Capitulo 8



Capitulo Oito

                                                   XXX--XXX


Foi difícil para Hermione lidar com o fluxo de turistas por duas semanas. Eles vieram, como faziam toda Páscoa, em multidões. O feriado era uma amostra prévia de como seria o verão. Eles iam para tomar banho de sol na praia e impressionar, com um bronzeado de primavera, aqueles que tinham ficado em casa. Iam para ser derrubados e açoitados pelas ondas. Iam para se divertir. E que melhor lugar para encontrar diversão do que em praias de areia branca ou em um oceano com ondas altas e uma ressaca gentil? Eles iam para rir e procuravam seu divertimento em tobogãs aquáticos, em parques de diversões barulhentos e congestionados.


 


Pela primeira vez na vida, Hermione se encontrou desgostando da intrusão. Queria a quietude, a solidão que acompanhava uma cidade turística fora de temporada. Queria ficar sozinha, trabalhar, se curar. Parecia que sua arte era a única coisa que podia lhe trazer conforto verdadeiro. Não estava disposta a conversar com o avô sobre seus sentimentos. Ainda havia muitas coisas para serem ordenadas em sua própria mente. Conhecendo-a, assim como conhecendo a necessidade da neta por privacidade, Pop não a questionou.


 


As horas que Hermione ficava no parque eram passadas mecanicamente. Os rostos que via eram todos estranhos. Ela não gostava disso. Ressentia-se do divertimento das pessoas quando sua própria vida estava tão tumultuada. Encontrava solidão em seu estúdio. Na luz do seu estúdio, nunca notava o tempo passar. Sua energia não tinha limites. Uma energia nervosa e trêmula que a fazia prosseguir.


 


Era de tarde no parque de diversões. Nos carrinhos de crianças, Hermione estava recolhendo ingressos e tentando evitar que as crianças mais agressivas atropelassem outras. Cada vez que os carros de bombeiros, viaturas de polícia e ambulâncias eram carregados, ela puxava a alavanca que enviava a caravana ao redor de seu círculo barulhento. Crianças sorriam radiantes e agarravam os volantes.


Um menininho dirigia o carro de bombeiro com olhos deslumbrados de prazer. Apesar de estar trabalhando ali por quase 4h, Hermione sorriu.


 


— Com licença. — Hermione se virou na direção da voz, preparada para responder à pergunta de alguma mãe. A mulher era incrivelmente loura, com os cabelos amarrados para trás de um rosto delicadamente moldado.


 


— Você é Hermione, não é? Hermione Granger?


 


— Sim. Posso ajudá-la?


 


— Eu sou Jessica Delaney.


 


Hermione se perguntou como não tinha percebido aquilo imediatamente.


 


— A irmã de Harry.


 


— Sim. — Jessica sorriu. — Como você é inteligente... mas Harry me disse que era. Existe uma semelhança familiar, é claro, mas poucas pessoas notam, a menos que estejamos um ao lado do outro.


 


Os olhos de artista de Hermione podiam ver a estrutura óssea similar sob as diferenças superficiais. Os olhos de Jessica eram azuis, como Harry tinha dito, e as sobrancelhas, mais delicadas do que as dele, porém os dois possuíam os mesmos cílios espessos e pálpebras longas.


 


— Estou feliz em conhecê-la. — Hermione procurou alguma coisa para dizer. — Você veio visitar Harry? — Ela não parecia uma mulher que gostasse de parques de diversões. Era mais provável que fosse do tipo de clubes de campo e teatros.


 


— Por um dia ou dois. — Jessica gesticulou para o brinquedo ao lado, onde crianças voavam em aviões em miniaturas em círculos inevitáveis. — Minha família está comigo. Rob, meu marido. — Hermione sorriu para um homem alto, com cabelos escuros lisos e um rosto anguloso e atraente. — E minhas filhas, Erin e Laura. — Ela apontou para as duas garotinhas de cabelos cor de caramelo, de aproximadamente 4 e 6 anos, sentadas juntas no avião de dois assentos.


 


— Elas são lindas.


 


— Nós gostamos delas — disse Jessica à vontade. — Harry não sabia onde eu poderia encontrá-la no parque, mas a descreveu com exatidão.


 


— Ele está aqui? — perguntou Hermione, tentando, sem sucesso, soar casual, mesmo enquanto seus olhos percorriam a multidão.


 


— Não, ele precisava cuidar de alguns negócios.


 


O alarme tocou, sinalizando o fim do passeio nos carrinhos.


 


— Com licença por um momento — murmurou Hermione. Grata pela interrupção, supervisionou a saída e entrada de crianças. Aquilo lhe deu o tempo que precisava para se recompor. Suas duas últimas clientes foram as sobrinhas de Harry. Erin, a mais velha, lhe sorriu com olhos idênticos aos do tio.


 


— Eu dirijo — disse ela categoricamente enquanto a irmã se acomodava ao seu lado.


 


— Você vai de passageira.


 


— Não vou. — Laura agarrou o volante gêmeo com determinação.


 


— Isso é de família — Jessica falou atrás dela. — Teimosia. — Hermione prendeu o último cinto de segurança e retornou aos controles. — Você provavelmente notou isso.


 


Hermione sorriu.


— Sim, uma ou duas vezes. — As luzes e o barulho circulavam atrás dela.


 


— Eu sei que você está ocupada — afirmou Jessica, olhando para os veículos cheios.


Hermione deu de ombros enquanto seguia o olhar dela.


 


— É basicamente uma questão de me certificar de que todos estão presos nos cintos de segurança e que ninguém está infeliz.


 


— Meus anjinhos vão insistir em sair correndo para a próxima aventura assim que esta máquina parar — disse Jessica.


 


— Podemos conversar depois que você acabar aqui?


Hermione franziu o cenho.


 


— Bem, sim, suponho... Estarei liberada em 1h.


 


— Maravilhoso. — O sorriso de Jessica era tão charmoso quanto o de seu irmão.


 


— Eu gostaria de ir ao seu estúdio, se isso for bom para você. Posso encontrá-la lá em 1h30.


 


— No meu estúdio?


 


— Maravilhoso — disse Jessica novamente e deu um tapinha na mão de Hermione. — Harry me explicou onde fica.


 


O alarme tocou de novo, lembrando Hermione de seu dever. Enquanto organizava mais uma volta no brinquedo, se perguntou por que Jessica tinha insistido em um encontro no seu estúdio.


 


Com as sobrancelhas arqueadas, Hermione estudou seu reflexo no espelho do banheiro. Um homem que admirava a beleza suave e delicada de Jessica se sentiria atraído por alguém que parecia repleta de ângulos? Hermione movimentou os ombros como se isso não importasse. Girou o cabo da escova preguiçosamente entre os dedos. Supunha que Harry, como a maioria das pessoas que iam lá, estivesse procurando por entretenimento passageiro.


 


— Você é tão tola — disse suavemente para a mulher no espelho. — Então fechou os olhos, não querendo ver a acusação refletida. — Porque não pode esquecê-lo — continuou de maneira cruel. Porque não lhe importa realmente o motivo pelo qual Katch a quis, e somente que ele a quis. E você desejaria, desejaria com todo seu coração, que ele ainda a quisesse.


 


Ela meneou a cabeça, desfazendo o que acabara de produzir com a escova de cabelos. Era hora de parar de pensar sobre aquilo. Jessica Delaney chegaria a qualquer momento.


 


Por quê? Hermione largou a escova e franziu o cenho. Por que ela estava indo lá? O que possivelmente poderia querer? Hermione ainda não tinha uma resposta sensata. Não tenho notícias de Harry há duas semanas, refletiu. Por que a irmã dele subitamente quer falar comigo?


 


O som de um carro entrando no jardim abaixo interrompeu seus pensamentos. Hermione foi até a janela a tempo de ver Jessica descendo do Porsche de Harry.


Hermione alcançou a porta dos fundos antes de Jessica, enquanto esta dava uma longa olhada preguiçosa para o jardim.


 


— Olá. — Hermione se sentia sem graça e simples demais. Hesitou brevemente antes de sair do lado de fora.


 


— Que lugar adorável. — O sorriso de Jessica era tão parecido com o de Harry que fez o coração de Hermione disparar. — Como eu gostaria que minhas azaleias ficassem como as suas.


 


— Pop, meu avô, cuida delas.


 


— Sim. — Os olhos azuis eram calorosos e pessoais. — Ouvi coisas maravilhosas sobre seu avô. Adoraria conhecê-lo.


 


— Ele ainda está no parque. — Seu senso de desconforto estava diminuindo. Charme definitivamente fazia parte da família Potter. — Gostaria de um café? Chá?


 


— Talvez mais tarde. Vamos subir para o estúdio, tudo bem?


 


— Se não se importa que eu pergunte, sra. Delaney...


 


— Jessica — interrompeu ela alegremente e começou a subir a escada dos fundos.


 


— Jessica — concordou Hermione. — Como você sabia que eu tinha um estúdio, e que ficava em cima da garagem?


 


— Oh, Harry me contou — disse Jessica rapidamente, — Ele me conta muitas coisas. — Ela parou ao lado da porta e esperou que Hermione a abrisse. — Estou muito ansiosa para ver seu trabalho. Eu pinto em óleo de vez em quando.


 


— Verdade? — O interesse de Jessica fazia mais sentido agora. Identificação artística.


 


— Mal, infelizmente, o que é uma constante fonte de frustração para mim. —


 


Novamente, o sorriso Potter iluminou-lhe o rosto.


 


A reação de Hermione foi inesperadamente impetuosa e imediata. Ela girou a maçaneta.


— Nunca tive muita sorte com telas — murmurou rapidamente. Precisava de palavras, muitas palavras para cobrir o nervosismo que temia estar muito visível.


 


— Nada parece surgir na tela do jeito que pretendo — continuou enquanto entravam no estúdio. — É loucura não ser capaz de expressar adequadamente. Faço algumas pinturas com vaporizador durante o verão, mas...


 


Jessica não estava ouvindo. Movia-se ao redor da sala mais ou menos da mesma maneira que o irmão havia feito... com intensidade, graça e silenciosamente. Tocava numa peça aqui, erguia uma outra ali. Em certo momento, estudou um pequeno unicórnio de marfim por tanto tempo que Hermione inquietou-se de nervoso.


O que ela estava fazendo?, perguntou-se. E por quê?


 


A luz do sol criava padrões listrados sobre o chão. Partículas de poeira dançavam na luz do início da noite. Tarde demais, Hermione se lembrou da escultura de Harry. Um raio de sol batia sobre a peça, realçando os planos da escultura que já tinha sido definida. Embora ainda estivesse com acabamento precário e longe de ser terminada, era inconfundivelmente Harry. Sentindo-se tola, Hermione andou e se colocou na frente da peça, esperando escondê-la da vista de Jessica.


 


— Harry estava certo — murmurou Jessica. Ainda segurava o unicórnio, alisando-o com a ponta dos dedos. — Ele quase sempre está. Normalmente, isso me irrita, mas não desta vez. — A semelhança com Harry era impressionante agora. Os dedos de Hermione coçavam para fazer um esboço rápido, mesmo enquanto tentava entender aonde a conversa de Jessica queria chegar.


 


— Certo sobre o quê?


 


— Sobre seu talento extraordinário.


 


— O quê? — Os olhos de Hermione se arregalaram.


— Harry me contou que seu trabalho era notável — continuou ela, estudando o unicórnio uma última vez antes de recolocá-lo no lugar. — Concordei quando recebi as duas peças que ele me enviou, mas eram apenas dois trabalhos, afinal de contas. —


 


Ela pegou um instrumento de esculpir e o bateu contra a palma da mão distraidamente enquanto seus olhos continuavam a vagar.


 


— Isso é incrível.


 


— Harry lhe enviou as esculturas que comprou de mim?


 


— Sim, algumas semanas atrás. Fiquei muito impressionada. — Jessica largou o instrumento e se aproximou de um trabalho quase completo em pedra calcária de uma mulher saindo do mar. Era uma peça na qual Hermione estava trabalhando antes de deixá-la de lado para fazer a escultura de Harry. — Isto é fabuloso. Vou ficar com ela, assim como com o unicórnio. A resposta às duas peças que Harry me enviou têm sido favorável.


 


— Não entendo sobre o que você está falando. — Por mais que tentasse, Hermione não estava conseguindo acompanhar aquela conversa. — Resposta de quem?


 


— De meus clientes — disse Jessica. — Na minha galeria em Nova York. — Ela deu a Megan um sorriso brilhante. — Eu não lhe contei que tenho minha própria galeria?


 


— Não — respondeu Hermione. — Não, você não me contou.


 


— Suponho que pensei que Harry tivesse lhe contado. É melhor eu começar do princípio então.


 


— Eu realmente apreciaria se fizesse isso — disse Hermione e esperou até que ela se sentasse em uma pequena cadeira de madeira.


 


— Harry me enviou duas de suas peças algumas semanas atrás — começou Jessica rapidamente. — Ele queria uma opinião profissional. Posso não pintar muito bem em óleo, mas conheço arte. — Ela falou com uma confiança que Hermione reconheceu. — Uma vez que eu soube que nunca conseguiria ser artista, investi todos os anos de estudo em bom uso. Abri uma galeria em Manhattam. Jessica's. Durante os últimos 6 anos, desenvolvi uma boa clientela. — Ela sorriu. — Então, naturalmente, quando meu irmão viu seu trabalho, enviou-o para mim. Ele sempre tem seus instintos verificados por um especialista, apesar de que, no fim, sempre acaba fazendo o que quer. — Jessica suspirou de forma indulgente. — Por acaso, sei que ele foi desaconselhado a construir aquele hospital na África Central o ano passado, mas o fez de qualquer maneira. Harry faz o que quer.


 


— Hospital. — Hermione mal podia acompanhar a nova linha de raciocínio de Jessica.


 


— Sim, um hospital infantil. Ele tem um ponto fraco por crianças. — Jessica tentou falar de maneira provocativa, mas o amor transpareceu. — Fez coisas incríveis pelos refugiados órfãos do Vietnã. E houve aquele pequeno parque fabuloso em Nova Gales do Sul.


 


Hermione se sentou em silêncio. Elas poderiam estar falando do mesmo Harry Potter? Era aquele o homem que havia se aproximado dela de maneira ousada no mercado local?


 


Ela lembrou, desconfortavelmente e com clareza, que o acusara de tentar enganar seu avô. Havia dito a si mesma que ele era um oportunista, um homem estragado pela riqueza e boa aparência. Tentara se convencer que Harry era irresponsável, indigno de confiança, um homem que buscava apenas prazer pessoal.


 


— Eu não sabia — murmurou Hermione. — Não sabia de nada sobre isso.


 


— Oh, Harry mantém tais assuntos em segredo quando quer — disse Jessica. — E escolhe não ter publicidade quando faz esse tipo de coisa. Ele tem uma energia incrível e autoconfiança exagerada, mas também é muito carinhoso. — O olhar dela desviou para além do ombro de Hermione. — Mas então, você parece conhecê-lo bem.


 


Por um momento, Hermione olhou para Jessica sem compreender. Então, virou a cabeça e viu a escultura de Harry. Em sua confusão, havia esquecido o desejo de escondê-la. Lentamente, virou a cabeça de novo, tentando manter a voz e o rosto passivos.


 


— Não. Realmente não acho que o conheço de maneira alguma. Ele tem o rosto fascinante. Não pude resistir a esculpi-lo.


 


Ela notou um brilho de entendimento nos olhos de Jessica.


 


— Ele é um homem fascinante — murmurou Jessica.


 


Hermione desviou o olhar.


 


— Desculpe-me — disse Jessica imediatamente. — Eu me intrometi, um péssimo hábito meu. Não vamos falar sobre Harry. Falaremos sobre sua exposição.


 


Hermione arqueou as sobrancelhas,


 


— Minha, o quê?


 


— Sua exposição — repetiu Jessica, mudando o rumo da conversa rapidamente. — Quando você acha que terá peças suficientes prontas? Certamente, há um grande começo aqui, e Harry mencionou algo sobre uma galeria da cidade ter algumas de suas peças. Acho que podemos nos preparar para o outono.


 


— Por favor, Jessica, não sei sobre o que você está falando. — Havia uma nota de pânico na voz de Hermione. Era fraca, disfarçada, mas Jessica detectou. Estendendo os braços, segurou ambas as mãos de Hermione. O aperto era surpreendentemente firme.


 


— Hermione, você tem algo especial, um dom poderoso. É hora de compartilhar isso.


 


— Ela se levantou então, encorajando Hermione a fazer o mesmo. — Tomaremos aquele café agora, certo? E conversaremos sobre isso.


 


Uma hora mais tarde, Hermione estava sentada na cozinha. Já começava a escurecer, mas não se levantou para acender a luz. Havia duas xícaras sobre a mesa, a sua própria, pela metade, com café frio agora, e a de Jessica, vazia, exceto pela borra. Tentou repensar em tudo que acontecera nos últimos 60 minutos.


 


Uma exposição na Jessica's, uma galeria de arte em Manhattam. Nova York. Um evento público. Sobre seu trabalho.


 


Isso não aconteceu, pensou. Imaginei essas coisas. Então olhou para xícara vazia à sua frente. O ar ainda tinha o leve aroma sofisticado de Jessica.


 


Sentindo-se meio entorpecida, Hermione levou as duas xícaras para a pia, e automaticamente começou a lavá-las. Como ela me convenceu disso?, perguntou-se. Eu estava concordando com datas e detalhes antes de ter concordado a fazer a exposição. Alguém consegue dizer não para um Potter? Com um suspiro, olhou para suas mãos molhadas. Preciso ligar para ele. O conhecimento aumentou o senso de pânico. Tenho de ligar.


 


Cuidadosamente, colocou as xícaras e pires lavados no escorredor de louça. Tenho de agradecer-lhes. Nervosismo lhe causou um aperto na garganta, mas fingiu casualidade para si mesma, enquanto secava as mãos nos quadris de sua calça jeans. Andou até o telefone ao lado do fogão.


 


— É simples — sussurrou, então mordiscou o lábio. Em seguida, pigarreou. — Tudo que tenho de fazer é agradecer, nada mais. Isso só levará um minuto. — Hermione tocou o telefone, então afastou a mão. Sua mente parecia girar com as batidas de seu coração.


 


Ergueu o telefone. Sabia o número. Não havia começado a discar uma dúzia de vezes durante as duas últimas semanas? Respirou profundamente antes de teclar o primeiro dígito. Aquilo levaria cinco minutos, e então, muito provavelmente, não teria motivos para contatá-lo de novo. Seria melhor se eles apagassem os remanescentes do último encontro. Seria mais fácil se o relacionamento dos dois acabasse num clima mais calmo e civilizado. Hermione discou o último número e esperou pelos toques.


 


Demorou quatro toques... quatro toques que pareceram longos e infinitos antes que ele atendesse.


 


— Harry. — O nome dele mal era audível. Ela fechou os olhos.


 


— Mione?


 


— Sim, eu... — Hermione se forçou a falar.— Espero não ter ligado numa hora ruim. — Que coisa banal, pensou com desespero. Que coisa comum.


 


— Você está bem? — Havia preocupação na pergunta.


 


— Sim, sim, é claro. — Sua mente lutava pelas palavras simples e casuais que planejara falar. — Sua irmã esteve aqui...


 


— Eu sei, ela voltou alguns minutos atrás. — Havia um traço de impaciência na voz de Harry. — Há alguma coisa errada?


 


— Não, nada errado. — A voz de Hermione recusava-se a sair normal. Procurou por uma maneira rápida de terminar a conversa.


 


— Você está sozinha?


 


— Sim, eu...


 


— Estarei aí em dez minutos.


 


— Não. — Hermione passou uma das mãos pelos cabelos em frustração. — Não, por favor...


 


— Dez minutos — repetiu Harry e desligou.

                                                 
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OIIIII obrigada pessoal por estarem lendo, continuem assim por favor, me sinto otima ao saber que tem alguem que gosta das minhas fics..

Obrigada


Pacoalina, Saito e Laauras por seus comentários.


 E sim eu tenho que concordar que aqui a Hermione tem seus momentos Bella, mas espero realmente que esses momentos tenham passado, não ficaria nada legal se o Harry de repente começasse a brilhar enquanto ele e Hermione estão na roda gigante né!?!?! kkkkkkkkkkk


Eu adoro comentarios em minhas fics pessoal, nao importa o que digam, por isso nao fiquem acanhados!!!

Espero que estejam gostando, qualquer duvida ou critica é só falar.. 

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