Quando o amor acaba











N/A: Finalmente







N/A: Finalmente! É gente, demorou mas eu consegui terminar o capítulo. Aviso logo que está uma verdadeira novela mexicana, digna de "A Usurpadora", além de eunão ter tido tempo de revisar, então não reparem. Bom, antes de mais nada eu quero agradecer a todos pelos rewiews e e-mails encorajadores que recebi, e por não terem desistido da fic, apesar da demora. Na nota do final eu explico algumas coisas, por isso, não deixem de lê-la, ok? E espero mesmo que gostem do capítulo.





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CAPÍTULO XIV



Quando o amor acaba





- Minha... filha? - Remo repetiu, aparvalhado. Seu olhar mostrava confusão e incredulidade ao fitar a garota a sua frente, que parecia uma réplica da mulher que a abraçava pelos ombros - Mas.. como... como...





- Não me diga que não sabe como! Nunca pensei que meu pai fosse tão ingênuo. - ela comentou, em tom de brincadeira, apesar de sua voz trair a tensão que sentia.





Remo apenas continuou fitando-a, sem responder. Analisava cada detalhe da garota, percebendo as mínimas diferenças entre ela e sua mãe; mesmo a voz era praticamente idêntica a de Ana! Aquela voz suave, doce, que tinha o poder de acalmar e fazer uma pessoa se sentir confortada e em paz. Isso o fez lembrar dos vários momentos nos últimos anos, em que se sentia de repente, nas horas mais angustiantes de sua difícil trajetória, invadido por essa sensação de conforto. A mesma que o ajudara a vencer o desafio dos deuses celtas.





Foi perdido nesses pensamentos que ele enfim se deu conta do significado das palavras da garota. "Meu pai". Ele tinha uma filha! Uma jovem linda que o observava com nítida ansiedade.





Aproximou-se lentamente dela, que agora o enfrentava sozinha, já que Ana se afastara para o outro lado da sala. Estendeu a mão, tocando seu rosto com delicadeza, acariciando de leve as profundas olheiras que denotavam seu cansaço.





- Eu planejava ter uma aparência melhor quando nos conhecêssemos. – ela comentou em tom de desculpas, um sorriso nervoso nos lábios.





- Você é linda! - ele respondeu baixinho, a voz embargada. Tinha tantas perguntas a fazer, tantas explicações a cobrar. Essas perguntas giravam na sua cabeça, num caleidoscópio de emoções que o deixavam tonto. Entretanto, quando enfim voltou a falar, a pergunta hesitante, tímida mesmo, que saiu de seus lábios não foi nenhuma dessas que o atormentavam - Eu... posso... te abraçar?





Com um riso feliz, Rhea se atirou nos braços do pai, que, emocionado, os estreitou com força em volta da filha. Ela pousou a cabeça em seu peito, uma expressão de enlevo na face, enquanto ele beijava seus cabelos ao mesmo tempo em que agradecia silenciosamente à vida por aquele inesperado presente.





Ana ficou por alguns instantes observando a cena pela qual aguardara tanto tempo: sua família, enfim, reunida. Então, enxugando as lágrimas que rolavam silenciosas por seu rosto, se dirigiu para a porta. Eles precisavam de um tempo a sós. Mais tarde daria as explicações que Remo, com certeza, iria cobrar. Rezava apenas para que ele as aceitasse, e a perdoasse por tudo o que fizera.





Assim que entrou no escritório de Dumbledore, Ana se deparou com os olhares indagadores dos amigos, que aguardavam ansiosos o desfecho dos acontecimentos. Se não fosse pela seriedade da situação, ela teria rido das expressões de expectativa deles.





- Decidi que eles precisavam de um pouco de privacidade. - comentou a guisa de explicação, enquanto se sentava em uma poltrona. Kristyn a mirou com ligeira desconfiança.





- E a reação de Remo? - ela perguntou.





- O que era de se esperar: ficou chocado. Mas encantado com nossa filha. - sua voz não disfarçava a satisfação. Os outros sorriram.





- Então ele aceitou bem suas explicações. - Kristyn insistiu. Ana hesitou.





- Não exatamente…





- Como assim, "não exatamente"?





- Bem, é que eu não tive tempo de explicar a situação toda. - ela confessou.





- Como não? O que fez então, chegou e anunciou simplesmente: "Remo, essa é sua filha."? - o ar constrangido da prima foi toda a resposta de que precisou - Não acredito! Depois sou eu quem tem a sutileza de um rinoceronte numa loja de cristais! - Ana corou ainda mais diante da repreensão irônica.





- Deixe-a em paz, Kristyn. – Alice veio em defesa de Ana - E se quer saber, foi um jeito tão bom de contar a ele quanto qualquer outro. – todos olharam-na com surpresa, e ela encolheu os ombros - Sinceramente, de uma forma ou de outra, ele ficaria chocado, pelo menos assim foi um golpe rápido.





- Dá pra ver que os anos não modificaram sua natureza prática, minha querida. - comentou Frank, sorrindo enquanto olhava-a com ar carinhoso e brincalhão. Alice encolheu os ombros novamente.





- Um ataque rápido e direto é a melhor estratégia, é o que eu sempre digo. - o comentário fez com que todos rissem, desanuviando um pouco o ambiente.





- Bom, eu não sei quanto às estratégias... - comentou Dumbledore, sorrindo de leve - Mas uma coisa eu sei: a verdade é sempre o melhor caminho, mesmo quando demora algum tempo. - piscou para Ana, encorajador.





- Bem, agora só nos resta esperar. - ela declarou, num suspiro - E acredito que será uma longa espera, por isso é melhor vocês irem descansar.





- Ficou maluca, Ana? - Kristyn retrucou - Eu não sairei daqui enquanto não tiver certeza de que tudo está bem com vocês.





- E nem nós. – Frank e Alice apoiaram, em uníssono.





- Eu já devia saber, não é? - Ana sorriu de leve, observando as expressões determinadas dos amigos - Aliás, me admira que Wezen e Adhara não estejam aqui também.





- Ah, eles bem que tentaram vir, mas Rhea preferiu assim. - Kristyn respondeu, sorrindo com a lembrança da revolta dos filhos - Foi difícil obrigá-los a esperar na Torre.





- Tais pais, tais filhos, não é mesmo? - Frank brincou, e todos riram novamente.





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Harry já estava deitado há muito tempo, sem conseguir conciliar o sono, quando resolveu se levantar e descer para o salão comunal. Alguma coisa em seu íntimo lhe dizia que algo estava acontecendo, e ele queria saber o que era. Por precaução, cobriu-se com a capa da invisibilidade e desceu as escadas sorrateiramente, sem fazer qualquer ruído.





- Isso não é justo! - ele parou no pé da escada ao ouvir o protesto revoltado da garota, que andava de um lado para o outro em frente à lareira.





- Não adianta nada reclamar. - respondeu o rapaz estirado no sofá diante dela, com ar de aborrecimento. A semelhança com Sirius ficou ainda maior. - Só nos resta esperar.





- Mas é um momento muito importante para Rhea, e ela pode precisar do nosso apoio. - ela argumentou, ainda irritada.





- E ela o terá. Acalme-se, maninha... - ele fez sinal para que ela se sentasse ao lado dele, e pôs o braço em seu ombro, puxando-a para junto de si - Rhea sabe o que faz, e sabe que pode contar com a gente. Se ela precisar de nós, iremos saber, fique certa disso.





- Será que ele vai reagir bem, Wezen? - era perceptível a insegurança na voz dela - Se ele a rejeitar...





- Isso não vai acontecer. - o rapaz garantiu - Nem com Rhea, nem com a gente, se é do que você tem medo.





- Se você diz...





Os dois ficaram quietos, observando as chamas da lareira, perdidos em seus próprios pensamentos. Escondido num canto próximo, Harry pôde descobrir, pela conversa entre os gêmeos, afinal o que estava acontecendo. E chegou a conclusão que, como Adhara dissera, Rhea poderia precisar de apoio. Decidido, se acomodou numa poltrona próxima, e se preparou para esperar.





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- Mandou chamar, mestre? - a postura humilde, com o joelho apoiado no chão e a cabeça curvada de forma respeitosa, em nada lembrava as maneiras habituais da mulher.





- Quero que fale novamente com o garoto, Narcisa. - a voz fria não deixava abertura a contestações - Rabicho e Nagini trouxeram notícias muito interessantes de sua incursão pela floresta de Hogwarts. - com um gesto displicente ele indicou a enorme cobra enrodilhada ao seu lado.





- Assim como eu, meu filho fará o que for preciso para agradá-lo, milorde.





- Eu sei disso. Draco é muito parecido com Lúcio, que sempre obedeceu fielmente minhas instruções. Foi realmente uma lástima que ele tivesse que morrer tão prematuramente. - o tom de voz contradizia o lamento das palavras - Mas seu sacrifício não será vão, e logo seu lord e sua família alcançarão o poder que ele tanto almejava. - Narcisa não respondeu, escondendo os sentimentos sob a máscara de frieza que os anos a serviço de Voldemort tinham-na ensinado a manter. - Mas voltemos ao que interessa. Dumbledore está tramando alguma coisa, e tem a ver com Avalon.





- Desculpe, milorde, mas pensei tinha desistido dessa idéia há muito tempo.





- Há vinte anos, mais precisamente. Nunca consegui localizar a Ilha, e os seus guardiões eram muito espertos para caírem em minhas armadilhas. Mas as coisas agora mudaram. - o brilho vermelhos dos olhos indicou a Narcisa que o mestre estava muito satisfeito com aquilo - Eles estão com uma sacerdotisa, uma presa fácil para os talentos dos meus Comensais. É por isso que quero que fale com Draco. Ele deve ficar atento aos movimentos do grupo de Dumbledore, e nos avisar sobre seus passos, para que eu possa montar a armadilha.





- Farei isso imediatamente, mestre. – com uma mesura respeitosa, ela saiu da sala, imaginando como o filho poderia fazer o que lord queria, e tremendo ante o pensamento do que aconteceria caso Draco não conseguisse cumprir a tarefa a contento.





Voldemort ficou sozinho com a cobra, perdido em suas tramas para o futuro.





- Estamos muito perto agora, Nagini. – a cobra deu um silvo, respondendo a satisfação na voz de seu mestre - Sim, minha querida, quando eu tiver o Livro da Senhora, nem mesmo Dumbledore poderá ficar em meu caminho. Então eu finalmente matarei aquele garoto atrevido, e o mundo inteiro irá se ajoelhar diante do poder de Voldemort!





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Os primeiros raios da aurora começavam a surgir no horizonte quando Rhea saiu da saleta, o aspecto cansado mas com um brilho de felicidade nos olhos. Ana correu para a filha assim que a viu.





- Está tudo bem, mamãe. - ela disse diante da ansiedade que a mãe demonstrava no abraço - Ele quer ver você.





Assentindo, Ana voltou-se para a prima.





- Kristyn, por favor, leve Rhea de volta a Torre. - as duas começaram a protestar, mas Ana as fez calar com um gesto imperioso - Você já extrapolou seus limites hoje, mocinha. Precisa descansar urgentemente. E eu não confio que fará isso se minha determinada prima não a obrigar. Conto com você para isso, Kris.





- Isto está me cheirando a bajulação barata, com o intuito de me tirar daqui. - Kristyn resmungou, contrariada - Mas se é isso que você quer...





- É o que eu quero. E aproveite leve Alena também. - voltou-se para a sacerdotisa, que permanecia imperturbável em sua poltrona, sem tentar interferir nos acontecimentos - Você disse que deve voltar a Avalon hoje, e eu sei que a viagem é cansativa. É melhor que vá dormir um pouco.





- Se isso a tranqüiliza, é o que farei, prima. - a sacerdotisa se ergueu, e abraçou-a de forma carinhosa - Mas saiba que eu também estou aqui para apoiá-la, está bem? - Ana agradeceu, e ela completou, antes de seguir as outras duas para fora do escritório - Que a sabedoria de Brighd e a força de Rhyannon a acompanhem nesse momento, e a ajudem. Abençoada seja.





- Eu não sabia que Alena é sua prima. - comentou Frank, parecendo surpreso.





- Dierna é a irmã mais nova de meu pai, e assim como todos os Donovan, seu destino é ligado ao da Ilha. - ela explicou, e respirou profundamente - Chegou à hora. Desejem-me sorte. - com essas últimas palavras ela voltou à saleta, reunindo suas forças para o embate inevitável.





Remo estava junto à janela, de costas para ela, e sua postura não revelava nada de como estava se sentindo. Por sua vez, Ana não quis usar seu dom para descobrir, preferindo que estivessem em pé de igualdade, e aguardou quieta que ele se manifestasse, o que demorou algum tempo.





- Quando olhei para ela, pensei que tivéssemos voltado no tempo, até nossa adolescência. - ele disse por fim , virando-se para Ana, sua expressão revelando apenas uma leve ponta de aturdimento remanescente - Ela é idêntica a você.





- Apenas na aparência. - retrucou - Em tudo o mais, ela puxou ao pai. Bom, talvez o gênio seja uma mistura de nós dois. - ela admitiu sorrindo - Mas a personalidade é toda sua.





- Pai... - ele murmurou, como se falasse consigo mesmo - Há tanto tempo eu já tinha desistido desse sonho, e de repente... é inacreditável! Tenho até medo de acordar e descobrir que tudo não passou de um sonho.





- Pois acredite, ela é bem real. Você vai ter certeza disso em breve, quando descobrir o lado "maroto" dela. - diante do ar intrigado de Remo, ela riu novamente - Eu falo sério quanto à semelhança entre vocês. Aluado vai se orgulhar dela, pode estar certo.





Ele não respondeu, parecendo tentar assimilar tudo aquilo, enquanto voltava-se mais uma vez para a janela. O silêncio voltou a cair entre eles, enquanto Ana aguardava o momento decisivo. Sabia que logo ele chegaria, e não teve que esperar muito.





- Por quê? - a pergunta veio num tom baixo, e Ana fechou os olhos, tentando absorver o impacto da angústia que a acompanhou - Por quê, Ana?





Com um suspiro profundo, ela começou a explicar tudo o que acontecera, e as atitudes que se vira forçada a tomar. Não escondeu nada, relatou todos os fatos e conseqüências desde que se descobrira grávida em Avalon, com isso sem poder usar o Gaworn, até o momento em que Wezen declarou que chegara a hora de se unirem novamente a Dumbledore e a Ordem.





- Por favor, Remo, tente entender que eu fiz aquilo que foi possível para proteger nossa filha, sem deixar de lado minhas responsabilidades. – ela concluiu finalmente. Parecia que falara por horas, e durante todo o tempo ele permanecera do mesmo jeito, calado em frente à janela. Estava ansiosa por sua reação.





- Eu entendo, Ana. Conheço suas responsabilidades, e seu comprometimento com elas. Na verdade, eu sempre imaginei que seu sumiço tivesse algo a ver com algum problema na Ilha.





O tom calmo da voz a surpreendeu. Ele não parecia zangado, nem mesmo irritado. Parecia muito compreensivo, o que deveria tê-la deixado aliviada. Mas, ao invés disso, sentiu um calafrio percorrendo-a. Aquilo não era nada bom. Não resistiu e se conectou com ele. Nada. Apenas um enorme vazio.





- Não adianta, não restou nada. - ele comentou, no mesmo tom de antes, para em seguida rir baixinho, um riso sem humor - É estranho, não é? Durante todos esses anos, por mais machucado que eu estivesse, com toda a raiva e mágoa que eu era capaz de sentir de você, eu nunca consegui deixar de te amar. Até agora.





- Mas você disse que entendia! - ela protestou, sentindo o vazio envolvê-la, e o frio que ele trazia a feria mais do que qualquer onda de ódio seria capaz.





- E entendo. - ele virou-se, e Ana viu sua expressão cansada, os olhos refletindo o vazio que lhe ia na alma - É justamente esse entendimento que me fez ver, depois de todo esse tempo, que você não é a mulher que eu amava. A mulher que eu amava não esperaria dezessete anos para me dizer, praticamente sob coerção, que nós temos uma filha.





- Eu não podia te procurar, era muito arriscado...





- No começo, pode ser. Depois, quando Voldemort caiu, você poderia ter me procurado. Mas não adianta falar sobre isso agora. O passado não pode ser mudado, e nada poderá me devolver o tempo que perdi na vida de Rhea. Assim como nada pode mudar o fato de que o amor que eu sentia por você acabou.





- Não faça isso, Remo. - ela pediu, os lábios tremendo, tentando se controlar ante o que estava acontecendo. - Não faça isso conosco, por favor. Nós ainda...





- Não existe "nós". - ele cortou, sucinto - Não mais. Agora somos apenas antigos namorados, que tiveram uma filha juntos. Esse é o único elo que nos restou.





O tom definitivo com que ele declarou aquilo, e a consciência que seu dom lhe dava de que estava sendo absolutamente sincero, a impediram de tentar retê-lo quando ele passou por ela e saiu da sala. Infelizmente, o vazio permaneceu, aumentando sua angústia. Queria chorar, mas não podia, não daquela vez, quando a dor era tão grande que sabia que não seria capaz de se conter caso começasse a dar vazão a ela. Trêmula, ela escorregou até o chão, envolvendo o corpo num abraço solitário. Não sabia dizer quanto tempo ficara ali sozinha daquele jeito, até que sentiu alguém tocando seu ombro, e levantou o rosto, deparando-se com olhos arregalados, aumentados por óculos enormes.





- Ah, Sebastian! - ela se encolheu nos braços que a envolveram.





- Minha querida... - a compreensão e o conforto na voz do primo tornaram ainda mais difícil a tarefa de conter as lágrimas que ameaçavam rolar a qualquer instantenter as lprimo tornaram ainda mais dificil ncero, - Não reprima isso, não vai te fazer bem.





- Eu o perdi, Sebastian. - ela murmurou contra o peito que a amparava - E está doendo muito...





- Eu sei, minha querida, eu sei... - ele acariciou seus cabelos, sentindo-se impotente diante do sofrimento dela - Deixe a dor sair, Ana. Você não vai agüentar se não fizer isso.





Ela não queria, mas por fim teve que ceder. Agarrou-se a ele, chorando com desespero, e dali a instantes sentiu o corpo vibrando ante a força da emoção que tentava reter. Quanto mais chorava, entregue a dor que sentia, maior era essa força, até que ela explodiu numa onda, fazendo o castelo inteiro tremer.





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- O que foi isso?! - Alice exclamou, aceitando a ajuda do marido para se levantar do tapete onde havia caído quando aconteceu o tremor. Todos olharam para Dumbledore, o único que conseguira se manter na poltrona.





- Isso, minha cara, é o que acontece quando uma Sensitiva está sofrendo muito, e não consegue conter esse sofrimento. - ele respondeu, o olhar triste - Pobre Ana.





- E pobre Remo. - completou Frank, sério - Aquela indiferença que ele demonstrou quando saiu daqui não me convence. Ele também está sofrendo muito.





- Isso é certo. - concordou Dumbledore - E os dois ainda vão sofrer mais, enquanto não conseguirem acertar suas diferenças. É uma pena que os jovens desperdicem tanto tempo. - ele suspirou, enquanto erguia-se num gesto cansado - Eu vou falar com Remo. Por favor, fiquem aqui e esperem Kristyn voltar da Torre .





- Porque nós sempre ficamos com a pior parte? - queixou-se Alice, fazendo com que os outros sorrissem levemente. Dumbledore saiu, desejando boa sorte aos dois. - Eu não estou brincando, Frank. A essa altura Kristyn já percebeu o que aconteceu, e vai ser difícil impedi-la de transformar o Remo em alguma coisa asquerosa.





- Isso se ela não abandonar a sutileza e arrancar a cabeça dele. - Frank completou com um suspiro.





- E eu não posso nem culpá-la por isso. O que será que ele fez com Ana, para deixá-la nesse estado?





- Eu não sei, mas também não podemos julgá-lo, não é? - ele argumentou, ao que Alice fez uma careta de desagrado - Tente se colocar no lugar dele, minha querida. É uma situação muito difícil.





- Ele é quem deveria tentar se colocar no lugar dela! Por acaso ele acredita que Ana queria que as coisas tivessem acontecido desse jeito? - Alice demonstrava a revolta que estava sentindo em seu tom de voz - Ela também sofreu, e muito, durante todo esse tempo. E o Remo só está pensando no que ele sofreu, no que ele perdeu. É de um egoísmo tremendo, e eu não esperava isso dele! - antes que Frank pudesse argumentar qualquer coisa em defesa do amigo, a porta foi aberta num rompante, e eles ouviram a voz irada da amiga que retornava.





- O QUE AQUELE IMBECIL FEZ COM MINHA PRIMA?!!!





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Harry estava quase adormecendo na cadeira quando finalmente Rhea voltou para a Torre. Ao vê-la ele logo percebeu que as coisas haviam dado certo com seu pai, apesar da exaustão que sua fisionomia deixava transparecer. Ele esperou quieto em seu canto enquanto ela convencia a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas de que não precisava se preocupar, que logo ela iria descansar, por isso ela poderia voltar tranqüila para junto da prima.





Depois de dar rápidas explicações aos primos que a bombardeavam de perguntas, ela se virou na direção de onde Harry se encontrava, um sorrisinho maroto brincando em seu rosto.





- Eu sei que vocês têm muitas perguntas ainda - começou ela, dirigindo-se novamente aos primos - mas eu agora preciso de um momento de privacidade, ok?





- Mas você não vai subir, como prometeu à mamãe? - estranhou Adhara.





- Pode deixar, que logo eu farei isso.





- E o que você pretende ficar fazendo aqui a essa hora? - estranhou Wezen.





- Eu quero conversar um pouco com Harry. - ela respondeu calmamente, indo até a poltrona onde ele estava sentado - Pode parar de se esconder, Harry.





Meio sem jeito, ele saiu debaixo da capa, encarando os olhares surpresos dos gêmeos.





- Há quanto tempo você está aí? - indagou Adhara, parecendo indignada com a intromissão (ou por não terem percebido que ele estava ali, talvez).





- Essa sua mania de brincar de espião não é muito saudável, sabia? - disse Wezen, um ligeiro traço de ameaça na voz.





- Ok, podem parar os dois. – Rhea cortou, antes que Harry tivesse a chance de responder o que quer que fosse - Por favor, nos deixem a sós agora.





Parecendo contrariados, os dois obedeceram, indo cada qual para o seu dormitório. Sem saber ao certo o que dizer, Harry perguntou como ela estava.





- Bem. Você ouviu o que eu disse a eles, meu pai me aceitou sem dificuldades, e nós conversamos bastante, acho que foi um ótimo início.





De repente uma força invisível os atingiu, atirando-os ao chão, enquanto sentiam o tremor que abalava o castelo, e ouviam alguns gritos assustados vindo dos dormitórios. Dali a pouco alguns estudantes começaram a surgir pelas escadas, ainda em roupas de dormir, procurando saber o que estava acontecendo.





- Você está bem? - perguntou Harry, ajudando a garota a se levantar. Ela assentiu e logo eles se viram cercados pelos amigos dele, que também haviam descido para investigar o motivo do tremor.





- Será que foi um terremoto? - Rony perguntou, parecendo estranhamente animado com a idéia - Se fosse, talvez as masmorras agora estejam soterradas, nos livrando dos sonserinos.





- Rony!





- Que foi? - ele retribui com um olhar inocente a repreensão irritada de Hermione.





- Pare de dizer asneiras. Além disso, nenhum tipo de catástrofe natural pode atingir Hogwarts, os feitiços que a protegem garantem isso. E você saberia disso se tivesse lido "Hogwarts, uma história".





Ele revirou os olhos, e não pôde responder, pois naquele momento a professora McGonagall entrou no salão, dizendo a todos que voltassem para as camas, e que tudo seria esclarecido durante o café, no salão principal. Depois de muita resistência, ela conseguiu fazer com que todos a obedecessem, até que restaram apenas ela, Harry e Rhea.





- O que vocês dois estão esperando? - o tom de voz não deixava margem a argumentações, e Harry já se preparava para obedecer, resignado, quando Rhea o reteve pelo braço.





- Professora, a senhora sabe o que foi isso. E conversar com Harry vai me ajudar a controlar a apreensão. Por favor.





A mestra pareceu ficar em dúvida sobre o que fazer, mas diante da apelação no olhar da garota, ela suavizou a expressão, decidindo que não seria nada de mais permitir aquele pequeno desrespeito as regras, diante das circunstâncias.





- Está bem, minha querida, mas não demorem muito, por favor. - concedeu suavemente, antes de se voltar para Harry, retomando a postura rígida de sempre - Comporte-se, Potter.





Surpreso com a repentina flexibilidade da professora, ele se voltou para a garota.





- Você sabe o que aconteceu?





- Minha mãe. – ela respondeu simplesmente, parecendo abalada, enquanto se sentava no sofá diante da lareira - Acho que meu pai não aceitou muito bem suas explicações, e ela está sofrendo com isso.





- Está dizendo que foi sua mãe quem provocou isso? - boquiaberto ele olhou ao redor, para a bagunça que o "terremoto" causara no salão. - Mas... como...





- Ela é uma sensitiva. – respondeu simplesmente, dando de ombros, como se aquilo explicasse tudo.





Harry tentou absorver o significado daquilo, e os dois ficaram algum tempo em silencio, cada qual perdido em seus pensamentos.





- Você já se decidiu, não é? - ela finalmente falou, a voz transmitindo decepção - Nunca pensei que fosse um covarde, Harry.





Ele devia imaginar que não poderia esconder aquilo dela.





- Não se trata de covardia...





- Ah, não? Pois me enganou direitinho. - a ironia não escondeu a mágoa em sua voz.





- Tente entender, Rhea... eu já gosto muito de você, e não quero passar por outra perda como as que eu já tive. É melhor acabar com isso enquanto não machuca tanto.





- Ah, claro, agora sim dá pra entender! Como eu não pensei nisso antes?





- Ser sarcástica não vai resolver nada, ok? - ele começou a se irritar com a falta de compreensão da garota.





- E fugir também não! - ela se levantou, dirigindo-se para as escadas que levavam ao seu dormitório - Desejo-lhe muitas felicidades com Sammy, Harry. Apenas pense sobre isso: acredita mesmo que ela está tão distante de perigos que seu futuro está livre de riscos?





Ela foi embora, deixando-o sozinho para remoer suas palavras. Ele suspirou, massageando a nuca e observando o dia nascer pela janela. Definitivamente ele não tinha mais nenhuma certeza na vida, se é que algum dia já tivera alguma. Garotas!





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- Um verme-cego. Só por um dia ou dois, por favor!





- Eu já disse que não.





Emburrada, Kristyn foi se sentar no outro canto da sala, os braços cruzados sobre o peito. Estava indignada porque Ana não deixara que aplicasse em Lupin nenhum dos castigos extravagantes que inventara. A prima não fez caso disso, e voltou a atenção para os amigos, que fitavam-na com preocupação.





- Não precisam ficar assim, eu estou bem.





- Nós percebemos. - Alice retrucou ligeiramente irônica - Nós o castelo todo.





Ana corou.





- Me desculpem por isso, eu não consegui evitar.





- Nós não estamos te criticando, Ana. - Frank segurou suas mãos frias, num gesto de apoio - Só queremos ajudá-la.





- Eu sei, Frank, obrigada. Mas eu falei serio quando disse que estava bem. Colocar tudo isso pra fora foi muito bom para mim. Como sempre, Sebastian tinha razão.





- É uma pena que ele nunca possa ficar muito tempo. – Kristyn resolveu voltar a conversa - Mas realmente não seria nada bom se a Trelawney despertasse aqui.





Logo depois da chegada de Kristyn, Sebastian voltara para os aposentos da professora de Adivinhação, alegando que seu tempo estava acabando.





- É mesmo uma pena, mas o que importa é que ele me ajudou muito, e agora eu já sei o que devo fazer. - Ana se levantou com determinação, encaminhando-se para a porta, e declarando antes de sair - Chegou a hora do sr. Lupin ouvir umas coisinhas.





Os outros três se entreolharam com apreensão, e Alice suspirou,





- E o que será que vai acontecer agora?





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O sol começava a surgir no horizonte. Remo apoiou as mãos na mureta da torre de Astronomia, observando a bela vista que os raios alaranjados sobre a superfície do lago e das copas das árvores da floresta proporcionavam. Lembrou-se que Rhea lhe contara que aquele também era seu lugar preferido. Eles tinham tantas coisas em comum...





Um som alto fez com que erguesse a cabeça. Um grande falcão negro voava em voltas sobre a torre. Remo não se surpreendeu. Sempre que os Donovan estavam envolvidos, os falcões apareciam.





- É uma bela ave, não é mesmo?





Ele se surpreendeu, voltando-se para Dumbledore, que olhava para o falcão com um sorriso estranho no rosto. Pareceu-lhe que o diretor sabia de algo mais a respeito do pássaro, mas Remo não estava com disposições para mistérios, por isso virou-se novamente para a mureta, pouco ligando se sua atitude era grosseira.





- Sabe, eu nunca deixo de me surpreender com a capacidade que os jovens têm para cometer tolices. - Dumbledore comentou, como quem fala sobre o tempo.





- O fato de ser jovem não justifica o que Ana fez. - Remo respondeu, a amargura transparecendo na voz.





- Mas eu não estou falando de Ana. - o diretor retrucou calmamente - E sim de um jovem que está jogando fora aquilo com que sempre sonhou, por causa de ressentimentos tolos. - antes que Remo pudesse retrucar, ele continuou - Ana sempre quis te contar a verdade, e está sofrendo agora com sua rejeição. Você pôde sentir isso. - sim, ele sentira, e se envergonhara da satisfação rancorosa que o invadiu quando isso aconteceu - Ela o ama, Remo, e você também a ama. Não jogue isso fora.





- Não posso fazer mais nada, Dumbledore. - Remo respondeu, ainda sem encarar o diretor. - Esse amor que eu sentia por Ana acabou.





- Bobagem. - ele descartou a afirmação com um gesto de desdém - Um amor como o de vocês não acaba.





- Pois foi o que aconteceu. Isso tudo conseguiu matar qualquer sentimento que eu tivesse por ela.





- Ah, bem, nisso eu posso acreditar. - surpreso, ele se voltou para o diretor, que lhe sorriu condescendente - O amor verdadeiro é como uma fênix, Remo. Durante o percurso de nossas vidas, ele pode morrer algumas vezes, para então renascer, transformado e mais belo que antes. É assim que ele se mantém eterno. É por isso que eu te digo: seu amor pode estar morto, mas nunca estará acabado.





- Essas palavras são muito bonitas, Dumbledore, mas não passam disso: palavras. - Remo retrucou com frieza.





- Com o tempo você vai descobrir a verdade delas, Remo. - o diretor respondeu calmamente, dando-lhe um tapinha amigável no ombro - Eu apenas quis lhe dizer isso, para que você se lembre das minhas palavras quando o momento certo chegar. Ninguém poderá fazer mais nada a respeito. Tudo dependerá de você e de Ana, e vocês ainda têm muito que conversar.





- Eu concordo com isso, Dumbledore. - a voz de Ana interrompeu o diálogo, fazendo com que os dois se voltassem para a entrada da torre. - E acho que você não se ofenderá se eu disser que deve ser uma conversa particular, não é?





- É lógico que não, minha querida. - ele se afastou rapidamente - Desejo boa sorte aos dois.





- Nós não temos mais nada para conversar, Ana. - ele disse com ligeiro aborrecimento, assim que Dumbledore desapareceu pela passagem que levava ao interior do castelo, e voltou-s novamente para a mureta, ignorando a presença dela.





- Você pode ter dito tudo o que queria, Remo, mas eu ainda tenho algumas coisas a esclarecer. - ela retrucou, com uma rispidez que não lhe era peculiar. Aliás, quem a visse agora não suspeitaria do estado lastimável em que se encontrava momentos antes. O rosto se apresentava numa máscara impassível, enquanto os olhos estavam secos e frios. - E trate de se virar, porque eu estou cansada de falar com as suas costas.





Ele se voltou para ela, usando de ironia para disfarçar a surpresa diante da agressividade inesperada.





- Pronto, agora você tem minha total atenção. Satisfeita?





- Ainda não, mas por enquanto está bom. – retrucou, erguendo o queixo com altivez e determinação - Vamos ao que interessa: para começar, eu quero deixar claro que não me arrependo, nem por um minuto, das decisões que tomei no passado, e se fosse preciso, faria tudo novamente.





- Que bom para mim que o que você pensa ou sente já não me importa mais, não é?





- Cale a boca, eu ainda não terminei. - ele cruzou os braços e se recostou no parapeito, e ela ignorou seu claro aborrecimento, continuando - Você disse que essa situação o fez enxergar que não sou a mulher que você amava. Pois bem, eu tenho uma novidade para você: não foi o único a se decepcionar, Remo. - por um instante, os olhos dela brilharam com um sentimento indefinido, para logo depois retomar a expressão fria de antes - Também descobri que o homem que eu amo é egoísta e incapaz de coisas como compreensão e perdão.





- Como se eu não tivesse motivos para isso...





- Motivos por motivos, eu também tinha os meus, e garanto que eram, e continuam sendo, muito mais validos que qualquer um que você possa citar. Outra coisa, eu tentei, sim, te contar a verdade, da única forma que julguei segura. Mas você não quis me dar uma chance.





- Não venha com desculpas esfarrapadas agora, Ana.





- Eu já disse que não me arrependo, e por isso não preciso de desculpas. Por acaso você nega que bloqueou todas as minhas tentativas de conexão? Durante anos eu tentei, sem sucesso, porque você estava tão perdido em sua maldita autocomiseração, tão cheio de rancor, que não permitiu que eu me aproximasse.





Sem ter como negar essas acusações, Remo permaneceu em silencio, desviando a vista do olhar penetrante com que ela o encarava.





- Vê, Remo? A decepção é recíproca. - ela foi até o parapeito, os braços envolvendo a si mesma, os olhos perdidos na beleza da paisagem. Sua postura revelava um pouco da vulnerabilidade de antes, mas ao mesmo tempo, parecia emanar grande força. Remo ficou quieto ao seu lado, esperando que ela continuasse. - Infelizmente pra mim, isso não é suficiente para acabar com meu sentimento, apesar de você ser um arremedo do homem que eu amo. - com um suspiro, ela levou as mãos à nuca, destravando a corrente que trazia ao pescoço. Agarrou a mão dele com determinação, e com um gesto fluído fez deslizar o pingente que levava escondido sob as roupas, derrubando-o sobre a palma aberta. Era o lindo anel de safiras que ele lhe dera, herança de sua mãe. - Eu não me senti no direito de usá-lo depois de termos nos separado daquele jeito. Esperava que um dia você me pedisse para voltar a fazer isso.





- Eu não contaria com isso.





- E eu não conto. E também não sei se eu aceitaria, se me pedisse. É por isso que estou devolvendo-o. Talvez você encontre alguém para usá-lo. - ela sorriu de leve - Ou quem sabe um dia nós possamos voltar a ser as pessoas por quem nos apaixonamos. Sinceramente, eu não tenho muita fé nisso, então faça o que achar melhor. - com essa ultima sentença ela foi embora.





Remo ficou algum tempo imóvel, olhando para a jóia em sua mão e lembrando de todos os sonhos e esperanças que ela representava. Então sentiu uma onda de raiva invadi-lo, e atirou-o com força sobre a mureta, virando-se e partindo com passos determinados. Dumbledore estava enganado: aquela história estava morta e enterrada, e nada a traria de volta.





Devido à rápida partida não pôde ver que a ave que estivera observando antes mergulhou velozmente no ar, conseguindo agarrar o anel antes que este se perdesse nas águas do lago. Com um grito satisfeito, o grande falcão negro subiu novamente, indo entregar a preciosa carga nas mãos da garota que aguardava numa janela da Torre da Grifinória.





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N/A: Muito bem, acabamos a novela mexicana! Realmente, eu coloquei todo o meu lado melodramático pra fora, espero que apesar disso, vocês gostem do resultado. Bom, agora vamos às explicações:



Primeiro, porque eu demorei tanto: gente, eu queria, mesmo, ter atualizado bem antes, mas a minha vida tá um rolo doido, corrida pra caramba, e pra coroar isso tudo, minha tia adoeceu, e descobrimos que ela está com um tumor cerebral, ela operou na última terça, e tudo isso abalou muito a família inteira. Não tinha como eu escrever nada, acho que vocês entendem.



Segundo: Algumas pessoas me mandaram e-mails e rewiews perguntando se eu tinha desistido da fic. Olha, se algum dia eu não puder mesmo continuar escrevendo, vocês serão os primeiros a saberem, podem ter certeza disso. Eu odeio quando estou acompanhando uma fic e o autor simplesmente a abandona, sem qualquer explicação, a expectativa é de matar. Então, eu posso demorar, mas em algum momento a atualização chega, nisso vocês podem confiar.



Terceiro: já há algum tempo eu estou pra esclarecer isso, e sempre esqueço. Sempre tem gente querendo saber de onde eu tirei a mitologia da fic. A parte referente a Avalon eu tirei de "A Senhora de Avalon", o livro que antecede "As brumas de Avalon". Exceto pela parte do Livro da Senhora, que foi invenção minha. Os deuses, a história de Morrigan e etc eu baseei em pesquisas sobre divindades celtas (eu adoro mitologia celta!): modifiquei nomes, lendas e etc para que se encaixassem na história. Sobre a tríade, os dons e os nomes dos Donovan, como já disse, vieram do livro "O legado dos Donovan", da Nora Roberts, mas todo o resto foi invenção minha.



Faltou alguma coisa? Bom, se faltou, no próximo capítulo eu digo, ok? Agora, não deixem de me dizer o que acharam do dramalhão mexicano, lembrem-se que eu fico muito ansiosa em saber o que estão achando da fic. Bjaum para todos!







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