Capítulo 9 - Monotonidade



4 de Setembro de 1995, quarta-feira de manhã.


Salão Principal.


— Como foi a detenção ontem? — perguntou Ginny, assim que Amber se sentou ao lado dela, no café da manhã.


— Ele apareceu? — perguntou Sarah, do outro lado dela.


— Apareceu, obviamente. Foi como eu disse: fiquei na sala de Potions organizando os frascos e limpando-os — respondeu Amber.


— E o motivo para a detenção? — perguntou Ginny.


— Continuo sem fazer a mínima ideia. Mesmo se eu lhe perguntasse, ele não me responderia.


— Se fosse eu, não me incomodaria com isso — disse Sarah, dando de ombros.


— Chegou que horas ontem? — perguntou Ginny.


— Não cheguei tão tarde assim... O Salão Comunal não estava completamente vazio e consegui colocar os deveres em dia.


— Chatiiiiicee — cantarolou Sarah — Eu usaria a detenção como desculpa...


— Eu não saí tão tarde assim e até parece que a McGonagall tomaria isso como desculpa.


— Tá bem... Vamos logo para a aula! — disse Ginny.


— Eu preciso de férias! — resmungou Sarah.


5 de Setembro de 1995, quinta-feira à noite.


Salão Comunal.


Primeiro Katie Bell, agora Angelina Johnson. O time de quidditch da Gryffindor inteiro parecia disposto a deixar Amber nos nervos.


A maior vontade dela era ter um conversinha com Angelina Johnson para ela parar de perturbar o seu irmão. Não era culpa de Harry se Umbridge não o havia liberado na 6ª feira para ele participar da seleção do novo goleiro do time. Não era porque Angelina estava sobrecarregada que tinha que descontar nos outros.


Para piorar, Harry estava estranho. Muito estranho! E Amber não tinha tanta certeza se era apenas por Angelina. Essas detenções estavam deixando Amber encasquetada: o desempenho escolar dele parecia mais baixo do que o normal, ele não estava no Salão Principal durante as refeições e haviam muitas olheiras debaixo dos seus olhos.


Naquela noite, ignorando todo o seu cansaço, Amber permaneceu esperando na poltrona em frente a lareira (o professor Snape lhe disse que, por hoje, estava liberada da detenção, mas que era para retornar no dia seguinte). Olhou no relógio mais de uma vez, o Salão Comunal não demorou a se esvaziar e Harry ainda não tinha chegado.


Quando ela ouviu o retrato da Fat Lady se abrindo já tinha passado da meia-noite. Agora ela já sabia o por que das olheiras e do atraso de Harry.


Ele não percebeu a sua presença, a princípio. Se jogou em uma das poltronas e correu para fazer alguns deveres.


— Harry — chamou Amber, fazendo ele pular de susto.


— Amber? O que você está fazendo aqui há essa hora? — perguntou Harry, surpreso.


— Harry, você não pode continuar desse jeito até o fim da detenção. Está pulando refeição para fazer os seus deveres e não está tendo as 8 horas recomendadas de sono.


— Eu estou bem, Amber.


— Realmente? Porque não parece! Afinal, o que você fica fazendo até agora?


— Linhas.


Amber olhou fixamente para os olhos de Harry, mas ele desviou para o pergaminho.


— Que tipo de linhas? — perguntou Amber, pausadamente.


— Tenho que escrever no pergaminho “não devo contar mentiras” milhares de vezes — respondeu Harry.


Ele parecia estar dizendo a verdade, mas Amber não se convenceu. Havia algo muito suspeito por trás daquilo...


— Harry, não pode ficar lá das 17 horas até depois da meia-noite. Está tomando todo o seu tempo livre! Você vai se prejudicar mais nos estudos.


— Não vou dar gostinho para a Umbridge. Só faltam mais alguns dias, depois acaba.


Ele estava conformado demais para um Potter, mas Amber resolveu deixar esse assunto de lado por hora.


— É melhor você ir dormir — disse Harry, ao ver o estado dela.


— Você também deveria ir...


— Tenho que, pelo menos, adiantar esses deveres.


— Okay.


O cansaço a venceu e ela voltou para o dormitório.


6 de Setembro de 1995, sexta-feira à noite.


Salão Comunal.


— Eu vou falar com esse banana — disse Ginny, fechando o livro e se levantando do sofá.


— Boa sorte — murmurou Amber, enrolando o cabelo com o dedo, concentrada no livro de Transfiguration.


Fred percebeu que a irmã tinha se levantado, então decidiu que já era hora de ir para o campo de quidditch, ele saiu do Salão Comunal com a irmã atrás dele.


— O que você quer? — perguntou, ao perceber que ela não ia parar de segui-lo.


— Eu quero conversar com você.


— Quando alguém diz isso, não é algo bom.


— Pode apostar nisso. Por que o trio ficou dividido? E não tente se fazer de idiota!


— Eu sei lá! Ela bancou a maluca!


— Fred, eu te conheço! Deixa de ser teimoso! Eu sei que vocês se gostam!


Fred ficou em silêncio por um momento, antes de olhar para Ginny.


— Ela gosta mesmo de mim? — perguntou, indeciso.


Ginny revirou os olhos, deixando claro a sua resposta.


— Vocês homens são tão idiotas... — murmurou, se virando para voltar para dentro.


— Espera! Mas o que eu faço? Ela não quer nem olhar para mim!


— Se vira, meu filho! Insiste!


— Grande ajuda... — resmungou Fred, indo na direção contrária da irmã, afinal os testes para o time começariam em poucos minutos.


***


Assim que Ginny e Fred saíram do Salão Comunal, Amber fechou o livro. Ela não estava conseguindo prestar atenção nas palavras há tempos. Estava cansada demais, mas queria esperar o irmão vir da detenção.


Colocou o livro onde Ginny estivera sentada há minutos atrás e, sem perceber, começou a brincar com a pena, levitando-a com o dedo indicador para todos os lados.


— Pelas barbas de Merlin, Ambrose! — ela pulou de susto, ao ouvir a exclamação de Sarah.


Amber virou-se e a pena caiu na mesa, Sarah olhava-a chocada.


— V-você fez magia sem varinha? — perguntou Sarah, com a boca meio aberta.


— E-eu... — começou Amber, tentando buscar uma desculpa convincente, mas nenhuma lhe veio a cabeça, então ela apenas suspirou derrotada.


Sarah ficou em silêncio por um momento, eram tantas perguntas que ela queria fazer. Agora tudo se encaixava: era por isso que ela tinha trocado de roupa tão rápido no expresso de Hogwarts.


— O ministério nunca te flagrou fazendo isso? — perguntou a que parecia menos idiota.


— Normalmente faço quando tenho algum bruxo por perto. O ministério só detecta magia em volta de menores. Se tentassem me acusar, usariam o Priori Incantatem, mas não terá nenhum resquício na varinha — disse Amber, timidamente.


— Ah, claro! Completamente normal! — ironizou.


A ruiva deu um meio sorriso e se levantou do sofá.


— Acho que está na hora de eu subir... Por que você desceu mesmo? — perguntou.


— Você está com meu livro — disse a morena, apontando para o livro que estava no sofá.


— Ah! Me desculpe! — disse Amber, entregando o livro para ela.


— Está tão distraída... O que deu em você?


— Preocupada... Me diz amanhã como ficou o resultado do time de quidditch.


Antes que Sarah pudesse protestar, Amber subiu as escadas para o dormitório feminino.


7 de Setembro de 1995, sábado de manhã.


Salão Principal.


Sarah suspirava tristemente desde que acordara.


— Por que está desse jeito? — perguntou Amber.


— Finalmente percebeu o quanto sente falta dos gêmeos? — perguntou Ginny, fazendo a mesma fuzila-la com o olhar antes de responder:


— Saudades de jogar quidditch — resmungou.


O correio-coruja chegou nesse momento e Ginny pegou o dela.


— Olha! Donaghan Tremlett vai se casar! — disse Ginny, levemente interessada.


— Da “The Weird Sisters”? — perguntou Sarah, com o queixo ainda apoiado por cima dos braços cruzados por cima da mesa — Com quem?


— Mas é um gato entre diabretes mesmo... — murmurou Amber, divertida.


— Sou mesmo!


— Ai, meu Merlin! — exclamou Ginny, mudando a sua expressão para uma mais apavorada.


— O que foi? — perguntaram Amber e Sarah juntas, tensas.


Ginny se aproximou e mostrou o trecho do jornal.


— Mas como eles podem ter descoberto isso? — perguntou Sarah, preocupada.


— Não fomos descuidados... — murmurou Amber, com o cenho franzido, tentando lembrar de algum erro que tenham cometido, mas nada lhe veio a cabeça.


Sarah suspirou frustrada, olhando por cima da cabeça de Ginny.


— Eu vou indo — disse, se levantando.


Amber olhou sem entender para Ginny que deixou escapar um sorrisinho.


— Olá, minha irmã favorita! — disse George, abraçando-a.


— Eu não acredito que vocês conseguiram confundir ela! — disse Ginny, já com um sorriso enorme no rosto.


— Nem eu — disse Amber, surpresa, começando a entender o que estava acontecendo.


— Fácil! Eu fingi ser Fred e ele ficou escondido fora do Salão Principal. Sabemos o lado para o qual ela costuma virar quando sai daqui.


— Genial! De quem foi o plano?


— Confesso que tivemos uma pequena ajuda de nossa irmãzinha querida.


— Menos amor e mais resultados, por favor! — disse Ginny em um tom convencido.


— O que mais vou gostar é quando irmos para casa no Natal e Padfoot descobrir — disse Amber.


— Dessa cena eu vou gostar — disse George, antes de ir em direção a Angelina.


— Quem não vai? — disse Ginny, terminando seu suco de abóbora — O que vamos fazer pelo resto do dia?


— Eu não tenho nenhum dever atrasado...


— Você poderia me ajudar!


— Ah, tudo bem!


As duas se levantaram e saíram do Salão Principal.


***


Assim que Sarah virou o corredor, sentiu alguém puxando-a pelo braço.


— Ah! Mas não é possível! Vocês querem me enlouquecer? — exclamou ao ver Fred.


— A gente precisa conversar — disse Fred.


— Não temos droga nenhuma para conversar! Me solta agora mesmo!


— Se você não calar a boca eu vou ter que...


— O que você vai fazer? Hein?


Antes que ela pudesse reagir, ele se aproximou rapidamente e os seus lábios se encontraram. Ela tentou empurra-lo, mas desistiu, correspondendo-o.


— Você é um grande idiota — disse, quando se separaram para recuperar o fôlego.


— Eu sei disso.


— Isso é extremamente clichê.


— Hoje em dia tudo é clichê. Quer namorar comigo?


— Vou pensar no seu caso — brincou.


Eles voltaram a se beijar.


Depois do treino de quidditch.


— Como foi o treino? — perguntou Amber, quando viu Harry, Rony e Sarah entrando pelo buraco do retrato.


— Fred trocou as balas e deu uma de hemorragia nasal para Katie, que já estava com sangramento no nariz — disse Sarah — Ele e George tiveram que leva-la para a ala hospitalar...


— Ele não tinha o antídoto junto? — perguntou Ginny, com os olhos arregalados.


— Acho que acabou...


— Desde quando vocês dois... — começou Amber, quando viu Rony passar e subir as escadarias do dormitório masculino — O que aconteceu?


— Falei besteira — disse Hermione, parecendo arrependida.


— Eu vou subir — disse Sarah, rapidamente, escapando das perguntas de Amber.


— Você não vai escapar de mim! Durmo no mesmo quarto que você! — gritou Ginny.


As duas ruivas se entreolharam antes de subir correndo para o dormitório feminino.


9 de Setembro de 1995, segunda a tarde.


Era um excelente dia para Amber, para não dizer o contrário.


Como Sarah voltou a ficar grudada nos gêmeos (se aproximando mais de Angelina), Ginny voltou a se unir a Luna. Tudo estava normal, exceto que Umbridge era a nova “Alta Inquisidora” de Hogwarts.


Ao menos, ela tirou a nota máxima no trabalho do professor Snape, isso era algum consolo. Harry parecia constrangido quando eles falaram sobre as notas dos OWL’s, ela imaginou que Snape estava novamente pegando no seu pé e que lhe deu uma nota baixa.


“Quem sabe dessa maneira ele começa a se esforçar” pensou.


Sarah percebeu a desanimação dela, mas decidiu não perguntar. Já era normal para a ruiva estar se sentindo dessa maneira, mas qual o motivo?


Infelizmente, era dia de aula com a Umbridge e, além disso, tiveram que vê-la mais cedo: durante a inspeção de Divination. Harry, Rony e Amber estavam tentando se concentrar no dever que a professora passou, mas era impossível não escutar a conversa entre as professoras.


— O que é isso na sua mão? — sussurrou Amber, ao abaixar o olhar e ver cicatrizes no dorso da mão de Harry, que folheva as páginas distraidamente.


Ela sentiu o irmão tensar-se ao seu lado e tentar esconder a mão, Rony não prestou atenção a nada disso.


— Essa é a sua detenção? — perguntou Amber, morrendo de raiva.


— Amber... — tentou Harry.


— Esse tipo de coisa não se esconde da sua irmã!


A sineta tocou, mas os dois continuaram sentados na cadeira, o que chamou a atenção de Rony.


— O que tá rolando? — perguntou.


Amber não respondeu, pegou a mochila, jogou sobre o ombro e saiu andando.


— Amber! — tentou chama-la Hermione, mas ela não lhe deu ouvidos.


Depois das aulas da tarde ela considerou que era tudo culpa da Tensão Pré-Menstrual, embora uma pequena parte dela não estivesse muito convencida dessa desculpa.


— Posso me sentar com você? — perguntou a Ginny, na hora do almoço.


— Claro — respondeu Ginny, parecendo mais feliz — O que é que aconteceu?


— TPM.


— Me abraça, amiga! Sei como é... Somos incompreendidas na sociedade.


— Acho que ruiva não devia ter TPM. Só piora a situação! O que mais me irrita é que eu acabo esquecendo que estou irritada com a pessoa e volto a falar com ela normalmente.


— Mas isso é praticamente todo mundo!


— Eu sei, mas é irritante!


— Tudo vai ser irritante para você agora.


— Eu sei...


— Mas por que brigou com o Harry?


— Ele me escondeu uma coisa séria... Eu odeio quando ele faz isso.


— Vai ver não queria te preocupar.


— Eu sei, mas Hermione e Rony sabiam. Eu sou a irmã dele! Sei que é difícil se acostumar, mas... Ele tem alguém para apoia-lo. Alguém que não seja Padfoot.


— Você também está agindo estranho e não disse nada a ele.


— Não peço para ele contar das intimidades dele, apenas quando for algo como isso que aconteceu. Eu teria contado, reagido, se fosse comigo.


— Harry tem essa mania... Então, o que aconteceu com você que é uma “intimidade”?


— Não comece, Ginny.


Para sua sorte, a sineta indicando o final do almoço tocou.


— Essa sineta sempre toca nas horas erradas — resmungou Ginny, inconformada.


— Caraca, hoje tem Transfiguration! Quero só ver a cara da McGonagall.


— Que raiva! A Umbridge chegou a inspecionar a aula do Binns, mas só ficou cinco minutos. Não é como se ela pudesse fazer muita coisa, ele é um fantasma!


Amber tinha que admitir que McGonagall era sua professora favorita. Ela sabia dar um fora em grande estilo, não era à toa que era a professora favorita de seus pais, mesmo sendo uma mulher rígida.


Quando caiu a noite, ela conteve o seu impulso de aguardar o irmão voltar da detenção, ficou até pouco antes da meia-noite no Salão Comunal terminado seus deveres e matando o tempo.


— Depois eu quem sou briguenta — disse Sarah, quando ela entrou no dormitório do 4º ano.


— As coisas não podem continuar assim! Precisamos fazer alguma coisa! — disse Amber, sentando-se ao lado de Ginny, na cama dela.


— Nem pense em explodir a sala da Umbridge ou algo do gênero, Sarah! Aquela mulher parece ser terrível! — disse Ginny rapidamente.


— Você nem tem ideia... — murmurou Amber.


— Só temos que esperar. Acho que Hermione está planejando alguma coisa — disse Sarah, dando de ombros — Mudando de assunto, acho que deveriam ter mais fins de semana em Hogsmeade durante o ano.


Amber ia falar alguma coisa, quando escutou o barulho de gritos e, logo em seguida, o barulho de vidro caindo no chão. Seu primeiro impulso foi se levantar para descer e conferir o que tinha acontecido, mas conseguiu se controlar.


— Deve ter sido o Harry perdendo a paciência, para variar — disse Sarah, revirando os olhos.


— Se tivesse sido você-sabe-quem ou algo do tipo, já saberíamos — disse Ginny.


— Acho que estamos ficando paranóicas com tudo o que tem acontecido...


— Faça que nem eu: arrume um namorado — disse Sarah, convencida.


— Ou peça para a sua melhor amiga ruiva arrumar, não é, Sarah? — disse Ginny, entre tosses fingidas, fazendo Sarah pegar a almofada e jogar em cima dela.


Amber negou com a cabeça, divertida.


— Pelo menos, não tenho mais duas amigas depressivas e estranhas — continuou Ginny.


— Estranhas sempre seremos — disse Sarah — E depressiva, a Amber continua.


— Então: não continuo com DUAS, continuo com UMA. Mas eu vou descobrir o que está te deixando assim e vou dar um jeito nisso.


— Não se mete! — disse Amber, se irritando com o rumo da conversa — Estou apenas...


— Não precisa continuar com suas desculpas — interrompeu-a Sarah — Já sabemos de cor e não acreditamos!


— Okay, estou com saudades...


— Da minha mãe? — perguntou Sarah, ciumenta, como sempre.


— Não, mula! E que ciúmes são esses? Ela é minha madrinha! Mesma coisa que você sentir ciúmes do Harry por causa do Sirius.


— Eu tenho o direito! São meus pais!


— Com saudades do Wood? — perguntou Ginny, interrompendo a dicussão.


— Qual é! Ele é meu melhor amigo!


— Eu não disse nada! — disse Ginny, levantando as mãos em sinal de defesa.


— Ele está incomunicável.


— Deveria esperar isso, ele está muito ocupado com os treinos do Puddlemere United e a maioria das amizades depois do colégio acabam — disse Sarah, olhando distraidamente para um livro.


Amber se sentiu um pouco mal com o que Sarah disse e decidiu ir para o dormitório.


— Sarah! — bronqueou Ginny, ao ver a ruiva sair do quarto sem se despedir.


— O que eu fiz? — perguntou Sarah, confusa.


— Tinha que falar isso das amizades?


— Mas é o que acontece!


— Mas não precisava falar isso para a Amber. Não viu como ela ficou mal com isso?


— Pior que não... Estava distraída.


— Eu fico feliz de você ser minha cunhada, mas não se afaste das suas amigas por causa do namorado.


— Nem vem! Ainda ficamos juntas durante as aulas.


— Vamos dormir... Amanhã vai ter inspeção da Umbridge na aula da Sprout.


— Então não quero dormir mesmo...


— Vai dormir sim, senhora! Anda logo!


— Okay, okay.


Sarah deitou-se desanimada.


— Aliás, obrigada por ter traumatizado nossas colegas de quarto, fazendo-as implorarem para mudar de quarto — brincou Ginny, apagando a luz do seu abajour.


— Não gostei delas — Sarah deu de ombros.


— Vai ter que repetir o processo ano que vem.


— Tio Dumby vai ter que desistir uma hora ou outra.


Sarah também apagou a luz do seu abajour, fazendo o quarto entrar em completa escuridão na calada da noite.

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