De volta à ativa







CAPITULO 8: DE VOLTA À ATIVA



 Lily Evans abriu os olhos e sentiu a cabeça doer fortemente. Ela estava um caco, podia sentir pelos músculos rígidos. A ruiva levantou a mão e pousou-a na testa, como se pudesse amenizar a dor. Sentiu a palma ficar instantaneamente quente e percebeu que deveria estar com febre.

 Sem a mínima vontade, Lily se sentou, talvez um pouco rápido demais, pois sua cabeça girou e ela caiu deitada de novo.

 - Droga – grasnou, levemente irritada e se sentou de novo.

 Ignorando a tontura, Lily se levantou, testando seu equilíbrio. O chão estava frio, o que foi um alivio, considerando a temperatura alta do corpo da mulher. Ela seguiu cambaleando até o banheiro, tropeçando duas vezes ao longo do caminho e caindo uma delas.

 Lily gemeu e levou a mão ao quadril, aonde tinha batido com força na queda. Xingando mentalmente, ela voltou a se levantar, fingindo não sentir a dor aguda que despontava do quadril. Lily seguiu até o espelho do banheiro e examinou seu próprio reflexo: estava com o rosto vermelho – por causa da suposta febre – e meio amassado; os olhos estavam inchados por causa do choro e lacrimejavam; os cabelos vermelhos se encontravam em uma bagunça louca.

 - Um banho frio – ela concluiu. – É disso que eu preciso.

 Com cuidado para não cair novamente, Lily foi até a banheira e ligou a torneira de água fria. Enquanto esperava a banheira encher, ela retirou o moletom velho que usava e jogou-o em algum canto. Ao fazê-lo, ela notou um objeto particularmente familiar na beirada da banheira.

 Lily franziu a testa e estendeu a mão, pegando a camisinha usada com curiosidade. Mas o que aquilo estava fazendo ali? A pergunta fora feita mentalmente, mas a resposta lhe veio como um tapa na cara e Lily sorriu, sentindo as bochechas protestarem. Se perguntando o porquê de Marlene não ter usado seu próprio banheiro, Lily jogou a camisinha no lixo e entrou na banheira, sentindo os ossos doerem por causa da água fria.

 Ela se deitou dentro da banheira, o corpo se arrepiando em contado com a água e a temperatura baixando consideravelmente. Ficou ali, com os olhos fechados, pensando nas dores da vida e relembrando a noite passada. Sabia que o que ela fazia era errado, mas uma vozinha dentro dela disse que se era para fazer alguma coisa errada, que fizesse para valer a pena. Em outras palavras, Lily lançaria aquele livro a qualquer custo. O que significava, obviamente, que James teria que receber mais uma visitinha...

 O pensamento fez Lily se sentir culpada.

 A ruiva mergulhou a cabeça na banheira e ficou ali até sentir necessidade de respirar, tentando se livra da culpa pegajosa que a noite de ontem pregara em seu ser. Quando finalmente saiu da banheira, Lily já estava tremendo de frio. A febre definitivamente baixara, mas a dor de cabeça fazia sua têmpora latejar.

 Lily vestiu seu roupão e escovou os dentes. Depois se pôs a pentear o cabelo molhado pacientemente. Olhando-se no espelho, ela constatou que sua aparência tinha melhorado consideravelmente. O rosto perdeu o vermelho febril e voltou ao seu tom corado natural.

 Satisfeita, Lily rumou para a cozinha, planejando fazer um café e tomar uma aspirina enorme. Mal havia dado dois passos em direção à bancada, e Marlene apareceu afobada na cozinha, como se tivesse perdido uma criança de cinco anos no meio do shopping center. Seus olhos pararam em Lily e ela cruzou os braços, levantando a sobrancelha.

 - O que é que você está fazendo? – perguntou.

 - Café – respondeu Lily calmamente.

 - Porque você está fazendo café?

 - Existe uma lei que me proíbe de fazer café? – retrucou Lily, irônica, um sorriso brincando nos lábios.

 Marlene revirou os olhos e bufou.

 - Vou reformular a pergunta – disse ela, impaciente. – Porque você está aqui fazendo café e não no quarto descansando?

 - Talvez seja porque já é quase meio-dia e eu não quero perder meu dia todo trancada no quarto.

 Lene franziu a testa, se sentando na bancada e observando Lily fazer café com um sorriso distraído. Ela parecia bem, concluiu.

 - Como está se sentindo, Lil’s? – Marlene perguntou, ligeiramente preocupada. A ruiva virou-se e depositou o café fumegante na mesa.

 - Porque a pergunta?

 - Ontem você não estava, digamos... num humor dos melhores – respondeu Marlene.

 Lily sorriu para a amiga.

 - Estou ótima, se é isso o que está perguntando – respondeu alegremente. – Mas você se apega demais ao ontem, Lene. Só porque eu estava mal ontem, não significa que eu vou estar mal hoje.

 - Eu sei, mas... as pessoas não ficam bem de um dia para o outro. – argumentou Marlene.

 - Bom, eu fico. E acho que ainda posso ser considerada uma pessoa.

 Marlene suspirou.

 - É impossível se preocupar com você – resmungou. Lily a ignorou.

 - Mas você não pode mais ser considerada uma pessoa.

 A morena tinha a intenção de começar um exaustivo discurso sobre como Lily Evans se fechava em volta de si mesma e que isso não lhe fazia bem. Mas as idéias se esvaíram da sua mente ao ouvir o comentário aparentemente inocente de sua colega. Lily, por sua vez, sorriu internamente e se virou para pegar duas xícaras coloridas no armário. Ela depositou as duas xícaras na bancada e encheu-as de café, entregando uma para Marlene.

 - O que quer dizer? – Marlene perguntou por fim, queimando o céu da boca ao beber o café quente e fazendo uma careta.

 - Apenas que a camisinha deixada no meu banheiro só pode ter sido usada por um animal... – Lily respondeu, bebendo o próprio café. - Afinal, quem seria insensível o suficiente para deixá-la jogada na beirada da minha banheira?

 Marlene ficou boquiaberta e sentiu-se corar fortemente. Ela havia descoberto qual banheira usara com Sirius no final das contas.

 - Desculpe – disse, voltando sua atenção para o café.

 Lily riu.

 - Você se divertiu?

 - Minha vida sexual não é da sua conta, Lily.

 - Se divertiu ou não? – impacientou-se Lily, revirando os olhos.

 - Sim – respondeu Marlene, curta e grossa.

 - Então, está perdoada – disse Lily, parecendo satisfeita. Marlene revirou os olhos, ainda corada. – Até porque – continuou Lily, se levantando e abrindo o armário, em busca de uma aspirina. – Eu também já usei sua banheira.

 Marlene engasgou com o café e quase cuspiu tudo. Lily gargalhou alto com a reação da morena, que tossia furiosamente.

 - O que você disse?! – perguntou Marlene, finalmente recuperada.

 - Você me ouviu. – retrucou Lily divertida, jogando o comprimido de aspirina na boca e engolindo-o com água. A mão de Marlene foi de encontro à testa. Sua expressão estava chocada.

 - Como foi que eu nunca soube disso?

 - Bem, talvez seja porque eu não deixo minhas camisinhas espalhadas aos quatro ventos. – brincou Lily, dando um beijo estalado na bochecha da amiga e indo em direção ao seu próprio quarto. Marlene seguiu Lily até o quarto.

 - Quando você usou minha banheira? – perguntou, indignada, observando Lily ir até o armário e procurar uma roupa.

 - Ah, já faz um bom tempo... – respondeu Lily, distraída, pegando uma calça larga e verde musgo. A morena balançou a cabeça, desconcertada.

 - Com quem? – perguntou novamente.

 - Katherine – respondeu Lily simplesmente, pegando uma blusa creme de manga. Marlene tentou não imaginar.

 - Essa foi a única vez?

 - Não – Lily vestiu a roupa, colocou um all star e prendeu o cabelo ruivo (agora seco) em um rabo de cavalo. Marlene fechou os olhos e respirou fundo, tentando não se importar com a falta de consideração da amiga ao usar sua banheira para tais fins, afinal, Lene havia feito o mesmo. Ao invés de continuar essa conversa, Marlene mudou de assunto:

 - Vai sair?

 - Não, Lene, vou dormir, não está vendo que isso é um pijama? – perguntou Lily sarcasticamente.

Lene fechou a cara.

 - Não precisava ser ignorante.

 Lily riu alto.

 - Sim, eu vou ver o James, se é o que quer saber.

 - Mas, Lily, ontem mesmo você estava péssima por causa desse garoto – Marlene tentou argumentar. – Porque simplesmente não pára de visita-lo?

 Lily se virou para a porta do quarto e saiu, com Marlene em seus calcanhares.

 - Porque eu tenho uma história para terminar. – disse e saiu, batendo a porta.

 É, pensou Lene, ela tinha voltado ao normal.

 
X8X


 James Potter entrou no pequeno banheiro de seu apartamento. Havia sido acordado cedo naquela manhã pelo celular tocando. Era Ashley e ela queria tomar café da manhã com ele. O moreno saíra de casa às pressas em direção ao suposto ponto de encontro escolhido por Ashley e, ali, passara toda a manhã tomando capuccino e comendo pãezinhos com queijo e ouvindo a namorada falar sobre uma discussão que Leona tivera com Remus.

 Não fora um de seus melhores passeios, e embora James tivesse feito quase a mesma coisa no dia interior com Lily, este encontro lhe parecera bem menos interessante. Sem falar que Ashley fizera cara feia ao notar a simplicidade das roupas de James: camiseta, calça e tênis.

 Agora, felizmente, estava de volta ao seu pequeno apartamento e estava prestes a tomar um banho quente e demorado que, ele achava, era mais do que merecido. Sem pestanejar, James tirou as roupas e as jogou de qualquer jeito no canto do banheiro e, deixando os óculos em cima da pia, entrou no boxe, ligando o chuveiro.

 A água quente jorrou sobre o corpo nú de James e ele instantaneamente relaxou. Ah, sim, um banho bem demorado e silencioso, sem ter que agüentar a tagarelice da namorada sobre suas roupas fora de moda e seu cabelo impossível.

 Depois de alguns segundos, o banheiro já estava cheio de vapor e a única coisa que James ouviu foi o som de roupas caindo no chão de seu banheiro. Inicialmente, ele não deu a devida importância ao barulho, mas as coisas mudaram drasticamente quando a porta do boxe se abriu e alguém entrou.

 James abriu os olhos e, embora estivesse sem seus óculos, a cabeleira ruiva era, sem dúvidas, inesquecível.

 - AH! – ele berrou, fazendo a mulher pular. – LILY!

 - Oi, James.

 - O que está fazendo aqui?!

 - Minha nossa, onde está a sua educação? – ralhou Lily. – Me diz “oi” pelo menos.

 - Não ‘tô interessado em educação. – retrucou. – O que você está fazendo no meu apartamento?

 - Vim ver se você precisa de ajuda para tomar banho – respondeu ela, inocentemente.

 - Como entrou aqui?!

 Lily bufou.

 - Já disse para você não deixar a porta destrancada.

 - Não estava destrancada!

 - Então, esconda a chave reserva em um lugar mais difícil – ela pareceu pensativa. – Bem mais difícil. – acrescentou.

 James balançou a cabeça negativamente, tentando reorganizar as idéias. A parte racional de sua mente dizia que deveria ligar para a polícia e exigir que alguém mandasse aquela maluca para o xilindró, afinal, ela invadira sua casa. A parte emocional de sua mente – normalmente dirigida pelos hormônios – dizia para agarrá-la. E então, o moreno percebeu que Lily estava nua. Era um pensamento meio óbvio, levando em conta que estavam no chuveiro. James passou os olhos cobiçosos pelo corpo da ruiva: a pele clara, os seios firmes, a barriga malhada, a cintura fina, as pernas maravilhosas. Os olhos verdes estavam cheios de malicia e os lábios rosados estavam abertos em um sorriso maroto. Os cabelos ruivos estavam soltos.

 Ah, ele adorava os cabelos dela.

 Lily percebeu o olhar de James sobre si e levou a mão até o membro dele, entrando em baixo do chuveiro com ele, deixando a água molhar-lhe o corpo. Ninguém esperava pela reação de James.

 - LILY! – ele gritou, surpreso.

 - Por Deus, deixe de ser escandaloso! – ela ralhou com ele. Depois sorriu e acariciou o membro de James com dedos ágeis. – Foi só um carinho.

 James afastou a mão de Lily de si.

 - Eu não quero seus carinhos – disse ele, beirando a histeria. – Pensei que fôssemos amigos. – acrescentou, tentando sensibilizá-la.

 Lily riu sedutoramente.

 - Somos amigos, Potter. – disse ela, colando seu corpo ao dele. – Mas amigos também fazem sexo, sabia?

 O garoto arfou ao sentir o corpo nú de Lily pressionado ao seu. Não era a primeira vez que se encontravam nessa situação, mas era a primeira vez em baixo do chuveiro. E seu pênis começou a dar sinas de vida. Ele afastou-a delicadamente pela cintura.

 - Mas não fazem sexo entre si – explicou.

 - Ótimo! – exclamou ela, deixando-se ser afastada dele, mas prensando-o na parede na primeira brecha. – Então teremos uma amizade colorida.

 O azulejo frio do banheiro encostou-se às costas de James, fazendo-o se arrepiar. Lily estava com o corpo grudado ao dele e começou a beijar-lhe o pescoço, morder-lhe o lóbulo da orelha, arranhar-lhe o peitoral. James afastou-a novamente.

 - P-pensei que-que esti-tivesse aqui para-a me ajudar-ar a to-tomar banho-nho – tentou ele, gaguejando, como era de praxe.

 - Certo – concordou Lily se aproximando mais uma vez. - Então me deixe lavar seu...

 - NÃO! – interrompeu James, segurando o pênis para escondê-lo de Lily e, consequentemente, esconder sua excitação.

 Lily riu alto, verdadeiramente se divertindo.

 - Ora, vamos, James. – disse Lily. – Eu sei que você quer. Então pare de fugir de mim.

 Isso pegou James de surpresa. Afinal, ele não se lembrava de ter dito que queria transar com Lily em nenhum momento. Mas também nunca havia dito que não queria. Devagar, ela voltou a ficar em frente à ele. Sorrindo, substituiu as mãos de James pelas suas próprias e massageou levemente o membro do garoto, como se tivesse uma certa devoção por ele. O moreno fechou os olhos e deixou a cabeça pender. Que se dane, pensou. Se Ashley não queria transar com ele, existia alguém que queria.

 Lily alternava os movimentos entre rápidos e lentos. O segundo era com a intensão de torturar James e ela sorriria maliciosamente se soubesse que conseguira. A ruiva beijou a boca de James, mordicando o lábio inferior, a língua passeando pelo interior da boca dele. Mas ele não estava em sua melhor forma para retribuir o beijo como deveria. Estava mais concentrado em outra parte.

 A mulher desceu os beijos pelo pescoço, peitoral, barriga, deixando pequenos chupões no caminho, fazendo James emitir grunhidos ininteligíveis. Porém o que o fez perder a cabeça de vez, foi a língua de Lily substituindo suas mãos. Ela estava ajoelhada em frente à ele agora e sua língua passava ao longo de seu membro, como se para sentir o gosto. Por Deus, nunca ninguém havia lhe feito isso em seus dezessete anos!

 Sem esperar mais, Lily tomou o pênis de James na boca, fazendo o garoto soltar um “Minha nossa!” entre os gemidos que escapavam-lhe por entre os lábios. Ela repetiu os movimentos executados por suas mãos, tomando cuidado para não machucar James. O moreno passou a movimentar o quadril de encontro à boca de Lily, fazendo-a sentir uma vontade louca de morder-lhe. Aos poucos, os gemidos foram ficando mais altos e Lily sabia que ele estava chegando ao ápice. Mas a intenção daquele carinho não era deixar James gozar assim, tão facilmente. Por isso, ela parou e levantou-se, voltando a beijar-lhe os lábios.

 - Droga, Evans! – lamentou James, pegando Lily no colo e deitando-a no chão frio e molhado. Sem pestanejar, ele ficou por cima dela, mordendo o pescoço da ruiva com força, descendo as mãos pelos seios dela. Lily sorriu e mordeu o lábio inferior, tentando não gemer quando James passou a boca para seus seios, como se estivesse se deliciando com um sorvete maravilhoso.

 James desceu os beijos pela barriga da ruiva, imitando seus gestos, agarrando seus quadris com força. Queria sentir o gosto dela. Seria tão bom quanto o gosto de sua pele?

 Suas mãos desceram de seus quadris e lhe abriram as pernas. Por um momento, ele não soube o que fazer, afinal, era completamente inexperiente nessa área. Mas, retirando coragem não se sabe de onde, James passou a língua pela extensão macia e úmida que tinha à sua frente, examinando, prestando atenção nas reações de Lily para saber quando atingira o lugar certo. Um suspiro escapou pelos lábios da ruiva e ele soube que havia encontrado.

 Lambeu a mesma área para se certificar e, quando um meio gemido foi emitido por Lily, ele se pôs a lamber exaustivamente. Extasiado pelas reações da mulher, James penetrou-a com a língua e Lily arfou, gemendo logo em seguida. Os quadris, ainda seguramente presos pelas mãos de James, começaram a se movimentar em harmonia com a língua de James. Ele quis continuar ali, mas as mãos de Lily agarraram-lhe o rosto, puxando-o para um beijo, que ele retribuiu com mais vontade do que deveria.

 - Agora – James pediu, arfante. – Por favor, agora. – repetiu, ao que Lily concordou com um aceno de cabeça.

 Prendendo as mãos de Lily no alto de sua cabeça, James se viu, finalmente, dentro dela.


 X8X


 - Eu sinceramente não sei por que você brigou com o Remus! – disse Ashley, entrando no quarto de Leona Lewis e batendo a porta.

 Nesta manhã, Leona havia ligado para a amiga, a fim de contar-lhe sobre sua briga com Remus. Ela estava terrivelmente chateada com o ocorrido e esperava encontrar em Ashley algum conforto. Mas esta se mostrara apenas interessada na fofoca e completamente despreocupada com o motivo da briga, principalmente depois de Leona lhe contar que pretendia terminar tudo com Remus.

 - Você não contou à ninguém, contou? – certificou-se Leona.

 - Só comentei com Jay – respondeu Ashley. James odiava o apelido e pedira para ela parar de chama-lo daquela maneira, mas a garota continuou à faze-lo pelas costas dele.

 Leona soltou um suspiro cansado.

 - Ah, eu pedi para você não contar à ninguém!

 - Eu estava sem assunto. – defendeu-se. - O que esperava que eu fizesse? – perguntou, sentando na cama ao lado de Leona.

 - Esperava que você tivesse o mínimo de respeito por mim e por Remus.

 Ashley fez um gesto vago com a mão.

 - Deixe de ser dramática. – retrucou, e depois de fazer uma careta para as roupas da moreninha, retomou o assunto inicial, antes que Leona pudesse dizer alguma coisa. – Porque você brigou com o Remus?

 A face de Leona se fechou em uma carranca malcriada e ela respondeu:

 - Se for para você sair espalhando para todo mundo, eu não vou te contar.

 A primeira coisa que se passou pela cabeça de Ashley foi o fato de perder uma fofoca gigantesca. A segunda coisa foi que o motivo da briga foi bem sério para que Leona se preocupasse com o fato de os outros ficarem sabendo.

 - Ora, vamos, Leona... – disse pegando a mão da amiga. – Eu sei que você quer me contar.

 - E eu sei que você quer saber.

 - Então conte logo!

 Leona revirou os olhos para a animação de Ashley. Ela sabia que James com certeza ia ficar sabendo, mas ainda assim começou à contar.

 - Eu e Remus transamos. – resumiu.

 O queixo de Ashley caiu.

 - VOCÊS TRANSARAM?!

 - Shh! – fez Leona. – Cale a boca!

 Ashley caiu na gargalhada, segurando a barriga.

 - Não posso acreditar!

 - Nem eu – confessou a moreninha.

 - Seus pais já sabem disso?!

 - Não, mas se você continuar berrando, não vai ser difícil de descobrir.

 A gargalhada histérica de Ashley foi interrompida quando a ficha finalmente caiu.

 - Espere – pediu, reformulando as ideias. – O que isso tem a ver com a briga de vocês?

 - Bem... – começou Leona. – É que... não foi exatamente como eu esperava, entende? Foi bruto. Eu não consegui gozar. E você não faz ideia de como é ruim fingir um orgasmo. – ela olhou para as próprias mãos, ligeiramente envergonhada. – Eu não pretendia contar nada à ele, mas... uma amiga me convenceu. – um sorriso doce surgiu em sua face corada ao se lembrar de Katherine. – Então, eu conversei com ele sobre o assunto, mas Remus reagiu tão mal. Ele não compreendeu. E acabamos discutindo.

 Ashley caiu na gargalhada de novo. Não era a reação que Leona esperava.

 - Ai, minha nossa... – disse Ashley, ofegante.

 - Não tem graça, Ashley. – cortou Leona.

 A morena parou de rir, limpando as lágrimas.

 - Tem sim. – respondeu. – Mas vamos combinar que foi besteira sua contar à ele, não?

 - Não acho que seja o caso – respondeu Leona, um pouco grosseira, ainda irritada. – O que esperava? Que eu ficasse dando para ele, mesmo não sentindo prazer nenhum nisso?

 - É exatamente isso que deveria fazer.

 - Porque acha isso?

 - Você não é o tipo de garota que vai arrumar um namorado tão fácil de novo.

 Leona fechou os olhos, tentando conter a raiva. Decidiu mudar de assunto.

 - Como foi o encontro com James hoje de manhã?

 Foi a deixa para Ashley se concentrar em um relato minucioso sobre seu café da manhã com o namorado. Não é preciso dizer que Leona desistiu de contar à amiga sobre Katherine.


 X8X


 N/A: nossa, como eu postei rápido... O.O O capítulo anterior foi mesmo minúsculo, eu concordo. Mas foi minúsculo porque eu realmente perco a criatividade para escrever coisas depressivas. Mas eu voltei com tudo nesse capítulo porque Lily Evans está de volta à ativa. Espero que tenham ficado tão felizes quanto eu. Esse capítulo ficou com treze páginas no Word. Um tamanho bom, na minha concepção. Bem, passem nas minhas outras fics. E comentem, óbvio.

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Comentários (3)

  • Spencer Cavanaugh

    Ashley é tão infantil, que horror, serio, a amiga contando sobre algo serio e ela rindo. Gostei da Lily e do James....Acho que ela já tá começando a se envolver emocionalmente com ele - quer dizer, eu só acho - e a Leona tá gostando mais ainda da Kate *-* agora foi bom mesmo ela não ter contado a "amiga" dela porque a garota não parece ser um tipo de pessoa legal não... Gostei bastante do capitulo *-*bjoos! 

    2012-10-31
  • Louise Marie Gonzaga Machado

    eu AMO essa fic. FHSOIAHIF na boa, taaaao estranho ver o James todo desajeitado e simpatico, mas a Lily é DEMAIS. eu li A superioridade feminina, sua também, e apaixonei! Vou procurar outras webs suas pra ler, só me cadastrei pra poder mandar o recado, velho. *-* continue escrevendo assim, as historias sao OTIMAS

    2012-01-23
  • Sah Espósito

    rsrsrs obrigada por postar adorei :)

    2012-01-15
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