Duelar





- Com o Malfoy? – eu disse tentando reverter a situação – Eu não posso fazer com o Harry?


- Não querida – ele disse – A senhorita e o sr. Potter são amigos. É preciso uma certa rivalidade para ter graça.


E continuou distribuindo os pares pela sala, me ignorando completamente. E agora, o que eu vou fazer? Malfoy estava olhando pra mim, eu vi que Harry e Rony também estavam, então puxei ele pelo colarinho com uma certa brutalidade e sussurei pra ele:


- Os feitiços não vão funcionar. E Desculpe por isso – Empurrei ele com força.


Olhei pra Harry, ele estava sorrindo e graças a Merlin nada desconfiado de mim, pelo menos por enquanto. Foi ai que eu tive uma ideia. Dédalo Diggle girtou:


- Preparem-se! Varinhas em punho.


Malfoy apontou a varinha pra mim, com uma expressão extremamente confusa. Eu susssurei e esperei que ele fosse bom em leitura labial:


- Calma.


E então eu apontei pra uma grande e pesada caixa que estava numa estante um pouco atrás dele e mentalizei: Wingardium Leviosa. E então eu esperei que ninguém reparasse em mim, corri até onde Malfoy estava e larguei a caixa em cima da gente, empurrando ele para o lado fazendo que a caixa caísse pesada sobre minha perna esquerda.


Agora a sala inteira olhava pra gente. E minha perna estava realmente doendo.


- O que houve srta. Granger? – Sr. Diggle perguntou.


- Eu estava atacando o Malfoy, acertei a caixa sem querer. – eu disse, as lagrimas saindo dos meus olhos de dor. Harry veio até mim e removeu a caixa da minha perna. – A caixa ia cair na cabeça do Malfoy e eu corri para empurrá-lo.


- E a caixa te acertou. – Dédalo Diggle olhou pra mim bondosamente – Parece ter sido só uma batida muito forte. Alguém leve ela para a enfermaria.


Antes que Harry pudesse se candidatar eu olhei sugestivamente para Malfoy que ainda me olhava pasmo. E então ele disse:


- Eu levo professor.


Eu achei que ele fosse me ajudar a levantar quando ele passou o braço pelas minhas costas e eu passei o meu pelo seu pescoço, mas ele passou o outro braço nos meus joelhos e me ergueu no colo. O Merlin que braços eram aqueles me segurando? O cheiro dele era bom de mais, me preenchia. Eu encarei o peito forte dele, Draco Malfoy era o maior gostoso. Ele saiu comigo pra fora da sala.


- Granger o que foi isso? – ele perguntou.


- Depois eu explico, aqui não dá. – eu disse.


- Nós estamos sozinhos – ele insistiu.


- Mas estamos no meio da escola e já estamos chegando na Enfermaria.


Eu fiquei uma parte da tarde na enfermaria, não tinha acontecido nada grave com a minha perna, graças a Merlin. E eu só esperei que a poção pra dor fizesse efeito. Indo para o meu quarto eu passei pela salão comunal da Corvinal e encontrei na porta Miguel Corner. Já estava quase na hora do jantar Luna devia estar la dentro tomando banho ou coisa parecida.


- Miguel. – eu disse, e ele se virou – Será que você podia entrar e chamar a Luna pra mim, se ela estiver disponível?


- Claro – ele respondeu e entrou no salão comunal de sua casa. Esperei alguns minutos e ele voltou com Luna.


- Obrigada Miguel. – eu disse.


E eu e Luna fomos para o meu quarto. Eu resolvi que precisava de um banho pra me acalmar. Entrei na água quente e comecei a contar pra Luna tudo o que havia acontecido na aula de Defesa. Quando sai do chuveiro, enrolada na toalha, Luna disse:


- Te pegou no colo foi? Por Merlin, hein Mione? Draco Malfoy não é de se jogar fora.


- Para mim é – eu disse séria. – Talvez não seja para garotas idiotas da sonserina como Pansy, por exemplo.


- E como são os músculos dele? – ela disse.


- Fortes, definidos – eu disse desfazendo a minha mascara e rindo com minha amiga- Eu quebraria a outra perna pra ele me pegar no colo de novo.


E então eu escrevi um bilhete.


Venha me ver mais tarde. H.G.


Olhei, não estava muito reconhecível, se caísse em mãos erradas.


- Luna, peça pra alguém entregar isso ao Malfoy? – eu pedi.


- Claro Mione.


E fomos juntas para o salão principal. Sentei à mesa com Harry e Gina e começamos a jantar. Vi luna passar o bilhete pra Nott, que passou o bilhete pra Malfoy. Vi ele ler e adivinhar do que se tratava, olhando pra mim, então eu terminei o jantar e com a desculpa que precisava terminar um trabalho eu fui para o meu quarto.


Enquanto Malfoy não aparecia eu resolvi terminar o meu trabalho de poções que por sinal era para amanha. Passou-se meia hora e eu já estava na ultima linha quando Malfoy bateu na porta.


- Oi Malfoy. – eu disse.


- Se você queria que eu viesse ao seu quarto – disse ele malicioso – poderia ter dito isso mais cedo, eu viria sem objeção. Mas devo dizer que achei muito sexy o seu bilhere: Venha me ver...


Merlin eu ouvi direito? Isso foi o Malfoy me cantando?


- Deixa de besteira – eu disse – Você quer ou não saber o que houve hoje na aula de DCAT?


- Claro que eu quero – ele disse prontamente – eu estava só brincando Granger.


- A gente não pode duelar. Os feitiços não iam funcionar.


- Por que? – ele disse.


- Eu vou deixar que você adivinhe – eu disse – Vamos Malfoy, você não é burro.


E então a compreensão invadiu o seu rosto.


- Ligação de alma? – ele disse.


- Isso mesmo – eu disse e citei o livro - A magia não funciona contra a alma. É um ato anti natural atacar alguém cuja alma é diretamente ligada a sua.


- Onde você descobriu isso? – ele perguntou.


- No dia que eu trouxe você pra casa Macgonagall quis saber porque eu tinha sonhado que você estava em perigo e perguntou se tínhamos uma ligação de alma. Eu disse que tínhamos. Quando cheguei no quarto, aqui em Hogwarts, ela tinha deixado um livro e um bilhete.


Levantei entreguei o bilhete pra Malfoy e quando ele acabou de ler eu entreguei o velho livro em suas mãos. Ele passou os dedos pela inscrição em prata, no livro verde escuro e disse em tom de brincadeira:


- O autor é sonserino?


- É – eu disse e ele me olhou com surpresa, eu abri o livro na primeira pagina aonde o autor havia deixado seu nome – Quem escreveu foi Fineus Nigellus Black, ele era diretor de Hogwarts.


- E também um dos meus ancestrais – disse Malfoy e eu o olhei surpresa – Sim, Fineus era bisavô do meu avô materno.


- Foi assim que você soube do feitiço? – eu perguntei – era um segredo de família?


- Não, eu nunca ouvi falar disso lá em casa – ele respondeu – eu soube no ano passado, um dia o Snape me chamou no escritório dele mas quando eu cheguei ele não estava lá, encontrei um objeto estranho, era uma bacia de pedra rasa, brilhava muito, tinha algo como uma fumaça prateada em cima. Então eu me aproximei e mergulhei a cabeça no recipiente.


- Era uma penseira – eu disse – você foi levado aos pensamentos de alguém.


- Sim – ele concordou – Dumbledore ou Snape. Os dois estavam conversando e Dumbledore contava para Snape que o feitiço que salvou Potter era um feitiço de alma. Então o Snape perguntou do que se tratava, e no meio da explicação Dumbledore citou o feitiço contra maldição Cruciatus e como faze-lo.


- Dumbledore sabia – eu disse assombrada – Dumbledore sabia que você me protegeria. Ele certamente pediu a Snape que te dissesse como. Claro, sem levantar suspeita.


- Será?- Malfoy disse.


- Tenho certeza. – eu respondi.


- Então você leu algumas propriedades da ligação de alma. – ele disse voltando ao assunto do livro – quando você terminar me empresta?


- Claro – eu disse – agora vamos torcer pro Diggle não nos por para duelar novamente, eu não gosto da idéia de uma caixa imensa caindo em cima de mim toda semana.


- Isso dele colocar justo a gente pra duelar foi um azar imenso – ele disse rindo – Mas porque você se enfiou em baixo da caixa? Porque não deixou ela cair em mim?


Eu fiquei vermelha.


- Aah...bom...eu não sei. – eu disse e senti que devia estar parecendo uma idiota.


- Porque eu tenho tanta certeza assim de que está mentindo? – ele disse, curioso.


Se eu já estava vermelha, certamente eu fiquei roxa. Lembrei das características da ligação de alma e então citei o livro novamente:


- É muito raro conseguir mentir para alguém que tenha uma ligação de alma com você. A menos que você seja um excelente oclumente.


- Não podemos nem mentir? – ele disse e completou – Vai responder minha pergunta sinceramente agora?


- Eu não queria que você se machucasse. – eu disse a verdade. Olhando para os meus pés porque eu já não conseguia encará-lo.


- Hermione...eu – ele parecia achar uma forma de me dizer alguma coisa.


E então ouvi batidas na porta.


- Hermione sou eu – Gritou e eu reconheci a voz de Harry.


Olhei para o Malfoy. E fui abrir a porta.

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