Nova Ordem Mundial



Antes que o homem loiro pudesse se levantar, Helen tornou a correr para longe, ganhando distancia, desviando dos blocos de pessoas que duelavam nas ruas e se metendo entre as pessoas que corriam assustadas de um lado para outro.
- Malfoy! – Harry surgiu, dois minutos depois com Gina ao seu lado. – Onde está Hermione? – perguntou, dando a mão para ajudar a levantar Malfoy.
- Então, é Hermione mesmo? – Malfoy perguntou, aturdido, sem entender direito o que estava acontecendo.
- Sim!
- Ela está viva? – Gina e Draco perguntaram ao mesmo tempo.
- Sim, está. – Harry respondeu, sem conseguir conter um sorriso nos lábios.
Draco sentiu uma forte emoção invadindo o seu coração. Sua face ardia, mas aquela sensação chegava a ser boa.
- Mione! – Ele sussurrou, fazendo esforço para tentar identificá-la na multidão. - Para lá! – Malfoy apontou.
- Gina, volte para o carro e o guarde até que voltemos, sim! – Harry ordenou e começou a correr atrás de Malfoy que já corria em direção à Hermione – Eu volto já, querida, não se preocupe!
Era tarde demais. Gina já estava preocupada! Seu coração comprimia uma sensação de perda que lutava para não sentir.

Gina voltou para o carro que seu marido indicara. Não demorou muito para que Harry e Malfoy retornassem, trazendo uma Hermione que se debatia contra os dois.
- Socorro! Polícia! Socorro! – Ela gritava.
- Pare de gritar, Granger! – Malfoy reclamava. Puxando Hermione pela cintura e a jogando para dentro do carro, sentando no banco detrás com ela.
Gina e Harry sentaram no banco da frente. Com Gina ao volante.
Hermione estava bufando e estava muito nervosa. Simplesmente não podia acreditar no que estava acontecendo. Ela olhou para frente. No banco do motorista, aquela garota ruiva a encarava com preocupação.
- Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Nós não vamos lhe fazer mal. – Gina disse, tentando acalmar, Hermione.
Por mais que estivesse com medo, as palavras da garota ruiva soaram reconfortantes para ela. Se eles tinham uma garota com eles, não podia ser tão ruim assim, podia?
- Como é que se dirige esta coisa? – Gina perguntou, indecisa, virando-se para Harry. Ela usou um tom menos reconfortante com Harry que não deixou de perceber.
- Espere! Eu vou usar um feitiço para esta lata velha nos levar até o Ministério. Transtursa Ministério da Magia! – disse Malfoy, sacando a varinha e lançando um raio sobre a chave de ignição.
O raio assustou Hermione que se encolheu num canto.
O carro começou a se mover, lentamente, fazendo uma curva desastrada sobre a calçada e tomando uma pequena estrada.
Harry virou-se para Malfoy, com um olhar sarcástico.
- Eu disse que esta lata velha nos levaria até o Ministério. Não disse que respeitaria todas as leis de transito dos trouxas, disse?
Harry tornou-se a virar para frente, mas Malfoy voltou seu olhar para a garota ao seu lado. Sem dúvida era Hermione. Estava muito diferente. Não tinha aquela aparência confiante e sagaz que sempre tivera. Estava acuada como um bichinho que temia por sua vida. Ela, uma das bruxas mais poderosa do muito inteiro!
- Hermione? – Malfoy começou – O que aconteceu com você? Onde estava este tempo todo.
Hermione tapou os ouvidos com as duas mãos e fechou os olhos. Seus lábios tremiam, mas ela começou a balbuciar com veemência.
- MEU NOME É HELEN SMITH! ISTO É SÓ UM PESADELO! MEU NOME É HELEN SMITH E ISTO É SO UM PESADELO! DEUS, FAÇA ISTO SER SÓ UM PESADELO. MEU NOME É...
Malfoy voltou-se para Harry que observava Hermione com pesar.
- Ela não se lembra de nada! E se recusa a lembrar. – Harry explicou a Malfoy.
- Será que é....
- É ela, sim, Draco! Eu tenho certeza. – Harry disse, encarando o amigo – É a nossa Mione!
- Onde você a encontrou? – Malfoy perguntou.
- Ela estava numa casa de trouxa.... bom.... seu pai a estava atacando... acho que ele a mataria se eu não chegasse bem em tempo...
Draco abaixou a cabeça, não gostava de pensar no seu pai. No último ano em que eles estiveram em Hogwarts, Draco se apaixonou perdidamente por Hermione. Apesar de implorar diversas vezes para que ela fosse a sua namorada, ela sempre recusava. Ele tivera outras namoradas, mas nunca conseguira esquecer Hermione, até o dia em que decidiu se tornar um Auror para lutar ao lado dela contra os comensais da morte. Quando seu pai descobriu, eles tiveram uma terrível briga. Ele teve que estuporar Lucius ou ele o mataria, mas depois disso, ele nunca mais vira o pai, a mãe ou qualquer um de seus parentes.


- Chegamos! – Disse Gina, ainda desanimada.
Helen olhou pela janela para o lugar a qual a garota ruiva apontava. Estava muito escuro, mas ela conseguiu divisar um casebre muito velho e muito sujo, parecendo impossível de se habitar, muito menos ser a sede do - como aquelas estranhas pessoas chamavam – Ministério da Magia.
Malfoy se lançou sobre Helen, com o intuito de tirá-la do carro, mas ela começou a gritar como nunca. Ela sabia que não seria nada bom entrar num local tão abandonado com aquelas pessoas. E se entrasse... duvidava muito que conseguisse sair com vida.
Ela começou a lutar com o homem loiro, puxando seus cabelos, chutando, mordendo....
- Espera aí, Malfoy! – disse a garota ruiva. – Claramente, Hermione está com medo e vocês não estão ajudando querendo carregar ela como se fosse um saco de batatas.
Gina abriu a porta do lado que Hermione estava e estendeu a mão.
- Você pode não acreditar, mas nós somos grandes amigas, então, confia em mim porque eu não vou deixar que ninguém lhe faça mal, está bem?
Helen olhava a mão estendida com desconfiança, não sabendo se iria aceitar ou não.
- Olha! Meu nome é Gina Weasley e estes são Harry Potter – Gina apontou para Harry e depois para Malfoy – e este é Draco Malfoy. E por mais que você pense ao contrário, nós só queremos te ajudar.
Gina estendeu a mão novamente, mas desta vez, Helen a aceitou.
Gina envolveu o braço de Helen e a conduziu em direção para o casebre, que tinha ares assustadores. O cenário perfeito para um filme de terror.
- Ah, meu Deus! – disse Helen, constatando o pior – Vocês vão me matar, não é, este vão ser o local onde eu vou morrer, não é.
Harry não conseguiu conter um sorrisinho.
- Ah, Mione! – ele disse e depois olhando para a porta, disse num tom bem alto – CORRENTE DE CHOCOLATE.
A porta se abriu de repente como por Magia. Obedecendo a mão de Gina, Helen entrou.

Helen olhou em volta, a boca aberta numa expressão de surpresa. E pensou, mais do que nunca, de que estava tendo um pesadelo. Ela imaginou que entraria num aposento sujo, mofado, velho e escuro, mas pisou sobre um tapete vermelho bem macio, que se estendia por todo o salão, tão espaçoso quanto luxuoso.
- Que lugar é esse? – ela perguntou, boquiaberta.
- Bem vinda ao Ministério da Magia! – o homem chamado Harry anunciou, com um sorriso nos lábios.

- MEU DEUS! - Do alto de uma enorme escadaria que dava para os andares superiores, um homem ruivo, muito parecido com a garota chamada Gina estava espantado – É HERMIONE!

Ao grito do homem, que começou a descer as escadas rapidamente, várias pessoas que estavam andando de um lado para outro dentro daquela casa, voltaram suas cabeças para Helen.

- Meus Deus, olhem.... é a sra. Granger.... – Helen escutou alguns cochicharem.
Todas aquelas pessoas pareciam conhecê-la, mas o que era pior, Hermione não conseguia reconhecê-las. Mas, e se Harry estivesse certo. E se ela fosse mesmo esta mulher chamada Hermione? Helen arrepiou-se em imaginar ser uma... bruxa.

- Mione! – o homem ruivo a abraçou calorosamente. Helen podia ver que ele estava chorando emocionado. – Você está viva! Está viva!

- Rony! – Harry falou – ainda não sabemos se é mesmo a Hermione.

- Como não? – Rony falou... – olhem para ela.... ela está bem.

- Bem... ela insiste em dizer que o nome dela é Helen Smith – Malfoy declarou, cético.

- É verdade? – Rony perguntou a Helen.

- Bom... meu nome É Helen Smith. Eu sinceramente acho que todos estão me confundindo com esta tal Hermione.

Rony abaixou os olhos, claramente desapontado.

- Vamos investigar – Harry falou, segurando o braço de Helen para guiá-la. – Eu preciso falar com você, agora.

Helen não teve muito que dizer, por que ele praticamente arrastou-a dali.

Eles subiram o primeiro lance de escadas até chegarem a uma sala, tão luxuosa quanto o restante do lugar.

- Entre – Harry disse, guiando-a – E sente-se.

Harry deu a volta e sentou no outro lado da escrivaninha de madeira onde todos os tipos possíveis de objetos esquisitos estavam detalhadamente organizados.

- Você se lembra desta sala? – Harry perguntou.

Helen olhou em volta, mas tinha certeza de que nunca estivera ali antes.

- Bom! – ele continuou – Este é o meu escritório. Eu sou o diretor do departamento de Aurores do Ministério. Mas antes de mim, você... eu digo... Hermione Granger era a diretora.

Helen ficou calada.

- Você é realmente muito parecida com ela. Muito!

- Bom.... eu acho que.... – Helen começou, mas foi interrompida por Harry.

- Espere! – disse ele, remexendo em uma das gavetas – Aqui está! É uma foto nossa.... de quando nos formamos.

Helen quase derrubou o quadro emoldurado quando se percebeu na foto. Nossa! Era mesmo muito parecida, Helen pensou colocando a mão no rosto para se certificar de que era ela mesmo. A garota na foto estava entre o homem chamado Rony e Harry e o trio estava sorrindo abertamente num abraço.

- Esta é Hermione Granger! – Harry explicou.

- É realmente muito parecida comigo. – Helen concordou... – Mas vejam... não sou eu...

- Aham! – Harry concordou – Por acaso seus pais se chamam John e Matilda Granger.

- John e Matilda Smith! – Hermione concordou horrorizada. – Eles estão mortos. Morreram num acidente há dois anos....

- Hum... – Harry refletiu por um minuto – Bom.... Helen.... eu acho realmente que você é Hermione Granger... mas não consegue se lembrar... particularmente eu acho que alguem alterou a sua memória com o feitiço OBLIVIATE.

- Ora... não pode ser... eu saberia se eu fosse uma.... uma bruxa...? Eu me lembraria, não?

- Uhm.... bem... veja.... eu vou lhe contar a estória da Hermione. Talvez você consiga se lembrar de alguma coisa.

- Está bem! – Hermione concordou.

- Hermione, eu e Rony somos grandes amigos, sabe. Nós nos formamos juntos. E, é claro, decidimos ser aurores, nós três. – Harry sorriu – Bons tempos em Hogwarts... passamos por grandes aventuras.... pensamos que havíamos derrotado Voldemort... mas depois vimos que estávamos errados. E Voldemort voltou.... depois eu lhe conto quem é Voldemort – Harry completou quando viu Helen fazendo uma careta. – Nós nos transformamos em Aurores... a melhor equipe que o Ministério da Magia já teve. Eu acredito que sou um pouco melhor do que Hermione em certos feitiços, mas a dedicação e determinação dela a fizeram ser a chefe do nosso departamento.

Harry sorriu, como se lembrasse de alguma coisa muito boa.

- Sabe... nos decidimos morar todos juntos: Gina, Rony, Eu, Hermione e Neville, que se tornou um herbologista muito famoso... pobre Neville. Gina se apaixonou por Neville nesses dias e eu achei realmente que eles se casariam se Neville não fosse morto num ataque. Só nesta época soubemos do retorno de Voldemort. Luna e Draco Malfoy vieram morar conosco então. Luna virou a editora chefe do Profeta Diário, e é até hoje, e Malfoy, decidiu seguir a carreira de auror.

O cenho de Harry franziu, como se lembrasse de uma coisa muito ruim.

- Hermione me convenceu de sair com Gina para ampará-la naquele momento de dor. Eu acabei me apaixonando por Gina e magoei Hermione profundamente....

Harry abaixou a cabeça, tristonho.

- Hermione resolveu noivar com Draco na mesma noite em que eu noivei com Gina.... – Harry continuou – E depois.... houve um ataque maciço no Ministério antigo. O corpo de Hermione nunca foi encontrado, mas consideramos que ela havia morrido. Nós entramos em contato com os pais dela, John e Matilda Granger. Agora eu me recordo que eles pareciam muito bem para quem acabara de perder uma filha. Eu acho que você sobreviveu ao ataque, Mione, mas recebeu o feitiço obliviate e perdeu a memória. Seus pais a acolheram em casa e resolveram fingir que nada daquilo havia acontecido. Nos últimos dias eles estavam nervosos com a aproximação da guerra e eu acho que eles aproveitaram a ocasião para te afastar de....

- Isto não pode ser verdade! – disse Helen, com veemência. – tudo isto! – ela olhou ao redor como tentando achar algo que a fizesse pertencer aquele mundo estranho – Não pode ser real.

- Você viu o que estava acontecendo lá fora, Hermione. Você viu os ataques e Lucio Malfoy quase matou você se eu não chegasse a tempo para te salvar. Então me diga, voc~e acha realmente que isto não está acontecendo?

Helen enfiou o rosto entre as mãos para esconder as lágrimas.

- É tudo tão confuso. Tão diferente do meu mundo.

- Este é o seu mundo, Helen. Me diga: por acaso era feliz naquele seu mundo. Por acaso sentia-se plena. Nunca pensou que estava faltando algo na sua vida. Nunca acordou a noite com a sensação de estar no lugar errado?

Helen levantou o rosto para encarar aquele homem. Tudo o que ele dissera era verdade. Ela sempre teve um vazio inexplicável na sua vida, mas estava com medo de pensar que aquele mundo brutal era seu lar.

- Este mundo pode ser cruel, Helen – disse Harry, como se lesse sua mente – Mas ao menos tínhamos um ao outro e a Rony e isso compensa tudo! TUDO!

Harry levantou-se e deu a volta na escrivaninha para ficar em frente a cadeira de Hermione.

- Todos esses anos, eu rezei para encontrá-la... eu implorei para encontrá-la... e agora que eu a achei... eu juro que jamais deixarei que nada te aconteça. – Harry se ajoelhou ao seus pés e segurou em sua mão. – Por favor, lembre-se de mim, Mione, minha querida....

Harry levantou-se e se aproximou de seus lábios. Helen quis impedi-lo, quis gritar ou falar algo, mas parecia que a necessidade que seu corpo tinha do dele não lhe dava forças. Centímetro por centrímetro ele chegava perto dela, cada vez mais e mais até que...

- Harry está acontecendo uma grande....

Gina parou perplexa com o que via. Harry segurava uma das mãos de Hermione e estava a poucos centímetro de beijá-la, mas quando a viu, parada na porta ele instantaneamente se afastou de Hermione.

Helen abaixou a cabeça, envergonhada.

- O que estava dizendo, Gina? – Harry perguntou calmamente.

Os olhos de Gina brilharam, mas ela piscou para impedir que as lágrimas brotassem. Internamente ela sentia um punhal transpassando seu coração. Não importava. Precisava ser forte.

- Está.... a-acontecendo uma grande rebelião no Ministério. As pessoas querem partir, porque estão amedrontadas. Acho que você precisa fazer algo para impedir.

Harry saiu da sala com pressa, deixando Gina e Helen a sós.

- Harry é seu marido, não é? – Helen perguntou. Gina apenas fez que sim com a cabeça. Não tinha certeza se poderia falar.

- Eu.... eu não sei o que deu em mim. Estou assustada e acho que acabei... acabei me deixando seduzir por este homem. Nossa! – Helen colocou as mãos no rosto, estavam queimando. - Estou muito confusa com esta estória toda. Estou começando a achar que pode ser verdade. Que eu posso ser esta tal Hermione Granger e que....

- Harry é meu marido! – Gina conseguiu falar, mas não conseguiu segurar as lágrimas. - Nós nos casamos quase dois anos depois da destruição do Ministério. Ele procurou por você.... nós havíamos terminado, mas quando ele finalmente aceitou sua morte, nós nos casamos. Eu o amo muito, Hermione, por favor, não o tire de mim.

- Moça... Gina não é? Eu mal sei quem vocês são... e realmente não quero me intrometer em seu casamento. Aquele homem me salvou e eu vi uma porção de coisas que me deixaram com medo. Eu só deixei extravasar a minha emoção por um segundo. Eu jamais me envolveria com um homem como este tal de Harry Potter. E muito menos com Draco Malfoy. Eu jamais me apaixonaria por nenhum deles! – Ela disse com segurança.

Mas Helen descobriria mais tarde que ainda naquela noite, seu coração seria destroçado por amor e paixão.





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Comentários (1)

  • Isis Brito

    Destroçado por amor e paixão??Ô vontade de matar uma leitora do coração!!  

    2012-09-25
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