You makes me cry



Capitulo dez – You makes me cry.


 


Ponto de vista – Fred.


 


- Merlim! Vai abrir! Caracas, Lily acho que conseguimos.


O cubo começou a vibrar e em poucos segundos ele se desmontou, caindo no chão. E dentro dele tinha um pequeno globo de vidro, e em cima dele tinha como uma fechadura de porta.


- O que é isso? – Lily perguntou analisando o objeto.


- Não sei. Olha aqui tem um bilhete!


E nele dizia.


 


A chave estará com quem você menos imaginar.


 


- Profundo! – eu zoei.


- Sem brincadeiras, Fred! Precisamos agora terminar de decifrar!


- O que tem para decifrar? A chave tá com alguém! – eu disse zero animação.


- Mas cara, você precisa pensar! Tu já sabe que a chave vai estar com a sua ultima opção, então começa a pensar, quem vai ser a sua ultima opção! – disse Ted se intrometendo.


- Minha ultima opção é madame Norrra. – caçoei.


- Pára, amor! É serio!


Eu me levantei da mesa antes que o professor Longbottom começasse o discurso de boas-vindas.


- Onde você vai amor?


- Se me derem licença vou ir tomar um banho, e pensar um pouco no assunto! – eu disse pegando alguns waffles.


- Aconselho ir no banheiro dos monitores.


- Valeu Ted!


E sai rodando o globo entre os dedos.


 


Ponto de vista – James.


 


- O que anda fazendo aqui sozinha? – perguntei para Rose que lia um livro sozinha em frente a lareira.


- Tentado ler. Mas não consigo.


- Porque?


- Quando a minha mente está longe não consigo ler.


Eu ri me sentando ao seu lado.


Sutilmente eu iria tentar me aproximar dela durantes esses dias.


- Longe, tipo onde? – disse um pouco intrometido demais.


- Longe tipo em algum lugar onde nenhuma decepção exista. Longe tipo algum refugio que eu criei dentro da minha mente. Não sei onde fica. Só sei que é longe daqui e que me faz bem.


Apesar do que ela ter dito, parecer estranho, eu sabia muito bem do que ela estava falando. Talvez todos sabem. Mas aconselho não ficar muito tempo nesse lugar. Quem sabe você se prenda lá e sem querer não consiga mais sair...


- Sabe, as vezes esse tipo de refugio é melhor que outros.


- Que outros?


- Auto-mutilação pode ser considerado refugio para muitos. – eu disse tentando pedir ajuda de um jeito anormal.


- James por favor me diz que você não...!


- Não. Mas alguém muito próximo de mim sim. E não sei como ajudar essa pessoa. – eu disse brincando com os meus cadarços, com um sorriso frouxo.


- Olha, as vezes é melhor nem ajudar...


- E deixar sofrer?


- Não exatamente, sei lá. Algumas vezes é melhor sofrer sozinho. Cada um sabe o tamanho de sua dor, e sabe como curá-la... – ela disse me dando uma aula de auto-ajuda.


- Como você cura sua dor?


- Assim... Pensando que estou em outro lugar... Que as pessoas que me feriram não existem. E você?


- Não sei. Descontando a raiva em alguém.


Em um ímpeto descontrolado e inexplicável, Rose me abraçou. Tão forte como se ela realmente estivesse descontando a raiva. Só que em um abraço.


Retribui o abraço, com intensidade mas sem raiva.


- Tudo bem? – perguntei passando a mão em seus cabelos.


- Acho que sim. É que eu perdi algo muito importante para mim...


- Às vezes você perde algo que queria, e conquista algo que nunca imaginou ter...


- Tipo o que?


Senti meu coração acelerar. Coisa normal quando se está perto de quem ama. Tentei agir normalmente. Não queria assustá-la com qualquer reação minha que fosse brusca demais.


- Tipo alguém.


- É...Talvez mesmo. Perdi uma pessoa e talvez eu ganhe outra em troca... Uma pessoa melhor do que a que eu perdi, certo?


- Claro.


- Mas quem?


 


Ponto de vista – Rose.


 


Como pude ser tão estúpida? Ele estava na minha frente!


 Claro que perdi Scorpius. Mas agora James era meu amigo! E tinha me ajudado tanto esses dias. As vezes até esquecia da dor quando eu estava com ele. James era um rapaz tão doce.


Por trás de seu silencio, ele era o melhor amigo que eu poderia ter.


Até mais compreensivo que Albus. E até menos exagerado e falante que Lily. Era o tipo amigo perfeito. Do tipo que te faz rir nos momentos mais sombrios.


- Desculpa! Não acredito que fui tão lerda. – eu ri, o abraçando ainda mais. – É claro que é você! Muito obrigada.


- Agradecendo porque?


- Por você ser o que eu nunca imaginei conquistar!


Ele estava corado.


James era lindo. Um metro e setenta de pura beleza. Não muito forte, mas não muito magricelo. Cabelinho jogado de lado, e olhos verdes maravilhosos. E tirando seu sorriso tímido e encantador.


Nunca o tinha olhado desse jeito e foi estranho. Mas um estranho bom.


- Sabe, não sei você se lembra, mas tenho algo que quero te contar.


Claro que eu lembrava! Estava tão curiosa para saber o que era.


- Então me diz.


- Rose, eu te...


- ROOOOOOSE! BABADO DOS GRANDES!


 


Ponto de vista – James.


 


PORRA! EU VOU MATAR A ROXANNE, MANO!


Que modos são esses James?


Sai da minha narrativa Lily!


Então para de falar palavras sujas e de xingar a nossa prima!


Eu falo o palavrão que eu quiser! E mato essa menina também! Vou dar um crucio no meio da cabeça dela! Para ela aprender a parar de me interromper!


Ai! Como você é agressivo!


Vaza Lily! No seu ponto de vista você pode voltar! Agora sai daqui sua menina retardada.


Retardado é você!


Vai embora diabo!!


Fui!


Graças!


Continuando! Roxanne vaquinha me interrompeu, entrando no salão comunal com uma noticia que ele dizia ser das grandes. Eu apenas sorri torto, porque se pudesse eu matava aquela vaca!


- James, queridinho, você pode nos dar licença? É fofoca de garota!


Odeio, não nego. Mato, quando puder.


Pô! Ainda me chama de queridinho e me manda vazar? Eu que cheguei primeiro! E eu que iria me declarar para Rose! Sacanagem isso, viu!


- Depois eu volto, Rose!


Eu me levantei mais irritado que Snape em seus dias de TPM.


Quer saber? Vou ouvir essa fofaca! pensei sozinho.


Me escondi atrás da escada e vi de tocaia para ouvir a grande fofoca que acabou com o meu clima romântico!


- Você não sabe, Rose! O Malfoy e a Parkinson estão namorando! Acredita! Vem cá ver! – Roxanne pegou na mão de Rose e a levou para fora da sala. Rose deveria estar em choque porque nem abriu a boca.


Eu as segui na ponta dos pés.


Fomos caminhando até um corredor escuro. E então...


ECA!


O Malfoy abocanhava a Parkinson. Eles estavam se beijando tão obscenamente que poderia até vomitar. Imaginei que Rose agiria da mesma forma, mas...


- Afe Roxanne! Obrigada por estragar meu dia! – ela gritou cruzando os braços para a prima.


- Nossa! Porque estraguei seu dia?


- Você sabia, Rox!! Eu te contei! Contei tudo! Porque você teve que me mostrar isso?


- Eu... Rô desculpa! – ela disse mais confusa que uma barata depois de ser atingida pelo veneno.


Eu só fiquei olhando. O que estava acontecendo com Rose. Porque ela disse “contei tudo”?


- As vezes eu acho que você gosta de me ver sofrer, Rox! – ela disse rouca para chorar.


- Rose desculpa! Desculpa mesmo eu não quis!


- Por favor... Sai da minha frente! – ela meio que gritou.


Roxanne saiu correndo quase chorando também.


Elas são loucas! Fala sério, toda menina do mundo é louca assim? Choram sem parar, e sem motivos. Bom... Quem sabe tenha um motivo...


Continuei quieto apenas observando Rose chorar. Não era o certo, mas parecia que meu corpo havia congelado.


Rose foi até onde o casal estava empurrando Parkinson. A garota caiu no chão, olhando-a incrédula. Assim como eu.


- Ora, sua Weasley nojentinha! O que você tem na cabeça para me...


Rose a interrompeu bruscamente.


- Cala a sua boca, buldogue! – ela ficou em frente o Malfoy, deixando as suas lagrimas escorrerem. – Como você pode? Eu espera diversas atitudes de você! Mas isso? Isso não! Não espera que você chegasse a esse ponto! E ainda com ela? Com essa coisa? Não acredito! Quer dizer, o que essa vadia tem? O que ela... – ela não sabia se gritava ou se chorava. Então começou a espancar o Malfoy, batendo com todo o seu ódio.


E o pior: Eu não estava entendendo nada.


- Pára sua retardada! Não encosta a mão em mim sua mestiça nojenta! – ela se afastou dela, limpando as vestes.


Rose começou a chorar ainda mais.


- Mestiça nojenta? – ela perguntou horrorizada. – Você se esqueceu que beijou essa mestiça nojenta?


Do que ela estava falando? E porque suas palavras me atingiam como facadas se eram para ele e não para mim?


- Eu? Beijar alguém tão asquerosa como você? Porque eu beijaria uma pobretona Weasley? Eu NUNCA me sujaria com alguém como você! Agora sai da minha frente sua idiota.


Parkinson riu.


Rose chorou.


Malfoy se levantou e saiu andando.


E eu continuei paralisado como se nada pudesse me tirar dali. Meu coração ardia de raiva. Eu queria matar aquele Malfoy! Mas não conseguia! E o pior! Não consegui sentir ódio dele. E nem de ninguém. Só de mim. Eu sabia explicar o motivo, só sei que foi assim.


Quando Rose se encontrava sozinha se afogando em lagrimas, meu corpo resolveu reagir, me dando o privilegio de poder me mexer e ir até ela. E eu o fiz.


- Rose, você está bem? – a minha voz não saiu bem no tom que eu queria.


- Não! Eu não estou! – ela gritou.


- Tem alguma coisa na qual posso ajudá-la? – perguntei.


- Na verdade... Tem sim.


- Diz. Qualquer coisa, eu faço. – pareceu meio desesperado, mas eu queria soar como prestativo mesmo.


- Promete que nunca vai me abandonar, e muito menos me tratar com diferença perto dos seus amigos? – o pedido parecia mais como uma suplica. Diferente, mas mesmo assim, iria atendê-la com todo o meu amor.


- Claro que promete! Mas... o que ele te fez?


- Ele me fez chorar.


- Quando eu puder eu mato ele, ok?


Ela riu.


- Obrigada. Agradeço de coração. Agora... O que você iria dizer, quando Roxanne acabou com a minha vida?


Será que era a hora de dizer? O clima tinha acabado, e agora era de tristeza. Talvez fosse bom porque assim, eu mostraria para ela, que a apoiaria sempre.


- Rose... eu te...


- Rose porque você está chorando? – perguntou Hugo.


- CALA A BOCA HUGO! CALEM A BOCA TODOS VOCÊS! É MINHA VEZ DE FALAR E VOCÊS VÃO ME OUVIR! – eu respirei fundo pensando se depois da gritaria, um “eu te amo” não ficaria muito bizarro. – É que... RoseWeasleyeuteamo – eu disse tão rápido que me questionei se ela realmente entendeu.


 


Ponto de vista – Rose.


 


O que dizer numa hora dessas? O que falar?


- Nossa! Isso é tão.... Uau! – a única coisa que consegui dizer.


O que dizer quando as palavras fazem falta? O que dizer quanto o sentimento não é o mesmo? E o que fazer? A única coisa que consegui pensar era em quanto nossa amizade iria se abalar. O quanto eu me confundo com tudo que é sentimento.


- Ok! Ninguém quer saber da sua paixonite James! – disse Hugo agindo como uma grande criança. – Porque chora?


- Por causa do retardado. – eu disse.


- Mano! Eu vou acabar com ele!


Hugo saiu correndo pro lado oposto.


E eu e James não ficamos sozinhos. Junto estava, a timidez, a vergonha, as minhas lagrimas, a minha dor, o silencio, o coração incontrolável de James, e as minhas duvidas. Estávamos muito mal acompanhados certo?


Ouvimos sons de soco e meu coração começou a acelerar. E a única coisa que tive a capacidade de pensar foi: HUGO!


Eu e James corremos descontroladamente ate o corredor das masmorras. Hugo e Scorpius brigavam. E infelizmente Scorpius estava ganhando acabando com o meu irmão. Eu me interferi no meio.


- Seu idiota! Nunca mais encoste a mão no meu irmão! – e lhe dei um soco no olho direito.


Nunca mais senti tanto orgulho.


Ele se levantou.


- E então! Me ataque! Vai Malfoy! Ataque a mestiça repugnante! Bata nela! – eu disse ainda chorando. – Mostre o monstro que você é!


Ele fechou o punho e pude ter certeza que ele iria me bater. Me encolhi fechando os olhos.


BAM!


James deu um soco mil vezes mais forte que o meu fazendo ele cair no chão. Já no chão, meu irmão se levantou e bateu nele.


Sim, cada um de nós três tínhamos dado um soco naquele cafajeste. E eu já poderia chamar James de “meu herói” assim como Hugo, “meu heróizinho”.


- Seus canalhas! – ele disse caído no chão tentando levantar. – Vocês estão mortos!


- James por favor, leve Hugo para a enfermaria, quero conversar com esse idiota pessoalmente! – eu pedi vendo as feridas no rosto do meu pequeno.


- Você vai ficar bem?


Eu dei um beijinho em sua bochecha que o fez corar.


- Sim, obrigada.


Já sozinhos, eu me agachei ficando mais próxima dele.


- Sabe, eu nunca vou te perdoar! Você não merece nada, nem ninguém! Você é um inútil! Imprestável! Não posse crer que um dia te chamei de amigo! Bater em uma criança! Onde já se viu? E ainda ameaçou me bater! E para piorar, de saideira, você me fez chorar. Você vai se arrepender mortalmente! E vai provar do próprio veneno! Nem o diabo te quer junto! E você vai perceber, que a Rose santinha, morreu! – eu dei um sorriso que fez quebrá-lo de vez e sai andando.


Vingança... Um prato que se come frio! Mas mesmo assim, você tem que saboreá-lo porque é tão... doce!


 


Ponto de vista – Fred.


 


- Está com algum Weasley! – eu disse na lata assim que me sentei ao lado de Lily que conversava com Ted e Victorie.


- O quê?


- Eu tenho certeza absoluta que está com algum ruivo! A chave!
- Como assim, seu maluco? – perguntou Ted.


- Rose ou Hugo! Eu acho que está com eles! – eu disse com um sorriso incabível no rosto.


- Porque acha isso? – Lily perguntou.


- Não sei! Só sei que sei! E sei que essa prova está no papo!


Fui dançando até o meu quarto. Estava afim de dar uma festa!


E adivinhem... Haha, claro, eu iria dá-la!


 

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