Aulas de poções



A noite já caira quando haviam chego no salão comunal da grifinória. Conversaram demasiadamente sobre as férias. Rose e Albus contavam sobre a viagem a Romênia e como teria sido divertida, enquanto Ben falava que não fizera nada, apenas dormira as férias inteiras. Tiveram uma longa conversa e acabaram adormecendo deitados na frente da lareira.

Albus amanheceu com uma enorme dor de cabeça. Se levantou lentamente tentando não acordar seus amigos e subiu até o dormitório. As camas estavam todas arrumadas e niguém se encontrava lá. Olhou para o relógio que ganhara de seu tio George, eram quase nove da manhã.

-Que dia é hoje? -Ele falou consigo mesmo.

Desceu as escadas e cutucou Ben de leve. Nada. Tentou fazer o mesmo com Rose, que abriu os olhos.

-Albus? Que horas são? Adormecemos aqui?

-Parece que sim. Já se passam das nove da manhã.

Rose se levantou e foi correndo para o dormitório das garotas. Saiu de lá com um papel em mãos.

-Não é possível. -Ela falou. -Hoje temos aula de poções as nove e quinze. Estamos atrasados.

-Você tem certeza? Não está vendo no dia errado?

-Eu tenho certeza. -Ela começou a andar em círculos. -Vamos nos vestir. 

Ela saiu correndo e entrou no dormitório. Depois de longas tentativas, Albus conseguiu acordar Ben. Os dois se trocaram e desceram as escadas do dormitório, onde Rose os esperava.

-Como vocês demoram. -Ela falou. -Vamos!

Eles correram pelos corredores de Hogwarts por alguns minutos e subiram uma longa escadaria, onde no fundo uma porta aberta mostrava um professor gesticulando as mãos, provavelmente seria Slughorn. Horácio Slughorn era o professor de poções. Ele tinha cabelos grisalhos e usava óculos de aro redondo. Porém já era um senhor mais velho,  já lecionara até mesmo Tom Riddle.

Os três entraram disfarçadamente na sala de aula. Alunos da grifinória e da sonserina os olharam, inclusive o professor.

-Aonde vocês estavam quando a aula começou? -Slughorn questionou.

-Nós nos atrasamos, me desculpe Sr. Slughorn. -Rose falou, puxando os garotos para que se sentassem.

-Eu aceito as desculpas, mas tratem de não se atrasarem mais para as minhas aulas! 

-Tudo bem Sr. Slughorn. -Ben falou firmemente.

O professor olhou para ele desconfiado, mas continuou a lecionar. 

-Como eu estava falando, eu vou dar a cada dupla um frasco com uma poção diluída em água. Vocês terão que aplicá-las naqueles Flobberworms. -Ele apontou para as criaturas. Elas eram todas castanhas e gordas. Eram animais simples, mas pegajosos. -Cuidado, eles soltam mucos pegajosos.

-Professor. -Uma aluna da sonserina levantou a mão. -Por que o senhor domestica essas criaturas? São tão nojentas. 

-Essa foi uma excelente pergunta Helena. -Ele sorriu. -Os mucos que eles soltam também servem para engrossar poções, são bastante úteis. À propósito, anotem isso em seus pergaminhos, cairá nos testes finais.

Os alunos pegaram seus pergaminhos e começaram a anotar.

-Mas professor, para que daremos poções a estes animais? -A menina perguntou novamente.

-Helena, estou gostando de ver! Nem sempre encontro alunos com tanto senso de aprendizagem. Cinco pontos para a sonserina! -A garota sorriu para os amigos. -Respondendo sua pergunta, vocês que terão que descobrir que poção é esta. É um desafio que lhes dou. Agora comecem.

Albus fazia dupla com Rose. Eles pegaram o frasco e se dirigiram até uma das gaiolas.

-Você dá para ele. -Rose falou, entregando o frasco.

Albus abriu a gaiola e estendeu a mão com o frasco para dentro dela. Não foi preciso muita coisa, a criatura pegou o frasco de suas mão e tomou o líquido que havia dentro. Em alguma questão de segundos o animal foi ao chão, fechando os olhos.

-Mas o que foi que aconteceu? -Albus perguntou espantado.

Rose não respondeu, apenas ficou analisando.

-Já sei. -Ela falou. -Está óbvia a resposta.

Ela levantou a mão. 

-Descobriram? -Slughorn peguntou.

-Sim. 

-Tudo bem, então fale que poção é esta.

-Esta poção é chamada de Poção do Morto-Vivo. Ela faz com que o organismo pare de funcionar, porém você continua vivo. É por isso que ela é conhecida por este nome, dá a aparência de morto mesmo permanecendo vivo.

-Correto! -Slughorn exclamou. -Vinte pontos para a grifinória! Agora estão liberados para irem, os vejo na próxima aula.

Eles saíram lentamente da sala, principalmente Rose, que olhava atentamente para algo, ou melhor, alguém. Do outro lado do corredor estava Scorpius, andando com o garoto Charlie. Ele olhou para ela, mas logo desviou o olhar.

-Rose, esqueça ele. -Ben falou, percebendo o que estava acontecendo.

Ela revirou os olhos e continuou a andar. Albus soltou um grito de exclamação.

-O que foi? -Ela perguntou assustada.

-Esquecemos completamente de Charlie.

-Quem? 

-Charlie. Eu e Ben esquecemos de lhe contar.

Albus começou a falar sobre a ida de trem, quando conheceu o garoto. Ele e Ben falavam juntos, um interrompendo o outro. Quando acabaram, Rose os olhou espantada.

-Qual será o sobrenome dele?

-Não sabemos. -Ben falou.

-É isso que iremos descobrir daqui a alguns dias. -Albus complementou.

-Como assim? Vocês querem ouvir a conversa deles?

-Mas é claro. Iremos, só não sei como.

-Ainda temos tempo. -Ben comentou.

-Mas é bom já começar a pensar. 

-Tudo bem. -Rose interrompeu. -Então vamos a biblioteca.

-Biblioteca? -Ben reclamou.

-Sim Ben, biblioteca.

Eles chegaram na entrada da biblioteca e entraram pela grande porta de madeira. Começaram a andar dentre as prateleiras, mas não encontraram nada.

-Eu acho que sei a solução. -Rose falou.

-Qual? -Os dois perguntaram juntos.

-Teremos que nos arriscar. Teremos que ir com a capa da invisibilidade. 

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