Capítulo 15 - As coisas desand

Capítulo 15 - As coisas desand



18 de Junho de 1996.
Amber estava disposta a entregar o seu exame e seguir Harry até a ala hospitalar, mas o examinador Tofty exigiu que ela se mantivesse em seu lugar, que ele mesmo o levaria para fora.
“Mais um pesadelo com Voldemort?” perguntava-se ela.
Era uma sorte que já tinha terminado o seu exame, caso contrário duvidava que pudesse se concentrar o suficiente para fazê-lo.
Hermione e Rony estavam na mesma situação. Quando a ampulheta finalizou o tempo, o professor Tofty recolheu os testes com o feitiço convocador e os três saíram apressados do Salão Principal, conversando preocupados.
Por sorte, logo avistaram Harry que corria em direção a eles. Aparentemente, pior do que estava quando saiu.
— Venham comigo — disse Harry, rapidamente — Vamos, tenho algo para contar.
Os quatro correram até o primeiro andar e entraram em uma sala de aula vazia.
— Voldemort pegou Sirius — ele anunciou.
— O quê? — perguntaram Rony e Amber juntos.
— Como você... — começou Hermione.
— Eu vi. Agora. Quando eu fiquei desacordado durante o exame — respondeu Harry.
“Era o que eu temia” pensou Amber, mordendo o lábio de preocupação.
— Mas... Mas onde? Como? — perguntou Hermione, empalidecendo.
Então Harry estava decidido a ir ao Ministério e tanto Rony quanto Hermione tentavam colocar razão na cabeça dele. Isso gerou uma grande discussão.
— Harry, eu acredito em você — interviu Amber — Mas primeiro temos que nos certificar do que Sirius realmente foi capturado por Voldemort, pois o que Hermione disse realmente faz sentido.
Harry ia abrir a boca para replicar, mas Amber continuou, enquanto Rony e Hermione concordavam.
— Ele não lhe deu aquele espelho de comunicação? — perguntou.
— Como vai me ouvir se está no... — começou Harry.
— Harry, me escuta! — gritou Amber, desesperada — Não vamos pôr você em risco por nada! Vamos no dormitório pegar o espelho.
— E se Sirius não responder? — perguntou Harry.
— Ele pode não estar perto dele — retrucou Amber, tentando se convencer de suas palavras.
— Eu não me importo de me arriscar — gritou Harry — Eu não estou tendo alucinações!
— Voldemort pode estar tentando lhe atrair — gritou Amber, em resposta.
— Eu não me importo!
Algumas cadeiras foram carregadas pelo ar, batendo na parede lateral.
— Gente! — Hermione tentou intervir, olhando de olhos arregalados para a rachadura que as cadeiras tinham feito na parede.
— Eu não estou dizendo que não me importo com Padfoot! Por Merlin! A minha melhor amiga é filha dele! — Amber tentou se explicar, desesperada — Mas primeiro precisamos conferir se ele está ou não realmente lá! De que adiantaria ir lá e descobrir que Voldemort tentou enganá-lo? Há um motivo para Dumbledore ter pedido para lhe ensinar Occlumency.
Harry pareceu considerar isso. Nesse momento, Luna, Ginny e Sarah entraram na sala, curiosas.
— O que deu em vocês quatro? — Sarah foi dizendo, mal humorada — Dá para ouvir seus gritos da Floresta Proibida. Brigando outra vez?
Amber estava pensando na melhor maneira de explicar a sua melhor amiga o que Harry tinha visto. Sarah já não era a mesma desde a ida dos gêmeos, essa notícia abalaria completamente o seu emocional.
— Sirius foi seqüestrado — disse Harry, rapidamente.
“Obrigada, James!” pensou Amber, sarcasticamente, fuzilando-o com o olhar.
— Como assim seqüestrado? — perguntou Sarah, confusa.
— Voldemort o levou para o Departamento de Mistérios — começou Harry.
— Coincidentemente o lugar onde a arma está — replicou Amber.
— Ele quer que ele a pegue, pois ele não consegue — revidou Harry.
— Ele não consegue? Faça-me o favor, Harry! A única coisa que tem no Departamento de Mistérios que poderia interessar Voldemort são os time-turners e as pro...
Ela calou-se de imediato, afinal era suposto que ela não deveria saber disso.
— Time-turners não seriam tão úteis sendo que só voltam horas no passado — acrescentou rapidamente, tentando disfarçar.
— O que você ia falar? — perguntou Harry, percebendo que ela escondia algo.
— Eu não ia falar nada! Apenas vamos conferir antes de...
— Profecias? — lembrou Sarah, arregalando os olhos.
Amber deu um tapa na testa.
— E como vocês sabem disso? — perguntou Hermione, desconfiada.
— Voldemort pode ter levado o meu pai para atrair Harry, precisamos ir logo! — disse Sarah, desesperada.
Ela estava para correr para fora da sala, quando Amber segurou o seu braço.
— Ou pode ter implantado essa memória na cabeça de Harry justamente para atraí-lo — disse Amber — A profecia se trata de Harry, só ele pode pega-la.
— Isso não importa! — interrompeu Harry.
— Nós vamos até a lareira da professora Umbridge e tentamos entrar em contato com alguém da Order — sugeriu Ginny, rapidamente.
— Acho uma ótima ideia — disseram Amber e Hermione ao mesmo tempo.
— Não temos tempos para... — Harry ia começar de novo quando Amber lhe segurou a mão.
— Harry, Sarah, eu juro que se for verdade, não os impediremos. Iremos com vocês, faremos qualquer coisa para salva-lo, mas precisamos verificar se isso é verdade. Por favor, Harry. Você é a minha única família, eu não quero que você morra.
Harry suspirou frustrado.
— Se for rápido — resmungou.
— Ótimo! Eu, Ginny e Luna tentaremos distrair Umbridge enquanto você entra na lareira — ela disse rapidamente — Vamos!
— Eu tentarei falar com ele pelo espelho — acrescentou Sarah — Não vou conseguir convencer Umbridge e não estou afim de ficar parada sem fazer nada.
— Certo.
Rony, Ginny, Amber e Hermione começaram a planejar o que poderiam falar a Umbridge e Harry exigiu que eles fossem naquele instante.
Sarah e Harry saíram correndo imediatamente da sala. Ambos para o dormitório dele, Harry pegou a capa da invisibilidade e o canivete que Sirius o deu no ano passado. De praxe, também encontrou o espelho no fundo do malão e jogou na direção da garota.
— Sirius — foi a última coisa que ele ouviu ela dizendo antes de sair correndo do quarto.
Logo que Harry chegou, ele e Hermione desapareceram por baixo da capa e Ginny começou o trabalho.
— Você não pode descer! — ela disse para alguns para alguns que estavam descendo para aquela direção — Sinto muito, mas vocês terão que rodear porque alguém jogou Garrotting Gás por ali...
Rony saiu correndo, procurando por Peeves, na esperança de convencê-lo a destruir a sala de Transfiguration.
— Vamos fazer o seguinte — Ginny disse, antes que os dois saíssem para a sala da Umbridge — Quando a Umbridge se aproximar, cantaremos “Weasley é o nosso rei”.
Quando a professora tentou se aproximar, dois minutos depois, eles tentaram inventar uma desculpa, mas a professora não lhes deu ouvidos. Parecia saber que alguém estaria lá dentro, o Inquisitorial Squad apareceu segurando Rony e todos eles foram levados para dentro da sala.
***
— Sirius! Sirius! Pai! — gritava Sarah, desesperada.
Ela jogou o vidro para dentro do malão com força, ouvindo o barulho de espelho se quebrando. Ela apoiou a cabeça entre as mãos e começou a chorar fortemente.
Não era possível! O seu pai não podia ter sido capturado por Voldemort, ele não podia estar lá, não podia... Mas o espelho não lhe respondia. E, provavelmente, nem a lareira responderia.
Então ela lembrou-se. Snape.
Provavelmente, ele a ignoraria, mas ela engoliu o seu orgulho Black e correu desesperadamente para as masmorras, atrás do último membro da OOTP ainda presente em Hogwarts.
Ela estava alcançando o escritório do professor, quando ouviu passos. Seus instintos lhe disseram para se esconder e foi o que ela fez.
Logo depois agradeceu a Merlin por tê-lo feito. Draco Malfoy corria em direção à porta de Snape. Ela prendeu a respiração quando ele passou por ela, mas ele estava distraído demais para reparar em sua presença. Ele bateu na porta, Snape apareceu, eles trocaram algumas palavras e o professor seguiu-o.
“Conseguiria chamar a atenção do professor sem chamar a de Draco também?” pensou, mas eles passaram rápido demais para ela conseguir pôr o plano em prática.
Esperaria? Não. Então, ela seguiu-is de longe e resolveu esperar para ver o que aconteceria.
Eles entraram no escritório da Umbridge e ela deduziu que eles foram descobertos, já que não havia ninguém de vigilância, como deveria estar.
Logo o professor saiu do escritório e ele a viu.
— O que faz aqui, Black? — perguntou, rispidamente.
— O meu pai... — ela começou.
— Eu já sei. Falarei com o resto — ele retrucou rispidamente, em voz baixa, olhando em volta.
Logo em seguida, saiu andando para as masmorras, sem descontar pontos da Gryffindor ou dedurar sua posição para Umbridge.
Ela ouviu um grito de Hermione de dentro da sala e aproximou-se ligeiramente para ouvir o que estava acontecendo.
— O ministro não quer que você quebre as leis, professora Umbridge — implorava Hermione.
— O que Cornelius sabe que eu não vou feri-lo — ela ouviu a voz de Umbridge — Ele jamais saberá que eu mandei os dementors atrás de Harry verão passado, mas decidiu lhe dar uma chance, não expulsá-lo.
Sarah colocou as duas mãos na boca, para impedir que o seu ofego fosse ouvido de dentro da sala.
— Foi você — ela ouviu Amber gritar.
Ela ouviu um estampido que não conseguiu identificar o que era.
— Você mandou os dementors atrás de mim? — gritou Harry.
— Alguém precisava agir. Eles estavam tentando silenciar você, mas eu fui a única que fiz algo a respeito... Somente você torcia para isso, não, Potter? Não hoje, não agora... — ela fez uma pausa — Cruc...
Sarah ofegou novamente.
“Como poderia existir mulher tão cruel nesse mundo?” pensava, afastando-se da porta, ao quase esbarrar no vaso de plantas ao lado.
Estava pronto para entrar, mesmo sendo idiotice, sendo uma contra vários.
— NÃO! — ela ouviu, mas depois não vieram mais gritos.
Ficou esperando mais alguns minutos para ver se conseguia ouvir alguma coisa, quando viu a porta se movendo. Ela correu para trás da parede e viu Umbridge saindo com Hermione e Harry na mira da sua varinha.
Ela esperou alguns minutos, antes de puxar sua varinha e invadir a sala. O pessoal da IS se distraiu com sua entrada, dando chance a todos de outros conseguirem suas varinhas de volta e azararem-nos.
— Eu não consegui falar com ele — ela soluçou, abraçando Amber.
— Harry tentou avisar, Sarah, mas ele não ligou — disse Ginny, com pesar.
— Ele percebeu o recado. Disse que ia comunicar o resto da Order.
— Mas até lá pode demorar muito tempo! Vamos! — Amber disse.
— Vimos Harry e Hermione indo em direção a Floresta Proibida — arfou Neville, sem fôlego por causa da briga, seu olho estava roxo.
Eles correram o mais rápido que suas vestes permitiam, de fora do castelo até a Floresta Proibida. Amber conseguia perceber algumas marcas de sapatos nos pés e fez um feitiço localizador discreto.
Deveriam ter se passado vários minutos, até que eles pararam.
— Eu acho que escutei vozes — sussurrou Sarah, levantando a sua mão.
Seu rosto ainda estava marcado pelas lágrimas, seu olhos inchados e suas vestes e braços completamente arranhados pelos galhos das árvores. O resto não estava muito diferente.
— De qualquer forma, Harry, como você pretende chegar em Londres? — eles ouviram Hermione perguntar.
— Sim, nós estamos querendo saber disso — Rony interviu, fazendo eles perceberem a presença deles e estendeu a varinha de Harry para ele pegar — Então, alguma ideia?
— Como vocês vieram aqui? — perguntou Harry surpreso, pegando a varinha.
Rony resumiu tudo, enquanto entregava a varinha de Hermione para a mesma. Eles dividiram informações e ficou um silêncio.
— Nós vamos voar, não vamos? — sugeriu Luna, preocupado.
— Ok — disse Harry, irritado — Primeiramente, nós não temos nada se você se incluir nisso, então...
— Não fale assim com ela! — interrompeu Amber, frustrada — Nós não temos culpa por Sirius ter sido levado.
Então Rony e Ginny começaram a discutir se ela iria ou não. Harry concordava com Rony e ainda tentou fazer com que Amber ficasse, o que fez com que a ruiva disparasse sua fúria em cima dele.
— Querem parar de discutir? — Sarah quase gritou, antes de lembrar-se dos centauros e diminuir o tom de voz — Meu pai está sendo torturado nesse momento. Eu vou, Amber vai, todos nós vamos! E quem tentar nos impedir terá que passar por cima do nosso cadáver!
— Não importa de qualquer forma, porque nós ainda não sabemos como chegar lá — disse Harry.
Houve mais uma discussão, até que Harry olhou em volta e percebeu que Luna estava falando sobre usar os testrálios.
— Bem, parece que você não se importa tanto assim com meu pai, Potter — disse Sarah, friamente, quando eles voltaram a discutir sobre quem iria e quem não.
— Ele é o meu padrinho, é claro que eu me... — Harry começou, nervoso.
— Se se importasse já estaríamos voando nessas coisas e não discutindo quem vai e quem não vai.
— Não temos testrálios o suficiente para...
— Sem problemas. Mais estão vindo — observou Luna, vendo mais uns seis vindo na direção deles.
Harry ia continuar uma discussão com Sarah, mas a garota simplesmente o ignorou e virou-se para Luna.
— Ajude-me a encontrá-los — pediu.
A loira aproximou-se e indicou onde estava um e a morena subiu em cima dele.
— Vamos ou tem mais algum tópico a discutir? — perguntou Sarah, sua voz estava carregada de uma frieza que Amber nunca viu ela usar na vida.
Logo depois, Harry, Neville e Luna subiram também, mas Amber e os outros permaneceram olhando para eles.
— Como vamos subir quando não podemos ver as coisas? — lembrou-lhes Rony.
Neville ajudou Amber, enquanto Luna ajudou os outros três.
Harry falou com o testrálio e logo todos eles estavam voando, em direção ao Ministério da Magia.
***
Já no andar do Departamento de Mistérios, Harry ainda tentou fazer com que alguns deles ficassem de guarda e tudo o mais, mas todos resistiram. Então, ele foi obrigado a aceitar.
Amber podia jurar que tinha ouvido Sarah resmungar algo como “complexo idiota de herói”.
Então, eles entraram no Departamento de Mistério e, assim que fecharam a porta, elas mudaram de lugar. Devem ter perdido cerca de vinte minutos naquele lugar.
Encontraram uma sala com vários cérebros, a sala do véu, uma porta que não abria de jeito nenhum e, finalmente, a sala das profecias.
Harry abriu uma porta após a quarta ou quinta vez em que as portas mudaram de lugar e gritou:
— É aqui!
“Isso não explica porque Sirius não estava... Mas Voldemort não se negaria a matá-lo... Se bem que ele queria atrair Harry... Mas Harry buscaria vingança se soubesse que o matou... Não, mesmo sendo Voldemort ele é bom demais para isso” esses eram os confusos pensamentos de Amber, antes de pular de susto pelo grito do irmão.
Harry parecia muito ansioso dizendo coisas como “por aqui”, “é aqui”, “continuem andando” a cada dois minutos.
— Já entendemos que é aqui e que não podemos parar de andar — murmurou Amber, impaciente.
Sarah estava preocupada demais procurando por Sirius para fazer esse comentário. Já Amber estava desesperada para sair daquele lugar, mas sabia que Harry e Sarah jamais a perdoariam se Sirius morresse.
Com essa gritaria toda, os Death Eaters iriam cuidar de Sirius, enquanto Voldemort ia na direção deles e matava cada um deles.
Eles fizeram uma parada dramática em frente a porta, antes de Sarah bufar impaciente e empurrar a porta, acabando com a palhaçada.
A sala era repleta de prateleiras e estantes cobertas por pequenas bolas de vidro. Só Hermione pareceu se lembrar do que Amber disse e elas trocaram um olhar preocupado. Seu coração palpitava rapidamente, enquanto apertava a varinha fortemente contra a palma de sua mão.
Quando eles chegaram ao Beco 97, não tinha ninguém ali, como Amber temia. Sarah olhou perdida para a amiga, enquanto Harry olhava em volta, convencido de que Sirius estava ali, enquanto Hermione tentava convencê-lo da verdade.
Por fim, ele pareceu cair na real. Ficou observando o chão, sem querer olhar na cara de ninguém.
— Harry, vamos embora, por favor! — implorou Amber — Eu estou com um péssimo pressentimento!
O garoto a ignorou, irritado, procurando entre os becos. Rony estava olhando entre as profecias e encontrou a que tinha o nome de Harry, como Amber temia.
— Harry? — ele chamou.
— Quê? — perguntou Harry, entre os becos.
— Você viu isso?
Harry voltou rapidamente para o beco, mas ficou frustrado ao perceber que não era nenhum sinal sobre Sirius.
— Quê? — repetiu irritado.
— Tem... Tem seu nome aqui — disse Rony, apontando para um dos orbes de vidro.
— Eu disse que eles estavam atrás da profecia — disse Amber, preocupada.
Sarah pareceu se ligar que o seu pai não estava ali e que era tudo uma armadilha. Ela voltou a levantar a varinha e observou em volta, atenta.
— Vamos dar o fora daqui — ela murmurou, ansiosa.
O problema foi que Harry bancou a idiotice de tirar o orbe da prateleira, mesmo após Neville, Amber e Hermione tentarem o impedir. Assim que ele tocou a bola de vidro, Sarah soltou uma série de palavrões e todos ficaram tensos.
Não aconteceu nada vindo do orbe, o que aconteceu foram figuras encapuzadas aproximando-se deles, deixando-os em desvantagens.
— Muito bem, Potter. Agora vire-se, devagar e dê isso para mim — disse Lucius Malfoy, estendo a mão.
Amber sentia o pânico crescente subindo pelo seu corpo. Eles estavam cercados, em frente a vários Death Eaters.
— Para mim, Potter — repetiu Malfoy.
Novamente, Harry não se moveu.
— Para mim — disse mais uma vez.
— Ele não é surdo — rosnou Sarah, sem conseguir se segurar.
— Não é o que parece — retrucou Bellatrix Lestrange, dando um passo para a frente — Caso contrário já a teria entregue.
— Priminha — debochou Sarah, apertando a sua varinha mais forte ainda — O tempo que passou em Azkaban não fez bem a você.
— O Lorde das Trevas sempre recompensa aqueles que o ajudam. Pena que o seu pai preferiu ir para o lado de Dumbledore — disse Bellatrix, com sua irritante voz infantil.
— Chega, Bellatrix — interrompeu Lucius, um pouco impaciente — Me dê a profecia, Potter.
— Eu quero saber onde está Sirius — insistiu Harry.
— Harry, caso você não tenha notado ele não tá aqui — murmurou Amber, nervosa.
— Ele tem que estar — ele retrucou.
Com o silêncio da sala, cada palavra dita era escutada pelos Death Eaters.
— A pequena criança acordou assustada e achou que o que ela sonhou era verdade — zombou Bellatrix.
— Eu sei que Sirius está aqui! — insistiu Harry — Eu sei que você o pegou!
— Está na hora de você aprender a diferença entre sonhos e realidade, Potter — disse Malfoy — Agora me dê a profecia ou começaremos a usar varinhas.
— Vão em frente — retrucou Harry, levantando a varinha, enquanto os outros cinco faziam o mesmo.
Amber não queria que Harry se arriscasse, mas que bom que ele percebia o quanto aquela profecia era importante para os Death Eaters.
“Onde diabos está o pessoal da Order?” pensou Sarah “Saímos já faz uma hora”
— Solte a profecia e ninguém precisa ficar ferido — disse Malfoy, friamente.
Harry soltou uma risada sarcástica.
— Claro! Eu te dou essa... Profecia, é isso não é? E vocês vão simplesmente nos deixar escapar para casa, não vão?
— Accio profec... — tentou Bellatrix.
— Protego! — Harry retrucou, quase derrubando o orbe.
— Eu falei para você não atacar! — Malfoy rosnou para Bellatrix — Se você quebrar isso...
Bellatrix deu mais um passo para a frente e retirou o capuz, mostrando sua face pálida e quase esquelética que Azkaban lhe trouxe.
— Você precisa de mais persuasão? Muito bem, pegue a garota — ordenou para o Death Eater ao seu lado — Deixe-o assistir enquanto torturamos a pequena garota. Eu vou fazer isso.
O resto do grupo aproximou-se das duas ruivas, protegendo-as e Harry foi a frente deles.
— Vocês vão ter que quebrar isso se quiserem atacar qualquer um de nós — ele disse — Eu não acho que seu mestre vai ficar muito satisfeito se você voltar sem isso, não é? Então, de que tipo de profecia vocês estão falando?
As vozes do grupo atrás de Harry ficaram abafadas com a discussão que se seguiu.
— Vocês não prestaram atenção em nada do que eu disse? — resmungou Amber.
— Você não disse a eles sobre o que a profecia se tratava — retrucou Sarah — Por que eu não trouxe o espelho?
— Porque você pensava que seu pai estaria aqui — respondeu Amber — Está tudo bem, Neville?
— Eu vou matá-la — murmurou o garoto.
— Vai ter que entrar na fila — disse Sarah.
Eles se assustaram quando viram um raio de luz vermelha atravessar o salão, acertando a prateleira ao lado deles, derrubando e quebrando várias profecias.
— Deixemos a conversa para quando estivermos em Hogwarts — sugeriu Hermione.
— Eu não estou brincando — dizia Harry, continuando a conversa com Malfoy.
— Dumbledore não lhe contou a razão de você carregar a cicatriz está nas estranhas do Departamento de Mistérios? — perguntou Malfoy, com desprezo.
— Eu... O quê? O que tem minha cicatriz? — perguntou Harry.
Amber tinha certeza que com o ano anterior, Harry já soubesse ao menos sobre a cicatriz. Então ele derrotava Voldemort e seus comparsas todos os anos e Dumbledore não lhe contava nada?
Os Death Eaters voltaram a gargalhar.
— Dumbledore nunca te falou? Bem, isso explica por que você não veio mais cedo, Potter. O Lorde das Trevas desejava saber por que você não veio correndo quando ele mostrou para você o lugar que ela estava guardada em seus sonhos... — gabava-se Malfoy, arrogantemente.
— Vamos quebrar o máximo de prateleiras possíveis quando Harry der o sinal — sussurrou Hermione.
— Isso vai confundi-los — concordou Sarah, animada sob a possibilidade de destruir uma sala do ministério.
— Sobre os dois, Potter, os dois... Você nunca teve curiosidade em saber por que o Lorde das Trevas tentou te matar quando você era um bebê? — dizia Malfoy, tentando convencer Harry a lhe dar a profecia.
Amber parou de prestar atenção na conversa e murmurou sob a respiração:
— Ginny, eu, Luna e Neville quebramos as prateleiras da esquerda, enquanto Hermione, Sarah e Rony quebram as da direita.
Eles assentiram com a cabeça, posicionando-se nervosos.
— ...Mas o Lorde das Trevas sabe que você não está uni... — dizia Malfoy.
— Agora! — gritou Harry.
— Reducto! — gritaram todos.
Após isso, foi apenas confusão. Milhares de prateleiras caíram e milhares de profecias explodiram-se. As vozes confundiam-se diante da confusão.
Sarah puxou Amber pelo braço e elas correram atrás de Ginny, Luna e Rony. Eles foram para o corredor, que ao fecharem a porta, girou rapidamente. Eles ouviram correria da porta que eles tinham vindo, então correram para dentro de uma das portas.
Amber bateu a porta, mas um Death Eater estava tentando entrar, ao mesmo tempo em que o corredor girava novamente.
— Segure-os! — ela escutou um deles gritar.
Sarah apareceu antes do corredor parar de rodar completamente. O Death Eater estava quase caindo, quando ela chutou a sua canela, lançando-se para o outro lado. Elas rapidamente fecharam a sala.
No momento em que a sala fechou-se parecia que a gravidade não existia mais.
— Ah! Que ótimo! Sala do universo — resmungou a morena.
— Colloportus — enfeitiçou Amber, antes de “voar” para perto dos seus amigos.
— Bombarda Máxima! — eles escutaram duas vozes gritarem e a porta explodiu-se, abrindo.
Todos gritaram ao mesmo tempo. Sarah lançou o feitiço de impedimento, Luna lançou o de desarmar, Rony o de desmaio e Ginny o paralisante.
Dois Death Eaters foram jogados de volta para o corredor, enquanto os outros quatro conjuraram o feitiço de proteção a tempo. A maioria deles lançavam apenas dois feitiços: Crucio e Avada Kedavra.
Era difícil batalhar quando não conseguia se mover direito.
— Aparentemente feitiços que tenham a ver com mexer com a superfície ou te prender a algum lugar não funcionam — gritou Sarah, que tinha tentado um Incarcerous.
— Obrigada pelo aviso — ironizou Ginny.
A porta havia se regenerado automaticamente, assim como as cruzes que Hermione tinha feito em todas as portas sumiram.
Um Death Eater azarou Rony, logo depois recebendo um Locomotor Mortis de Sarah. Ginny estava lutando com um deles, que agarrou o seu tornozelo com força, torcendo-o.
— Reducio! — gritou Luna e jogou o menor planeta da sala em cima dele, mas o estrago já estava feito.
— Rictusempra! Furunculus! Densaugeo! — azarava Amber, ela conseguia atingir o inimigo, que ficou preocupado demais tentando fazer o dente parar de crescer para se proteger do feitiço seguinte — Estupore!
Sobrava apenas mais um, que lutava com Luna.
— Petrificus Totalus! — gritou Sarah, mas o Death Eater desviou.
— Uediuósi! — recitou Amber, apontando para os planetas que começaram a voar descontroladamente pela sala. Luna abaixou-se, mas Sarah foi jogada para o outro lado da sala por Vênus.
— Finite Incantatem! — gritou Luna, apontando para os planetas.
— Vamos sair daqui — resmungou Amber — Quero pôr meus pés no chão.
Luna apoiou Ginny, enquanto abria a porta e segurava Rony.
— Accio Sarah! — disse Amber, trazendo a amiga desacordada para ela.
Eles voltaram a cair no corredor e deram de cara com Harry, Neville e uma Hermione desmaiada.
— Rony! Ginny! Vocês todos estão... — resmungou Harry, aproximando-se.
— Harry — disse Rony, sorrindo meio débil e segurando as vestes de Harry — Aí está você... Há, há, há... Você parece engraçado, Harry... Nós todos estamos complicados...
Então, Rony caiu de joelhos quase puxando Harry junto.
— Ginny? — perguntou Harry, meio amedrontado — O que aconteceu?
Ginny largou-se de Luna e sentou-se no chão do corredor.
— Amber, bocê tá sangrando — observou Neville, aparentemente seu nariz estava quebrando.
— Não importa — disse Amber, meio desorientada, deitando Sarah ao lado de Ginny.
Luna começou a explicar o que tinha acontecido em sussurros para Harry.
— Deve ter sido um Laetificat no Ron — disse Amber— E também tinha alguma azaração para fazê-lo sangrar tanto.
— Nem eu deixei Rony assim... — disse Harry.
Amber olhou para si mesma, ela estava toda arranhada nos antebraços, um pouco da sua roupa estava rasgada, ela tinha um grande corte na panturrilha esquerda e na bochecha direita.
— Poderíamos tentar o episkey no seu tornozelo — sugeriu Luna.
— Episkey é usado para machucados menores, não sabemos se vai funcionar com o tornozelo da Ginny, de qualquer forma é melhor deixarmos quieta. Só vamos colocar uma tala — disse Amber, rapidamente — Ferula.
Apareceu uma tala no tornozelo de Ginny, facilitando para ela andar, mesmo assim ela ainda precisava do apoio de Luna e continuava sentindo muita dor.
— Episkey — disse Luna, apontando para a bochecha de Amber.
Ela sentiu o corte da bochecha fechando-se, mas o sangue seco permanecia ali.
— Temos que sair daqui — disse Harry, firmemente.
— Enervate — tentou Amber, apontando para Hermione, mas ela não acordou — O que aconteceu?
— Eu não sei, um feitiço roxo — disse Harry.
— Com uma descrição dessas não dá para fazer muita coisa — resmungou a garota — Enervate — apontou para Sarah, que acordou desorientada.
A morena também estava cheia de feridas, uma parte do seu cabelo tinha sido cortada por algum Diffindo perdido na batalha e as costas do seu pescoço também estava sangrando por causa desse feitiço. Além disso, ela tinha um fino corte na testa e tinha ralado seus cotovelos.
— Vamos, Sarah! Consegue se mover? — perguntou a ruiva, ajudando-a a se levantar.
— Sinto como se uma bludger tivesse me acertado bem na minha cabeça — gemeu Sarah, passando a mão pelo cabelo e retirando a mão ensangüentada e com alguns pequenos pedaços de vidro.
— Resolvemos isso depois, agora precisamos sair daqui — disse Amber, ajudando-a a andar.
Eles estavam entrando em uma das salsa quando outra porta abriu bruscamente e três Death Eaters saíram rapidamente, liderados por Bellatrix.
— Eles estão aqui! — ela gritou.
Amber e Sarah deitaram Hermione e levaram para um canto da sala, atrás de uma mesa, enquanto os outros, exceto Rony, fechavam todas as portas da sala.
— Você deveria ficar aqui também — sugeriu Amber.
— Eu estou bem — insistiu Sarah.
Uma porta explodiu e Luna, que tentava fechá-la, voou para cima delas.
— Luna! — exclamou Sarah, olhando por cima da mesa.
Os Death Eaters conseguiram entrar na sala e pararam de lutar ao verem Rony ser atacado pelos cérebros, mas logo um deles jogou um feitiço estuporante em Ginny, fazendo-a desmaiar.
Quando Amber percebeu que eram apenas Harry e Neville lutando contra os Death Eaters, pegou a varinha e levantou-se.
— Amber! — chamou Sarah.
— Fique aqui — a outra mandou, mas a morena não obedeceu, obviamente.
Eles começaram a batalhar, deixando crateras nas paredes. Harry logo correu para o outro lado da sala, levando os Death Eaters atrás dele.
— Não podemos deixá-los sozinhos aqui — murmurou Sarah.
— Episkey — disse Amber, apontando para o nariz de Neville, que gemeu de dor — Consegue falar direito?
— Aida dão — respondeu Neville, mexendo no nariz.
— Não mexe! Fique aqui cuidando dos outros! Você e Sarah tentem tirar os cérebros de cima de Rony — pediu Amber.
— Onde você vai? — perguntou a morena.
— Eu vou atrás do Harry. Ele não pode lutar sozinho com todos aqueles Death Eaters.
Antes que eles pudessem dizer qualquer coisa, a ruiva correu para a outra sala.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.