Confusões Amorosas











CAPÍTULO VII







CAPÍTULO VII



Confusões Amorosas





- Tem certeza disso, Kristyn? - o tom de Ana, assim como sua expressão, transmitia gravidade, o que imediatamente alertou os outros.





- Absoluta. - a prima respondeu no mesmo tom - Foi ela quem me impediu de chegar até ele. Não tenho dúvida de que ele está em Tuireadh.





- Aqui, beba isso, Kristyn. - disse a mesma voz de antes - Vai te ajudar a recuperar as forças. - Kristyn pegou o copo que ela lhe estendia, sentindo o frio abandonando seu corpo, a medida que tomava a poção.





- Ana, - outra voz estranha, dessa vez, masculina - quem é Morrigan?





- Uma antiga divindade celta. - foi Dumbledore quem respondeu, um suspiro desanimado denotando o quanto aquilo o preocupava - Uma divindade banida, para ser mais exato.





- Como assim, uma "divindade banida"? - perguntou Lupin, intrigado.





- Morrigan, "A Rainha Fantasma", era a Deusa da Guerra, e era a ela que os bretões recorriam quando enfrentavam seus inimigos. - Ana começou a explicar - Podia se apresentar na forma humana, como uma encantadora mulher, ou como um corvo, seu símbolo. Sempre que um bando de corvos sobrevoava o campo de batalha, os celtas sabiam que Morrigan estava reinando sobre ele, ajudando-os com sua magia.





- Um dia, Morrigan se apresentou em sua forma humana a Gwydion, filho mortal de Lugh, o Deus Sol. Ela o vinha observando há muito tempo, e se encantara com sua beleza, e, acima de tudo, com sua coragem e habilidade, pois não havia guerreiro mais valoroso que ele. Ela então foi até ele, e ofereceu-lhe seu amor, e tudo mais que ele quisesse. Sem reconhecê-la, nem ao seu poder, ele a desprezou, transformando o sentimento que ela lhe dedicava em profundo ódio.





- Ela usou seu poder para acabar com a magia protetora que Lugh lançara em Gwydion, e o destruiu. Quando Lugh soube disso, se enfureceu, e com a ajuda das outras divindades, baniu Morrigan para Tuireadh, seu reino de trevas, para sempre.





- E é lá que Sirius está agora? - perguntou Lupin.





- Exatamente. E pelo que pude perceber, Morrigan não abrirá mão dele facilmente.





- Mas, por quê?





- Isso, Remo, nós não podemos dizer. - respondeu Ana, completando com amarga ironia - Quem pode entender os caprichos de uma divindade?





- Talvez Alena possa. - respondeu Kristyn, olhando pensativamente para Dumbledore - O que acha, professor?





- Acho que vale a pena tentar, Kristyn. - Dumbledore agora tinha um brilho animado atrás dos óculos de meia-lua - Se alguém pode nos ajudar nisso, esse alguém é Alena.





- E quem é Alena?





- Filha de Dierna. - respondeu Ana - Criada para ser a próxima Suma Sacerdotisa de Avalon. Tem interesse especial pelas antigas divindades. Ela deve saber como chegar a Tuireadh.





- Não podemos usar o véu?





- Não, Remo, ele é um portal para inúmeras dimensões, não há como controlá-lo, determinar para onde se vai, entende? - foi Dumbledore quem explicou.





- Então é melhor falarmos com essa Alena o mais rápido possível, não é?





- Eu farei isso, mas acredito que ela esteja muito ocupada esses dias para poder nos ajudar. Os preparativos para a noite de Samhaim sempre exigem muito tempo das sacerdotisas. - respondeu Ana.





- É verdade. - Kristyn concordou com a prima - O mais provável é que ela só possa vir nos ajudar após o dia das bruxas.





- Nesse meio tempo, vamos nos dedicar a vigiar os passos dos seguidores de Voldemort. - declarou Dumbledore, e eles passaram a conversar sobre os assuntos da Ordem.





- Essas capas são muito úteis, mas vocês estão abusando dessa aí! - Harry, Rony e Hermione se assustaram ao ouvir a voz divertida atrás deles, e viraram-se rapidamente para encarar... o corredor vazio - Não sei como ninguém ainda estranhou esses sapatos passeando pela escola.





- Gina? - foi Rony quem perguntou, vacilante.





- Eu mesma, caro irmão. E não estou sozinha. - ela afastou um pouco a capa que usava, revelando seu acompanhante.





- Neville!





- Oi, gente. - cumprimentou, acanhado - Vocês estavam demorando mais que o costume, então resolvemos verificar se estava tudo bem.





- Onde arranjaram essa capa? - perguntou Mione, admirada.





- Era do meu pai. Vovó resolveu me dar depois do episódio no Ministério. Ela ficou muito orgulhosa, e disse que eu poderia vir a precisar da capa.





Nesse momento, a entrada para o escritório de Dumbledore se abriu, e eles voltaram a se esconder nas capas, ajeitando-as o melhor possível. Harry, Rony e Hermione nem se moviam, com medo que a capa voltasse a revelar alguma parte deles. Ficaram estáticos, observando o grupo que saía, e seguia em direção a sala da professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Um pouco adiante, um deles se voltou, olhando diretamente para onde estavam. Era uma bela mulher, parecida com a professora, os olhos azuis brilhando de forma estranha e parecendo encará-los. Ela então sorriu, parecendo divertida, e voltou a seguir os companheiros. Harry ainda tentou descobrir algo dos outros dois estranhos, mas tudo o que conseguiu ver foi algo branco escapando pelo capuz, antes que dobrassem a esquina, no fim do corredor.





- O que foi aquilo? - perguntou Rony, assustado - Acham que ela podia nos ver?





- É óbvio que aquela era a outra Donovan, Ana. - respondeu Hermione, parecendo um pouco aflita - E sendo uma Sensitiva, deve ter percebido nossa presença!





- Bom, não há nada que possamos fazer quanto a isso. - declarou Harry - Acho que o melhor agora é voltarmos para a Torre. - fez menção de se mover, mas Mione o deteve.





- Espere! Acho que vem vindo alguém!





Logo eles viram que ela tinha razão. Ele vinha caminhando sorrateiramente pelo corredor, olhando desconfiado para os lados, certificando-se de que não havia ninguém por perto, antes de dar a senha à gárgula, e entrar no escritório do diretor.





Os amigos se entreolharam confusos. Foi Rony quem externou o pensamento de todos.





- Que diabos o Malfoy tá fazendo aqui?!





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Fosse qual fosse o assunto de Malfoy com Dumbledore, era mesmo algo demorado. Eles ficaram um bom tempo esperando que ele saísse do escritório do diretor, consequentemente, era muito tarde quando voltaram para a Torre.





- Essa doninha está tramando alguma... - resmungou Rony, jogando-se no sofá em frente a lareira.





- Com certeza. - concordou Harry, sentando ao lado do amigo - Podíamos colocar uma escuta nele também, o que acham?





- Não dá, Harry. - respondeu Mione - Não temos escutas suficientes para monitorar o Malfoy e a Donovan ao mesmo tempo, e acho que ela é nossa prioridade, não é?





- Certa como sempre, Mione. Então vamos deixar a doninha de lado, por enquanto.





- Isso, agora nos contem o que descobriram antes de chegarmos. - perguntou Gina, e eles puseram os dois a par dos últimos acontecimentos.





- Divindade banida? - perguntou Neville, espantado - Então seu padrinho está com um Deus do mal, Harry, é isso?





- Na verdade, as divindades celtas não eram realmente deuses. - respondeu Hermione, com sua costumeira eficiência - Eram seres que transitavam entre as muitas dimensões, cujos poderes eram tão grandes que causavam a adoração dos humanos, mesmo daqueles que eram bruxos.





- Para mim eles parecem mesmo deuses. - comentou Rony, admirado.





- Pra mim também. - concordou Harry.





- Sem contar que são imortais, não é? - completou Gina - Afinal, fazem séculos que essa Morrigan foi banida.





- Isso é relativo, Gina. - retrucou Mione - O tempo corre de forma diferente de uma dimensão para outra. Ninguém pode afirmar quanto tempo se passou, realmente, para ela.





- Isso tudo é muito confuso. - comentou Neville, o rosto franzido, obviamente se esforçando para entender toda aquela história.





- Bom, a verdade é que teremos que esperar até depois do dia das bruxas, para ver o que essa Alena tem a dizer sobre o assunto. Afinal, parece que ela é a especialista, não é?





- É, mas continuaremos vigiando-os enquanto isso. Pode acontecer algo importante.





- Certo, Harry, mas Gina tem razão: estamos abusando da sua capa da invisibilidade. Não podemos sequer nos mexer direito, sem o risco de nos revelarmos!





- O melhor que temos a fazer, - declarou Mione - a elaborar uma escala. Podíamos nos revezar, em duplas, para turnos de vigia.





- Ótima idéia, Mione! - apoiou Neville - Podem contar comigo.





- E comigo. - foi a vez de Gina concordar.





Eles passaram então a elaborar a escala, sem saberem que não eram os únicos no salão.





"Parece que nossos amigos são bons espiões, hein?"





"Hermione é mesmo muito inteligente. Essa invenção dela é muito útil."





"É, mas não passaram despercebidos hoje"





"Não havia como enganarem minha mãe, assim como não conseguiram nos enganar."





"E agora? Será que ela vai contar para mamãe?"





"Não sei. Vamos ver daqui pra frente. Enquanto isso, continuemos observando nossos amigos. São uma ótima fonte de informações."





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O frio e a escuridão o faziam recordar os piores anos de sua vida. Grilhões prendiam seus pés ao chão, tolhendo seus movimentos. Não havia dementadores ali, em compensação...





- Confortável, meu caro? - a voz felina, cheia de maldade soou próxima a seu ouvido.





- O teto está com goteiras e o serviço deixa a desejar, - respondeu com arrogância - acho que não vou indicar o lugar aos amigos.





- Vamos ver quanto tempo ainda vai durar esse seu humor. - sibilou, irritada com a ironia do seu prisioneiro. Então, voltou a sorrir, maquiavélica, enquanto corria uma longa unha vermelha pelo rosto dele - Nós não temos dementadores aqui, mas eu tenho outros meios para me divertir...





Ele conseguiu manter a postura displicente, apesar do ligeiro tremor que percorreu seu corpo ante a menção dos horrores pelos quais passara. Ela riu, debochada, jogando as mechas ruivas para trás, enquanto se afastava dele.





- Você deve ser muito importante para alguém. Tive que impedir que chegassem até você, ainda há pouco. - comentou com casualidade, observando com atenção a reação dele - Ah, então você também sentiu, não é? Mas não tenha falsas esperanças, meu querido: não deixarei que ninguém o tire de mim. Sou muito apegada aos meus brinquedos, sabe?





Ela riu, e logo depois deixou-o sozinho novamente. Ele praguejou. Claro que sentira, seria impossível para ele não perceber a presença dela. Não entendia por que, depois de tanto tempo, ela voltava a procurá-lo, ainda mais naquelas condições, mas esperava que aquela maluca não tentasse mais nenhuma loucura. Ele não queria que ela corresse mais nenhum risco.





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No dia seguinte a primeira aula era de Defesa Contra as Artes das Trevas, e a professora estava sendo mais dura que de costume.





- Mas que droga! - ela exclamou, parando o simulador quando o último aluno do grupo caía, atingido por um feitiço lançado por um Comensal - Assim não dá! O que vocês estão pensando?! - os alunos se encolheram frente a explosão da professora - Se isso não fosse uma simulação, vocês não seriam atingidos por feitiços paralisantes, vocês estariam todos MORTOS agora!!! É isso o que querem?!





Ela parou de repente, parecendo só agora notar os olhares assustados dos alunos. Passou a mão pelos cabelos, num gesto cansado, enquanto suspirava com desânimo.





- Desculpe, gente, eu me excedi. Não queria assustar vocês.





- Tá tudo bem, professora? - perguntou Lilá, timidamente.





- Não, Lilá, não está tudo bem. Vocês leram o jornal hoje. - Ela os encarou com seriedade. Segundo o Profeta Diário, ataques misteriosos estavam acontecendo em algumas vilas mais afastadas da comunidade bruxa. - Voldemort está começando a mostrar as asinhas. Logo as batalhas vão começar, e não vou me admirar se chegarem até aqui. Já aconteceu antes. E vocês ainda não estão preparados para enfrentá-las.





Era uma boa explicação, mas Harry sabia que não era só aquilo. Percebera, na noite anterior, que a professora ficara muito abalada com a experiência da Conexão. Os outros alunos aceitaram suas palavras, e motivados por elas, se dedicaram com maior afinco ao resto da aula.





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Naquela noite eles puseram em prática o combinado, sendo que Rony e Hermione foram os primeiros da escala. A garota resolveu aproveitar e dar início a sua campanha de conquista. O problema é que não fazia idéia de como seduzir o rapaz. Nunca fizera nada parecido antes, era uma garota acostumada com livros, não com flertes.





Eles estavam no corredor próximos a porta da sala de Kristyn, cobertos pela capa da invisibilidade de Harry, atentos a qualquer informação que pudessem obter. Hermione olhou insegura para o rapaz ao seu lado; bom, não custava nada tentar, não é?





Tomando coragem, ela virou-se para Rony, armando-se do que imaginava ser um ar insinuante, fazendo os trejeitos que vira tantas vezes as protagonistas dos filmes trouxas usarem para conquistarem seus alvos.





- O que foi, Mione? - o garoto perguntou, intrigado - Caiu algo em seus olhos? Aqui, deixe-me ajudá-la. - ele segurou seu rosto, fazendo-a abrir bem os olhos soprando com força neles - Pronto, melhorou?





Mortificada, ela apenas acenou com a cabeça, os olhos ardendo devido a "ajuda" do amigo.





"Ótimo! Grande, Hermione, você sabe mesmo encantar um rapaz!", ela ironizou a si mesma, aborrecida. "Bom, já deu pra perceber que essa história de flerte não vai funcionar. Eu sou péssima, e ele é tapado demais para notar o que está acontecendo. O que eu faço agora?"





A resposta veio quando já estavam voltando para a Torre, depois de terem passado um bom tempo esperando em vão por alguma nova informação. Ouvindo o som de passos se aproximando, Hermione teve uma idéia, agindo rapidamente para não perder a oportunidade.





- Vem vindo alguém! - exclamou ela - Rápido, entre aqui!





Puxou um aparvalhado Rony para dentro de um armário de vassouras, que por ser muito estreito, convenientemente os obrigava a ficarem muito próximos um do outro.





- Mione, por que você nos meteu aqui? - perguntou ele, num sussurro irritado.





- Queria o quê? - retrucou no mesmo tom - Que alguém nos pegasse fora da Torre depois do toque de recolher? Não é dia da nossa ronda, e o Filch sabe disso, esqueceu?





- Não esqueci, não senhora! Mas não entendo por que tivemos de nos esconder, se estávamos usando a capa da invisibilidade!





- Ah... eu... eu... eu esqueci! - Hermione estava mais vermelha que os cabelos de Rony. Ainda bem que estava escuro ali e o rapaz não poderia notar isso.





- Você esqueceu?!





- Qual o problema? - perguntou em tom defensivo - Fiquei nervosa com essa aproximação repentina, oras! Eu também tenho o direito de errar, sabia?





Rony a olhava de esguelha, um olhar desconfiado, obviamente pensando que a amiga estava ficando maluca.





"Certo, agora é só partir para o ataque. Eu disse "só"? Ah, meu Merlin, eu não vou conseguir! Eu não sou uma mulher fatal, esse não é meu estilo!". Hermione olhava nervosamente para Rony, que procurava ouvir algo no corredor que indicasse que eles já podiam sair do armário. As palavras de Kristyn voltaram a sua mente; "Qual o problema, você não gosta dele?"





"Ela tem razão! Eu tenho que lutar pelo que quero! Bolas, eu sou uma grifinória ou não?", decisão tomada, ela se voltou para Rony, aproximando-se lentamente dele, a intenção clara em seus olhos...





- Aaaahhh, nãooo!!!!





Ela parou assustada ante o grito do rapaz, que sacudia as mãos diante do corpo.





- Não se aproxime de mim, sua peçonhenta!!! Sai, sai!!!





Hermione gelou. Ele estava rejeitando-a? E ainda a xingava de peçonhenta? Aos poucos o choque foi sendo substituído pela raiva, que logo transbordava por todos os seus poros.





- Seu imbecil!!! - ela virou a mão na cara dele, num tabefe que o fez cair para trás, derrubando as vassouras e causando uma grande confusão.





Ela saiu enfurecida, sem se importar a mínima em ser vista, e ele ficou olhando-a, aturdido, esfregando o rosto enquanto afastava a perna do local por onde a aranha que pulara em seu braço pouco antes fugia correndo.





- O que deu nessa maluca?!





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No dia seguinte, Harry e Rony já estavam tomando café quando Hermione entrou no salão principal. Ela passou direto pelos dois, pisando duro, indo sentar-se mais adiante, entre Gina e Sammy. Harry voltou-se para o amigo, intrigado.





- O que aconteceu com ela?





- Não faço idéia. - Rony deu de ombros, o cenho franzido numa expressão preocupada, enquanto observava a amiga - Ela anda muito estranha ultimamente.





Com uma leve desconfiança sobre o motivo do "comportamento estranho" da garota, Harry achou melhor deixar o assunto de lado, voltando a atenção para o seu café. Eles tinham treino naquela manhã, por isso assim que acabaram de comer, eles foram até onde o resto do time, exceto Katie, que já havia saído, estava sentado.





- É o que estou dizendo, Luna, os heliopatas são como os E.T.s: querem nos fazer acreditar que são lendas, tudo por algum motivo escuso dos nossos governos! - dizia Alex, empolgado. Ao seu lado, a garota que viera falar com Gina concordava animadamente, feliz por conversar com a única pessoa que não discordava das suas teorias.





- Ah, façam-me o favor! - exclamou Hermione, irritada.





- Você devia abrir sua mente para coisas novas, "Scully"!





- O quê?!





- Hi, Hermione, deixe isso pra lá. - Nicky interviu, divertida. Ao seu lado, Sammy ria abertamente da discussão dos amigos.





- Gente, tá na hora do treino. - declarou Harry ao se aproximar - Vamos?





Rony ainda tentou falar alguma coisa com Hermione, mas ela continuou ignorando-o.





- Eu vou para biblioteca, fazer minhas lições. - ela disse para Gina, levantando-se, e se despedindo de todos - Bom treino pra vocês.





Ela saiu do salão do mesmo jeito que entrou, enquanto os outros se dirigiam para o campo de quadribol, Rony seguindo os colegas, cabisbaixo, tentando entender o que fizera para amiga tratá-lo daquele jeito.





Quando o treino acabou, algumas horas depois, Harry ficou ainda algum tempo no campo, discutindo algumas idéias e táticas com Sammy, e por conseqüência, quando os dois chegaram no vestiário, o resto do time já tinha acabado de se trocar.





- A gente se vê depois. - Rony falou para ele, voltando para o castelo junto com os outros. Harry sabia que ele ia tentar conversar com Hermione.





Harry estava guardando suas coisas no armário, depois de já ter tomado banho e trocado o uniforme, quando Sammy o chamou, a voz soando próxima ao seu ouvido. Virando-se, ele viu que ela estava mesmo muito próxima, praticamente encurralando-o contra a porta do armário.





- Er... que foi? - perguntou sem graça, sentindo o pulso acelerar ante o sorriso malicioso que bailava no rosto da garota.





- Eu estava pensando... - ela se aproximou ainda mais, passeando o indicador pelo peito do rapaz, olhando-o de um modo que o fez engolir em seco - ... você gostou do meu beijo?





- Eu... go-gostei, sim.





- Mesmo? - ela murmurou em seu ouvido, mordiscando o lóbulo da sua orelha - Então acho que devemos repetir a dose, porque eu também gostei muito de te beijar. - com essa declaração ela colou o corpo ao dele, começando a beijá-lo lentamente, os lábios experimentando, provocando, até conseguir a resposta que esperava.





Logo Harry a puxava ainda mais para junto de si, enquanto aprofundava o beijo, sentindo as mãos da garota acariciarem suas costas e seus cabelos, deixando-os ainda mais bagunçados que de costume. Sentia o corpo sendo arrebatado pelas sensações que aquelas carícias provocavam, e parecia que nunca conseguiria estar próximo o bastante dela, tal a ânsia que o tomava.





- Harry, você já... ops, desculpem! - Rony, que entrara em busca do amigo, estava mais vermelho que um tomate. Harry imaginava que não devia estar muito melhor.





- Tudo bem, Rony. - Sammy não parecia envergonhada, enquanto se afastava de Harry, o que gerou protestos no corpo do rapaz. Ela pegou sua vassoura, lançando um último olhar para ele, antes de sair - Depois a gente termina nossa... conversa.





- Obrigado, Rony. - a voz de Harry estava repleta de frustração.





- Ei, como eu podia saber? - o amigo se defendeu - Quando eu ia adivinhar que você de repente ia virar um Dom Juan?





- Dom Juan, eu?!





- Ora, quem é que passa quase todas as noites dando em cima de uma garota, e agora tá se agarrando com outra?





- Rony, me faz um favor, tá? Me deixa em paz! - retrucou, irritado - Afinal, por que você voltou?





- Tentei falar com a Mione, mas ela me escorraçou do lado dela. Pensei que você talvez conseguisse descobrir qual é o problema.





- Ok, eu vou tentar. Vamos embora.





Os dois seguiram para o castelo, cada qual perdido nos próprios pensamentos.





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Harry bem que tentou ajudar o amigo, mas Hermione estava irredutível, não queria nem ouvir falar no nome de Rony.





- Eu realmente não entendo o comportamento dela, Gina. - ele dizia a amiga, durante o turno deles naquela noite.





- Ela tem os motivos dela, Harry. - Gina retrucou - Apesar que eu achei muito estranho quando ela me contou.





- E o que foi?





- Não posso dizer, ela não aprovaria. - ante o suspiro desanimado do garoto, ela continuou - Mas talvez você possa me ajudar a resolver o enigma. O que Rony te contou sobre a discussão deles?





Harry contou tudo o que sabia, surpreendendo-se quando Gina começou a rir descontroladamente. Ficou olhando para ela, confuso.





- Desculpa, Harry. - ela disse quando enfim conseguiu se conter, enxugando as lágrimas que escorriam pelo canto dos olhos - Mas é que finalmente entendi o que aconteceu. E acredite: não dá pra não rir. Não posso te dizer nada, mas pode deixar, que amanhã a Mione já vai ter voltado a falar com meu irmão.





Harry deu de ombros, sabia que não adiantava insistir. Voltou a atenção para o que acontecia dentro da sala da professora. Depois de muito tempo, perceberam que também não conseguiriam nada naquela noite, e trataram de voltar para Torre.





- Você está mais aéreo que de costume, Harry. - ela comentou, observando o rapaz.





- Estou pensando que as garotas são muito complicadas para minha humilde mente masculina. - Gina riu do jeito que ele disse isso - Até Hermione, que sempre foi tão racional, está agindo de forma ilógica.





- Não sei por que, mas acho que não é na Mione que você está pensando...





Harry hesitou um momento, e então decidiu se abrir com a garota. Quando terminou de falar, Gina o olhava com um sorrisinho divertido.





- E depois diz que as garotas é que são complicadas. Afinal, Harry, de quem você gosta?





- Se eu pudesse responder isso, Gina, eu não estaria confuso. - ele suspirou, cansado - Eu gosto muito da Rhea, estar com ela é algo especial pra mim, entende? Em compensação, a Sammy... nossa eu não consigo nem explicar o que sinto por ela. O que eu faço, Gina?





- Bom, citando uma grande conhecedora desses assuntos: - ela encarou o rapaz, que a olhava em expectativa - aproveite! - ela riu ante a surpresa dele - Harry, pelo que você disse, não está em condições de escolher com quem quer ficar. O que você precisa é de tempo, para descobrir para que lado a balança pende, entendeu?





- Acho que sim... - respondeu, meio inseguro - Mas isso não seria meio canalhice da minha parte?





- Não se você for sincero com as duas. Ponha as cartas na mesa, e veja o que elas dizem sobre isso.





Harry pensou um pouco, e resolveu que valia a pena tentar. Afinal, já estava mesmo quase ficando doido com tudo aquilo. Eles chegaram ao corredor que levava até a torre de astronomia. Harry olhou hesitante para garota.





- Gina, você se importa...





- Vai. - ela o interrompeu, sorrindo - Pode deixar que eu consigo chegar sozinha na Torre.





- Muito obrigado pela força, viu? - ele a abraçou com carinho - Foi muito importante pra mim.





- De nada, seu boboca. - ela brincou, retribuindo o abraço e beijando-o no rosto - Boa sorte, Harry. - ela continuou seu caminho para a Torre da Grifinória.





Pouco depois de deixar Harry, que seguiu para a torre de astronomia, Gina mais uma vez se viu envolta em escuridão, uma mão cobrindo sua boca, impedindo-a de gritar e atrair atenção, enquanto outra segurava, firme, a sua cintura, arrastando-a para dentro de uma sala. Porém algo estava diferente, algo que realmente a irritou.





- O que você fez, idiota?! - gritou quando ele finalmente retirou a mão que a calava - Eu estou cega!!!





- Você não está cega. - retrucou uma voz rouca, que Gina logo percebeu ter sido alterada por meio de magia - É apenas um feitiço temporário. Muito útil, na verdade.





Podia até ser, mas aquilo a fazia sentir-se vulnerável. E Gina odiava isso. Fora assim que se sentira em seu primeiro ano, e jurara que nunca mais permitiria que a fizessem sentir isso de novo.





- Ah, quer dizer então que agora você fala? - perguntou ironicamente.





- Outro feitiço útil. - respondeu simplesmente. Ele falava de forma casual, mas Gina sentiu que não era a única irritada. Apesar de não saber onde ele estava - já que ele se afastara assim que a soltara - sentia sua irritação chegando em ondas até ela. Não teve que esperar muito para confirmar isso, nem descobrir o motivo - O que foi aquela ceninha emocionante com o Potter, hein?





Gina divertiu-se com aquilo, e lembrando-se dos conselhos de Kristyn, resolveu aproveitar a situação.





- Isso realmente não é da sua conta. - respondeu com arrogância, soltando um gritinho de susto quando ele agarrou seus braços com força, puxando-a para junto de seu corpo.





- Está muito enganada, minha cara. - ele sibilou junto ao seu ouvido, a raiva transbordando em sua voz.





- Você está me machucando! - reclamou, tentando soltar os braços, sem sucesso.





- Ótimo! Talvez assim você entenda melhor! - contrariando suas palavras, ele suavizou o aperto, apesar de ainda mantê-la firme junto a si - Trate de colocar isso em sua cabeça, ruivinha: você é minha! E ninguém toca no que é meu!





- Seu imbecil! Eu não sou propriedade de ninguém, de ninguém, está ouvindo?!





- Engana-se de novo! - retrucou, parecendo satisfeito com a raiva que despertava nela - Assim que a vi no Expresso, naquele projeto de saia que mostrava essas pernas fabulosas que você tem, eu tomei uma decisão: queria você! E o que eu quero, eu consigo!





Gina estava completamente revoltada com esse discurso machista. Quem esse cafajeste pensava que era, para falar assim dela?! Indignada, ela começou a lutar com maior fúria para se libertar, mas ao invés disso, o que conseguiu foi fazê-lo perder o equilíbrio e cair de costas, levando-a com ele. Mas não caíram no chão, como imaginava que fosse acontecer, e sim em algo macio, que ela logo percebeu se tratar de um grande sofá. Gina se sentou sobre ele, uma perna de cada lado de seu corpo, tentando se afastar rapidamente, mas ele a segurou, impedindo-a.





Continuou lutando, tentando socar o peito forte, ou arranhar seu rosto, mas ele segurava seus pulsos com firmeza, rindo do seu ataque.





- Ora, ora, a gatinha tem garras! - sua voz soava divertida, com evidente prazer ante a reação da garota - Eu gosto disso!





O deboche dele a enfureceu ainda mais, e ela começou a xingá-lo dos piores nomes que aprendera com seus irmãos. Ele apenas riu, e logo depois a puxou com força para baixo, cobrindo sua boca com a sua, num beijo que a fez perder o fôlego, enquanto retribuía com paixão, as línguas se buscando, se entrelaçando, se provocando com uma sensualidade que afastou qualquer pensamento coerente que pudesse estar em suas mentes. Nada mais importava, a não ser o prazer que sentiam.





Gina não lutava mais e ele soltou seus pulsos, passando a acariciar o corpo macio que pressionava o seu. Subiu as mãos pelas pernas que envolviam seu corpo, erguendo a saia curta, envolvendo os quadris sedutores que sempre o perturbavam ao vê-la andando pela escola. Ao mesmo tempo, ela abria sua camisa, correndo as mãos pelo peito másculo, passando as unhas de leve por ele, de forma provocante, o que fez seu sangue corre ainda mais rápido.





Com um gemido rouco, ele girou rapidamente o corpo, invertendo suas posições. Ela agora estava sob ele, as pernas envolvendo seus quadris, os corpos muito próximos, com uma intimidade que a teria assustado, se ela estivesse em seu estado normal. Ele agora deixava um rastro ardente, enquanto descia com os lábios pelo seu pescoço, em direção aos seios que as mãos ávidas já acariciavam com volúpia. Gina estava completamente entregue, uma das mãos acariciando os cabelos macios dele, enquanto a outra corria pelos músculos de suas costas. Ela suspirou profundamente ao sentir aqueles lábios começarem a percorrerem seus seios, que ele acabara de desnudar.





- Lindos... - murmurou contra sua pele, embevecido - Você é toda linda...





Ele continuou em suas carícias, mas suas palavras tiveram o dom de traze-la de volta a si. "Merlin, o que estou fazendo?!"





Empurrou-o com toda sua força, pegando-o de surpresa, e fazendo-o despencar no chão ao lado do sofá. Sentando-se, tratou de rapidamente ajeitar suas roupas, recompondo-se o melhor que pôde, sem enxergar o que fazia. Ouviu um suspiro desanimado.





- Deixe-me ajudá-la. - ele estendeu as mãos para os botões que ela desajeitadamente tentava fechar, mas ela deu-lhe um tapa, afastando-as, fazendo-o rir baixinho. - Ok, se é assim que quer.





- O que eu quero... - começou, irritada - é voltar para meu dormitório, e esquecer tudo isso!





- Você pode até tentar esquecer, mas duvido que consiga. - respondeu com arrogância. Ela preferiu ignorá-lo.





Assim que se sentiu mais arrumada, levantou-se do sofá, dirigindo-se a ele com frieza.





- Agora, trate de devolver minha visão.





- Não. - respondeu calmamente, e Gina notou que estava logo diante dela, sentado no chão. Quando continuou, sua voz estava cheia de malícia - Você não disse a palavra mágica, e eu estou gostando muito da vista que tenho daqui.





Gina agarrou a frente das suas vestes, puxando-o para cima, aproximando o rosto do dele, falando entre os dentes.





- Pare de gracinhas, e devolva minha visão... por favor. - completou com ironia.





- Pedindo com tanta delicadeza assim... claro, ruivinha, mas primeiro vamos sair daqui. Esse lugar é secreto. - ele segurou seu braço, guiando-a para saída.





- Mesmo? Que grande surpresa! Você parece adorar um segredo... - ela ironizou, fazendo-o rir novamente.





Pouco depois eles tinham virado alguns corredores, quando ele a fez parar, roubando outro beijo, antes de se afastar.





- Até nosso próximo encontro, minha querida.





- Eu não sou sua querida.





- Ainda não. - retrucou calmamente - Mas logo será. Enquanto isso, fique longe do Potter, ou de qualquer outro. Caso contrário, não vai gostar da minha reação, acredite.





Ele então se foi, e logo Gina voltava a enxergar, descobrindo-se no mesmo ponto onde estivera antes dele abordá-la. Cansada e confusa, resolveu analisar tudo aquilo no dia seguinte, e seguiu para a torre, querendo afundar o rosto em seu travesseiro e esquecer toda aquela confusão.





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Harry a encontrou, como sempre, sentada sobre o parapeito, o olhar perdido na paisagem a sua frente, enquanto o vento soprava forte seus cabelos, fazendo-os flutuarem atrás dela. Ele ficou parado, admirando a beleza da garota.





- Você demorou.





Harry sorriu de leve; já se acostumara com o fato de que ela sempre sabia quando ele estava ali. Talvez por isso não tenha se surpreendido tanto quando a mãe dela os percebera no corredor.





- Estava ocupado. - respondeu simplesmente, enquanto se sentava ao lado dela.





- Serviço de espionagem? - ela riu suavemente ante a surpresa dele - Você pode ter dominado a arte da Oclumência, mas é preciso mais do que isso para esconder certas coisas de nós. Ainda mais quando se trata de algo do nosso interesse.





Aquilo o fez lembrar da conversa que acabara de ter com Gina. Encarou a garota com seriedade.





- Se é assim, então, você sabe o que estou sentindo?





- Bom, você está sentindo muitas coisas... principalmente confusão. - respondeu, de modo cauteloso - Não gosto de invadir assim a sua privacidade, Harry, mas isso é algo tão latente em você, que não tem como eu ignorar.





Harry concordou com um gesto de cabeça. Não podia censurá-la, sabia que tinha razão.





- E... você sabe por que estou confuso?





- Porque seus sentimentos estão divididos. - respondeu prontamente - Não se preocupe, eu não o culpo. Você não está tentando enganar ninguém, só não sabe ainda o que realmente quer.





- Bom, pelo menos um de nós sabe o que o outro sente, não é? - comentou Harry, irônico.





- Eu gosto de você, Harry. - ela declarou, olhando-o com surpresa - Achei que isso estivesse claro.





- Realmente, muito claro. - retrucou, sarcástico - Principalmente quando você me congela com o olhar quando me encontra pela escola. Afinal, por que você faz isso?





Ela voltou a observar a paisagem, o olhar distante, e demorou tanto a responder que Harry já achava que ela não o faria, quando enfim voltou a falar.





- Digamos apenas que, às vezes, eu não sou eu mesma. - ela tinha um pequeno sorriso sem humor nos lábios. Harry percebeu que, o que quer que fosse, isso era algo que a incomodava.





- E por que isso acontece?





- Harry, você sabe muito sobre meus primos e eu, mas não tudo. - ela desceu do parapeito, andando devagar ao longo dele, os braços envolvendo o próprio corpo, enquanto o olhar continuava perdido na imensidão a sua frente. - Aquilo que somos, o que representamos, nos obriga a tomar muitas precauções. Ainda mais em épocas como a que vivemos agora.





- Então, essas precauções implicam em se manterem isolados de todos?





- De certa forma, entre outras coisas. - respondeu de modo enigmático - Nós carregamos segredos muito, muito valiosos, Harry. Todo cuidado é pouco.





Harry se lembrou da conversa que ouvira entre Kristyn e Ana. "Conhecemos o preço, Kristyn.", dissera a mãe dela. Pelo que entendera, elas tinham perdido muitas coisas importantes. Olhou para a linda garota a sua frente; sabia que ela também havia perdido muito, como a chance de conhecer o próprio pai desde que nascera. Esperava, sinceramente, que ela não tivesse que perder mais nada.





Ele foi até ela, fazendo-a virar-se para ele e encará-lo, enquanto acariciava seu rosto com delicadeza. Sentiu-se tragado pela profundidade azul que se prendia a seus olhos.





- Eu não preciso de sua piedade, Harry. - ela parecia levemente aborrecida - Apesar do que contei, não sou nenhuma garotinha infeliz, pode acreditar.





- E quem está falando em piedade, aqui? - ele retrucou, puxando-a mais para junto de si - Acho que seu dom está falhando, já que confundiu o que estou sentindo com piedade...





- Bom, se é assim, você podia me dar uma dica, não é mesmo? - murmurou, o tom sugestivo, enquanto passava os braços pelo pescoço dele.





- Que tal isso? - perguntou no mesmo tom, beijando-a de leve nos lábios.





- Hum... ainda não sei... - os olhos dela brilhavam com malícia - ... acho que vai ter que ser mais óbvio...





Ele sorriu, antes de cobrir os lábios dela novamente com os seus, num beijo muito mais profundo. Ficaram ali durante muito tempo, esquecidos de todos os problemas, concentrados apenas um no outro.





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- Eu falei com ela, Kris. Como prevíamos, Alena só poderá vir a Hogwarts depois do Samhaim.





- Não tente me enganar, Ana, eu te conheço muito bem. - retrucou Kristyn, mantendo o olhar atento sobre a prima - O que mais ela disse?





- Ela estava muito ocupada com os preparativos do ritual, mas pôde adiantar uma coisa. - o tom de Ana a alertou de as notícias não seriam as melhores.





- E o que foi?





- Só existe um caminho para chegarmos a Tuireadh.





- Pode dizer, Ana. - incentivou, impaciente - A essa altura, nada mais me assusta.





- Será? - duvidou a prima - Tudo bem, lá vai: o único caminho para o reino de Morrigan é o Mag Dalben. - Kristyn empalideceu subitamente.





- "O Caminho das Sombras"... - murmurou ela, retribuindo o olhar grave da prima - Que Merlin nos ajude!





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N/A: Quero agradecer, mais uma vez, a minha grande amiga Tonks, que é a única doida que consegue agüentar minhas neuras com a fic, e me ajuda a resolver os problemas que surgem durante os capítulos, sempre com alguma boa idéia. Brigadão, Tonks! Gente, eu espero mesmo que tenham gostado, por favor, não deixem de me dizer o que acharam, ok? Bjaum, e até o próximo capítulo (que eu espero postar até o próximo sábado, com a ajuda de Merlin!).







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