a beijava assim... Ela reparou que o rapaz também estava sem ação. Eles só se encaravam, até que ela sorriu.

- Me convenceu, Potter. – disse Hermione. – Quer me sugerir alguma coisa pra fazer já que não vou a Hogsmade?

N/A: Hi! Gostaram do cap.?! Eu não falei que tava bem melhor que o anterior? Acho que o próximo vai ser mais ou menos, mais o cap. 6 promete!
Espero que tenham gostado!
Agradecimentos a todos que comentaram, ou deixaram reviews!
Não vou deixar uma parte do próx. cap. porque eu não comecei a escrever ainda e nem sei quando vou postar...
Bjinhuxx**
Thaís Potter Malfoy

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