Capítulo 13 - Oliver Wood



14 de Janeiro de 1996 - Salão Principal.


— ISSO NÃO É VERDADE! NÃO PODE SER! — berrou Sarah, levantando-se da cadeira, de salto.


Amber tinha acabado de chegar no Salão Principal quando foi saudada pelo grito da melhor amiga, ela correu em direção da mesma, que parecia mais apavorada do que ela já viu na vida.


— O que aconteceu, Sarah? — ela perguntou, tentando acalmar a morena.


— Isso não pode ser verdade! Ela não pode ter fugido... — Sarah murmurava ofegante.


— Quem fugiu? — perguntou Amber, mesmo tendo uma ideia de quem seria.


— Bellatrix Lestrange — a morena sussurrou.


Os gêmeos estavam no mesmo estado que a menina, afinal Antônio Dolohov, que havia matado seus tios, Fabian e Gideon Prewett, estava na lista dos Death Eaters que fugiram de Azkaban na noite anterior.


Fred saiu do seu estado de choque para apoiar a namorada, que já estava começando a chorar. Fora de Azkaban, Lestrange não demoraria a descobrir que Marlene não estava morta (se é que já não sabia) e o inferno recomeçaria.


Amber olhou em volta procurando Neville, que estava no mesmo estado de choque. Ela aproximou-se apressada do garoto e sentou-se ao seu lado. Nem havia tomado o desjejum ainda, mas com essa notícia, não sentia mais fome.


— Quer conversar sobre isso? — ela perguntou.


Neville negou com a cabeça, incapaz de dizer qualquer coisa.


— Se precisar de qualquer coisa pode falar comigo, tudo bem? — ela insistiu.


O garoto assentiu com a cabeça.


Amber não esperava que ele fosse dizer algo, era muito digerir. Ela se obrigou a tomar um pouco do café da manhã, mesmo que não sentisse fome, para não passar mal mais tarde.


15 de Janeiro de 1996.


Havia aparecido mais um decreto educacional que provavelmente tinha a ver com a fuga dos Death Eaters, todos os professores comentavam. O decreto proibia os alunos de passarem informações que não tivessem a ver com a matéria.


Lee Jordan debochou que Umbridge então não poderia lhe bronquear por brincar de Snap Explosive durante a aula. Isso resultou em algumas detenções e “linhas” no dorso da mão.


Foi nesse dia que Fred e Sarah brigaram, porque ele percebeu que ela tinha tido o mesmo castigo e não lhe contou nada. O humor deles já estava péssimo pela fuga de Lestrange e Dolohov.


Uma hora depois eles se reconciliaram.


A parte boa era que os estudantes agora pareciam estar considerando que a versão de Dumbledore e Harry era a verdadeira, já que a explicação do Daily Prophet era muito mal feita.


Neville chegou a procurar Amber para desabafar um pouco, mas permanecia calado a maior parte do tempo com os demais. Ele ainda parecia constrangido para conversar com Harry, Rony, Hermione e Ginny sobre o que aconteceu no St. Mungos.


14 de Fevereiro de 1996.


Quando chegou o dia 14, Amber se xingou mentalmente. Ela tinha esquecido completamente de enviar a carta para Oliver, ela tinha esquecido completamente de Oliver com tudo o que tinha acontecido durante os meses de Dezembro e Janeiro.


Hermione estava conversando com Harry sobre se encontrarem no Three Broomsticks a meio-dia, parecia que ela estava armando alguma.


— Não vão passar o dia juntos de novo? — perguntou Amber, sentando-se.


— Não, Harry convidou Cho para sair — disse Hermione para logo sair correndo da mesa.


— Você vai a Hogsmeade? — a ruiva perguntou a Rony — Estou pensando seriamente em não ir.


— Sarah não te contou? — perguntou Rony, confuso — Angelina está nos obrigando a treinar hoje.


Amber gemeu.


***


— É o nosso primeiro treinamento desde a entrada das beaters e da seeker — começou Angelina, no vestiário.


Sarah e Ginny fizeram reverências, fazendo o resto do time rir.


— Então vamos dar tudo de nós hoje! — continuou a capitã, com um sorriso de canto — Vamos lá!


Eles pegaram suas vassouras e foram para o campo.


— Vou ter que usar a Silver Arrow até arranjar uma outra — disse Sarah, melancólica — Vassoura velha...


— O que importa não é a vassoura e sim a jogadora — retrucou Amber.


— Falou a que está montada numa Bluebottle.


— Cale a boca.


— Parem de conversar e venham! — gritou Angelina, fazendo-as montarem em suas vassouras.


Assim que elas reuniram-se em suas posições, Angelina soltou as 3 bolas e o jogo começou, depois de um tempo ela soltou a golden snitch e Ginny começou a sua procura.


***


Amber perdeu as contas de há quantas horas deveriam estar treinando. Por fim, Angelina pareceu se satisfazer e liberou o time.


— Nem vale mais a pena ir a Hogsmeade — resmungava Ginny, enquanto elas caminhavam pelo campo — Perdemos praticamente o dia todo nesse treino.


— Mas é dia dos namorados! — disse Sarah.


— Para você e Fred é dia dos namorados todo dia — retrucou Amber.


A morena mostrou a língua para ela, em resposta.


— Acho que tem alguém te procurando, Amber — disse Ginny.


— Pensei que Harry tivesse ido a Hogsmeade com a Chang — disse Amber.


— Hum... Não é o Harry.


Ela olhou para onde Ginny apontava e sorriu surpresa ao reconhecer Oliver do outro lado do campo.


As duas garotas saíram andando, deixando-a para trás.


— Pensei que o terreno de Hogwarts fosse proibido para quem não é aluno — disse, aproximando-se do garoto.


— Ah! É mesmo! Receberei detenção — ironizou Oliver.


— Idiota — ela riu — O que está fazendo aqui?


— Quer que eu vá embora?


— Não! Eu só estou... surpresa.


— Recebemos o dia de folga. Resolvi vir...


Eles ficaram conversando por um tempo, sentados em uma das arquibancadas do campo, mas decidiram sair do terreno quando viram uma sombra saindo do castelo.


— Hogwarts não é mais a mesma... — ela murmurou, depois de uns minutos em silêncio, enquanto caminhavam até Hogsmeade.


— Por que diz isso? — perguntou Oliver, com o cenho franzido.


— Essa nova professora de DADA está inspecionando os professores, acabando com a diversão, dando detenções a todos que falarem que Voldemort voltou, manipulando tudo...


— Que inferno, hein!


Eles passaram grande parte do dia andando a caminho de Hogsmeade, rindo e matando as saudades.


— Então agora a Angelina é a capitã do time — disse Oliver.


— O time diz que ela é tão fanática quanto você — espetou Amber.


— Foi meu fanatismo que os deixou em forma — ele resmungou.


Eles avistaram o povoado e pararam no meio do caminho.


— Vamos ficar aqui — sugeriu Amber — Não estou afim de dar de cara com Harry e a namoradinha dele...


Ele começou a rir da cara frustrada dela.


— O que foi? — perguntou ela, com mais raiva ainda.


— Você fica extremamente fofa com ciúmes — disse Oliver.


— Quer parar de rir da minha cara?


— O Harry namorando sim é novidade!


— Por que diz isso?


— Ele sempre foi tão parado...


— E você o pegador.


— Ironia não combina com você!


Ela lhe lançou um olhar fuzilante, antes de voltar a andar para o povoado.


— Amber! — ele a chamou, mas ela ignorou e continuou andando.


Ela tentou apressar o passo quando percebeu que Oliver a seguia, mas ele conseguiu alcança-la.


— O Harry arruma namorada e você desconta em mim? — brincou.


— Claro! Você está se divertindo as minhas custas — reclamou a ruiva.


— Desculpe, mas foi engraçado. Prometo que não vou mais fazer isso.


— Não prometa o que não vai cumprir, Wood.


— Pensei que queria ficar longe do seu irmão e a namoradinha dele.


Ela deu de ombros, chutando uma pedra que estava pelo caminho.


— É incrível como vamos a Hogsmeade desde o terceiro ano até o sétimo e nunca nos cansamos — Oliver comentou, nostálgico.


— É uma forma de descansar... — concordou Amber — De ficar longe das normas impostas pela Umbridge e de encontrar amigos que não estão mais em Hogwarts.


— Exceto o fato de que Umbridge não existia em minha época.


— Você tem sorte!


— Em compensação o ano anterior foi torturante para mim. McGonagall chegou a trancar minha vassoura para que eu não treinasse escondido.


— Pensei que o senhor responsável estivesse preocupado demais com os NEWT’s para ter tempo para alguma coisa.


— Para quidditch sempre tem tempo! Mas isso da Angelina treinar fim de semana... Nem eu fazia isso!


— Não sei se acredito em você. Terei que ver sua ficha...


Ele resmungou alguma coisa.


— Do jeito que esses maricas reclamam, não aguentariam uma semana nos treinamentos da Puddlemere United — disse Oliver — Fui promovido a keeper titular, o outro sofreu um acidente.


— Vai ficar fora de contato por quanto tempo? — perguntou a ruiva, um pouco desanimada.


— Quando fico “fora de contato” não significa que não é para me mandar mais cartas. Apenas não irei responder até arrumar tempo, mas eu me viro.


— Depois de Dezembro, minhas funções na monitoria aumentaram.


— É mesmo! Monitora-chefe... Você e seu irmão não são normais.


Ela deu um tapa no braço dele.


— Ao menos ano que vem terei descanso e no sétimo não serei obrigada a participar disso novamente — Amber comentou — Provavelmente será Hermione. Acho que McGonagall só queria me dar uma chance...


— Mas para convencer o conselho deve ter sido difícil — disse Oliver.


Hogsmeade já não estava mais tão cheia a essa hora e, quando uma garota saiu do Three Broomsticks, Amber pôde ver Harry, Hermione, Luna e Rita Skeeter concentrados em um canto, antes da porta se fechar novamente.


— Suponho que o encontro tenha dado errado — ela comentou, feliz até demais.


— Que horror! — o garoto riu.


— A maldição Potter é se apaixonar por ruivas e não por japonesas! Não daria certo de qualquer maneira...


— E a maldição Evans?


— A minha tia se apaixonou por uma morsa...


Os dois voltaram a rir. Ele olhou para o relógio de pulso, estranho para os padrões muggles, e suspirou um pouco chateado.


— Eu tenho que ir — disse.


— Ah. Tudo bem! — disse Amber.


— Mas manda notícias.


— Você também.


— Assim que eu puder. Vamos jogar contra o Appleby Arrows daqui a algumas semanas.


— Boa sorte!


Eles ficaram em um silêncio curto até Amber abraça-lo.


— Eu vou sentir saudades — ela murmurou, sentindo seu coração acelerar.


— Eu também.


Eles se afastaram lentamente, fazendo com que seus rostos se aproximassem.


“Ah, dane-se!” pensou a ruiva, antes de seus lábios se tocarem.


Quando ela perdeu o fôlego, os dois se afastaram, extremamente surpresos e corados.


— Desculpe... eu... — ofegou Oliver.


— Eu tenho que... — a ruiva disse, gesticulando para o Three Broomsticks.


— Okay.


— Tchau.


Os dois ficaram olhando um para o outro, antes de se afastarem, ainda vermelhos.


16 de Fevereiro de 1996.


— JÁ CHEGA! — gritou Angelina, apitando — VENHAM AQUI AGORA!


Todos do time desceram até o gramado, se reunindo em volta da capitã.


— Potter, qual é o seu problema? Alicia quase caiu da vassoura quando aquele bludger a acertou. Onde você estava para rebater? — ela dizia, furiosa.


— Desculpe, me distraí! — murmurou Amber, envergonhada.


— Não pode se distrair durante uma partida! Principalmente sendo uma beater! Uma distração ajudou o beater do Wimbourne Wasps a lançar aquelas vespas no seeker do Appleby Arrows!


“Tinha que mencionar justo esse time” pensou a ruiva, mordendo o lábio.


— Não vai mais acontecer — ela prometeu.


— Assim espero — rosnou — E você, Weasley? Você não tem defendido nenhum aro desde que foi escalado!


Rony ficou com as orelhas da cor do cabelo e murmurou alguma coisa.


— Sinceramente, necessitamos ganhar esse jogo contra a Hufflepuff! — resmungou Angelina, quase chorando de desespero — Black, Potter, tentem jogar o máximo de bludgers no time adversário.


— Pode deixar — disse Sarah, soltando um sorriso maroto.


— Eu, Spinnett e Bell tentaremos manter a quaffle longe das mãos do time adversário e longe dos aros.


Rony encolheu-se diante da indireta.


— Estão dispensados por hoje! — disse Angelina, por fim, enquanto Alicia tentava acalma-la — Mas eu quero o triplo de dedicação e atenção no próximo treino.


O time foi para os vestuários trocar de roupa, Rony arrastava-se arrasado.


— Ela não devia ter pegado tão pesado com ele... — Ginny murmurou — É um idiota, mas é meu irmão.


— Seu irmão não está ajudando em nada — retrucou Sarah — Quem sabe assim ele acorda! E o que deu em você hoje, Ambrose?


— Já disse. Me distraí — respondeu Amber, grosseiramente, enquanto vestia o uniforme normal do colégio.


— Você vai ter que aguentar a pressão. Agora você faz parte do time.


— Porque você me obrigou. Eu nem sou beater.


— E Ginny não é uma seeker. Já discutimos isso!


— Espero que a maldição do professor de DADA prevaleça e nos livramos da Umbridge ano que vem.


— Aí você volta para os seus amados livros.


— Sarah, dá um tempo! — cortou Ginny — É só um treino, falou?


— Um treino que vai refletir no campeonato desse ano!


Amber levantou-se da cadeira e saiu do vestuário, sem se despedir. Deu uma passada no armário de vassouras para guardar a sua e foi para dentro do castelo, em direção ao salão principal.


— Bem que você poderia ter ajudado a me secar — resmungou Sarah, sentando-se com ela e os outros na mesa da Gryffindor.


— A única coisa que fiz foi fazer com que a lama grudasse completamente na minha pele — reclamou Amber — Vai demorar um século para eu conseguir esfregar isso no banho. Em vocês é só passar água que sai!


— Por que não usou o feitiço Limpar? — perguntou Hermione.


— Porque deixei minha varinha no quarto.


Hermione e Harry a olharam confusos.


— Mas você acabou de dizer que fez um feitiço — começou Hermione.


— Eu não disse isso. Eu tentei me virar com a toalha para tirar um pouco da lama e deu nessa M aqui — mentiu Amber, mostrando a perna que estava coberta de lama seca.


A verdade era que ela tinha tentado, mas, aparentemente, ela tinha que treinar melhor os seus feitiços sem varinha, principalmente os não-verbais, afinal ela não queria chamar a atenção do resto do time.


— Vocês tiveram sorte — resmungou Harry — Filch já quase me pôs em detenção por sujar o castelo.


— Ele quem reclame com Angelina — retrucou Ginny.


Pela primeira vez na vida, nem Sarah nem Rony pareciam estar com muito apetite. Logo terminaram de jantar e foram para os seus quartos se lavarem.


No dia do jogo contra a Hufflepuff eles perderam de 240 a 230, Ginny apanhou o Golden Snitch.


23 de Fevereiro de 1996.


Amber tinha acabado de entrar no salão principal, quando viu Umbridge próxima do irmão e seus amigos.


— E sem mais passeios para a senhorita também, Potter! — disse a mesma, lívida de fúria.


— O que? — a ruiva perguntou, confusa, mas a sapa saiu apressada do salão.


— Não se preocupe. Falaremos com McGonagall — disse Sarah, quando ela sentou-se — Diremos que estivemos treinando o dia inteiro, o que é tecnicamente verdade.


— Eu não me preocupo com Hogsmeade. Quero entender o por que dessa revolta dela!


— Esquecemos de te dizer! — exclamou Hermione — Harry deu uma entrevista a Skeeter no The Quibbler falando da volta de Voldemort. Por isso Umbridge está assim.


— Ah! Então era isso o que estavam fazendo!


— Aliás, onde esteve depois dos treinos?


— Fiquei no castelo estudando um pouco.


Sarah e Ginny levantaram uma sobrancelha, o que faz a garota lhes dar um pisão no pé, mandando-as se calarem. Hermione percebeu essa movimentação, mas decidiu ignorar.


O resto do dia foi bem agitado, Umbridge proibiu que todos lessem a revista, o que despertou o interesse de todos, só se falava da entrevista por todos os cantos.


— Doze filhos, hein, Harry? — gargalhava Amber, na hora do almoço, lembrando-se da aula de Divination.


— Vai ultrapassar o recorde dos Weasley — debochou Sarah.


— Ora, calem a boca! — resmungou o garoto, embora um sorriso de canto o traísse.


6 de Abril de 1996.


As coisas não pioraram quando Trelawney foi demitida e Dumbledore insistiu para que ela permanecesse na sala. Nem quando os alunos ficaram nervosos com a proximidade dos OWL’s. As coisas desandaram mesmo no começo de Abril.


Era a primeira reunião da DA desde que o artigo fora publicado no The Quibbler, também primeira reunião em que Seamus estava presente.


— Amber, você não está tentando! — gritou Sarah, com seu patrono (cachorro) correndo atrás dela.


A garota revirou os olhos, levantou-se da cadeira e empunhou a varinha.


— Expecto patronum.


Nada aconteceu.


— Viu? — disse Sarah, vitoriosa.


— Mas eu já fiz isso em Beauxbatons! Deu certo! — exclamou Amber, surpresa.


— Vai ver sua “lembrança feliz” mudou.


Ela bateu a mão na testa.


— Aconteceu alguma coisa com o Oliver que eu não estou sabendo? — perguntou Sarah, desconfiada.


Amber não respondeu, fechou os olhos, concentrando-se naquela tarde de Hogsmeade e tentou novamente:


— Expecto patronum.


Da sua varinha saiu a luz prateada, que saiu voando pela sala. Sarah virou-se surpresa para Amber.


— Desde quando seu patrono tem asas? — perguntou.


— Desde que eu e Oliver nos beijamos em Hogsmeade? — ela murmurou.


— Vocês o que?


— Fala baixo!


— Ano passado ele te beija na bochecha, esse ano na boca... Não quero nem imaginar em que lugar ele vai te beijar ano que vem.


Amber corou, iria levantar a mão para dar um tapa nela, quando seu patrono pousou em seu ombro e ela pôde ver. Era uma coruja.


— Parece Rustie... — disse Sarah.


A porta da frente bateu com força, fazendo elas se desconcentrarem e seus patronos desaparecerem.


— Que aconteceu, Dobby? — elas ouviram Harry, perguntando.


— Harry Potter... ela... ela...


Agora todos da sala prestavam atenção na conversa, Dobby parecia apavorado.


— Quem é “ela”, Dobby? — ele fez uma pausa — Umbridge?


Fred aproximou-se de Sarah, ficando ao seu lado. Amber pousou uma mão sobre a boca quando viu a confirmação do elfo, ela trocou um olhar aflito com Ginny.


— Que tem a Umbridge? Dobby... ela não descobriu sobre... nós... a DA? Ela está vindo?


— Está, Harry Potter, está — ele uivou.


Ninguém foi capaz de se mover até que Harry gritou para todos saírem da sala.


Amber não era capaz de reconhecer ninguém no amontoado de alunos, logo depois reconheceu vestes verdes. A Inquisitorial Squad, claro. Ela foi correndo em direção a biblioteca, quando sentiu alguém empurrando-a para dentro da sala de aula.


— Francamente, vocês demoraram demais! — reclamou Astoria, trancando a porta.


— Você quem avisou a Dobby? — perguntou Amber, ofegante pela corrida.


— Ele estava passando pelo corredor e ouviu Umbridge falando conosco.


— Montague nos viu. Ele vai te denunciar a Umbridge.


— Ela não seria capaz de me fazer nada...


— Sarah é uma sangue-pura e esteve em detenção da mesma forma.


— Ela é uma traidora do sangue.


— E você é o que?


— Eu não me importo! Sabia que isso iria me acontecer no momento que resolvi entrar nessa. O pior que me pode acontecer é ela me obrigar a continuar.


— Você é uma espiã!


— Mas depois de hoje Umbridge e a Inquisitorial Squad comandarão em Hogwarts.


Amber teve uma ideia para tentar tirar Astoria da mira de Umbridge.


— Me entregue a Umbridge — sugeriu.


— Não — disse Astoria, firmemente — Depois disso a DA não existirá mais, não precisarei mais fazer parte da IS. De qualquer forma, eu estava sob período de experiência, Daphne foi fazer fofoca. Não estarei muito encrencada.


— Se você diz...


— Eu não entendo porque não permaneceram dentro da sala. Era só desejarem que ninguém pudesse entrar ou conseguir uma porta para outro corredor.


— Na hora do desespero não pensamos nesse tipo de coisa...


Astoria abriu uma fresta da porta e fez sinal para ela sair. Amber foi direto a biblioteca, enquanto Astoria ia em direção ao Salão Comunal da Slytherin.


No dia seguinte, mais um decreto educacional: Umbridge era a nova diretora de Hogwarts.

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