Romênia



O voo não foi muito agradável. Como nunca tinham entrado em um avião, se surpreenderam ao ver os vários assentos e os corredores intermináveis. Quando ele decolou, ouviam-se os berros de surpresa das crianças, logo seguidos de risadas nervosas. A trajetória seria longa e cançativa.

As primeiras horas de voos foram tumultuadas. As crianças pediam para ir no banheiro, e toda vez que se levantavam era um caos. Principalmente Lily e Lucy, que corriam pelos corredores fingindo serem aventureiras, e Hugo que tentava dormir, reclamava constantemente do barulho. Por azar de Victoire e Teddy, James se sentou ao lado deles, e a cada minuto que se passava ele os olhava com um olhar malicioso.

Louis, sentado no colo de sua mãe, chorava devido às turbulências, que ficavam mais violentas a cada segundo que se passava. Ao final do voo, a maioria acabou adormecendo e o avião se silenciou, dando conforto aos passageiros.

O avião pousou no aeroporto Romênia às dez da manhã de um ensolarado domingo. O céu estava azul como o mar, um belo dia. Desceram do avião e entraram no aeroporto, onde Carlinhos os esperava. 

-Tio Carlinhos! -Algumas crianças correram ao seu encontro.

-Olá! -Ele falou enquanto as abraçava. -Há quanto tempo! Nossa, como vocês todos cresceram! Deixa eu adivinhar, você -Ele olhou para Lucy. -É a Molly?

-Não tio! -Ela riu. -Eu sou a Lucy, a irmã da Molly.

-Desculpe seu tio, faz quase três anos que eu não vejo todos vocês. -Ele caminhou até sua mãe e lhe deu um abraço, e assim fez com todos. -E então, prontos para ir?

Todos concordaram e sairam do aeroporto. Eles andaram até uma pequena casa de madeira perto do local. Era pequena, sem janelas e com um único objeto: uma grande lareira.

-Se acostumem, terão muitas dessas aqui em Romênia. -Carlinhos explicou. -Nós as usamos como meio de transporte. E não se preocupem, os trouxas tem medo de entrar aqui.

-É pó-de-flu? -Hugo perguntou sem tirar os olhos da lareira.

-Sim. Se quiser, pode começar Hugo. 

Carlinhos tirou um saquinho do bolso e o abriu. Hugo pegou um punhado de pó-de-flu e entrou dentro da lareira. 

-Para onde iremos?

-Diga Residência Weasley. 

-Residência Weasley. -Hugo falou e soltou o pó-de-flu das mãos, desaparecendo. 

-Padrinho, posso ir?

-Claro Louis.

Louis pegou o pó e foi correndo para a lareira.

-Residência Weasley. -Ele soltou o pó das mãos e desapareceu.

O restante das crianças e adultos fizeram o mesmo. Albus foi o último a ir. Ele pegou o restinho de pó que havia sobrado e se dirigiu lentamente até a lareira.

-Residência Weasley. 

Era como estar em um escorregador, ele se viu em um cubículo, deslizando até seu destino. Ele se esborrachou no chão e abriu os olhos. Todos o olharam por um instante e logo voltaram ao que estavam fazendo.

Ele olhou a sua volta, era um lugar enorme. Ele deduziu que estava na sala de estar, pois a lareira se encontrava na frente de alguns sofás. Foi explorando a casa. No primeiro andar estava a sala, que era enorme, tão enorme que se fosse juntar toda a família em uma reunião ainda sobraria espaço livre. Uma cozinha com a mesa posta, provavelmente seu tio havia preparado um lanche, pois todos estavam famintos da viagem e um banheiro, sem falar de alguns aposentos que pareciam ser quartos de visitas.

Ele subiu as escadas. No andar de cima tinha um longo corredor, cheio de portas. Ele andou um pouco, a maioria eram quartos. Desceu as escadas e saiu para o jardim. Nunca tinha visto nada parecido. Era um terreno extenso, e no fundo, um lago com uma espécie de floresta atrás.

Resolveu entrar dentro de casa e sentar um pouco. Antes mesmo de poder avistar os sofás, seu tio Carlinhos os convidou para um lanche. A mesa estava bem posta -bolos, pães, biscoitos e alguns salgados - e no fundo da mesa um grande bolo com doze velas. Albus rapidamente se lembrou que era o aniversário de sua prima, correu para o quarto que havia definido como dele e pegou um pequeno embrulho com o presente que conseguira comprar.

Eles cantaram parabéns e entregaram os presentes para Rose. Ela abriu com tanta empolgação que chegou a cortar um dos dedos com o embrulho. Albus se sentou ao seu lado.

-Parabéns Rose. -Ele falou entregando-a o presente. -Foi o que eu pude comprar.

Ela o abriu e de dentro de uma caixa tirou um mini-pufe rosa.

-Obrigada Albus! -Ela o abraçou. -Eu adorei!

-Mesmo?

-Mesmo! -Ela falou, colocando seu novo mini-pufe nos ombros. -Obrigada!

-E como presente de aniversário -Interrompeu Carlinhos. -, vou levar todos vocês para ver os dragões!

As crianças se olharam sem acreditar. Quando Rose já abrira todos os presentes, eles sairam para fora de casa, no jardim. Seguindo Carlinhos, eles caminharam dentre as árvores. Minutos mais tarde, quando as árvores já haviam sumido do caminho, eles avistaram grandes cercados e dentro deles, dragões. Enquanto as crianças corriam para vê-los, seus pais, preocupados, gritavam para eles não se aproximarem demais.

James e Fred, parados em frente de um Rabo-Córneo Húngaro, tentavam fazer o mesmo cuspir fogo. Roxanne e Louis discutiam sobre as espécies de dragões.

-Aquele é um Verde-Galês. -Falava Louis, apontando para um dos dragões.

-Claro que não. -Ela se indignava. -É um Focinho-Curto Sueco! 

Albus parou na frente de um Meteoro-Chinês Vermelho. Era um imenso dragão vermelho, como já diz o nome. Ele tinha espinhos sobre as costas e o rabo, e de seus dois curtos braços formava-se uma asa. O dragão o fitou por alguns segundos, mas logo se virou. 

E assim se passou o resto da tarde. Aqueles que se cansavam voltavam para a casa, afinal não era tão distante. Ao anoitecer, somente havia sobrado algumas pessoas, e essas foram dormir, aproveitando uma longa noite de sono.

 

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