She Walks in Beauty





She Walks in Beauty


Capítulo 6


 


  Marlene McKinnon estava no sofá. Ah, meu Deus, ela estava no sofá, uma coisa que não acontecia com tanta frequencia. Pior. Ela estava no sofá com Sirius Black em cima dela. Se fosse Lily, essa seria uma situação completamente normal, mas, sabe, ela não era Lily – óbvio. E se ela não era Lily, mas mesmo assim estava deitada no sofá com um indivíduo do sexo masculino em cima dela, só podia significar que, das duas uma: ou Marlene estava louca, ou a convivência com Lily estava afetando seu cerébro. A segunda alternativa era a mais provável.


 Quer saber de uma coisa pior? Ela estava gostando.


 Ah, droga!


 Sabe, aquele um mês sem sexo havia afetado seus hormônios que não eram mais adolescentes. Ou talvez seus hormônios tenham se esquecido que não eram mais adolescentes. Ou, quem sabe, seja o fato de Lily ter anunciado em voz alta que Marlene estava sem sexo havia um mês.


 Quem se importava com o motivo?


 ‘Tá legal, chega. Sirius Black esta colocando a mão debaixo da blusa dela. Opa! Ele está colocando a mão dela dentro da calça dele! Nada bom. E agora?


 O fato era que Marlene estava deitada no sofá agarrada à um garoto de não mais de dezessete anos que estava com a mão por dentro de sua blusa – e ela com mão dentro da calça dele, mas isso pode ser ignorado. Ah, que ótimo. Ele era de menor. Se os pais dele descobrissem...


 Meu Deus!, pensou Marlene ao alcançar o membro pulçante dele. O que é que é isso? Uma cobra?, pensou ela, perplexa. Ele só tinha dezessete anos, como é que podia ter um... um... – ela não conseguia pensar na palavra – um negócio daquele tamanho no meio das pernas? Seu ex-namorado não tinha nada comparado aquilo, mas Marlene sempre ignorara o tamanho, afinal, sempre dizem que não é o tamanho que importa e...


 Seus pensamentos foram bloqueados porque, de repente, a porta do apartamento se abriu.


 - Lene? – a voz de Lily foi ouvida.


 Ah, não...


 - Lily? – perguntou Marlene, empurrando Sirius para poder se sentar e tirando todas as mãos dos lugares inadequados.


 Lily Evans olhou de Marlene para Sirius e começou a rir. Não do tipo gargalhada histérica, era mais do tipo gargalhada divertida.


 - Sabe – comentou ela. – Quando eu disse que você tinha que ir atrás de Sirius Black, eu não quis dizer tão literalmente.


 Mas o que é que ela estava fazendo em casa à essa hora?!


 - Lily, o que você está fazendo aqui? – perguntou Marlene, irritada.


 - Ninguém te avisou? Eu moro aqui.


 - Você entendeu o que eu quis dizer.


 Lily suspirou, cansada.


 - Eu cheguei ao apartamento de James, mas ele estava esperando a namorada, então preparei o jantar deles e voltei pra casa.


 A boca de Sirius caiu, mas Marlene continuou impassível. Aquele comportamento de Lily não era novidade para ela.


 - Você preparou o jantar deles? – perguntou o moreno, de olhos arregalados.


 - Eu sei. Típico, não acha? – respondeu Marlene irônica.


 - Vou fingir que não ouvi isso, Lene. – disse Lily, ainda divertida. – Ao invéz de me extressar, vou até o meu quarto tomar um banho e cair na cama. Vocês podem continuar usando o sofá. Só sujem o menos possível e façam pouco barulho, porque eu tenho o sono leve. – ela se virou para ir, mas pareceu se lembrar de uma coisa, então se virou para Marlene e disse: - Divirta-se, Lene. Você merece. Boa noite, Sirius.


 Lily virou-se e foi para o quarto, fechando a porta.


 Ah, que ótimo. Ela havia deixado Marlene em uma situação nada confortável e muito constrangedora. Devagar – e corando -, Marlene se virou para Sirius, preocupada com sua reação.


 Mas ele estava sorrindo e assm que Lene se virou para ele, Sirius voltou à deitá-la no sofá, beijando-a mais uma vez.


X8X


 


 


 No dia seguinte, cerca de mais ou menos uma hora da tarde, a campainha de James Potter tocou.


 Esse não era o melhor dia para se receber visitas, afinal, apesar de ser uma hora da tarde, ele estava dormindo. Isso sem contar, é claro, a irritação crescente que estava sentindo. Nada bom para começar o dia. Ou a tarde.


 Com o pensamento de não estar com paciência para receber visitas, James virou de lado e ignorou a campainha. Por alguns minutos, ela tocou incansávelmente, até que finalmente parou. Com um suspiro de felicidade, James deixou-se voltar à dormir.


 Mas seu sono não durou tanto quanto você, ou o próprio James poderia ter imaginado. Pois depois de quase cinco minutos dormindo, a porta do quarto de James foi escancarada e um furacão ruivo entrou por ela.


 - James, por favor, levante! Já é uma hora da tarde e o dia está lindo. – mas percebendo que James não ouvira, a ruiva andou até a cama do moreno e puxou-lhe as cobertas. Sem parar para pensar se ele havia acordado ou não, abriu as cortinas.


 James se sentou, ainda meio sonolento e encarou a mulher de cabelos ruivos. Quem era ela?


 - O que está fazendo aqui? – murmurou deitando-se novamente.


 - Vim tirar você do fim do poço.


 O garoto murmurou palavras desconexas e abriu os olhos lentamente só para encarar um par de olhos verdes brilhantes e um rosto sardento emoldurado por cabelos cor de fogo. Os lábios rosados da mulher sorriram para ele. Era um anjo ruivo. Um anjo bonito e com um sorriso gentil.


 E então ele se tocou.


 - AH! – gritou, puxando o cobertor, cobrindo a cabeça. – LILY!


 Lily bufou.


 - James Potter, pare de gritar, ou os vizinhos vão chamar a polícia.


 - Como foi que você entrou aqui?! – ele gritou, a voz abafada pelo cobertor.


 Lily riu. A cena era hilária: James se cobrindo com um cobertor, como uma criança que acabara de ver um monstro imaginário no meio da noite.


 - Ora, vamos – disse puxando o cobertor mais uma vez. – Você tem que tomar café.


 - Não quero café. – choramingou.


 - E porque não? Tudo bem que já é uma da tarde, mas ainda assim, você tem que comer alguma coisa, não?


 - Não quero comer. – resmungou e se encolheu, fingindo dormir.


 Lily encarou o garoto por um minuto, ficando em silêncio. Ela o conhecia à pouco tempo, mas era tempo o suficiente para perceber que ele não estava bem. Resolveu que o melhor seria puxar algum assunto.


 - Como foi sua noite, James?


 - Por favor, Lily, essa realmente não é uma boa hora...


 - Mas quero saber como foi a sua noite.


 Porém o moreno apenas soltou um gemido angustiado. Pelo visto o problema era esse.


 - Muito bem. – Lily se sentou na beirada da cama e mexeu nos cabelos rebeldes de James. Um gesto inesperado, o que fez James olhá-la. – O que houve?


 O garoto suspirou, derrotado.


 - Um fiasco. Nada saiu como o esperado.


 - Ela não gostou da comida?


 - Ashley adorou sua comida. – ele parou. – Aliás, você cozinha muito bem.


 Lily sorriu.


 - Obrigada. – ela agradeceu. – Mas não estou aqui para conversar sobre meu talento culinário. Me diga... o que foi que aconteceu?


 James olhou para ela, em dúvida.


 - Pode me contar qualquer coisa. – disse Lily, interpretando o olhar dele.


 - Bem, ela chegou aqui e eu lhe entreguei as flores. Depois nos sentamos para jantar. Ela elogiou a comida. Depois, perguntei se ela queria ver os desenhos novos do meu quarto e nós fomos. Fim da história.


 Lily franziu a testa, ligeiramente confusa. O que?! E então riu, compreendendo o que havia acontecido.


 - As pétalas de rosas que estavam no chão levavam ao seu quarto, não é?


 - Sim.


 - E você levou Ashley ao seu quarto com o pretexto de mostra-lhe seus desenhos, sendo que o que você queria era transar com ela? – perguntou irônica.


 - Não é culpa minha, está bem? Ela não entendeu o que as pétalas de rosas estavam fazendo no chão, então eu perguntei se ela queria ver meus desenhos...


 - James, essa foi uma péssima desculpa para levá-la ao quarto.


 - Mas funcionou com você.


 A ruiva riu alto.


 - Sim. Mas não se esqueça de que fui eu que entrei no seu quarto para ver os desenhos e não você que me convidou. Eu tive a intensão. Não você. – disse ela, se sentindo solidária com o garoto. – Me conte... você tentou algo com ela depois que estavam no quarto?


 - Tentei.


 - E?


 - E nada.


 - Como nada?


 James se levantou, irritado, olhando para Lily carrancudo.


 - Ashley não é como você. Quando eu comecei a beijá-la, me senti nervoso. Você não me deixa nervoso, mas ela me deixa.


 - E porque?


 - Porque... não sei, Lily. Ela me parecia tão confiante, tão firme. Sabia o que estava fazendo.


 Lily passou a mão no rosto do moreno, fazendo-lhe um carinho quase materno.


 - Ah, James. Sou capaz de apostar que ela estava tão confiante quanto você.


 - O que quer dizer?


 - She walks in Beauty. – sussurrou Lily, mais para si mesma do que para o garoto.


 - O que?!


 - She walks in Beauty. – ela repetiu.


 James levantou as sobrancelhas.


 - Que merda é essa?


 - Não use esse palavreado na minha presença, Sr. Potter.


 - Desculpe. Mas o que é isso?


 - She walks in Beauty. – ela repetiu, como se fosse óbvio. Mas a expressão de James continuou a mesma, ou seja,  ele não fazia idéia do que se tratava aquilo. – Vocês jovens, precisam ler mais.


 - Não me enrole. – pediu James.


 Lily suspirou, cansada.


 - She walks in Beauty é o nome do poema escrito por Lord Byron. – explicou ela.


 - Mas o que isso tem haver com o assunto?


 - O último verso do poema diz “o coração cujo amor é inocente”...


 James olhou para ela e pareceu pensar. Depois franziu a testa e disse:


 - Não tenho a mínima idéia do que esta falando.


 Lily bufou.


 - É meio óbvio, não? “O coração cujo amor é inocente”. Não percebe? Ashley não estava nem um pouco confiante. O amor dela por você é tão inocente que não percebeu suas verdadeiras intenções. Para ela, vocês estavam tendo apenas só mais um amasso. – explicou novamente.


 - Eu nunca teria sacado essa... – disse James, não sabia-se se ele estava se referindo ao poema ou à informação sobre Ashley.  


 - Isso é porque você não leu nem a metade dos livros que eu já escrevi.


 James soltou um suspiro pesado.


 - E agora?


 - Tente ser mais específico da proxíma vez. – ela deu um palpite.


 - Certo.


 Encerrado o assunto, Lily deu um sorriso malicioso, fazendo James recuar.


 - E o que faremos agora?


 - E-eu nã-ão pretendo-o fazer n-nada. – gaguejou ele.


 Lily riu.


 - Já disse para não pensar mal de mim. – ela cortou a gaguejeira dele. – Eu estava me perguntando se, por um acaso, voce não quer dar um passeio.


 - Um passeio? – perguntou desconfiado.


 - Sim. Apenas um passeio.


 - Como amigos? – ele ainda estava desconfiado.


 - Como amigos. Para você se destrair e parar de pensar na noite de ontem. – Lily se levantou puxando James pela mão. – Agora vá se vestir.


 Enquanto James pegava uma toalha e entrava no banheiro para tomar um banho, a ruiva se sentou em sua cama e esperou pacientemente.


 Lily passeou seus olhos pela montoeira de desenhos que habitava constantemente o quarto do garoto e percebeu que havia mesmo novos desenhos no meio daquela baderna. Ela se levantou, interessada, e se pôs à examinar os rabiscos.


 Havia uma mulher amamentando um bebê; meninos de rua fazendo malabarismo em um faról; dois homens embriagados em uma mesa de bar. Eram todos muito bem feitos, mas um em particular chamou a atenção de Lily: uma moça sentada em um banco de praça, sorrindo bondosamente. Não era um simples desenho. Se prestasse muita atenção conseguiria ver os olhos cheios de bondade e gentileza da moça. Mesmo sendo um desenho, era possível ver a moça respirar. Lily a reconheceu como sendo Ashley.


 - Sinceramente, eu não sei como sair para dar um passeio vai me ajudar em relação à noite de ontem. – disse James, entrando no quarto, com uma toalha enrolada na cintura e os cabelos pingando. – Acho que acabei de te tirar de um devaneio...


 Lily sorriu.


 - Acertou. Mas com relação à ajudar a noite de ontem, posso te garantir que chegaremos à uma saída rápida. – garantiu, com um sorriso maroto.


 James encarou Lily por alguns segundos, em um silêncio desconfortável.


 - Bem... pode sair do quarto um minuto, para eu poder me trocar? – perguntou ele por fim.


 - Não.


 - Porque não?


 - Porque é desnecessário.


 - O que quer dizer?


 - James, eu já vi você pelado duas vezes, sabia?


 - Ah, claro... – ele concordou corando. Lily riu, vendo James abrir o guarda-roupa e pegar uma calça jeans, uma camisa xadrez azul seu all star preto.


 Ele se trocou rapidamente, um pouco envergonhado, enquanto Lily se divertia, sentada em sua cama.


 - Terminou?


 - Sim. – respondeu, colocando os óculos. Ela foi até ele e ajeitou a gola da camisa, dobrando as mangas da camisa dele até os cotovelos.


 - Você ficou muito gostoso assim. – Lily elogiou, fazendo o garoto corar ainda mais.


 - O-obrigado. – agradaceu colocando as mãos nos bolsos. Discretamente, ele examinou a ruiva. Ela usava um short jeans curto, uma camisa branca de meia manga e uma sapatilha cinza simples. O cabelo estava solto, porém uma mecha trançada servia como tiara. Assim, ela parecia uma fada. – Você também não está mal.


 Ela riu.


 - Vamos, James. – Lily agarrou-o pela mão e começou à puxá-lo pela casa.


 E então ele se tocou.


 - LILY! – berrou, fazendo a mulher pular.


 - Por Deus, pare de gritar!


 James a ignorou.


 - Como conseguiu entrar aqui?


 - Sabia que quem deixa a porta destrancada corre sérios riscos de ser assaltado? – perguntou ela, inocentemente.


 O garoto revirou os olhos.


 - Sabia que eu posso te denunciar por invasão de propriedade privada?


 Lily deu de ombros.


 - Eu tenho bons advogados. – retrucou.


 E ambos saíram.


 


X8X


 


 Naquele dia, Lily levou James para conhecer Londres. Eles foram à Oxford, deram um passeio pelos parques de diversão, cafés e restaurantes, lojas.


 Foram ao teatro, visitaram o Big Bang e deram muitas voltas na London Eye, a maior de todas as rodas-gigantes.


 E conversaram sobre tudo.


 James quis sobre cada detalhe insignificante da vida dela, principalmente depois de Lily tê-lo afogado em perguntas sobre sua vida.


 - Minha vida não é tão interessante quanto a sua, James. – disse ela, de modo evasivo, enquanto estavam sentados em um café, tomando capuccino.


 - Não vou perguntar nada tão sério assim.


 - Vamos fazer assim – sugeriu – você pode perguntar o que quiser, mas eu tenho o direito de me recusar à responder.


 - Fechado.


 - Então, comece.


 James pareceu pensar.


 - Qual é sua cor preferida?


 - Branco.


 - Qual é sua flor preferida?


 - Não gosto de flores. – respondeu inesperadamente, fazendo James franzir a testa.


 - Porque não?


 - As flores morrem.


 - As pessoas também.


 - Eu não disse que gostava das pessoas. – retrucou ela.


 James desistiu e passou para a próxima pergunta.


 - Qual sua pedra preciosa preferida?


 - Safira.


 - Banda ou cantora preferida?


 - Eu mudo de acordo com o tempo.


 - Qual é sua banda preferida agora?


 - Def Leppard.


 - Nunca ouvi falar. – James disse, balançando a cabeça negativamente.


 Lily resmungou algo sobre adolescentes sem cultura, mas foi ignorada.


 - Pior banda ou cantora?


 - Vanessa Hudgens.


 - De acordo. – concordou ele. - Quais os países onde já esteve?


 - Nunca saí da Inglaterra.


 - Países que gostaria de visitar?


 - Canadá e Brasil.


 - Quantos livros já lançou?


 - Não tenho a mínima idéia.


 - Quantos livros tem em mente?


 - No momento, tenho apenas um.


 - Quantos namorados já teve?


 - Próxima pergunta. – disse Lily, fazendo James fechar a cara.


 - Comida favorita?


 - Salmão.


 - Bebida preferida?


 - Whisky.


 James balançou a cabeça afirmativamente, pensando que essa era mesmo uma pergunta meio óbvia.


 - Um vício?


 - Cigarro.


 Outra pergunta meio óbvia.


 - Filme preferido?


 - A Bela e a Fera. – ao ver o olhar que James lhe lançou, Lily deu de ombros e disse: - Disney é cultura, sabia?


 James deixou essa passar.


 - Pior filme?


 - Star Wars.


 - Esse filme é demais! – discordou James, indignado.


 - Sou eu que estou respondendo as perguntas. – retrucou.


 O garoto revirou os olhos e decidiu mudar de assunto, o que significava, no caso, fazer uma nova pergunta.


 - Quais são seus arrependimentos?


 - Próxima pergunta. – desconversou Lily.


 - Mas essa foi a única pergunta útil que consegui formular!


 - Próxima pergunta. – ela repetiu.


 James disse a primeira coisa que lhe veio na cabeça:


 - Qual é o nome da sua mãe?


 - Melanie.


 - E o nome do seu pai?


 Uma súbita tristeza invadiu os olhos de Lily. Foi uma coisa tão completamente inesperada, que James ficou confuso, ou imaginou ter visto. Mas a tristeza estava ali e ele logo se arrependeu da pergunta, mesmo sem saber o que ela tinha mal.


 E então a tristeza desapareceu, subistituida pela indiferença.


 - Próxima pergunta. – disse ela.


 - Desculpe. – disse James.


 - Pelo que esta se desculpando?


 - Não queria te deixar chateada.


 Lily olhou para ele, entendendo perfeitamente o que ele queria dizer, mas evitando propositalmente o assunto.


 - Se importa se eu não falar sobre isso? – perguntou, tentando não se sentir chateada.


 Pela primeira vez desde que James a conhecera, Lily parecia uma mulher normal, sem aquela máscara de malícia, sem a irônia.


 - Pode me contar qualquer coisa... – disse James.


 - Certo. Mas não é uma coisa que você precise saber, ‘tá?


 - Tudo bem, Lily.


 Eles se encararam por um longo minuto, medindo um ao outro. James chegou à conclusão de que ela era um tanto misteriosa. Mais enigmática do que ele poderia imaginar. She walks in Beauty*, ele pensou.


 - Próxima pergunta. – disse Lily.


 


X8X


 


N/A: oi, pessoal! Tudo bom?Como passaram o Natal?


Bem, sobre o capítulo: eu sinceramente tenho que colocar alguns capítulos sem graça como esse, porque se não rolar no mínimo uma amizade entre o casal principal, a coisa não vai desenrolar e ai complica para o meu lado.


Mas eu espero que vocês tenham gostado, ou, no mínimo, aturado. Se bobear, ainda terei mais um capitulo assim. Eu sei... trágico.


*posição de defesa contra azarações*


Outra coisa: *She walks in Beauty é um poema que realmente existe e realmente foi escrito pelo Lord Byron. Eu recomendo a leitura dele. É bem legal. A traduçãoo de She Walks in Beauty é Ela Anda em Beleza, foi por isso que usei a frase como um pensamento do James bem no finalzinho do capítulo para se referir à Lily. Espero que tenham entendido minha linha de raciocínio.


Enfim, obrigado à quem comentou e à quem apenas leu.


Feliz ano novo. Que os seus sonhos se realizem, que suas dores sejam esquecidas, que suas perdas sejam superadas e que Deus ocupe um lugar especial no seu coração.


Beijos,


Thomas Cale

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Comentários (1)

  • Spencer Cavanaugh

    Lily é realmente uma onda. Enlouquecendo a pobre da Marlene....Amei o jogo de perguntas do James para a  Lily e agora tô meio louca pra saber qual o problema com o pai dela :/ tanto que fez o Harry pensar nela como "Ela anda em beleza", vou ver se encontro esse poema sim. O capitulo foi muiito bom *-* bjoos! 

    2012-10-31
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