Cap. 14



N/A - Capítulo escrito pela maravilhosa, fabulosa, "imaginosa", cor-de-rosa... ok, ok, estrapolei! eheh Escrito por Zoé Magnus.
Só betei... e acrescentei umas coisitas!
Por exemplo, nem precisa dizer que a primeira parte (até a entrada de Margareth carregada de livros) e os pensamentos da Mary fui eu que incluí! rsrsrs

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- Sirius nunca teve muito jeito com as mulheres... - Pensou Lupin, lembrando a conversa que teve com ele logo depois, no dormitório. - Queria todas e não queria nenhuma...

Entendera o ponto de vista do amigo, mas não podia deixar de sentir dó da sonhadora Stacey, que sempre reconhecera pelo sorriso nos lábios e gargalhada cristalino e, desde aquele dia, parecia ter perdido a vontade de viver.
Mary também andava triste pela amiga e tudo fazia para alegrá-la...
- Mas ela não consegue passar mais de duas horas sem uma lágrima nos olhos. Chega a ser exasperante! - Queixava-se a jovem vampira ao namorado, que sorria do seu "exasperante". Ela tinha mania de usar palavras caras e sabia quando utilizá-las... e como ele se enternecia com isso! Não conseguia deixar de achar bonitinho o jeito como ela empregava tais palavras sem dar conta que muita gente não a entendia. Mary lia muito, daí a sua facilidade com as palavras.
- Bom... - começou ele. - Olha pelo lado positivo: agora, a gente já pode namorar às claras. Acho que não poderia ter havido melhor altura para eu contar para eles que estava te namorando.
Ela soltou uma pequena gargalhada:
-Lá isso é verdade! Vem cá, você tem certeza mesmo que eles não te zoaram?
Remus esboçou um meio sorriso:
- Bom... o James disse que isso não era surpresa para ele. Ficou foi resmungando contra a Lily Evans, que como todo mundo sabe ele queria namorar mas ela parece que o odeia; o Peter riu um pouco, mas depois só me desejou felicidades; agora, o Sirius... me avisou para ter cuidado, porque você era muito amiga da stacey e poderia querer me laçar também.
Mary abriu muito os olhos, encarando-o
- E você, o que respondeu?
Lupin olhou-a, com um sorriso maroto bailando nos lábios:
- Que eu quero mais é ser laçado pela minha loirinha!
Com uma gargalhada, abraçou-a e presenteou-a com um beijo cheio de carinho, a que ela correspondeu, feliz... e ali ficaram, namorando, até a hora do almoço.

- O tempo passa... as coisas mudam... - Suspirou Lupin, para si mesmo, enquanto olhava o céu. A noite ia bem longa já, mas o sol ainda ia demorar para nascer. Ele ainda tinha muito tempo para ficar ali lembrando o passado. - As pessoas mudam... - Os seus olhos pousaram de novo sobre o convite para o recital de Margareth Blanchett. Sorriu vagamente. - E como mudam...

Margareth estava muito mais carregada de livros do que de costume. Acabara por se dar mal em História da Magia e resolvera que dali por diante seria uma aluna exemplar. Caminhava apresada, e com a mente longe, entrou no salão ato distraída que acabara por passar entre as mesas da Grifinória e da Corvinal. Quando se deu conta do erro já estava no meio do caminho. Da mesa da lufa-lufa Mary acenou. Ela tornou a caminhar apresada, mas...
BAM!
Alguém empurrara a cadeira para trás e a acertada. Carregada de livros ela se desequilibrou e caiu. Sentiu seu rosto queimar quando começaram a rir.
- Margareth?- chamou uma voz mais adiante. Ela levantou o rosto. Lupin se espichara por cima da mesa para olhá-la. Sirius Black ria. Fora ele quem provocara o acidente. Certamente não a vira passando.
- Olá pirralha!- disse Sirius rindo- Como vai ai em baixo?
- Sirius seu babaca!- riu James- Ajuda ela a se levantar!
- Porque?- perguntou ele rindo. Margareth estava de joelhos tentando ajuntar os livros. Mary vinha caminhado entre as mesas.
- Você deveria ajudá-la!- disse Lupin em tom severo- E pedir desculpas afinal foi você que a derrubou!
Sirius encarou o amigo. Era certo que ele muitas vezes não dava bola para o que o monitor dizia, mas percebera o olhar severo de Lupin e lhe lançou um olhar de desagrado. Ele se abaixou e começou a apanhar os livros. Margareth o olhou espantada,quando o garoto se levantou e estendeu a mão. Ela ainda o encarou encabulada. Quando aceitou a ajuda do garoto Mary apareceu, meio ruborizada por ter que encarar o grupo dos Marotos inteiro. Além do mais, ali estava Sirius, o causador da tristeza em que sua grande amiga Stacey se achava há dias... A vontade que ela tinha era de estrangular Sirius, mas depois lembrava do comentário de Cecille: “Vocês não entendem os homens. Eles são assim mesmo. Ah, Stacey, você é amiga dele, deixa ele achar que pode fazer o que quiser com você e ainda espera que ele te leve a sério? Ele te olhava como mais um dos amigos Marotos dele.... Só que com você as "marotices" eram diferentes, só isso! Você nunca disse que gostava dele, o tonto deve estar se sentindo enganado”.
Ainda assim, Mary não conseguia deixar de sentir raiva de Sirius.
- O que houve?- perguntou ela encarando Lupin e evitando o olhar dos outros. Sabia que o namorado já havia contado para os amigos o que se passava entre eles e que eles tinham dado a maior força, mas não conseguia simpatizar com ele nem com James.
- Eu cai!- disse Margareth com voz fraca.
- Você esta bem?- perguntou a outra apanhando a pilha de livros de Sirius.
- Si...sim!
- Vamos!
As duas viraram as costas e saíram. Sirius observou a menina. Nunca havia reparado que ela era manca, balançou a cabeça ao perceber que estava com pena da menina. Margareth sentou-se entre Mary e Cecille e abaixou a cabeça. Sentiu-se tão envergonhada, sabia que jamais poderia ver aquele garoto sem corar furiosamente.
- É melhor se manter longe desse crápula!- disse Cecille em tom de aviso.
- Por que?
- Sirius Black! Ele não presta!- disse ela encarando o garoto!
Margareth se serviu de mingau, não queria pensar nele, já bastava a vergonha que passara.
- Maggie? Você tá ouvindo?- perguntou Mary.
- Hã? Estou!
- Nós já vamos para a aula!
Maggie (era assim que os mais próximos chamavam Margareth… e ela adorava!) observou o prato a sua frente, nem tocara no café. Chegaria atrasada outra vez!
- Ta! Eu também já vou para a minha!
As meninas se levantaram e saíram. Ela se levantou lentamente. Não tinha vontade de ver a cara de Binns essa manhã. Quando chegou o professor já falava sobre a Revolução dos duendes e nem mesmo ele, em sua preleção sem fim, ou os estudantes, em seu estupor de sempre, notaram quando ela entrou.
Sentou-se ao lado de Madeline Slack, companheira de quarto. Tentou prestar atenção no professor mas isso era praticamente impossível, em cinco minutos seu olhos se voltaram para as janelas, e seu pensamento naquele garoto. Porque não conseguira desviar os olhos dele? Ele era só mais um babaca, um dos bonitões de Hogwarts que não olharia para ela duas vezes. Por que tinha essa mania de se sentir diminuída? Ele era só um babaca e em breve ela estaria...

Os marotos entraram na sala de poções fazendo barulho. Sirius ria de mais uma de suas traquinagens, James e Peter o acompanhavam o único que parecia sério era Lupin, sua mente no olhar que a loirinha lhe lançara no café. O professor entrou e todos se calaram. Quando ele começara a falar Severo Snape entrou desculpando-se, sentou-se na mesa mais próxima à escrivaninha do professor Slughorn. Lily Evans estava do outro lado da sala e James tentava inutilmente lhe chamar a atenção, mas Sirius o cutucou.
- Olha só o Ranhoso!- sussurrou
- Só falta molhar as calças!- disse James rindo
- Shiu!- fez Lupin. O professor dava as intruções.
Sirius riu. Os quatro começaram a trabalhar em suas poções. Em pouco tempo já conversavam animados. O professor, sempre de olho, sabia que eles não gostavam nem um pouco de Snape.
Ao fim do tempo estipulado para o preparo, o Professor se aproximou do caldeirão de Lily em primeiro lugar, elogiando-a como sempre. Foi examinando cada caldeirão com atenção (alguns exalavam um odor forte de ovo podre, muito diferente do esperado para alunos do 6º ano). Ele franzia o cenho, contrafeito, mas ao examinar a poção de Snape, um sorriso iluminou seu rosto novamente.
Sirius cutucou James com um sorriso.
- Muito bom, Snape! Nota máxima novamente.
Snape olhou para os marotos com ar superior. Sirius deu de ombros e puxou a varinha.
- O que vai fazer?- sussurrou James.
- Dar uma lição nesse seboso! Vingardium Leviosa!
Snape estava entregando sua amostra da poção ao professor, já de volta à sua escrivaninha, e nenhum dos dois viu o pequeno frasco de pó de salamandra levitar e cair dentro do caldeirão dele. Quando Snape voltou a se sentar o caldeirão soltou um silvo. Snape só teve tempo de se esconder debaixo da mesa antes do caldeirão explodir.
Ouve uma gritaria instantânea, uma gosma amarelada jorrou pelos lados soltando uma fumaça fedorenta.
- BLACK!!!!- berrou o professor.
- Sim?- perguntou ele com sua voz mais inocente.
- Foi você que fez isso?
- Eu? É claro que não!
- Foi você sim seu... seu...- Snape disse um palavrão e foi atirado contra a parede por um feitiço de Sirius.
- BLACK!!!!- O professor berrou de novo ajudando Snape a se levantar.
A campainha tocou, os alunos saíram correndo da sala, Sirius tentou sair mas o professor o segurou pelo colarinho
- Black! Você limpa!- Disse o professor entre dentes- E menos dez pontos para Grifinória!
O professor começou a abrir as janelas e cruzou os braços enquanto Sirius bufava!

A campainha tocou. Maggie levou um susto estivera tão perdida em pensamentos que nem vira o tempo passar.
Precisava se apressar, sua próxima aula era Poções. Quando seguia em direção as masmorras, avistou Severo Snape. Ele tinha uma cara de quem acabara de ser esbofeteado.
- Ótimo!- murmurou ela- Era tudo que eu queria!
Maggie abaixou o rosto e se encolheu. “Por favor não me veja. Por favor não me veja...”
- Margareth!- Chamou aquela voz arrastada e untosa!
- Droga!- resmungou.
- Preciso falar com você!- disse Snape,.
- Nem pensar! Estou atrasada...
- Não me interessa! Eu vi você hoje de manha conversando com aquele babaca do Black...
- Black? Que Black?- Maggie começou a andar lentamente em direção a sala de aula.
- Não se faça de boba! Eu já vi você com Lupin! E agora Black!
- Ah o moreno? Cabelo comprido?- perguntou ela se virando- O que tem?
- O que tem? Você não pode andar com garotos!
- Bom então o que estou fazendo aqui com você?- por mais envergonhada que fosse só havia uma pessoa que a fazia se irritar e falar coisas que nunca imaginara, e esse alguém a encarava com ódio nos olhos.
- Deixa de ser tapada! Sou seu primo...
- Infelizmente!- resmungou ela.
- Olha!- fez ele em tom de aviso- Eu não quero te ver com aqueles babacas esta entendendo? Com nenhum dos quatro...
- Então o problema é com eles é?
- Não se faça de desentendida...
Margareth virou as costas. Não estava ali para brincadeiras. Precisava ir para a aula, sabia que o professor não aprovaria mais nenhum atraso. Snape a agarrou pelo braço e a forçou a se virar.
- Estou lhe avisando Margareth!- disse num sussurro- Se afaste deles ou...
- Ou você o que, Ranhoso?- Sirius estava parado a dois passos de distância. Um sorriso maroto nos lábios.
- Não se meta, Black!
- Então solte a garota!- Maggie arregalou os olhos. Será que ele estava a protegendo?
Snape soltou Margareth com raiva e puxou a varinha. Sirius fez o mesmo.
- Estive esperando muito tempo por isso, Ranhoso!
- Não por isso!- respondeu Snape. Os olhos dos dois se fuzilando, Maggie se encolheu na parede. Mas antes que qualquer um pudesse azarar o outro, o professor de poções surgiu na porta da sala.
- O que acham que estão fazendo?- um dos alunos havia avisado que eles estavam discutindo e o professor sabendo que algo ruim estava para acontecer saiu para fora.- Guardem isso agora!
Os dois se encararam, com relutância guardaram as varinhas.
- Black já para a aula! McGonagall está esperando, creio eu! E você Snape, estufa três!
Com mais um olhar assassino os dois saíram em direção opostas.
- Blanchet!- chamou o professor, a garota se assustou, ele sorriu- Venha vamos para a aula! Sua turma toda já entrou.
A garota obedeceu em silêncio, entrando e indo ajeitar suas coisas. Sentou-se na carteira, entretanto, muito mais confusa que antes. Será que ouvira direito? Sirius Black estava a protegendo? Mal sabia ela que havia outra pessoa com dúvidas muito maiores...

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