Rony e Luna: O primeiro encont

Rony e Luna: O primeiro encont



Hermione estava recostada na cama lendo um livro recostada na cama, seu marido já tinha passado há cerca de meia hora dizendo que estava indo para a escola. Iria passar outro dia completamente sozinha, como estava fazendo na última semana.


- Com licença, Hermione – Lilian Potter passou pela porta e se aproximou da outra – Estou saindo para o hospital e queria saber se você está precisando de alguma coisa.


- Eu estou bem, senhora Potter, é serio! - garantiu – Vou ficar aqui terminando de ler o meu livro.


- Nós temos vários DVDs lá embaixo – lembrou – Posso pedir para alguém trazer alguns e você pode assistir.


- Quem sabe um outro dia! - deu de ombros – Hoje eu vou terminar de ler esse livro, está muito interessante.


- Está bem! - sorriu – Você sabe o número do hospital e do meu celular, qualquer coisa pode me ligar. O Harry deve chegar na hora de sempre.


- Pode deixar, senhora Potter! - disse, já tinha ouvido aquilo todos os dias antes da mulher sair para o trabalho – Nós duas vamos ficar muito bem aqui.


Ela então concordou com a cabeça antes de sair do local e fechar a porta, deixando Hermione sozinha mais uma vez.


Foi dessa maneira que a morena passou toda a manhã, lendo. Na hora do almoço uma das empregadas da casa levou a sua comida e ela comeu tudo, pois estava com muita fome e não tinha percebido isso. Depois, como já tinha terminado de ler o seu livro, decidiu assistir um pouco de televisão.


- Com licença, senhorita Granger! - a empregada colocou a cabeça para dentro do quarto, meio incerta se poderia entrar no local – É que a senhorita tem vista.


- Visita? - achou estranho, sua única amiga de verdade na escola era Halley, tinha alguns amigos na rua em que morava, mas não sabia se algum deles seria capaz de visitá-la, nem sabia se o pai tinha contado o que tinha lhe acontecido – Quem é?


- Ela disse que se chama Luna Lovergood! - respondeu.


- A Luna! - abriu um enorme sorriso – Não falava com a amiga desde a última reunião do grupo de mães adolescentes – Pode deixá-la entrar.


- Imediatamente, senhorita! - concordou com a cabeça antes de sair do local e deixar a porta encostada.


Algum tempo depois a loira chegou ao local. Ela correu em direção a amiga e deu um abraço bem forte nela.


- Mione! - começou a falar som soltá-la – É muito bom te ver! Você não tem ideia quanto eu estava preocupada. Você está bem mesmo, não é?


- Eu estava bem! - respondeu – Mas com você me apertando desse jeito eu não vou mais conseguir respirar.


- Desculpa, Mione! - se afastou um pouco sem graça – Cheguei na reunião de mães adolescentes e achei estranho você não estar lá. Então a Marta contou o que tinha acontecido e eu tive que vir aqui te ver.


- Como você pode ver, foi só um susto mesmo! - respondeu – Mas eu fiquei bem assustada quando cheguei no hospital, pensei que fosse perder o meu bebê.


- Por sorte ele está muito bem! - deu um fraco sorriso – Eu também tive que ficar de repouso no último mês de gravidez, pois o médico ficou com medo do Ian nascer antes da hora. E foi terrível.


- Muito obrigada, pelo apoio Luna, você está me ajudando muito! - comentou sarcasticamente – Só de pensar que eu ainda tenho quatro meses para ficar aqui, sem fazer nada.


- Pelo menos você está nessa casa linda! - olhou rapidamente para todos os cantos do quarto – Você não tem ideia de como é a casa da minha avó. Estava super frio e não tinha aquecedor.


- Não adianta nada se eu estou em uma casa linda se não posso sair dessa cama – suspirou pesadamente – Isso diminui muito as opções.


- Você só precisa ficar o tempo todo deitada nas duas primeiras semanas, não é mesmo? - a morena balançou a cabeça afirmativamente em resposta – Então pronto, depois disso você vai poder andar pela casa.


- Mas a doutora Shane disse que eu tenho que fazer isso com moderação – fez uma pequena careta.


- Ela só quis dizer que você não pode exagerar muito! - explicou – Sinceramente, Mione, o que você pretendia fazer, dança balé?


As duas começaram a rir sem parar. Hermione estava achando ótimo ter uma companhia, assim a tarde não seria tão entediante.


- Você vai ter que ir embora logo? - a garota perguntou já se sentindo ligeiramente triste – Vai ter aula hoje de tarde?


- Na verdade, não! - respondeu – Não tive aula hoje, meus professores resolveram fazer uma reunião para poder elaborar as provas. Queria ter vindo mais cedo, mas fiquei com medo de te atrapalhar e achei melhor vir só depois do almoço.


- Você não ia atrapalhar – garantiu – Estou aqui mesmo sem fazer nada o dia inteiro. Pelo menos poderíamos conversar.


- Teria sido mesmo muito divertido! - concordou – Eu estava em casa sem fazer absolutamente nada.


- Acho que eu esqueci de te contar a novidade! - Hermione parecia ter lembrado de algo naquele exato momento – É uma menina!


- Sério? - a loira estava com um enorme sorriso no rosto nesse exato momento – Meu parabéns.


- Fiquei sabendo no dia do acidente! - explicou – Foi tanta coisa para absorver naquele dia que ainda nem sei como não enlouqueci.


- Sabe, eu queria muito ter tido uma menina! - resolveu mudar de assunto – E acho que fiquei ligeiramente decepcionada quando soube que teria um menino. Mas, é claro, que hoje o Ian é tudo na minha vida e não o trocaria por dez meninas.


- O Ian é mesmo adorável! - comentou – Espero que a minha filha tenha, pelo menos, a metade da fofura dele.


- Imagina se nossos filhos se apaixonem e acabam se casando um dia? - comentou depois de algum tempo – Nós seriamos, praticamente, da mesma família.


- Até que seria uma boa ideia! - a outra concordou – Faço muito gosto desse relacionamento.


- Eu também! - as duas começaram a rir – E podemos começar a combinar sobre o casamento a partir de agora, afinal, eles são nossos filhos. Carregamos eles nove meses na barriga, deveríamos ter o direito de escolher com que eles vão passar o restante da vida.


- Por mim podemos fazer isso mesmo! - explicou – O problema é o Harry, ele já se mostrou bem ciumento em relação a filha e ela ainda nem nasceu.


- Então quer dizer que você decidiram mesmo ficar juntos depois de se formarem no colégio? - perguntou feliz – Mas isso é ótimo!


- Na verdade não decidimos nada! - respondeu – Continuamos a seguir aquele mesmo acordo de antes de se casar.


- Você é mesmo louca Mione! - revirou os olhos – Já disse que o pai do Ian não presta nem um pouco, mas acho que daria qualquer coisa para eles terem o mínimo de contato, nem que fosse uma vez por mês. Você vai ter isso para a sua filha e não está querendo.


- Por ele podia participar da vida dela, acho que seria muito bom para os dois! - deu de ombros – Mas eu não sei qual a opinião do Harry a respeito disso.


- Ele deve querer isso também! - Luna respondeu – Da para perceber pelo jeito que você diz que ele se preocupa com você e com o bebê.


- Mesmo assim, eu não posso simplesmente chegar para ele dizer que quero acabar com o nosso acordo! - suspirou pesadamente – E se ele disser que não quer nenhum tipo de contato com a filha e ainda falar que só está se fingindo de pai preocupado para a família dele.


- Eu duvido muito disso! - concluiu – De qualquer maneira, acho que você ainda tem alguns meses para você pensar nisso, mas também não pode demorar muito.


Continuaram a conversar diversas amenidades. Estavam se divertindo tanto que nem perceberam que já era quase quatro horas da tarde. Alguém bateu na porta do quarto levemente.


- Pode entrar! - disse, foi então que viu o moreno entrar no local – Oi Harry! Você já voltou do colégio, que bom.


- Vou jogar um pouco de basquete com o Rony, mas vim ver como você estava antes – explicou – Eu não sabia que você estava com visitas.


- Essa é a Luna, acho que já deve ter me ouvido falar sobre ela – a apresentou – E esse o Harry, meu marido, como você deve ter imaginado.


- Olá, Luna! - apertou a mão dela a cumprimentando – Bom, acho que vou deixar vocês duas conversando, Rony já esta me esperando.


- Certo! - a morena concordou com a cabeça – Boa sorte no seu jogo de basquete, não deixe o Rony acabar com você.


- Pode ficar tranquila, é mais fácil acontecer ao contrário – fez um olhar totalmente convencido, fazendo com que as duas revirassem os olhos – Você tomou o seu remédio da hora do almoço, não é?


- Tomei sim! - respondeu monotonamente – Pode ficar tranquilo, não vou me esquecer disso.


- Ótimo! - cruzou os braços bem sério.


- Harry, vamos logo lá para baixo cara – Rony entrou no local, mas parou no momento em que encontrou um par de olhos azuis – Oi, sou Ronald Weasley.


- E eu sou Luna Lovergood! - ela disse, achando aquela atitude dele muito estranha – Sou amiga da Mione.


- Que legal! - ele estava com um sorriso bobo nos lábios – Como é que a gente nunca se viu antes?


- Vamos logo, Rony! - Harry começou a puxá-lo pelo braço – Ou então eu vou começar a achar que está com medo de perder para mim.


- É claro que não estou com medo de perder para você, Harry Potter – parecia ter recobrado a sua consciência – Você vai ver só.


No momento em que os dois saíram do quarto, Hermione olhou para a amiga com um sorriso malicioso nos lábios.


- Eu vi como o Rony te olhou – disse – Ele parece estar interessado em você, isso é muito bom.


- Até parece, Mione, você está imaginando coisas! - revirou os olhos – Ele não estava interessado em mim, só estava sendo simpático.


- Acredite em mim, ele estava interessado! - garantiu – Se quiser, posso falar com o Harry e ajeitamos as coisas para vocês dois.


- Mesmo que ele estivesse interessado duvido que queira sair comigo – deu de ombros – No momento em que souber que eu tenho o filho, vai embora,


- Por favor, Luna, não se diminua dessa maneira! - colocou a mão sob o ombro da amiga – Só por que você foi mãe cedo, não significa que não vai ter sorte no amor.


- Eu já passei por isso antes, Mione, foi exatamente como eu te falei – explicou – Eu amo o Ian, mas ele é um repelente de pretendentes.


A morena não pode deixar de pensar se passaria por uma situação parecida um dia. Nunca teve muita sorte com os garotos antes de engravidar, será que a filha pioraria isso ainda mais?


- Tudo bem, eu admito que deve ser assim mesmo. Afinal, quando o filho e deles já é difícil, imagina quando não é – concordou – Mas nem todos são assim. Tenho certeza de que deve ter alguém que vai te aceitar do jeito que você é, com Ian e tudo.


- Sim, e, quem sabe, ele até resolva se casar comigo e dar o nome para o meu filho! - fingiu animação – Por favor, Mione, essas coisas só acontecem em filmes. Isso daqui é vida real e eu tenho que plena consciência de que só vou ter um homem na minha vida, e ele se chama Ian.


- Tudo bem! - suspirou pesadamente, por fim – Já vi que não adianta discutir esse tipo de coisa com você.


Enquanto isso, os dois garotos já estava jogando basquete. Rony parecia bem distraído e o outro já estava ganhando de vários pontos de diferença.


- O que houve, cara? - decidiu parar o jogo – Normalmente, quando começa assim, você me acusa de rouba e temos que zerar o jogo.


- Você já tinha visto essa amiga da Hermione antes? - perguntou por fim, ignorando completamente o que o amigo falou – A Luna.


- Pessoalmente, não! - deu de ombros – Mas acho que já a ouvi falar sobre ela algumas vezes.


- E de onde será que as duas se conhecem? - quis saber – Quero dizer, ela não estuda na Hogwarts Academy. Ou já a teria visto.


- Só conhecemos a Mione quando ela tinha onze anos, ela teve uma vida antes disso e também tinha uma vida fora da escola – lembrou – Vai ver elas estudaram juntas antes da quinta série, ou eram amigas de rua.


Foi nesse momento que Harry percebeu uma coisa. Estava casado com Hermione e teria uma filha com ela, mas não conhecia nada da sua vida. Aonde ela estudou antes de ir para a Hogwarts Academy, como foi a sua infância, os amigos da rua e muitas outras coisas.


- E por que está perguntando tudo isso sobre a Luna? - cruzou os braços e se fingiu de bravo – Já se esqueceu da irmã tão rápido.


- É claro que eu gosto da Halley, mas a Luna tem algo que me atraiu de primeira! - disse andando em círculos – É como se eu me lembrasse que conheço a Halley a minha vida toda e ela está muito mais para irmã que para minha namorada.


- Pelo jeito você está mesmo apaixonado – o moreno deu um sorriso malicioso – Se quiser eu posso falar com a Mione e tento marcar um encontro entre vocês dois.


- Será mesmo que ela vai aceitar sair comigo? - pareceu um pouco incerto – Tenho medo que ela me ache um pouco atirado demais.


- Você não vai saber se não tentar! - deu de ombros.


Continuaram a jogar tranquilamente. Algum tempo depois, Halley chegou em casa e foi até aonde eles estavam.


- Oi meninos! - ela acenou, fazendo com que parassem de jogar no mesmo momento – Só passei aqui para saber se estava tudo bem. Vou lá ver a Mione, imagino que ela deva estar totalmente entediada sozinha lá em cima.


- Na verdade ela não está sozinha! - Harry explicou – Tem uma amiga lá com ela, a Luna.


- A Luna está ai? - a garota pareceu muito feliz em saber – Que legal! E o Ian está ai com ela?


- Ian? - Rony praticamente gritou – Quem é Ian?


- Não tinha ninguém lá com ela! - o outro respondeu, por fim – Estavam só as duas lá em cima.


- Isso é mesmo uma pena – deu de ombros – Vou lá em cima, vai ser muito legal conversar com a Luna.


Ela foi saltitando em direção a casa. Quando já estava bem longe para ouvi-los, o ruivo suspirou pesadamente e sentou no chão.


- Ian! Só pode ser brincadeira – reclamou – Era obvio que ela tinha um namorado, fui idiota o suficiente para achar que não.


- Pode não ser o namorado dela! - deu de ombros – Você está se desesperando por antecedência.


- Se não foi namorado dela, vai ser o que? - disse sarcasticamente – E, do jeito que eu tenho sorte, ele deve ser musculoso e muito ciumento.


Rony decidiu não se preocupar mais com isso e decidiram voltar para o jogo. Enquanto as três garotos continuaram a conversar animadamente.


No momento em que a senhora Potter convidou Luna para jantar com eles, mas ela disse que não podia pois precisava buscar Ian na creche. Disse então para a loira voltar um fim de semana para aproveitar a piscina e também é claro, levar o filho.


Depois do jantar, Harry decidiu ir conversar com Hermione.


- Sabe, Mione, essa sua amiga, Luna – começou a falar calmamente – Aonde foi que vocês duas se conheceram.


- Nos conhecemos naquele grupo que eu frequento no hospital – respondeu – Aquele de apoio as mãe adolescentes.


- Quer dizer que a Luna tem um filho? - pareceu totalmente espantando. Ela parecia tão nova, não tinha cara de mãe.


- Tem sim, o nome dele é Ian! - tinha um sorriso bobo no rosto nesse momento – Ele tem um ano e é uma gracinha.


- Ian! - colocou a mão no queixo, pensativo – Então quer dizer que esse é o Ian de quem a Halley estava falando.


- Sim – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Quem mais poderia ser?


- Acho que você não vai querer saber – decidiu mudar de assunto – Mas então quer dizer que a Luna tem um namorado, talvez até um marido, não é mesmo?


- Na verdade não – respondeu – Na verdade é uma história muito longa e triste e não sou eu quem devo contá-la, não teno esse direito.


- Entendo! - completou.


- O Rony está interessado, não é mesmo? - ela foi direto ao ponto, por fim – Eu sabia! Dava para ver pelo jeito que ela a olhava.


- Mas o Rony está um pouco inseguro em relação a isso – explicou – Esse é o jeito dele, totalmente desastrado com garotas.


- Eu posso até ajudá-lo com a Luna, acho que ela também foi interessada – decidiu contar – Mas só quero que saiba que ela é uma garota muito sensível e já sofreu muito nesse mundo. Se for para ter um relacionamento com alguém, tem que ser sério.


- Eu entendo a sua preocupação com a sua amiga, mas pode ficar tranquila – garantiu – Conheço muito bem o Rony e sei que as intenções dele são as melhores.


- E também avisa que se ele não estiver preparado para uma namorada com filho, melhor nem tentar – continuou – O Ian faz parte desse pacote.


- Certo! - concordou com a cabeça – Vou dizer isso tudo para ele.


- Tomara que dê certo! - Hermione pareceu totalmente animada – Luna merce alguém que a faça feliz, e acho que o Rony pode ser essa pessoa.


O ruivo teve uma grande surpresa quando soube que Luna tinha um filho, mas também se sentiu aliviado por saber que ela não tinha nenhum namorado forte e ciumento.


- Agora você já pode chamá-la para sair – Harry sugeriu – Afinal, era isso que você queria fazer mesmo.


- Não é tão simples assim, cara! - suspirou pesadamente e se sentou em um banco que tinha no patio do colégio – Não posso, simplesmente, ligar e perguntar se ela quer sair para jantar. Nem a conheço.


- É só dizer que é o meu amigo que ela conheceu quando foi visitar a Mione – explicou – Tenho certeza de que ela se lembra de você.


- E se ela não quiser sair comigo? - pareceu um pouco preocupado – Passei todos esses anos sendo rejeitado pela Halley. Não vou aguentar outra que não me quer.


- Eu não deveria estar te contando isso – o moreno disse se sentando ao lado do amigo – Mas eu sei que ela também ficou interessada em você.


- Sério? - pareceu bem mais animado nesse momento – Por favor, cara, não brinca com uma coisa dessas.


- Foi a própria Mione quem me falou isso e também achou que seria interessante juntar vocês dois – explicou – É claro que a Luna está um pouco receosa a respeito da sua reação ao saber que ela tem um filho.


- Eu não me importo com isso – deu de ombros – Afinal, você e Hermione também vão ter um filho novos.


- Então para de ficar com medo – colocou a mão sob o ombro do ruivo – Liga para ela hoje de noite.


- Certo! - concordou com a cabeça, embora seu rosto estivesse mais pálido do que o normal.


Naquela noite, depois do jantar, Rony foi para o seu quarto decidido a chamar Luna para sair. Ficou cerca de cinco minutos olhando para o número no papel e para o telefone, depois, mais cinco minutos ligando e desligando o aparelho.


Até que, finalmente, conseguiu ligar. O telefone tocou três vezes até que alguém atendeu.


- Alô! - era a voz de um homem, provavelmente, o pai dela – Residencia dos Lovergood.


- Boa noite – não sabia como teve forças para falar nesse momento – Eu gostaria de falar com a Luna.


- Luna – ele repetiu – E quem gostaria de falar com ela?


- É um amigo! - respondeu.


- Só um minuto que eu vou chamá-la – então a ligação ficou muda, ele provavelmente deve ter ido chamá-la.


- Alô? - a loira, finalmente, atendeu, depois de alguns minutos, parecia bem incerta, provavelmente não estava acostumada a receber ligações a noite.


- Oi Luna – disse um pouco mais alto do que estava planejando – Aqui é o Rony Weasley, o amigo do Harry. Não sei se você se lembra de mim mas...


- Eu me lembro de você sim – o interrompeu – Só fiquei surpresa por você estar me ligando. Não sabia que você tinha o número do meu telefone.


- Foi o Harry quem me passou o seu número – explicou – Espero que não se importe com isso.


- Não me importo – garantiu – Só queria saber por que está me ligando hoje e a essa hora.


- Sei que está um pouco tarde – olhou para o relógio, já passava das dez horas da noite – Espero que não esteja te atrapalhando.


- Eu estava estudando um pouco e ia colocar o Ian para dormir – respondeu – Mas não precisa se preocupar.


- Certo – concordou com a cabeça, mesmo sabendo que ela não o estava vendo – Vou direto ao assunto, queria saber se você tem alguma coisa para fazer sexta-feira de noite.


- Absolutamente nada – falou enquanto suspirava pesadamente – Vou ficar em casa como eu faço todas as semanas.


- Então, quem sabe você não esteja com vontade de sair um pouco da rotina – sua mão estava suando nesse momento, estava ansioso para saber a resposta dela – E sair para jantar comigo.


- Você está me chamando para sair? - ela decidiu perguntar, por fim – É isso mesmo que eu estou entendendo?


- Isso mesmo – não pode deixar de sorrir nesse momento – Sei que é mesmo inesperado e que nós dois nem nos conhecemos, mas...


- Rony, será que você pode parar de falar por um minuto? - pediu, tinha uma ponta de divertimento na voz – Eu aceito sair com você.


- Sério? - disse um pouco mais alto do que estava planejando – Você aceita mesmo sair para jantar comigo?


- Claro! - respondeu – Vai ser bom mesmo para fugir um pouco da rotina e também para nos conhecermos melhor, não é mesmo?


- É isso mesmo – respondeu – Então acho que estamos combinados. Eu posso te buscar as sete da noite?


- Pode sim – falou – Pede para a Hermione o meu endereço.


Eles se despediram antes de desligar o telefone. Rony deu um enorme sorriso e se jogou no travesseiro, não conseguiu acreditar que tinha tomado coragem de chamá-la para sair e que ela ainda tinha aceitado.


A loira também estava igualmente animada, fazia muito tempo que ela não fazia alguma coisa que não envolvesse o filho.


O único problema era: com quem iria deixar o Ian? Pediu para o pai, mas ele disse que precisava trabalhar até tarde, como sempre fazia quando a garota lhe pedia um favor. Por fim, conseguiu que uma amiga da escola ficasse de babá para ela.


Já eram quase sete horas quando Luna terminou de se arrumar. Foi para o andar debaixo, aonde tinha deixado seu bebê assistindo desenho animado;


- Aonde será que está a Jéssica? - ficou olhando para o relógio a cada cinco segundos – Já era para ela ter chegado.


Cinco minutos depois a campainha tocou e ela saiu correndo para abrir a porta achando que era a amiga, mas, na verdade, era Rony.


- Oi! - ele deu um sorriso sem graça – Você está muito linda, Luna. Espero que não esteja parecendo mal vestido perto de você.


- Você está ótimo Rony – ela garantiu – Não precisa se preocupar com isso. Acho que você está até mais arrumado do que eu.


- Eu trouxe para você – entregou o buquê que estava na sua mão – Não sabia que qual era a sua flor favorita, então eu trouxe rosas. Minha mãe disse que elas agradam qualquer mulher.


- Eu amei as flores, muito obrigada – respondeu, percebeu que ele falava muito quando estava nervoso – Entra um pouco.


O ruivo passou pela porta. Logo no hall de entrada da casa tinha uma estante com um cristal e na parede estava um foto de Luna quando criança junto com os pais. Quando os dois chegaram a sala, ele parou para poder olhá-la e saber qual seria a sua próxima ação.


- Eu vou colocar essas flores na água – avisou apontando diretamente para a cozinha – Você pode esperar aqui e assistir um pouco de Bob Esponja, isso se você gostar.


- Eu adoro Bob Esponja! - disse, por fim – Quando eu era mais novo assistia todo sábado de manhã com os meus irmãos. Não acredito que ainda passa.


- E pelo visto ainda vai continuar a passar – comentou rindo – As crianças adoram esse desenho.


Então a loira foi até a cozinha e o garoto decidiu ir para a sala de televisão aonde Ian estava. Ele se parecia muito com Luna, exceto pelos cabelos que, provavelmente, herdou do pai.


- E ai, garotão! - esticou o braço para cumprimentá-lo, mas o menino não fez nada, apenas continuou a encarar o ruivo com uma cara não muito feliz.


- Está tudo bem ai? -ouviu a voz de Luna vinda do outro cômodo – Só vou colocar as flores encima da mesa do jantar e já vou ai.


Um minuto depois ele conseguiu vê-la, pela sua visão periférica, entrando no local.


- Acho que ele não gostou muito de mim – comentou, ainda olhando para Ian – Está fazendo essa cara de bravo desde que eu cheguei.


- É que ele acabou de te conhecer, mas não se preocupe, daqui há algum tempo ele se acostuma com você – garantiu – Além disso, você está na frente da televisão e ele detesta isso – a loira não pode deixar de rir quando ele saiu totalmente envergonhado.


- Mamãe! - esticou os bracinho para que Luna o pegasse no colo.


- O que foi meu pequeno? Você está com sede? - ele apenas balançou a cabeça afirmativamente – Vamos até a cozinha que eu vou fazer o seu suco.


Rony a ficou observando com o filho. Era totalmente diferente da Luna tinha conhecido na casa de Harry, parecia muito mais madura.


- Eu sinto muito, Rony, mas a babá ainda não chegou – explicou, por fim – Espero que você não se importe em esperar mais um pouco.


- É claro que eu não me importo – garantiu – Posso ficar aqui esperando o tempo que for necessário.


Rony ficou assistindo televisão enquanto a loira foi até a cozinha. Cerca de vinte minutos depois a campainha tocou novamente.


- Luna, eu sinto muito pela demora – a outra garota apressou-se em dizer assim que a porta abriu – Acontece que o transito para cá estava horrível.


- Não tem problema Jéssica – garantiu – Pode entrar. O Ian está lá na sala com o Rony.


Quando o ruivo ouviu passos vindos do outro cômodo ele se levantou rapidamente antes de que as duas entrassem no local.


- Rony, essa é Jéssica, uma amiga minha do colégio, ela quem vai ficar tomando conta do Ian hoje – disse para ele antes de se virar para a garota – Esse é o Rony, eu já te falei dele, não foi?


- Falou sim! - concordou antes de estender o braço para o ruivo – Luna não parou de falar de você ontem e hoje durante a hora do intervalo.


- Também não precisa exagerar – ela já estava sentindo o seu rosto começar a esquentar de vergonha – Acho que já podemos ir, não é mesmo, Rony?


- Claro! - concordou com a cabeça – O restaurante é um pouco longe.


- Você já sabe todas as instruções, não é mesmo, Jéssica? - Luna virou-se, novamente para a amiga – A sopa dele está na geladeira, só precisa esquentar um pouco no micro-ondas, mas não muito, se não fica muito quente. E ele tem que dormir até as nove e meia e não se esqueça de colocar a fralda antes de colocá-lo no berço para não acontecer nenhum acidente a noite.


- Pode ficar tranquila, Luna! - Jéssica pegou o bebê no colo – Eu e o Ian vamos ficar muito bem aqui. Você já me deu todas essas instruções hoje de manhã.


- Certo – suspirou pesadamente – Não devemos demorar muito e você tem o meu telefone para qualquer emergência.


A loira deu um beijo na testa da filho e o viu acenar com a mãozinha até ela desaparecer no outro comodo. Saíram de casa e caminharam em direção ao carro de Rony.


- Eu sinto muito por ter demorado muito para sair – disse quando já estavam dentro do carro – Não costumo sair muito a noite e a deixar o Ian com uma babá.


- Não tem importância – garantiu – Quando eramos pequenos e meus pais saiam a noite, minha mãe fazia a mesma coisa. E olha que somos sete irmãos.


- Você tem seis irmãos? - pareceu chocada – Imagino que você nunca tenha se sentido sozinho quando era criança.


- Isso verdade – concordou, sem retirar os olhos da estrada na sua frente – E também nunca ficava entediado.


- Sempre quis ter um irmão ou uma irmã – ela comentou, parecendo ligeiramente triste – Às vezes é muito solitário ser filha única.


- Mas ter muitos irmão também é muito chato, ás vezes – explicou -Tem momentos que você precisa ter a sua privacidade. E, acredite em mim, com seis irmãos isso é meio difícil.


- Isso é verdade -não pode deixar de rir nesse momento.


Finalmente chegaram ao restaurante. O recepcionista os levou até a mesa e, em seguida, o garçom anotou o pedido deles.


- Esse lugar é muito lindo – disse enquanto olhava para todos os cantos do local – Mas imagino que deva ser muito caro.


- E você não precisa se preocupar com nada – colocou a mão sob a dela – Eu te convidei, lembra? Então sou eu quem vou pagar a conta. Tenho bastante dinheiro guardado, pode ficar tranquila.


- Tudo bem – disse, por fim – Mas saiba que da próxima vez quem vai pagar a conta sou eu.


- Então, você está querendo dizer que vamos sair outras vezes? - tinha um grande sorriso nos lábios.


- Talvez – deu de ombros fingindo de desentendida – Vamos ver como é que vai terminar essa noite, ai eu te conto.


Logo o garçom trouxe os pratos e eles começaram a comer em silêncio. Os dois queriam começar a falar, mas não tinham coragem.


- Conte-me como são os seus pais! - o ruivo decidiu tomar a iniciativa – Você não fala muito deles, não é mesmo?


- Perdi minha mãe quando tinha nove anos – ficou olhando para o próprio prato enquanto falava – Acidente de avião.


- Eu sinto muito – tentou parecer o mais sincero possível – Não tinha ideia disso, eu sinto muito mesmo.


- Obrigada – deu um fraco sorriso – Já faz tanto tempo que eu não me sinto mais triste. Para falar a verdade, às vezes preciso olhar fotos, por que esqueço como é o rosto dela.


- E como é o seu pai? - decidiu mudar de assunto.


- Meu pai está sempre trabalhando e mal nos vemos – suspirou e deu de ombros – Acho que a única vez que tivemos todos esses anos foi quando eu disse que estava grávida.


- Imagino que não deva ter sido uma conversa fácil – revirou os olhos.


- Sem dúvida, não foi nem um pouco fácil – respondeu – Mas eu acho que o meu pai ainda sente muita falta da minha mãe, por isso se enterra tanto no trabalho.


- Sabe, eu não sei se o momento perfeito para essa pergunta, mas eu preciso saber – explicou antes de voltar a falar – E o pai do Ian? Ele costuma muito e ver o filho?


Luna apenas voltou a olhar para o seu prato e ficou brincando com garfo. O ruivo entendeu perfeitamente a resposta dela.


- Tudo bem – deu de ombros – Eu sabia que não deveria ter feito essa pergunta, me desculpe.


- Tudo bem – garantiu – O pai do Ian foi um grande erro da minha vida, um erro do qualquer eu me arrependo até hoje. Não devo vê-lo há quase três anos e espero não vê-lo nunca mais.


- Entendi – disse para fazê-la parar de falar.


- Agora me fale você sobre a sua família – pediu – Quero saber mais sobre a sua grande família.


- Bom, eu sou o sexto de sete irmãos – começou a falar – Eu fui a última tentativa frustrada dos meus pais de terem uma menina. Já estavam pensando em desistir, mas ai a Gina nasceu, um ano depois de mim.


- Então ela é a única menina da família – colocou a mão no queixo pensativa – Imagino que você e seus irmãos devem fazer as vontades dela desde pequena.


- Com certeza – concordou com a cabeça – Acho que alguns comportamentos da Gina se devem ao fato de que todos mimaram muito nela ao longo desses anos.


O restante do jantar correu tranquilamente, começaram a conversar sobre banalidades, como, por exemplo, a escola e os amigos. Depois da sobremesa Luna pediu para irem embora , pois não gostava de ficar muito tempo longe do filho e o garoto, é claro, aceitou sem fazer nenhuma objeção.


O ruivo parou o carro em frente a casa dos Lovergoods e fez menção e abrir a porta do carro.


- O que você está fazendo? - a garota quis saber, fazendo com o que ele parasse a mão no meio do caminho para a maçaneta.


- Eu ia te acompanhar até a porta – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.


- Não precisa – garantiu – Já está tarde e é melhor você ir logo para casa. Não quero que sua mãe tenha um ataque por um dos filhos dela não estar em casa ainda.


- Tudo bem, então. Boa noite – ela acenou antes de abrir a porta – Espera um pouco e qual é a sua resposta? Você se divertiu hoje de noite? Acha que vai querer sair mais vezes para nos conhecermos?


- Eu me diverti muito sim, acho que não tinha uma noite de sexta-feira assim há muito tempo – admitiu – E, com certeza vou querer sair com você outras vezes.


Por fim, deu um selinho nele. No inicio Rony se assustou, mas, antes que ela pudesse se afastar entreabriu os lábios e aprofundou o beijo.


- Fico feliz com isso – disse depois que se afastaram – Pois eu também quero muito te conhecer melhor.


A loira não disse mais nada apenas abriu a porta e saiu do carro. Depois de fechar a porta se apoiou na janela.


- Eu te ligo amanhã – ele avisou – Tudo bem para você? Ou acha que o seu pai pode achar ruim?


- Pode me ligar sim – respondeu – Vou ficar esperando.


Então ela caminhou até o portão de casa e ficou observando o carro sair e desaparecer no final da rua e, por fim, entrou na casa. Encontrou Jéssica dormindo no sofá da sala de televisão.


- Jéssica, eu já cheguei – a sacudiu para que acordasse – Eu já cheguei, pode ir embora para a sua casa.


- Oi Luna – disse enquanto esfregava o olho e se sentava – O Ian jantou direitinho e eu o deixei assistir um pouco de televisão antes de dormir. Não tive nenhum problema.


- Que bom – abriu a bolsa e pegou a carteira – Aqui está o dinheiro que tínhamos combinado. Muito obrigada mesmo, não sei o que faria sem você.


- Eu adoro trabalhar de babá, sabe que sempre que precisar é só chamar – lembrou – Você parece muito feliz. Se divertiu no seu jantar hoje?


- Muito! - até agora não tinha reparado que estava mesmo sorrindo como se fosse uma boba.


- Que bom – a outra também estava sorrindo – Você merece tudo isso. Já estava na hora de superar tudo que aconteceu entre você e o pai do Ian.


- Tem razão, já estava mais do que na hora – concordou – E estou sentindo de que Rony é mesmo o cara que vai em fazer esquecer tudo isso.
***
N/A:
E ai está o útlimo capítulo do ano da fic.
Espero que os admiradores do casal Rony/Halley não queriam me matar mas eu já tinha a ideia dos casais formadas desde o início da fic (eu amo Rony/Luna, só pra vcs saberem), mas não se preocupem q a Halley não vai ficar sozinha.
Embora adore o casal R/L fiquei mesmo em dúvida se colocaria eles juntos na fic já que eles tem personalidades tão diferentes. O Rony é um jogador de futebol no Ensino Médio e que está sempre atrás do melhor amigo desde a infância. Já a Luna é uma mãe adolescente e que se aprendeu a se virar sozinha muito cedo e parece ser mto mais madura do q a idade aparenta. Por fim decidi arriscar e acho q o casal deu mto certo, pelo menos eu acho.
O q vcs acharam do novo casal?
Para vcs saberem, a fic está quase entrando na reta final (são mais 7 capítulos e o epílogo). Portanto, em breve vcs vão conhecer o pequeno bebê Potter (ooooooown) e tb vão descobrir quem é o pai do pequeno Ian e, será q a Mione vai descobrir sobre a aposta? Será q ela vai perdoar o Harry? E como vai ficar o acordo q os dois fizeram?

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E feliz 2012 

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Comentários (12)

  • Jane Granger_Potter

    OOHH MEU DEUS  CAPITULO LINDO AMEEEI  

    2011-12-30
  • Mariana Thamiris

    OMG!!! Ameeeeeeeeeeeiii o capítuloooo *------* Estava ansiosíssima por mais um post XD A Mione insistindo naquele acordo já está me deixando fora do sério aiaiai será que ela não perceb que o Harry quer estar com la e a bebezinha??? Ahhh eu esperava ao menos um nome para a princsinha Potter *-*  Por Merlin!!! Eu sou ultra mega muitissima fan do casal Ron/Halley (hauhauhuahuahauhau ninguém percebia neh???=P), mas agora fiquei encantada com o casal Ron/Luna!!! Você tem o poder de surpreender e até mudar minhas opiniões sobre com quem o Rony deveria ficar =D O Ian com carinha de bravo foi tudooooooooo *--------------* hauhauhauhauhauhauhauhauahuah e minha curiosidade sobre o pai do bebe dela só fez aumentar já imagini ate u seria o Victor Krum O_o Ahhh desejo um Feliz 2012!!!!

    2011-12-29
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