O chapéu seletor



Entraram no salão principal. Enquanto passavam pelos corredores, olhares os seguiam. A seleção das casas estava acontecendo. Minerva, que lia o papel, olhou pasma. Não era uma cena normal, três garotos, um deles em seu estado normal e o outro com um corte profundo em seu rosto. Ambos estavam dando ajuda a um garoto, que de braços cortados, vinha mancando.
            
 -Mas o que aconteceu? -Murmurou Minerva, e veio correndo em direção aos três. -Venham, vocês precisam ir para a enfermaria. 

 Eles foram andando até a enfermaria, onde uma mulher rapidamente os atendeu.

-Pela calças de Merlim! O que aconteceu?

-Ellie, por favor, poderia nos dar licença?

Ela se dirigiu para fora da sala. Minerva olhou para os garotos.

-Como vocês podem explicar isso?

 Ficaram em silêncio por alguns segundos. Albus começou a explicar como tudo começou, e James foi finalizando. Ben olhava para os dois, confuso. Ele não sabia nada sobre Rose, e eles se referiam ao lobisomem como ela. Acabaram a história com a cena inesperada, em que Rose se trancou no quarto para não acabar matando o amigo.

-Então ela continua lá? -Perguntou Minerva. -Na casa dos gritos?

-Sim. -Falou James.

-Rose? -Ben olhava para o chão, com os olhos assustados. -Não pode ser. Você quer dizer que era ela? 

 Albus sentiu que era a hora certa para contar a verdade, não poderia esconder para sempre.

 -Sim, Rose é um lobisomem.

            

       



            
  Albus acordou com a cabeça latejando. Estava mais cançado do que imaginaria. Ele não tinha sido selecionado para sua casa ainda. Por tudo que acontecera na noite passada, eles adiaram o evento, e alguns alunos foram deixados para outro dia, assim como ele. E esse dia chegara.
            
  Pegou seus livros e foi andando até sua primeira aula, poções. O professor se chamava Jordan Foster, tinha cabelos brancos e usava óculos quadrados e grandes. A aula passou rápido, assim como todas as seguintes. 
            
  A hora do almoço teria chegado. Ele se dirigiu até o centro, onde haviam algus alunos do primeiro ano. E assim começou a seleção.

 -Grant, Bethany. -Uma garota de cabelos loiros se sentou na cadeira, e logo em seguida, o chapéu seletor gritou. -CORVINAL!

 -Malfoy, Scorpius. -O mesmo garoto, de cabelos extremamente loiros penteados para trás, que havia sentado no mesmo barco que Abus, sentou-se. O chapéu seletor ficou em silêncio por alguns minutos. -Olhe, um Malfoy. Me lembro muito bem de seu pai. Acho que então será SONSERINA.

 -Potter, Albus. 

  Albus foi andando lentamente até se sentar na pequena cadeira de madeira. Minerva colocou o chapéu em sua cabeça. Albus fechou seus olhos.

 -Um Potter! -O chapéu gritou. -Vejo lealdade. Você tem uma mente esperta, e como. Parece até seu pai, e sabe, tem um casa em que você se daria muito bem. 

 Albus se lembrou do que seu pai havia lhe dito, o chapéu poderia levar sua escolha em concideração.

 -Grifinória? -Albus perguntou.

 -Grifinória? -O chapéu riu. -Eu não sei se seria uma boa escolha. Você não me parece muito corajoso. Que tal... SONSERINA!

  Albus arregalou os olhos, seu pesadelo havia se tornado realidade. Não iria de jeito nenhum para a sonserina. Ficou sentado no banco por alguns segundos, não conseguia se mexer. Ele observava o espanto de todos, principalmente de seus familiares.

 -Você não vai para a sua mesa não? -Perguntou o chapéu. -Está com medo? 

  -Eu... -Albus começou. -Não. Não vou me levantar e sentar naquela mesa.

 -Como? -Riu o chapéu. -Você está recusando a escolha do chapéu seletor?
 
 -Albus, tudo bem, se sente na mesa da sonserina. -Interrompeu Minerva, tentando acabar com aquilo.

 -Espere, espere. -Falou o chapéu. -Agora ficou interessante. Potter, você daria um belo sonserino.

 -Pode ser que sim, eu posso ter um grande destino. -Ele falou. -Mas não é o destino que eu quero.

 -Adorei sua atitude garoto. É isso que eu chamo de coragem. Se você insiste tanto, pela primeira vez na história, vou mudar minha escolha. Que seja GRIFINÓRIA.

 Albus foi correndo e se sentou ao lado de seu irmão, com todos o olhando

 -Weasley, Rose. -Falou Minerva. Mas nada aconteceu. -Weasley, Rose.

 E com um estrondo, a porta se abriu, e Rose entrou. Ela parecia cançada, estava com olheiras e andava cambaleando. Se sentou na cadeira e suspirou. -Já sei, uma Weasley, não é mesmo? Acho que deveria ficar com sua família, então será GRIFINÓRIA!
 
Ela correu até a mesa e se sentou ao lado de Albus. 

 -Oi. -Ele falou. 

 -Oi. -Respondeu cabisbaixa.

 Alguns alunos foram concedidos, Corvinal, Lufa-Lufa, Sonserina e Grifinória. Alguns minutos se passaram e Ben veio correndo para a mesa.

 -Rose! 

 Ela o olhou, e logo em seguida abaixou os olhos e se deparou com seus braços engessados. Os fitou por alguns segundos.

-O que aconteceu com seu braço? -Perguntou.

-Eu caí. -Mentiu.

-Caiu? -Perguntou ela. -Minerva me contou sobre ontem.

 -Bem, então você já sabe? -Perguntou Albus.

  -Sim. Me digam. -Falou ela, apontando primeiro para os braços de Ben, e logo em seguida para o rosto de Albus. -Fui eu?

 Você não teve culpa, estava fora de si. -Albus tentou explicar.

 Mas era tarde demais para explicações. Ela já estava se derramando em lágrimas.

 -Era por isso que eu não queria. Não queria que você fosse. -Ela falou para Albus e virou-se para Ben. -E você, apareceu lá porque? Pra morrer? Porque sim, eu posso ser uma assassina. Ah, eu me odeio. E James. James também estava lá, ele podia ter se machucado.

 E chorando, ela correu para o banheiro. 

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