O assassinato de Malfoy



Quando Harry chegou ao fim da passagem secreta, percebeu que logo amanheceria. Com pressa para aparatar para Hogwarts, ele puxou Helen e a ergueu para que pudesse sair. Ele escalou agilmente o buraco, e ajudou Helen, puxando-a para fora.
- Vamos, precisamos ser rápidos! – Harry disse, segurando Helen pelos pulsos.
- NÃO TÃO RÁPIDO! ESTUPEFAÇA!– Harry virou-se, quando viu que Lucius Malfoy estava vindo para junto deles e gritou:
- Lucius? PROTEGO!
Mas, pego de surpresa, o feitiço de proteção não saiu tão bem, e o impacto da estuporação de Malfoy atingiu a ele e a Helen com certa intensidade e ambos caíram no chão.
Ainda um pouco zonzo por causa do feitiço, Harry se virou para ver que Lucius Malfoy estava se preparando para atacar novamente.
- Helen! – Harry levantou-se e puxou a garota, colocando em sua mão a varinha de Hermione. – Pegue isto e corra o máximo que você puder... salve sua vida!
Helen não esperou duas vezes, agarrou a varinha e correu para longe dos dois homens que estavam prestes a lutar.
Ela transpôs a rua e já estava alguns metros longe quando escutou os gritos de Harry e se virou assustada.
Mesmo longe, pode ver que Harry estava caído e se contorcia de dor enquanto o homem loiro, a quem Harry chamava de Lucius, apontava para ele a varinha.
Helen virou-se e correu mais alguns metros e então, parou novamente.
- Corra, Helen – ela disse a si mesma – salve sua vida, fuja para longe...
Helen travou uma luta interna enquanto escutava Harry gemer.
- Não... não.... – Helen olhou para Harry novamente. Não podia explicar, mas sabia que seu passado estava atrelado a ele. E, de alguma forma, sabia que seu futuro também, embora não soubesse quanto tempo ESSE FUTURO duraria em meio à guerra. Então decidiu...

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- Espero que esteja gostando, Potter – Malfoy dizia enquanto brandia a varinha habilmente. – Quem diria que seria eu o assassino do grande HARRY POTTER? Mas não se precupe com a Granger. O Lord das Trevas cuidará muito bem dela....
- EU POSSO CUIDAR DE MIM MESMA! – Helen gritou. Malfoy virou-se assustado, tentando enfeitiçar a garota que aparecera às suas costas, mas já era tarde – AVADA QUEDAVRA!
Malfoy deu apenas um grito que se perdeu no ar. Dobrou os joelhos, olhou para Harry novamente e sorriu. No mesmo segundo, um fio de sangue correu para fora de sua boca, no segundo seguinte, Malfoy havia caído ao lado de Harry: estava morto!
Helen havia matado Lucius Malfoy.
Helen correu para junto de Harry e ajudou-o a se levantar.
- Você está bem? – ela perguntou.
- Você... você matou Lucius! – Harry disse.
- Eu tive que fazer isto ou ele o mataria... e eu não queria perdê-lo. – Helen disse, sentindo as lágrimas aflorarem em seu rosto. – Eu fiquei com tanto medo...
Harry pensou em abraçar Helen e confortá-la, mas antes que ele fizesse qualquer movimento, Helen se aproximou e, abraçando-o, roçou seus lábios nos deles.
- Eu achei que você iria morrer... eu não quero perder você, Harry.
- Helen... você.... você se lembrou... você sabe agora que você é Hermione?
Helen encarou-o e sentiu aqueles olhos penetrarem fundo em sua mente. Ela queria tanto poder dizer que sim... queria tanto ter lembrado... queria ser Hermione Granger, mas de tudo, só tinha certeza de uma coisa... sendo ela Hermione ou Helen, ela o amava...!
- Meu coração sabe o que minha mente não quer lembrar, Harry.... eu amo você...
Harry tomou-a nos braços e puxando-a para si, cobriu seus lábios com os dele.
- Hermione... – ele murmurou enquanto a beijava, mas Helen não ligou... teria que acostumar a esse nome: ela era Hermione!
Mas, para quebrar o encanto do momento, uma voz surgiu em seus pensamentos...uma voz que conhecia bem, pois era a voz de sua amiga, e Helen sabia que era sua amiga, Gina.
“- Lembre-se da promessa que fez....” Helen havia prometido a Gina que não tiraria Harry dela e por mais que seu coração desejasse, a sua razão fez com que ela se distanciasse dele.
- Está tudo bem? – Harry perguntou, quando ela se afastou, cobrindo nervosamente os lábios com seus dedos.
- Eu prometi a Gina que não o tiraria dela...
- Helen.... eu e Gina...
- Ela é minha amiga... Eu não consigo me lembrar, mas meu coração sabe que somos grandes amigas e eu não posso magoá-la.
- Nem eu tampouco quero magoar a irmã de meu melhor amigo e minha esposa... e minha amiga – Harry disse seriamente. – Mas quero que saiba que a situação entre eu e Gina há muito tempo está desgastada e tudo por minha culpa.... Gina é adorável... é a melhor esposa que eu poderia querer...sempre dedicada e apaixonada... no entanto, Helen, eu jamais pude esquecer Hermione... o fantasma de Hermione sempre ficou entre nós dois. Há dois meses atrás eu disse a Gina que queria me separar dela... que não podia continuar com ela dessa forma.... disse a ela que ela era jovem e podia encontrar a felicidade nos braços de outro homem.
- E o que ela disse? – Helen perguntou curiosa...
- Gina não aceitou muito bem. Ela ficou muito doente... mas eu disse que ficaria com ela somente enquanto ela estivesse adoecida, afinal, eu não poderia abandoná-la, não depois de tudo o que Gina fizera por mim, ajudando-me no pior momento de minha vida...
- Quando você pensou que eu estava morta? Quero dizer, quando você pensou que Hermione estava morta?
Harry sorriu. Helen sabia que era Hermione.
- Sim – ele consentiu. – Eu juro a você que não vou magoar Gina, mas não posso ficar com ela amando outra... posso?
Helen enterneceu-se, mas continuou firme pela amizade que tinha em Gina.
- Não... mas de qualquer forma, não quero que se aproxime de mim, enquanto estiver com ela... e saiba que não vou ficar com você se isto significar a infelicidade de minha amiga....
- Mas, Helen...
- Já disse minha opinião e não vou mudá-la, Harry Potter...

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- Você está melhor? – Malfoy disse a Gina, quando Madame Pomfrey finalmente deixou que entrasse na ala hospitalar. – Sua perna está melhor?
- Está sim – Gina disse, agradecendo a preocupação de Malfoy com ela, embora enrubescesse cada vez que o via. Ainda não acreditava que ela o beijara com tanta paixão. – Harry e Helen já chegaram?
- Ainda não... estão demorando, Gina... Acho que aconteceu alguma coisa com eles.
- ó Deus, espero que não – Gina disse, pensando na segurança de Harry.
- De qualquer forma, devemos agir. – Malfoy disse com urgência – Eu vi poucos aurores, mas vou reuni-los. Temos que fazer uma barricada. Eu acho que a próxima parada de Voldemort será aqui no castelo.
- Como você sabe?
- Eu sou um auror também, não sou?
- Está certo! É melhor nos prepararmos – e dizendo isto Gina levantou-se. – Eu vou com você...
- Não vai não, mocinha.. – Draco disse, empurrando Gina de volta para a cama... – Madame Pomfrey disse que você precisa descansar, pelo menos, por algumas horas... ela disse que você perdeu muito sangue.
- Não espera realmente que eu fique DESCANSANDO enquanto você faz toda a ação não é?
Gina pulou da cama e adiantou-se para o corredor, com Draco em seu encalço.
- Gina, ainda acho que você precisa descansar... você está meio pálida... – Malfoy colocou as costas da mão sobre a testa de Gina, para ver se ela tinha febre e percebeu que ela teve um calafrio... – Fique calma, Gina, até parece que você tem medo de mim. Foi você quem me beijou da última vez.
- Não precisa ficar me lembrando... – Gina disse aborrecida, andando o mais rápido que podia.
Mas Draco puxou-a pelo pulso e a trouxe para si, enlaçando-a pela cintura....
- Não... mas se quiser que eu a lembre...
- Draco... pare...
Ele mordiscou seu pescoço, fazendo Gina corar... Da mesma forma que queria que ele parasse, queria também que continuasse...
- Draco.... – ela disse, sentindo uma coisa esquisita. Parecia que estava bêbada. Parecia que a aproximação de Draco a fazia sentir-se tonta e leve ao mesmo tempo.
Percebendo a reação de Gina, Draco continuou a beijá-la, aproximando-se de seu rosto e depois de seus lábios... Quando ele a beijou, Gina já o havia enlaçado e se acomodava melhor em seus braços...
- Diga que me quer, Gina...
- Não... – ela murmurava, mas não o afastava...
- Diga que me ama... Gina...
Draco a beijava docemente, e acariciava seus cabelos...
- Eu... amo.... – Gina dizia, entorpecida com as carícias de Malfoy... – Eu....
Então uma consciência, quase infame e triste, abateu-se sobre ela e ela o afastou...
- Ai, gatinha... não faz isto não... – disse Malfoy e tentou se aproximar, mas ela o parou, com as mãos no peito dele.
- Não podemos!
- Claro que podemos... acha mesmo que Helen e Harry são fiéis a nós... por que você acha que os dois estão demorando tanto.
- Ah, Malfoy, só mesmo uma mente poluída como a sua pode pensar que os dois se atrasariam por este motivo quando temos uma batalha a nossa frente.
- Ora, ora... acaso não estávamos quase fazendo o mesmo?
Gina enrubesceu novamente e, irritada, empurrou Draco e se afastou... sumindo no outro corredor...
Mesmo chateada, Gina sabia que Draco tinha razão. Em todo o caso, ela precisava manter-se lúcida para lutar: se Harry realmente não chegasse, ela teria que assumir o posto de chefe dos aurores...

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- Fique parada, enquanto eu nos aparato, está bem? – Harry disse, segurando os pulsos de Helen.
De repente, Helen sentiu que o chão saiu debaixo de seus pés... sentiu-se leve e ao mesmo tempo, estranha, com o seu estomago revirando-se.
Quando pararam, Helen cambaleou, mas Harry a segurou.
- Você está bem?
Harry percebeu que a reação de Helen não era só por causa da aparatação, afinal, Harry era experiente em aparatar pessoas junto com ele.
- Helen....
Helen escorou-se em Harry e debruçou sua cabeça no ombro dele. A ponta rasgada do robe que ela usava escorregou deixando os ombros da garota a mostra. Foi então que ele viu que a mordida que Voldemort havia dado em Helen estava muito infeccionada e saía sangue.
Harry tentou tocar no ombro de Helen, mas ela gemeu.
- Está muito dolorido! – Helen reclamou... e, no segundo seguinte, havia desmaiado.









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