A Lenda dos Sete Portais



... Ela sorriu e puxou Rony para mais um beijo, um beijo mais apaixonado. Ele foi descendo da cadeira onde estava, e antes que os dois percebessem estavam deitados no chão da cozinha d’A Toca. O beijo ficou mais intenso e involuntariamente, como se fosse à coisa mais natural possível, Hermione fez com que Rony rolasse para cima dela, e o enlaçou com as pernas...


 


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Rony foi descendo o beijo até o pescoço da garota, Hermione por sua vez afundou os dedos nos cabelos ruivos do garoto, forçando-o a ficar próximo, não interromper o contato por nada. Era uma sensação totalmente nova para Mione, em todo o tempo em que ela e Rony estiveram juntos ela nunca havia sido tão impulsiva. O ruivo entrelaçou os dedos dele nos dela, num gesto de carinho. Ele pode sentir o corpo de Hermione vibrando embaixo dele, e então ela sussurrou ao ouvido do ruivo:

- Rony... Espera... – Ele afastou e por um momento achou que estava sendo rejeitado novamente, mas ele viu que ela sorria – Ainda estamos no chão da sua cozinha Rony!

O ruivo olhou ao redor, como se tivesse acabado de se dar conta de onde estava. Ele sorriu e se colocou de pé, ajudando Mione a levantar.

- Se você quiser, nós podemos subir para meu quarto... – O ruivo falou timidamente, evitando olhar a garota.

Hermione engoliu em seco e concordou com um aceno de cabeça. Os dois subiram a escada de mãos dadas, lançando olhares furtivos um para o outro. Rony conduziu Hermione para dentro do quarto, os livros velhos espalhados pelos cantos, as paredes descascadas, os cartazes velhos do Chudley Cannons... Tudo como sempre fora, exceto uma mala de viagem com roupas de Rony, aberto perto da cama. Obviamente o ruivo ainda não havia desfeito a mala. Eles se sentaram na cama que rangeu de leve. Hermione tomou a mão de Rony e guiou até o rosto dela, dando leves beijos nas costas dela, até que a mão alcançou a lateral do rosto da garota, onde Rony acariciou gentilmente com o polegar.

- Mione... Eu te amo. – O ruivo falou olhando diretamente nos olhos de Mione, totalmente hipnotizado pela beleza dela.

Ela o puxou para mais um beijo, no qual ela apertou com força o corpo dele contra o dela, ela só desgrudou do beijo o suficiente para sussurrar no ouvido dele – Você não imagina o quanto eu quis ouvir isso durante esses quatro anos!

Ele sorriu e beijou o pescoço dela. O choque elétrico inevitável passou pelo corpo da garota inteiro. Era uma sensação relativamente estranha para Mione, era uma noite de certa forma fria, mas mesmo assim ela sentia calor, um calor novo... Diferente.

Rony também deveria estar sentindo aquilo, pois ela notou que as mãos do ruivo estavam estranhamente suadas, e ele estremecia a todo o momento em que as mãos dela passeavam pelas costas dele. As mãos de Rony por sua vez, ocupavam espaços distintos, uma tocava gentilmente a nuca de Hermione, a outra passeava pela cintura da garota. O corpo de Rony tombou caindo sobre o dela, os dois mantiveram o beijo o tempo todo, ali deitados na cama, saboreando o gosto um do outro. Hermione havia envolvido o ruivo com as pernas novamente, e ele beijava cada vez mais apaixonadamente.
Num certo ponto Mione já havia abandonado totalmente a razão, e de uma maneira desajeitada foi tirando a camisa de Rony. Ele interrompeu o beijo e arrancou a camisa de qualquer jeito, parando um instante para observar Hermione, os lábios dela estavam avermelhados e inchados pelo beijo, os belos cabelos castanhos espalhados em todas as direções da cama, a respiração descompassada. Ela estava simplesmente irresistível, e o ruivo observava o corpo de Mione, como as curvas haviam ficado mais evidentes depois de quatro anos de separação. Mione também observava o corpo do ruivo, mas de uma maneira diferente. Os olhos dela repousavam na pequena cicatriz que se localizava no peito de Rony, pouco acima do coração.

- Rony... Eu te amo com todo o meu coração, eu preciso de você... Mas... Nós não podemos fazer isso, aqui e agora... Rony ficou apenas encarando a garota sem entender. - Rony é que eu... Podemos apenas dormir juntos? – Ela corou violentamente – Quero dizer... Realmente apenas dormir?

O ruivo afastou um tanto quanto desapontado, e falando fracamente respondeu: - Sim... Podemos sim...

Hermione notou instantaneamente certo desapontamento na voz do garoto, e ela pode imaginar que mais uma vez o ruivo estava se sentindo rejeitado.

Rony deu um sorriso torto e foi saindo de cima da garota, ele afagou carinhosamente a cintura dela. - Troca de roupa no banheiro, tenho certeza de que alguma roupa minha deve dar em você...

Ela levantou da cama, deu um beijo na boca do ruivo e murmurou um “te amo” antes de pegar a primeira coisa que achou na mala de viagem de Rony e cruzar a porta em direção ao banheiro. Hermione trocou a roupa lentamente, respirando fundo e repensando tudo que havia acabado de fazer. Ela sorriu para si mesma, agora estava tudo bem.
Quando voltou ao quarto viu Rony deitado na pequena cama de armar ao lado da cama, ele dormia gostosamente e por alguns instantes ela ficou encostada no arco da porta observando o ruivo dormindo e escutando os roncos autos dele.



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Ela estava abraçada em Rony, estavam caídos no chão de uma sala clara, e Hermione via claramente a poça de sangue se formando ao redor dela, o peito de Rony sangrava... Ele estava gritando de dor.

- Você vai ficar bem. – Ela disse – Você vai se recuperar Rony...

- A culpa é sua! – Rony gritou, depois foi engolido pela poça de sangue, deixando Hermione sozinha.

A garota começou a ficar desesperada, gritando o nome do ruivo, mas tudo que ela escutava era a voz fraca de Harry sussurrando em algum lugar: “Você o matou! Você tirou meu melhor amigo de mim!” Ela chorava enquanto todos os Weasleys a cercavam e apontavam para ela.

- Assassina! – A voz de Gina ecoou mais alta que a de todos.

- Não! Não foi minha culpa! – Ela tentou dizer.

Mas era inútil, a família Weasley desabou sobre ela, Hermione estava sendo lentamente tragada pelos ruivos que mordiam e arranhavam cada parte do corpo dela.

Acima de tudo, uma imensa sombra negra pairava malevolamente, como se fosse um observador silêncioso da situação.


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- Não! – Ela gritou erguendo-se de uma vez. O rosto suado e a respiração irregular.

- O que houve? – Perguntou Rony também se erguendo da cama de montar ao lado da cama.

- Você estava ferido... Mas não foi minha culpa... Eu juro... – Ela estava desesperada, e Rony percebeu que ela estava prestes a chorar.

Ele saltou da cama de armar com uma velocidade inacreditável para alguém que havia acabado de acordar e envolveu a garota num abraço.

- Fica calma Mione... Foi só um pesadelo... Eu estou bem aqui... – Ele notou que a garota tremia violentamente.

- Você sangrava muito Rony! Foi horrível! – Hermione disse enquanto abraçava ainda mais forte Rony.

- Eu estou bem Mione, fica calma. – Ele fez com que a garota deitasse novamente. – Você precisa dormir... Ta tudo bem comigo, foi só um pesadelo. – Mas ela puxou o ruivo pelo braço firmemente.

- Não me deixa aqui sozinha, Rony... Deita aqui comigo até eu dormir...

Ele observou a garota encarando os olhos dele de uma maneira quase desesperada, ele mudou de posição e os dois se deitaram juntos, abraçados. Rony tinha os braços envolvendo Hermione. – Eu estou bem Mione, nada de mal vai me acontecer... Fique calma.

Ele ficou abraçado a ela por longos minutos, e foi notando que aos poucos ela ia parando de tremer, o corpo dela ia relaxando. Já era bem tarde da noite quando a voz de Mione soou pelo quarto.

- Rony? – ela disse num sussurro.

- Sim?

- Posso lhe fazer uma pergunta? – ela continuou num sussurro.

- Claro. – Rony deu um beijinho carinhoso na cabeça dela.

- Durante esses anos em que você esteve fora, e por todos os lugares em que você esteve... – Mione disse pausadamente. – Houve outras mulheres?

Rony ficou em silencio por alguns instantes considerando a pergunta, instantes que para Hermione pareceram horas.

- Sim... – Rony falou num tom que era difícil de identificar. – Houveram algumas.

Mione fechou os olhos e respirou fundo tentando manter a calma. – E você chegou a ficar... Intimo de alguma delas?

Rony não teve de pensar muito no que Hermione quis dizer com “intimo”, ele entendeu imediatamente.

- Sim. – Ele disse. – Mas eu nunca te esqueci Mione... Eu pensava em você o tempo todo... Mas... Desculpe. – Rony disse simplesmente.

- Eu entendo Rony... – Hermione o cortou – Quatro anos é muito tempo, Você não precisa se desculpar. – O quarto caiu num silencio incomodo por um longo tempo – Houve outros homens alem de você também... Durante esses quatro anos. – Hermione disse despertando imagens na mente de Rony; Hermione cercada de homens, todos estranhamente semelhantes a Victor Krum. - Mas eles não eram você. – A garota falou, fazendo com que Rony erguesse uma das sobrancelhas.

- Mione... – Ele mudou de posição fazendo com que Hermione virasse e o encarasse. – Ir embora foi um erro.

- É Rony... – Ela ruborizou e desviou o olhar. - Vamos tentar não cometer esse erro outra vez. Se vamos fazer isso dar certo. Vamos devagar... Não quero me apressar e estragar as coisas.

- É por isso que você me afasta?

Hermione ergueu os olhos até ele.

- Eu esperei quatro anos pra te reencontrar Mione... Eu posso esperar o tempo que for... Quando você estiver pronta, eu espero o quanto for preciso. – Ele sorriu e beijou a testa de Hermione. Hermione apenas abraçou Rony com força, não acreditando no que havia acabado de escutar, apesar daquele não ser o motivo pelo qual Hermione o afastava, serviria como a desculpa perfeita até ela ter certeza... Certeza de que não havia nenhum risco.


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Quando Rony acordou na manhã seguinte, ele involuntariamente esticou um dos braços e apalpou toda a extensão da cama, a procura de Hermione. Tudo que ele encontrou foram lençóis bagunçados. Ergueu-se de uma vez num solavanco, olhando ao redor no quarto temendo que a noite anterior tivesse sido apenas um sonho bom que havia acabado. Ele ouviu o som de uma panela batendo no andar abaixo, ele suspirou aliviado, e sorrindo saltou da cama e foi descendo as escadas. Quando ele chegou à cozinha e avistou Hermione todas as duvidas dele sobre a noite passada haviam desaparecido. A garota preparava um café da manhã, usava apenas um suéter cor de tijolo que Rony imediatamente reconheceu como um dos que a senhora Weasley sempre tricotava para ele durante a época de natal. O suéter que era relativamente grande e folgado para Hermione cobria totalmente os braços e dorso da garota, porém, deixava totalmente expostas as pernas da garota, fato que fez Rony estacar por alguns instantes na entrada da cozinha apenas admirando a beleza dela.

- Eu espero que você não se importe... Mas eu só vou preparar torradas e geléia... – Ela virou-se para olhar para Rony e notou que ele admirava as pernas dela.

- Não... Eu não me importo. – Falou o ruivo se aproximando e roubando um beijo dela.

Eles se afastaram e Hermione conservava um sorriso genuíno que não aparecia no rosto da garota a tempos. – O pessoal do Ministério vai chegar em breve pra lançar as proteções mágicas n’A Toca... – Ela acenou a varinha, e diversas facas começaram a passar geléia nas torradas. – Então acho melhor você tomar um banho e se arrumar enquanto eu termino o café... Depois podemos ir até o Largo Grimauld. Nós encontramos com o Harry lá e vamos todos ao ministério para a reunião com aquele prisioneiro... – Ela encheu um copo com suco de abobora – Mas antes acho melhor eu passar em casa e pegar algumas roupas...

- Por quê? – Rony a puxou pela cintura, e a fez sentar no colo dele. – Acho que você está ótima com esse meu suéter. – Ele sorriu e arrancou mais um beijo de Hermione.

- Rony! – Falou a garota rindo. – Eu vou pegar minhas roupas lá em cima, depois vou ao meu apartamento me trocar... Nós nos encontramos no Largo Grimauld.

- Não... – Ele balançou a cabeça negativamente. – Se atacaram minha família é por que já sabem quem eu sou, significa que sabem o que você representa para mim... Então é questão de tempo até atacarem seu apartamento...

Hermione sorriu diante dos olhos azuis preocupados de Rony. – Se você realmente acha isso então talvez seja melhor você me acompanhar... – E ela o beijou apaixonadamente.


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Gina observava as diversas panquecas no prato de Harry. – Mamãe... Já disse que você pode descansar e comer, o Monstro vai preparar a comida! – A ruiva dizia pela quinta vez enquanto a mãe continuava a preparar panquecas no forno.

- Eu gosto de cozinhar Ginerva! – Exclamou a senhora Weasley. – Além disso, o pobre Monstro merece um descanso às vezes...

O Elfo porem parecia não estar querendo descansar. Ele pulava de um lado para outro servindo mel para todos na mesa, ou tentando varrer o chão, ou até oferecendo ajuda para alimentar a filha menor de Percy. Agora que o posto de cozinheiro de Monstro havia sido tomado, ele lutava para ser útil, a natureza de servo elfo falando mais alto.
Monstro serviu a Gina um prato particularmente generoso de panquecas cobertas de mel, a garota levou as mão em direção a boca velozmente, se levantou de um salto e saiu apressada da cozinha, deixando todos intrigados com a ação repentina dela. Mas ninguém teve tempo de manifestar alguma reação, pois no instante seguinte batidas na porta da casa chamaram a atenção de todos, Monstro deu um salto e prestativo correu para atender a porta. Aproveitando-se da distração, a senhora Weasley desligou o fogo com um aceno da varinha e saiu apressada sem que ninguém percebesse.
Monstro guiou os convidados até a cozinha e o que Harry viu fez com que ele se engasgasse com o café que tomava: Rony e Mione haviam chegado de mãos dadas.

- Bom dia! – Rony saudou sorrindo.

- Bom dia... – Responderam as pessoas na mesa, Harry com a xícara de café ainda erguida próxima a boca, Percy e a esposa Awdrey trocando olhares e sorrisos, e o senhor Weasley com a boca aberta de uma maneira quase cômica.

- Está pronto Harry? – Perguntou Rony. – Quanto mais rápido resolvermos esse problema no ministério melhor...

- É... Sim... Verdade... – Harry foi falando, ainda meio abobado pela entrada inesperada dos amigos. – Eu só vou terminar de tomar café...

- Então eu vou falar com a Gina antes de irmos... – Disse Hermione sorrindo para todos na mesa antes de sair da cozinha a procura da amiga.


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Hermione subiu as escadas em direção ao quarto de Harry e Gina, ela bateu na porta fechada e escutou a voz de Gina saindo de dentro respondendo um “pode entrar”. Hermione afastou a porta e entrou bem a tempo de ver a senhora Weasley enxugando os olhos. Ela sussurrou um parabéns para Gina e saiu cumprimentando Mione.

- O que foi isso da sua mãe? – Hermione perguntou quando ficou sozinha no quarto com a amiga.

- Ela estava me dando os parabéns pelo bebê... – Gina disse ainda olhando para a porta onde a mãe havia acabado de sair.

- Você contou a ela? – Hermione falou sentando-se na cama.

- Não! – Gina respondeu – Ela descobriu sozinha!

- Como? – Mione perguntou espantada.

- Ela disse que também sentia enjôos com mel... – Gina respondeu sorrindo. As duas ficaram em silencio um instante, até que Hermione disse algo.

- Eu dormi com o Rony.

O pescoço de Gina girou tão rápido e os olhos dela se arregalaram tanto para encarar a amiga que Hermione teve a impressão de que a ruiva havia sido estuporada.

- Quer dizer... Eu não dormi com o Rony... – Hermione corou – Eu só dormi mesmo... Entende? Na mesma cama...

- Entendi sim Mione... – Disse Gina com um sorriso grande no rosto. – Vocês finalmente se entenderam?

- Acho que sim... – Hermione sorriu timidamente.

- Então você contou tudo a ele? O porquê de vocês terminarem? – A ruiva perguntou.

- De certa forma... – O sorriso de Hermione desapareceu instantaneamente.

- Como assim “de certa forma”? – Gina perguntou com uma das sobrancelhas erguidas.

Hermione desviou o olhar da amiga – Eu disse que terminamos por que eu me sentia preocupada com a profissão de risco dele...

- Mione! Essa não é a verdade!

- Eu sei! – Hermione esfregou os olhos com força. – Eu não consegui dizer a verdade... Eu não sabia o que ele iria pensar...

- Mione! Isso só vai complicar ainda mais a situação! – Gina disse tentando trazer razão a amiga.

Houve uma batida, e Rony abriu a porta. – Oi Gina... Já estamos de saída Mione...

- Tudo bem... Esperem-me lá em baixo... Eu só vou me despedir da Gina. – Mione respondeu. Assim que a porta se fechou ela olhou fundo nos olhos de Gina. – Escuta Gina... – Ela foi dizendo. – Foi você quem sempre disse que aquilo não passava de uma besteira e que eu não devia ter dado atenção aquilo... Eu acho que será melhor o Rony nunca saber nada sobre aquela besteira! Mione saiu do quarto decidida. Gina apenas suspirou profundamente tentando manter a calma.

- Suponho que sim. - Disse a ruiva, a contragosto.


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Harry, Rony e Hermione chegaram ao Ministério da Magia por meio de pó de flu, Nigel, que aparentava estar mais cansado do que Harry jamais vira, já estava à espera deles com duas pastas amareladas nas mãos.

- Bom dia. – Harry cumprimentou quando se aproximou do Auror.

- Bom dia... – Respondeu Nigel, afastando do rosto os cachos louros que estavam bagunçados e sujos. – Aqui tem a ficha do prisioneiro do departamento de Mistérios... – Ele entregou uma das pastas para Harry. – E aqui o relatório sobre o bruxo que invadiu sua casa e atacou seus pais... – Ele entregou a outra pasta a Rony. – Terminamos de interrogar ele ontem durante a madrugada.

- Ótimo! – Falou Rony folheando o conteúdo da pasta – O que descobriram?


- Que ele não vai falar nada. – Disse Nigel desanimado.

- O que? – Indagaram Harry e Rony juntos.

- Ele não é inglês, é espanhol na verdade... Usamos uma boa dose de Veritasserum nele... Assim que começou a nos contar o que ele estava fazendo na casa dos seus pais, começou a sufocar, e os ossos da mão começaram a se quebrar por conta própria... Coisa feia de se ver.

- O que houve? - Harry indagou.

- Aparentemente colocaram uma maldição nele... Sempre que ele tenta falar algo relacionado ao caso, mesmo que seja com veritasserum, ele sufoca e algum osso dele se parte. O Parlamento Mágico Espanhol vai enviar alguns bruxos para levá-lo de volta a Espanha... Acham que como o bruxo é de lá, é responsabilidade deles lidar com ele. Prometeram nos informar de qualquer coisa que eles consigam descobrir.

Rony bufou e grunhiu alguns insultos antes de Hermione passar um braço ao redor da cintura dele e murmurar: “Vai tudo ficar bem... Você precisa ficar calmo pra quando entrarmos no departamento de mistérios...”

O ruivo respirou profundamente varias vezes para manter a calma.

- Vamos resolver isso de uma vez... – Harry falou. – Vamos de uma vez até o departamento de mistérios.

Nigel guiou o caminho, invés de tomar os elevadores como já era de costume, eles seguiram em outra direção, através de um corredor familiar onde Harry reconheceu a sala de julgamentos do Ministério; Devido à função de Auror ele já havia estado naquele lugar varias vezes ao longo dos últimos anos. Eles seguiram através do corredor mal iluminado até chegarem numa porta enegrecida que reacendeu na memória de Harry algo que ele achou que estava esquecido. Harry parou abruptamente diante da porta, fechou os olhos como alguém que se concentra em algo importante. A única pessoa que notou essa movimentação foi Rony, e ele sabia exatamente o que estava acontecendo: Era a primeira vez que Harry iria entrar no departamento de Mistérios desde a morte de Sirius.
Rony deu um tapinha encorajador nas costas do moreno, que sorriu fracamente e caminhou decidido. Eles chegaram à sala com portas giratórias, Nigel falou alto e claramente:

- Estamos aqui para ver um prisioneiro... Dorian Blake...

As portas giraram diversas vezes, até pararem de súbito e a porta que se postou diante de Nigel se abriu, revelando um lugar muito bem iluminado. Hermione buscou a mão de Rony, e juntos eles cruzaram a porta logo atrás de Harry, Nigel ficara para trás esperando por eles. Demoraram alguns instantes para os olhos deles se acostumarem com a claridade repentina, mas quando a visão foi ganhando foco, eles notaram que estavam num salão grande, uma sala de estar luxuosa, com poltronas de couro, e uma mesinha com um conjunto de chá feito de prata, as paredes sem janelas eram completamente cobertas com estantes repletas pelos mais variados livros. No centro da sala usando vestes caras estava um único homem.
Rony virou-se a tempo de ver no rosto dos amigos a mesma expressão de surpresa e confusão.

Ele deu um cutucão forte nas costelas de Harry. – Você disse que ele havia trabalhado com Você-Sabe-Quem quando ele havia saído de Hogwarts!

- Era o que dizia o relatório... – Falou Harry ainda pasmo.

- Harry! – Sussurrou Rony – Isso foi há mais de trinta anos! Ele deveria ter uns cinquenta anos de idade!

O homem no centro da sala era totalmente diferente de qualquer coisa que Rony havia imaginado. Não aparentava ter mais de vinte e poucos anos de idade, tinha o cabelo negro longo e liso até a cintura, era magro e alto, com a barba meticulosamente bem feita, tinha um porte nobre e um sorriso zombeteiro enviesado no rosto.

- Senhorita Hermione Granger! – O homem saudou calorosamente – É um imenso prazer finalmente conhecê-la! – Ele fez uma pequena reverencia, semelhante à de um Elfo domestico. – Dorian Blake, ao seu inteiro dispor.

Hermione estava surpresa demais para dizer algo, Dorian se aproximou dela lentamente, Rony e Harry ficaram observando atentamente os movimentos dele, ambos com as mãos sobre os bolsos onde se encontravam as varinhas.

 - Eu venho acompanhando seus feitos desde Hogwarts minha querida! – Dorian continuou – É uma grande honra finalmente poder estar frente a frente com uma mente tão brilhante quanto a sua!

Hermione corou levemente – Obrigada. – Ela disse confusa.

Dorian não desgrudava os olhos de Hermione e aquela situação estava começando a deixar Rony desconfortável, ele pigarreou alto para fazer com que a presença dele fosse notada.

- Mas é claro... Que falta de educação a minha... – Dorian havia finalmente tirado os olhos de Hermione, e foi como se ele tivesse acabado de notar que Harry e Rony estavam ali. – Você provavelmente deve ser Ronald Weasley... Eu também li muito sobre você. – Ele ofereceu a mão, que Rony apertou com mais força do que normalmente apertaria a mão de alguém.

- Harry Potter! – Ele ofereceu a mão também a Harry. – É uma honra conhecer o Menino-Que-Sobreviveu. – A mão de Dorian ficou imóvel no ar, Harry não a apertou, ao invés, encarou os olhos negros de Dorian. – Sabe senhor Potter, é falta de educação recusar os cumprimentos de um cavalheiro...

- Mas não é falta de educação recusar os cumprimentos de um assassino. – Falou Harry ainda encarando os olhos negros de Dorian.


- Em minha vida toda eu nunca matei ninguém senhor Potter. – Falou Dorian, com um sorriso galanteador no rosto.

- Mas o homem para quem você trabalhava matou varias pessoas senhor Blake. – Respondeu Harry da maneira mais impertinente que conseguiu.

- O que você precisa entender senhor Potter, - Dorian foi dizendo enquanto sentava-se em uma das poltronas. – É que eu sou um pesquisador, um estudioso, e amo meu trabalho... E o Lord das Trevas tinha interesse em minhas pesquisas... Ele era o único com intresse nas minhas pesquisas. Ele contribuiu para que eu tivesse total acesso a qualquer fonte que eu precisasse, e isso me ajudou muito na minha busca por conhecimento, eu sinceramente não me importo com as atrocidades que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado cometeu, sei que tudo que ele fez foi maléfico e hediondo, mas não posso deixar de sentir respeito; ele era um grande homem por ter uma sede de conhecimento tão grande quanto a minha...

Harry se preparou para dizer alguma coisa, mas a voz de Hermione soou antes. – Conhecimento em Necromancia? Magia Negra? Há certas coisas senhor Blake que é melhor desconhecer...

Vindo da senhorita, que com certeza tem uma infinita sede de saber, essa é uma afirmação quase hipócrita. - Dorian falou. - A morte sempre foi um assunto que me fascinou... – Falou Dorian sorrindo, oferecendo as outras poltronas aos convidados – Pra onde vamos depois de morrer? Existe alguma maneira de voltar? Eu queria as respostas para essas perguntas, e o Lord das Trevas me ajudou a encontrar... Mas vamos parar de falar sobre o meu passado sombrio! Por favor, sentem-se... E eu insisto senhorita Granger, me chame de Dorian.

Harry e Hermione sentaram-se relutantemente, Rony permaneceu de pé. – Olha, estamos aqui por um motivo senhor Blake... Você disse que tinha informações sobre o assassinato, queremos as informações... Agora. – Disse Rony.

- É claro... Mil perdoes meu rapaz... – Dorian levantou-se e caminhou até uma das estantes de livros. – Mas é que há tantos anos estou trancado aqui, não costumo receber visitas... Por isso solicitei a presença da senhorita Granger, é ótimo finalmente ter aqui alguém que se interesse por runas antigas e História tanto quanto eu...

Hermione corou novamente, Dorian voltou ao acento com um livro velho na mão, ele abriu o livro numa pagina especifica e o depositou na mesa ao centro. Na pagina aberta um símbolo brilhava vivido: Um sete invertido dentro de um circulo.

- Isso é impossível! – Falou Hermione. – Eu procurei esse símbolo em todos os livros de runas que eu conheço!

- Esse foi justamente seu erro senhorita Granger! – Falou Dorian. – Isso não é uma runa! É um brasão... Representa uma pessoa!

- Uma pessoa? – Perguntou Harry se aproximando para analisar o livro.

- Exato senhor Potter! – Disse Dorian, incapaz de conter a excitação. – Algum de vocês alguma vez ouviu falar de um bruxo chamado Lamnor Fazel?

Harry e Rony imediatamente olharam para Mione, e como o esperado a garota começou a discursar exatamente como um livro-texto.

- Viveu a cerca de trezentos anos trás, foi um dos maiores curandeiros da história, viajou através do mundo todo com um grupo de bruxos catalogando diversas doenças e descobrindo curas, foi o criador de inúmeras poções para tratar de queimaduras e ferimentos em órgãos delicados. – Ela disse tudo num fôlego só.

- Muito bem senhorita Granger... – Falou Dorian, como se fosse mais um professor de Hogwarts, pronto a dar pontos a Hermione pela resposta. – Esse símbolo no livro representa Lamnor Fazel, ele usava esse símbolo para marcar a maior de todas as descobertas da vida dele...

- Que descoberta? – Perguntou Harry.

- Isso é na verdade apenas uma lenda entre os Necromantes... – Dorian foi dizendo. – Diz à lenda que durante as viagens que Lamnor fez pelo mundo ele encontrou uma fênix com asas partidas... Ferida demais para voar, mas não o bastante para morrer e renascer outra vez. Presa em sofrimento eterno. Ele tratou as feridas da fênix, e quando ela estava totalmente restaurada, como agradecimento ela deu parte dos poderes dela para Lamnor...

- A fênix deu parte dos poderes dela a Lamnor? – Indagou Rony. – Como raios isso é possível?

- Como eu disse senhor Weasley... É apenas uma lenda... – Dorian continuou a história. – O fato é que Lamnor transferiu todos os poderes da fênix para um objeto, um cálice... – Ele virou a pagina do livro, revelando a gravura de um cálice que parecia feito de ouro, com o símbolo do sete invertido gravado na frente. – O cálice de Fazel, como é conhecido... Diz a lenda, que qualquer liquido que é colocado dentro dele transforma-se automaticamente na mais poderosa poção de cura existente... Capaz de curar qualquer ferimento, e em certos casos extremos... Vencer a morte.

Os três olharam espantados para Dorian, não acreditando no que ele havia acabado de dizer.

- Um cálice que é capaz de trazer os mortos de volta a vida? – Perguntou Hermione. – Isso é ridículo...


- Nenhum feitiço é capaz de trazer os mortos de volta. - Harry disse.

- Isso realmente não passa de uma lenda. - Hermione completou.

- A lenda não termina aqui senhorita Granger... – Falou Dorian, sorrindo com a incredulidade dos convidados. – Lamnor Fazel possuía um grupo companheiros bruxos que o seguiram durante as viagens que ele fez ao redor do mundo... E um deles, um Necromante, chamado Calen Dept, sentiu cobiça pelo cálice... – Dorian contemplou a gravura no livro por alguns instantes. – O sonho de qualquer Necromante, um cálice capaz de fazer com que uma pessoa morta volte à vida e lhe conte os segredos do outro lado... Mas Fazel se recusou a usar o cálice para pesquisar a morte, ou para entender magias das trevas, ele teve uma discussão com Calen, e os dois duelaram para decidir quem ficaria com o cálice... Fazel venceu o duelo, e expulsou Calen do grupo de bruxos... Mas antes de desaparecer o Necromante jurou que roubaria o cálice.

Eles ouviam atentamente cada palavra que Dorian Blake dizia, tentando entender como essa lenda podia ter qualquer ligação com o assassinato, e os ataques a Rony e sua família.

- É aqui que a lenda fala sobre os Sete Portais Mágicos. – Dorian disse.

- O que? – Hermione perguntou.

Dorian deu uma risadinha debochada. – Temendo que o Necromante retornasse para roubar o cálice, Lamnor construiu um templo secreto em algum lugar do mundo e escondeu o cálice dentro dele, e depois selou o lugar com sete portões mágicos que só poderiam ser abertos com sete chaves especiais... Ele escolheu seis bruxos aos quais ele mais confiava no grupo, e deu a eles a tarefa de proteger as chaves, enquanto ele mesmo esconderia uma das chaves em algum lugar do mundo...

- Por que são sempre em sete as tranqueiras que esses bruxos inventam? – Rony perguntou irritado surpreendendo os dois amigos que estavam concentrados na historia.

- Bom, - Dorian falou como se explicasse algo a uma criança. - Sete é o número mágico...

- Mais poderoso e significativo. - Rony completou. - Alguém muito mais esperto já me disse isso a muito tempo atrás. - Ele lançou um olhar rápido para Hermione. - E como são essas chaves?

- Bem... Sendo apenas uma lenda, fica difícil de dizer senhor Weasley... Ninguém sabe ao certo. Embora alguns pesquisadores acreditem que a chave que pertenceu a Fazel tenha sido escondida em algum lugar do Egito, e ainda alguns relatos dizem que era na verdade uma caixa feita de rubi...

Involuntariamente Harry e Rony olharam para Hermione, nesse exato momento, os três sabiam que no bolso dela se encontrava uma caixinha feita do mais vermelho rubi, uma caixa que Rony havia conseguido explorando uma pirâmide no Egito, uma caixa que convenientemente possuía o símbolo do sete invertido gravado nela.

- E você acha que era isso que o assassino estava procurando naquela casa? – Perguntou Harry. – Que mataram um homem por que estavam procurando por uma dessas chaves?

- Creio que não... As chaves são lendas. Nada mais. Mas há aqueles que acreditem que sejam reais... E que existe uma forma de encontrá-las – Dorian passou outra pagina do livro. – Lamnor Fazel deixou para trás um meio de reunir todas as chaves... – Ele apontou para mais uma gravura, um espelho com armação talhada. – Se uma pessoa possuir uma das chaves, ela deve olhar para esse espelho, e ela verá não seu reflexo, mas sim o caminho para a próxima chave... – Dorian sorriu enquanto eles encaravam o livro. – A lenda, diz que esse espelho foi entregue a uma família puro sangue, e se seguirmos a historia e as linhagens de bruxos da época, é natural supor que essa família tenha se estabelecido aqui na Inglaterra... E que é provável, se a lenda é real, que o espelho ainda esteja aqui...

Eles encararam a gravura do espelho na pagina do livro, Rony e Hermione tinham a testa franzida, num sinal de confusão, como se estivesse pensando a mesma coisa, Harry porém, tinha a expressão surpresa no rosto. Dorian fechou o livro de subito, e o respousou com cautela sobre o colo.

- Então são fanáticos? - Rony perguntou. - Eu sabia que eles acreditavam numas coisas malucas... Mas um cálice mágico?

- Coisas mais estranhas já foram vistas no mundo mágico Senhor Weasley. - Dorian comentou. - Se estão procurando culpados para esse crime, sugiro que procurem por pessoas com conhecimento histórico... Folclore bruxo.

Pelo resto da manhã, Harry, Rony e Hermione ficaram ouvindo histórias sobre o lendário Cálice de Fazel. Dorian era um anfitrião relativamente agradável. Era educado e servia chá aos convidados o tempo todo. Depois de algumas horas, Harry se ergueu.

- É tudo que precisávamos saber... – Harry falou. - Precisamos ir.

Hermione e Rony olharam surpresos a reação do amigo, levantaram-se e foram saindo do salão.

- Estão convidados a me visitar sempre que quiserem... Especialmente você senhorita Granger... – Falou Dorian Blake enquanto eles saiam.


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Eles saíram do departamento de mistérios e tomaram um elevador em direção do escritório de Harry e Rony, Hermione e Rony passaram o caminho todo discutindo as coisas que havia acabado de ouvir, Harry por outro lado havia ficado estranhamente silencioso.

- Agora tudo faz sentido! – Exclamou Rony quando entraram no escritório. – Essa caixa no seu bolso é uma das chaves!

- E aqueles bruxos que nos atacaram... Yuri e Mikaela... – Falou Hermione – Eles estão atrás do cálice!

- Tudo se encaixa! – Foi dizendo Rony. – Por isso eles viajaram o mundo todo enquanto eu os vigiava, eles estavam procurando por outras chaves, eles devem ter encontrado a pista de que a chave do Fazel estava no Egito... Mas eu cheguei antes e tirei a chave de lá! Por isso eles vieram até a Inglaterra e nos atacaram! Vieram atrás da chave que eu encontrei!

- Foi por isso que mataram aquele homem... – Hermione começou a concordar com Rony. – Ele era puro sangue, acharam que ele era da família que recebeu o espelho! Quando você levou a chave eles começaram a procurar uma maneira de encontrá-la, e descobriram sobre o espelho...

- Tem algo errado... – O ruivo foi dizendo – Eu tenho a impressão de que eu já vi aquele espelho antes em algum lugar...

- É por que você já viu... – Disse Harry fazendo os dois amigos pararem para encará-lo.

- Já? – indagou Rony.

- Já... – Falou Harry desabando sobre a cadeira atrás da escrivaninha dele. – Claro que, quando eu me olhei naquele espelho da última vez, seria impossível de me reconhecer... Meu rosto estava todo inchado.

- Do que você está falando companheiro? - Rony indagou

- Eu já sei qual família puro sangue está com esse espelho... - Harry sentenciou de forma sombria.

- Sabe? – Perguntou Hermione. – Isso é ótimo! Nós vamos atrás do espelho, reunimos as chaves antes dos bruxos das trevas, recuperamos o cálice, e todo esse problema vai estar terminado...

- Hermione... – Harry disse com um tom de voz que era impossível de identificar. – Nós três vimos esse espelho há cinco anos... Quando nós fomos capturados pelo Lobo Grayback – O rosto de Hermione empalideceu com as memórias repentinas que ela teve, os olhos de Rony se arregalaram em surpresa. – Nós vimos esse espelho quando estávamos amarrados, ele estava pendurado na entrada da mansão Malfoy.

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