A Batalha Final



 


Eu estava na sala precisa, procurando o Diadema junto com os meus melhores amigos, Harry e Rony. Eu estava bem confusa nesse momento. Tentava me concentrar na tarefa de achar a horcrux mas não tinha como eu não pensar no que eu tinha acabado de fazer.


Eu havia beijado Rony Weasley. E o pior, não tinha sido nada daquilo que eu imaginava. Eu tinha certeza que era isso que eu queria, eu morri de ciúmes da Lilá quando ele a namorou no ano passado, mas quando o beijei hoje senti como se tudo estivesse errado. Como se fosse um aviso de que aquela não era a pessoa certa. E com um beijo tudo aquilo que eu achava que eu sentia se desfez dentro de mim.


Eu sabia que Rony gostava de mim, e até mesmo eu gostava dele, mas era só isso. Não tinha paixão e eu não o desejava, eu não ansiava pelos beijos dele e nem por estar ao seu lado. E isso era estranho. Muito estranho. Porque eu realmente achei que fosse o que eu queria.


De repente a estante ao meu lado começou a desabar e alguns objetos caíram. Ouvi Harry gritar: Finite. Alguém tinha tentado desmoronar a Sala. Fui atrás de Harry bem a tempo de ver um jato de luz vermelha passando a centímetros de Harry. Eram Malfoy, Crabbe e Goyle. Crabbe apontou a varinha pra mim e gritou:


- É aquela sangue ruim. Avada Kedavra.


Eu vi o lampejo de luz verde e vi malfoy apontar sua varinha discretamente para mim, e então eu fui lançada para o lado desviando da maldição. Harry não pareceu ter percebido que foi Malfoy porque nem olhava para ele. Virou-se somente para Crabbe e lançou um feitiço estuporante e ele o desviou.


_ Não o mate. NÃO O MATE! – urrou Malfoy para Crabbe e Goyle que hesitaram. E então Harry gritou Expeliarmus e a varinha de Goyle sumiu de sua mão.


Crabbe tentou lançar uma maldição da morte em Rony, que se escondeu para desviar da maldição. Harry Estuporou Goyle e disse pra mim:


- Está em algum lugar, procure enquanto eu vou ajudar R...


Um breve rugido nos avisou do que estava por vir. E então vimos Crabbe e Rony correndo na nossa direção. E Crabbe urrava:


- Que tal o calor gentalha?


Ele não tinha o menor controle sobre o que fizera. Chamas de tamanho anormal os perseguiam lambendo os lados da montanha de objetos, que se desfazia em fuligem a seu toque.


- Aguamenti – Harry gritou, mas o jato de água evaporou no ar.


- CORRAM – Malfoy gritou e agarrou Goyle que estava estuporado e o levou consigo.


Todos começaram a correr, mas o fogo parecia disposto a nos matar, não era um fogo comum e eu conhecia esse feitiço, era o fogomaldito.


- O que fazemos? O que fazemos? – eu berrei desesperada.


- Aqui. – Harry gritou.


Harry passou a mão em duas vassouras e atirou uma delas a Rony que me puxou para a garupa. Levantamos vôo. A fumaça e o calor eram avassaladores. Eu procurava por Malfoy e os outros e reparei que Harry fazia o mesmo.


- Harry vamos embora – berrou Rony – É muito perigoso.


Eu os vi. Malfoy segurava Goyle inconsciente. Apontei para eles e Harry desceu em sua direção, Rony logo atrás girtando:


_ SE MORRERMOS POR CAUSA DELES, EU VOU MATAR VOCÊ HARRY.


Rony e eu puxamos Goyle para nossa vassoura e disparamos para fora da sala, Harry puxou Malfoy e em seguida mergulhou para pegar o que eu deduzi que fosse o diadema. E disparou para fora da sala logo em seguida. E enfim respiramos um pouco de ar puro.


- C-Crabbe – Malfoy disse assim que pode falar.


- Está morto – Rony disse com rispidez.


E a batalha continuou feroz, até que voz do lorde das trevas ecoou pelo castelo nos cedendo uma pausa de uma hora na batalha. Eu, Harry e Rony fomos para o salão principal. Onde estavam todos os sobreviventes queue se abraçavam e velavam seus mortos. Eu observei Rony se juntar a sua família, todos chorando a morte de Fred Weasley. Quando olhei para o lado, Harry já havia desaparecido. Foi então que eu o vi, com o cabelo loiro despenteado andando para fora do salão principal. Eu o segui.


Ele andou um pouco e entrou em uma sala batendo a porta, eu ainda hesitei na porta, aquele era Malfoy, um estúpido que me odiava, mas como poderia realmente me odiar? Ele me salvou da morte, ele dividiu comigo uma maldição. Entrei. Malfoy estava ao lado de Goyle que estava largado inconsciente em uma cadeira.


- Granger? – Ele disse surpreso.


- Sim – eu respondi, e disse o que me veio na cabeça – Goyle está bem?


- Vai ficar – disse ele.


- Que bom – Nada me veio na cabeça dessa vez e eu não soube o que dizer.


- Por que está aqui? – Disse Malfoy com certa rispidez.


- Eu te segui. – Me peguei dizendo a verdade.


- Por que? – ele perguntou.


- Não sei. – Eu disse, e percebi que eu não sabia mesmo. O silencio tomou conta da sala. Fiquei olhando para Malfoy que sustentava o meu olhar de uma forma que me dava vontade de desviar.


- Porque me salvou duas vezes? – eu perguntei, e o queixo dele caiu – Eu vi sua varinha Malfoy, sei que foi você que me empurrou para o lado quando Crabbe tentou me matar.


- Eu não ia deixar uma pessoa que eu podia salvar ser morta.– Malfoy respondeu, como se tal atitude fosse normal dele – Mas você disse que te salvei duas vezes, qual seria a segunda?


- Quando dividiu comigo uma maldição cruciatos. – Eu respondi – Nunca achei que você fosse fazer um feitiço de alma. Ainda mais para me salvar. Desde quando você não deixaria uma sangue ruim morrer? Esse não é você.


- Então você sabe do Crucio Divisa? Você é mesmo uma sabe tudo – Malfoy disse desdenhoso – Esse não sou eu? Você não sabe nada de mim, Granger.


E então a voz do lorde das trevas tomou conta do castelo novamente e dessa vez ele anunciou: “Harry Potter está morto” Eu nem parei para ouvir o resto, e corri para fora da sala, sem conseguir acreditar na morte do meu melhor amigo.

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