Baile de Inverno



Insano Amor


Capitulo um – O baile de inverno


Ponto de vista – Rose


 


A neve caia sem parar.


Ia ser uma noite muito boa.


- Você já está terminando? – perguntou Lílian, com aquele seu jeitinho impaciente.


- Sim. – menti. – Só falta o perfume.


Era meu primeiro baile. Eu tinha que estar impecável.


Eu iria com meu primo Albus, mas claro, apenas como amigos.


- Menina, você já colocou batom demais nessa boca! Não acha que já está bom demais? – apenas dei um sorrisinho maroto como resposta.


Olhei para Lílian, ela também estava muito linda. O vestido azul combinava com os seus olhos.


- Rose, você não acha estranho estarmos indo com alguém da família? Quer dizer, Fred é muito legal e tal... Mas é tão diferente de ir com algum amigo! – ela estava insegura.


Fred estava totalmente afim dela, mas ela ainda estava incerta se o que sentia era amizade ou amor. 


- Fica calma! Não é estranho, não. E outra, você devia estar orgulhosa, ele provavelmente vai ganhar o campeonato tribruxo.


- Isso é o que você diz, Rose! O Johnny Benson da Durmstrang também pode, muito bem, ganhar! – ela disse voltando a pentear os cabelos.


- Para de ser chata! Você tem que acreditar no seu primo! Eu acho que ele pode muito bem, ganhar essa! – eu estava em dúvida se fazia um rabo de cavalo, ou se deixava meus cabelos soltos.


- Ok, Rose! Acho que já estamos suficientemente atrasadas. Os meninos estão a nossa espera!


- Tudo bem! Agora acho que já estou pronta. – dei uma voltinha, olhando no espelho. -Como acha que estou? – perguntei depois de colocar os brincos.


- Maravilhosa! Agora vamos! – ela me puxou antes que eu resolvesse prender o cabelo.


 


Ponto de vista – Scorpius


 


Cruzei os braços esperando Demetria Parkinson descer. A minha intenção não era ir com ela. Aquela garota era incrivelmente chata. Era linda, mas muito chata.


- Nossa! Só tem garotos aqui em baixo! Onde estão as meninas? Todas atrasadas? – me perguntou Damion. Eu joguei os cabelos para trás, pensando na mesma coisa. Atrasadas demais!


- Eu não quero descer! Vai você na frente! Eu, não! Vai você! – percebi que duas garotas brigavam para quem apareceria na escada primeiro. – Tudo bem, Lílian! Eu vou!


Eu me virei para ver a tal garota.


- Uau! – Suspirei involuntariamente. Quem era ela? Uma garota maravilhosa, de cabelos compridos e ruivos, estava descendo a escada com todo o cuidado.


- Só falta babar! – disse Damion. Eu me liguei novamente à realidade. Estava de queixo caído, literalmente. – Se amarrou na Weasleyzinha!


- Weasley? – minha ficha caiu. Eu estava olhando para Rose Weasley. – Não! Eu não estava olhando para ela! Não! Eu estava olhando para a garota... hum... atrás dela!


- Lílian Potter?


- Potter? Não! – meu cérebro não conseguia raciocinar. Meus olhos não conseguiam sair de cima da Weasley. Que linda! Não se parecia mais com aquela garota nerd que vivia na biblioteca. Se parecia mais como uma linda veela! Segurei todas as células do meu corpo, para não ir cumprimentá-la. Era uma vontade inacreditável de ir me apresentar! Devia estar louco! Era uma Weasley! – Que linda que você está! – tarde demais! Minhas pernas tinham me levado até ela, e meus lábios já tinham dito o que não deveriam!


 


Ponto de vista – Rose


 


Porque ele tinha me elogiado? Malfoy me elogiando? Malfoy?


Fiquei totalmente sem reação. Então Lily me deu um tapa nas costas que me fez recuperar os sentidos.


- Ai! Hum... Obrigada! – será que ele apenas estava brincando comigo?


Depois de digerir seu comentário, eu olhei para ele. Aqueles olhos cinzas não me olhavam com desprezo. Era diferente! Só não sabia dizer como.


Ele sorriu para mim, e Lily sumiu! Todos sumiram! Não tinha mais ninguém com a gente! Não conseguia olhar em volta para ver se era apenas uma ilusão, meus olhos não saiam dos seus. E do nada, vi como Scorpius Malfoy era lindo. E não só apenas, um lindinho! Era maravilhoso! Perfeito!


- Oi, Rose! – quando Albus disse isso, voltei a ver as pessoas. Todos continuavam lá.


- Ah! Oi Albus! Tudo bem? – Malfoy se afastou e foi conversar com a sua “amiguinha” que tinha chego. Admito que me desapontei quando o vi sair com as mãos da cintura de Parkinson.


- Tudo sim. Você está muito linda!


- Ah é?! – disse sem tirar os olhos do lugar onde Scorpius me elogiou. Ele não estava mais lá, mas eu insistira em olhar, como se esperasse alguma coisa. “Acorda, Rose! É o Malfoy! Esquece ele!”, disse para mim mesma. – Obrigada.


- Então, vamos?


- Onde?


- Para o salão principal!


- Ah sim! Claro!


- Você está estranha hoje... – ele disse cabisbaixo.


- Desculpe. É que eu estou nervosa pelo baile... Eu não sei dançar. – menti.


- Tudo bem! Vai dar tudo certo. Eu te ajudo! Faço tudo para que hoje você se sinta como uma princesa. – Albus jogou o cabelo pro lado fazendo cara de charmoso para mim. Nossa! Eu não tinha nem olhado para ele. Estava lindo! Seus olhos azuis pareciam estar ainda mais azuis.


- Você está um gatinho, All! – disse antes de lhe dar um beijinho na bochecha.


Ele pegou na minha mão e me levou para o salão principal. Nos encostamos no canto para ver os campeões entrarem.


Enquanto nos esperávamos eles, Albus colocou a mão no meu ombro e sorriu.


- Que bom que você quis vir comigo. Eu não queria ir com mais nenhuma garota! – Estranho... Albus nunca deu muita bola para mim. Quero dizer, não desse jeito. Ele era meu melhor amigo. Nós não nos víamos como nada além de amigos. Seria estranho.


 


 


 


Ponto de vista - Fred


 


- Atrasada? Fala sério! Essa menina sempre se atrasa! Não sei porque a convidou. A menina é uma matraca! Fala muito, fala alto e fala rápido. Fala sério!


- Quieto Ted! Ela é um amor! – disse pela vigésima vez. – Ela é... simplesmente perfeita...


- Acho que alguém está apaixonado!


- Vou repetir apenas mais uma vez... QUIETO TED! – ele riu. – Lílian é mil vezes mais bonita que a Victorie! Victorie é uma...


Sua feição mudou. Cheguei a ficar com medo.


- Não ouse a falar mal da minha namorada!


- Fica tranqüilo! Falando na Victorie... Onde ela está?


- Está conversando com a sua irmã. – Ted suspirou. - Você viu a Rose? ‘Tá uma gata! – disse assoviando.


- Rose... Minha prima? – perguntei sem interesse na resposta.


- Não, não! – ironizou. – Rose, a tiazinha que limpa os caldeirões. É obvio que é sua prima! A menina tá demais! Se não fosse mais nova que eu... Eu aposto que não me importaria de dar uma beijoquinhas nela.


- Você e seu preconceito de diferença de idade! Você já tem namorada! Fica quietinho ai!


- Só estou dizendo!


- Senhor Weasley! Vá já com a senhorita Potter para o salão. Precisam dançar. – disse Mcgonagall nos assustando.


- Dançar? Não quero dançar! Porque tenho que dançar?


- Não lhe disse? É uma tradição dos três campeões...


- A senhora não disse! – observei nervoso.


- Pois estou dizendo agora. Andem! – ela nos empurrou, nos levando para o salão involuntariamente.


Chegamos até a porta do salão. Estava cheio, e eu sabia que no momento que eu entrasse, os olhares se voltariam para mim. Lílian estava demorando e Ted tinha entrando antes com Victorie.


- Que linda decorrração. – comentou Cecília Mercury da Beauxbatons. – Eu amar Hogwarrts!


Hesitei em dizer que não ligava para a opinião de uma francesa esnobe. Mas apenas sorri com educação.


- Fred! – cambaleei assustado. Lílian, literalmente, se jogou em mim. Me abraçando apertado, eu sentia seu maravilhoso cheiro. A verdade era que Ted estava certo. Eu estava apaixonado. Não haviam dúvidas a respeito disso. – Desculpa o atraso. Mas você sabe como eu sou...


- Sei sim. – corei. Eu até poderia ser um campeão tribruxo, um dos garotos mais lindos de Hogwarts, o mais engraçado de todos os meninos, o mais charmoso, mas nada disso importava quando eu estava ao lado de Lílian, porque eu ficava sem graça e sem reação. Minha garganta secava, meus olhos dilatavam, borboletas voavam e meu coração disparava. Eu era uma estátua ao lado dela.


Eu queria dizer que ela estava linda, e como estava! Que estava muito maravilhosa que qualquer outra garota, e que eu queria que ela fosse minha e que não importava se éramos parentes! Mas apenas sorri torto e disse:


- Vamos acabar logo com isso? – eu a puxei, parecendo grosso.


Seu sorriso murchou.


- Nós vamos dançar?


- Infelizmente. – ela me olhou surpresa.


- Fred, o que está acontecendo? – perguntou jogando os cabelos para trás.


- Como assim?


- Não entendo! Você me chama para o baile, me chama para almoçar ao seu lado, para ir estudar com você, mas toda vez que estou perto, você me trata mal! Você fala com tanta ignorância, que chego a questionar porque você quer a minha presença! – ela cruzou os braços, e me olhou com os olhos molhados.


- Lily. Me desculpe, mas eu sou assim...


- Não! Você não é! Você, apenas, é assim comigo! A única que realmente se importou com você, na hora que teve que enfrentar aquele dragão!


Começaram a tocar os violinos, indicando nossa entrada.


- Diz Fred! Qual foi o real motivo de você ter me convidado? Todos andam dizendo por aí, que você me ama! Não vejo isso! Tudo é boato?


Eu estava, como sempre, sem nada a dizer.


- Não! Eu...


- Vão! Entrem vocês dois! – Mcgonagall nos empurrou atrás de Johnny Benson.


Entramos no salão ouvindo palmas. Eu não consegui olhar para ninguém, nem mesmo para Lílian. Fiquei encarando meus pés, nervoso demais.


Começamos a dançar.


- Diz. – sussurrou, continuando a dançar.


- Não são boatos! Eu te amo mesmo, Lily! Me desculpe se as vezes não parece, mas eu não sei me comunicar com você! – disse mais corado que um tomate.


Ela me encarava incrédula. Como se tudo fosse uma das minhas grandes piadas.


- Por favor, não fique bravo comigo. Eu odeio ver você assim. E quando dizer por ai que, eu estou apaixonado por você, é por eu digo isso para todo mundo.


- Todo mundo menos eu!


- Estou dizendo agora, não estou?


- Apaixonado por mim? Não consegue nem olhar nos meus olhos, Fred!


- É por eles são tão perfeitos, que me deixam – então em olhei seus olhos azuis. - sem palavras...


Então paramos de falar. Ela deitou em meu ombro, chorosa, mas sorrindo.


- Seu idiota! Poderia ter dito antes! Poderia ter dito para mim!


- Eu sei... – a música de cantores trouxas, que tanto, Clair Whyns tinha dito, estava tocando. Era muito agradável de se ouvir. – Como se chama mesmo?


- Acho que é Someone Like You. Clair bem que avisou que iria tocar! – nós dois já conhecíamos a letra, de tanto que a menina a cantava.


- Legal! Agora essa é a nossa música! – disse com um sorriso que não cabia em meu rosto.


- Nossa? E quem lhe disse que eu sinto o mesmo por você? – eu continuei a dançar, mas meu coração parou de bater.


- Você não...? Eu achei que...


- Seu bobo! Só estou brincando! – a garota juntou seu corpo ainda mais perto do meu e encostou seus lábios, de leve, nos meus. Como se pedisse para eu terminar o serviço, ela esperou que eu retribuísse. Eu a aninhei e a beijei, tão lentamente, que ela devia estar se questionando se aquilo realmente era um beijo.


- Te amo, Fred.


- Eu também de amo, Lily.


Juro que ouvi palmas, mas apenas as ignorei. 


 


Ponto de vista – Rose


 


- Já cansou de dançar?


- Hm...


- Tudo bem. Estamos fazendo isso juntos. Nem é tão difícil! – ele me puxou para mais perto, se é que era possível. Sem dificuldades, fui me movendo no ritmo da música. Mas meus olhos pairavam longe dali. O loiro estava sentado bebendo suco de abóbora com a morena nojenta! E a única coisa que eu conseguia pensar era: “Como ele pode convidá-la”? Afinal, o que aquela cara de buldogue tem que eu não tenho?


- Não acha? – All perguntou.


- Acha o quê?


- Rose! Você não está prestando atenção no que eu estou falando? – perguntou frustrado.


- Claro que estou, All! É que estou com dor de cabeça. Essa música está alta demais! Não estou acostumada a festas. – era verdade. Eu odiava festas! Preferia, mil vezes, passar a tarde na biblioteca! Papai sempre dizia que mamãe era assim também.


- Você já quer ir embora?


- Não sei... Só quero me sentar um pouco. Vou ali, beber um pouco de suco. Me desculpe, All.


- Tudo bem, Rose. Não se preocupe. – disse, certamente, desapontado.


- All... Se quiser, pode ir dançar com outras garotas, não me importo. – ele sorriu.


- Sério? Valeu prima! Você é demais! – All me deu um beijinho na bochecha e, como todos os garotos daquela escola, correu para as alunas da Beauxbatons.


Eu caminhei até a mesa onde o loiro estava. Não queria parecer interessada. Só iria pegar o suco e vazar dali. Estava louca para me encontrar com a minha cama.


- Licença. – pedi para o baderneiro ao lado de Scorpius.


- Uh bonitinha! Quer o quê? Deixa que eu pego! – porque eles tinham que estar sentado bem ao lado das comidas?


- Tudo bem. Eu pego. – disse sem graça.


- Em vez de suco, você quer um beijinho, linda? – perguntou o moreno alto.


- Obrigada, mas não. Pode me dar licença agora? – perguntei de modo seco.


Ele se levantou segurando meus braços.


- Não antes de um beijinho, ruivinha!


- Me solta! – gritei.


- Não vou! – ele disse quase no mesmo tom que eu. Ele estava começando a me machucar, enquanto botava pressão, me puxando, para eu beijá-lo.


- Solta ela! – Scorpius veio para cima dele, o intimidando.


- Não se meta no que não é da sua conta, Malfoy! Vai defender menininhas agora? – o garoto disse rindo.


- Já disse para soltá-lo. Não vê que está machucando-a? – eu ia começar a chorar, ele apertava meu braço ainda mais forte, deixando marcas da sua mão. – Se você não soltá-la, vai apanhar Crabbe!


O garoto riu ainda mais.


- Venha, então!


O loiro chegou perto e lhe deu um soco no olho direito. Me senti livre.


- Pedindo para morrer, Malfoy? – ele ameaçou bater nele, levando o punho para perto de seu rosto.


- Senhor Crabbe, peço-lhe que se retire dessa festa, imediatamente. Não queremos mostrar para as outras escolas, sua atitude de babuíno boboca que balbucia em bando! – Crabbe observou Mcgonagall, e desistiu do soco. – Agora, por favor! – ela pediu novamente.


- Você vai ver só amanhã, Malfoy! – Ameaçou em um sussurro rápido.


Ele saiu revoltado, xingando.


Fiquei em frente Scorpius. Sequei as lágrimas que caíram involuntariamente, e desci a manguinha do vestido, para que a marca de Crabbe não fosse vista.


- Você está bem? – ele perguntou. Eu achei sua atitude muito cavalheira e digna.


- Estou sim, obrigada por me ajudar.


- Por nada. Ele é um idiota. Nem sei como posso andar com ele!


- Todos cometem erros. – ele sorriu grato. – Eu já vou... Muito obrigada, mesmo.


Eu me virei, mas ele me fisgou pela mão, me puxando de volta com delicadeza.


- Mas já? Fica!


- Estou cansada...


- Tudo bem. Boa noite Rose, até amanhã.


- Até. Boa noite Scorpius. – disse com o olhar cansado.


- Eu era Malfoy antes... – ele disse com um sorriso maroto no rosto.


- E eu era Rose... – ri timidamente. – Mas as coisas mudam, certo?


- Espero que sim. – Fiquei gelada com seu sorriso.


E eu fui dormir. Do meu quarto ainda ouvia a música que tocava.


Eu devia estar pirando. Eu conversei com Malfoy e o chamei de Scorpius! Bom... Talvez pirar seja divertido ao lado dele.


 [N/A: Eae gente tudo bem? Bom, eu sei que tive probleminhas com a outra fic mas essa vai dar tudo certa, ela esta completamente pronta na minha mente, e os tres primeiros capitulos já estao escritos, entao provavelmente eu vou postar bem rápido. Nao esqueçam de comentar e bom feriado pra vcs :)]

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