Brigas



- Hermione eu vim te entregar o dever de Transfiguração – disse Harry adentrando o meu quarto – Obrigado por me emprestar e...MALFOY?


Olhei de Harry para Malfoy sem saber o que dizer. A expressão de Harry era incrédula, como se estivesse olhando para a situação mais absurda e impossível do mundo.


- Não, Merlin em pessoa. – Malfoy disse, desdenhoso. – É claro que sou eu Potter.


- Hermione o que o Malfoy esta fazendo aqui? – Harry se virou pra mim.


- Ele... ele só estava... – Oh Merlin o que eu poderia dizer?


- Eu só vim para conversar, neh Hermione? – Draco disse.


- Conversar? Hermione? Desde quando esse ai te chama de Hermione? – Perguntou Harry agora com uma certa raiva na voz.


- Harry, depois nós conversamos. – eu disse.


- Como assim depois nós conversamos? – disse Harry – Você esta trancada no seu quarto com esse idiota e eu quero saber o porquê.


- Hermione pode ser amiga de quem ela quiser – disse Malfoy, agora com um pouco de raiva.


E Harry ainda virado pra mim disse:


- Amiga desse retardado? Eu espero que você saiba o que esta fazendo Hermione – disse Harry indo para a porta – Não esqueça a forma como ele te tratou todos esses anos.


Ele saiu e bateu a porta. Eu sentei na cama transtornada, meu deus o que eu ia fazer agora. Rony já não falava comigo e agora Harry também não.


- Garoto mais idiota – Malfoy disse socando a parede – Quem ele pensa que é? O dono do mundo?


- Harry é meu amigo. – Eu disse chorosa.


- Tem certeza que é só isso? Porque não foi o que pareceu. Pobre da Weasley. – ele disse.


- Malfoy, ele só estava tentando me proteger. – eu disse.


- Proteger do que? – ele disse, a face furiosa – Eu sou um monstro por acaso?


- Bom, você sempre me detestou – eu disse tentando explicar – E você era partidário de Voldemort.


- SE VOCÊ NÃO REPAROU GRANGER, EU FUI OBRIGADO – ele gritou, e foi a caminho da porta e antes de sair batendo-a com ainda mais força do que Harry ele ainda completou – Mas será realmente melhor para o Santo Potter e para a Sabe Tudo Granger que você fique longe do comensal.


Deitei na cama. DROGA, INFERNO. Lembrei das palavras de Harry: “Não esqueça a forma como ele te tratou todos esses anos”. E repassei o meu tempo em Hogwarts, e todas as vezes que o Malfoy já havia me tratado como lixo.


O dia em que descobrimos que Malfoy seria apanhador da Sonserina veio em minha mente como se fosse ontem.


 


“ – Pelo menos ninguém do time da Grifinória teve de pagar pra entrar – eu disse com aspereza – Entraram por puro talento.


O ar presunçoso de Draco pareceu oscilar.


- Ninguém pediu a sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim – xingou ele.”


 


Mas Malfoy tinha crescido num lugar onde as pessoas acreditavam nisso. Como poderia ser diferente? E quando ficou mais velho ele realmente havia mudado certo? Ele havia me salvado, eu que tinha os pais trouxas. Ele sofreu uma maldição horrível por mim. De repente o passado não fazia mais sentido nenhum e as palavras de Draco ecoaram na minha mente muito mais forte que as de Harry “Eu sou um monstro por acaso?” “Eu fui obrigado Granger” “Que você fique longe do comensal”. Eu tive certeza de que amanha a primeira coisa que eu faria era procurar por ele e me desculpar. E então eu dormi.


O dia amanheceu ensolarado. Era sábado. Eu ia fazer que o dia fosse extremamente feliz. Levantei alegre e comecei a me arrumar para o café.


- Bom dia – eu disse a Gina, que agora era a única Grifinória que me restava. Depois eu me preocuparia com isso, afinal, Harry iria entender quando eu lhe contasse tudo.


- Bom dia Mione? Porque tão feliz, tem alguma coisa a ver com o que Harry me contou? – ela disse erguendo uma sobrancelha.


- Provavelmente – eu disse e sussurrei no ouvido dela – Draco Malfoy é um anjo.


- Eu vou querer ouvir essa historia depois hein – disse Gina rindo.


Tudo bem. Agora eu vou atrás dele. Eu parei na porta do salão principal. Eu ia puxá-lo quando ele passasse porque eu não ia ter a cara de pau de chamá-lo no meio da mesa da Sonserina. Vi Gina se reunir a Harry e Rony. Ela sorria pra mim, Harry me olhava com preocupação e Rony com um certo ódio. Acho que a essa altura, Harry já teria contado a ele o que viu.


E então finalmente Malfoy passou, ele parecia muito chateado e tinha olheiras. Pelo jeito não havia passado bem a noite. Eu o puxei e fui arrastando para fora do salão principal até chegar em uma parte vazia do corredor e encostamos na porta de uma sala.


- O que você esta fazendo? – ele disse grosseiramente.


- Preciso falar com você. – eu disse.


- Eu não tenho nada pra falar com você. – ele disse, já se virando pra voltar.


- Por favor, Draco – E a menção ao primeiro nome dele o fez parar – Eu quero te dizer que eu fui uma completa idiota ontem a noite.


- Foi mesmo – Ele olhou pra mim agora mais calmo.


- Eu queria te pedir pra me perdoar. – eu disse, olhando no fundo dos olhos dele.


Foi quando ele começou a sorrir pra mim que vimos Rony correndo na nossa direção com Harry e Gina em seu encalço. Rony apontou a varinha no rosto de Draco e disse:


- Saia de perto de Hermione.


- Rony não seja ridículo – eu disse me irritando com ele – Fui eu que chamei o Draco aqui.


- Ah Claro – Disse Rony – Esqueci que agora você está toda apaixonadinha por essa doninha.


- Gente – disse Gina, apontando a sala – Não é melhor a gente entrar? Logo as pessoas vão reparar.


Nós entramos todos na sala, e Rony continuou a despejar a sua frustração para cima de mim:


- Hermione, como você consegue andar com esse garoto? Ele passou a vida te chamando de Sangue ruim, ele é um ex Comensal da morte, ele não presta Hermione.


Eu vi Draco olhar pra baixo, tristemente.


- Eu quero que vocês dois prestem muita tenção no que eu vou dizer – eu disse pra Harry e Rony – Quando eu estava sendo torturada na Mansão dos Malfoy, Draco fez um feitiço pouco conhecido chamado Crucio Divisa para me salvar. Esse feitiço é um feitiço de alma, que somente pessoas com a Alma pura conseguem fazer. Foi um feitiço desse tipo, Harry, que sua mãe fez pra te salvar da morte. Draco dividiu uma maldição comigo, fazendo que a dor fosse reduzida na metade e eu sofresse menos. Na sala precisa o ano passado, quando Crabbe tentou me matar, lembra-se Harry? Eu não tive reflexo pra desviar, foi Draco quem fez um feitiço pra me empurrar pro lado, para que eu não morresse. Quando o fogo começou, Draco não deixou Goyle sozinho, Draco puxou ele consigo e depois cuidou dele exatamente nessa sala onde nós estamos quando a batalha parou por uma hora. Draco não virou comensal porque quis, virou porque foi obrigado, ele não compartilha da crença e da maldade, pelo menos não mais. Os comensais sabem disso, tanto que atacaram ele em frente a casa dele esse ano e eu o salvei. O trouxe pra minha casa e ele tratou muito bem os meus pais trouxas. Draco é uma pessoa boa que infelizmente foi criado num lugar que o obrigou a ser ruim, mas ele tem a alma pura, por trás dos rótulos que as pessoas põem nele.


Eu parei para respirar depois do meu discurso. Harry  e Gina olhavam surpresos pra Draco e Draco olhava surpreso pra mim. Rony Weasley não se convenceu:


- Ele te disse tudo isso – disse Rony – Como você pode ser enganada por ele? É claro que ele esta mentindo Hermione. Eu achei que você fosse inteligente. Malfoy te odeia, Hermione, nunca vai te querer nem como amiga. Mas eu te quero.


Rony veio para cime de mim e me beijou, e eu socava o peito dele com força tentando faze-lo me soltar, mas ele era mais forte do que eu. Malfoy arrancou os braços dele de cima de mim e depositou um soco na cara dele. E os dois bruxos largaram as varinhas e começaram a brigar como trouxas.


- Parem – dissemos Gina e eu, juntas.


- Ron, pare com isso – disse Harry.


- Eu vou matá-lo, Harry – disse Rony – Eu juro que vou.


Harry tentava separar os dois inutilmente. Até que Rony deu um forte soco no rosto de Harry, um soco que era pra ter acertado Malfoy.


- O que você fez, seu idiota? – disse Gina ajudando Harry a se levantar.


- Desculpe, Harry. – Rony disse, preocupado com o amigo.


Eu ajudei Draco a levantar e fomos saindo da sala.


- Não precisa me levar pra enfermaria – disse ele quando já estávamos no meio do corredor.


- Eu não vou. – eu disse, e continuei andando – Vou te levar para o meu quarto.

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Comentários (1)

  • Flor do Inferno

    - Não precisa me levar pra enfermaria – disse ele quando já estávamos no meio do corredor.   - Eu não vou. – eu disse, e continuei andando – Vou te levar para o meu quarto. <<<< UIIII MIONE CHEIA DE ATITUDE KKKK PERFEITA. 

    2014-01-05
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