Fineus Nigellus



- Rony, eu sinto muito – eu disse, procurando por uma maneira de começar a dizer – mas a gente vai ter que ser só amigo.


E o sorriso dele se apagou. Ele disse:


- Por que, Hermione?


- Porque eu só gosto de você dessa forma...


- Então porque me beijou? – Rony disse procurando uma explicação – Não, Hermione, você gosta de mim. Você teve ciúmes da Lilá e ficou chateada quando deixei você e o Harry.


- Eu sei Ron – eu disse, tentando me explicar – Eu achava que gostava de você de um jeito diferente e então eu te beijei. Mas eu não senti nada quando fiz isso, não teve paixão entende?


- Hermione, só porque o nosso primeiro beijo não foi muito bom, não quer dizer que a gente não possa dar certo. – Rony tentou novamente.


- O problema não foi o beijo em si Ron, e sim o que eu senti. Depois de tanto tempo achando que eu estava apaixonada por você era pra eu ter me sentido diferente com esse beijo. Mas tudo o que eu senti foi uma sensação de que tudo estava errado. – Eu disse – É claro que a gente poderia dar certo Rony, realmente funciona namorar o melhor amigo, funcionaria da mesma forma se eu resolvesse namorar o Harry. Mas eu quero mais do que isso, desculpe.


Ele começou a andar pelo corredor, eu não o segui, não havia mais nada que eu pudesse dizer. Entrei de volta no compartimento.


- Cadê o Ron? – perguntou Harry.


- Saiu andando – Eu respondi sincera.


- Vocês brigaram? – perguntou Gina.


- Mais ou menos – encarei Harry e Gina, não como meus amigos, mais como o melhor amigo de Rony e a irmã de Rony, tomei fôlego e disse – Eu disse a ele que nós só poderíamos ser amigos.


- POR QUE? – disse Gina surpresa e nada sutil.


- Porque é assim que eu me sinto. – eu respondi.


- Mas eu achei... Eu achei que vocês – ela disse, olhando de mim pra Harry, ela parecia transtornada – Harry, você não disse que eles... Eu achei que eles tivessem...


- Eu também achei, Gina – Eu disse. – Me desculpem.


- A gente vai sempre te apoiar, Mione – disse Harry – Sei que se você não se sente mais assim, isso não é culpa sua.


O Restante da viagem correu bem, apesar de eu não ter tirado da cabeça o quanto eu magoei o Rony. Mas o que eu podia fazer? Começar um relacionamento sem amor só podia magoar ainda mais nós dois.


Quando chegamos em Hogwarts fomos direto para o salão principal. Depois da seleção dos alunos novos, Minerva Macgonagall nos apresentou o novo professor de Defesa contra as artes das trevas: Dédalo Diggle. Também a nova professora de transfiguração Augusta Longbottom, avó de Neville, que se tornou a nova diretora da casa Grifinória. Macgonagall também nos avisou que este ano seriam escolhidos um monitor chefe de cada casa. Depois de selecionar o monitor da Corvinal e da Lufa-Lufa, chegou a vez da Grifinória:


- E como monitora chefe da Grifinória – anunciou a diretora – Hermione Granger.


- Parabéns, Mione – disse Harry.


- Parabéns – disse Gina me abraçando.


E então virem Neville, Simas, Dino, Parvati e até mesmo Lilá. Rony não veio me cumprimentar.


- E da casa Sonserina – Disse Macgonagall – O Monitor é Draco Malfoy.


Olhei pra ele, ele sorria, mas o sorriso sonserino de sempre. Os amigos dele lhe davam os parabéns, Zabini, Nott, Pansy e Goyle.


- Os dormitórios dos monitores chefes ficam seguindo o corredor da sala de feitiços, no final tem uma abertura para esquerda e uma para a direita. – disse a diretora - Do lado esquerdo ficam os dormitórios de Grifinória e Sonserina. E do lado direito Lufa-lufa e Corvinal.


- Que droga – riu Harry – Você vai dormir perto da Doninha.


- Que péssima maneira de começar o ano – disse Gina – ter um idiota como vizinho.


Na mesa da sonserina, não foi diferente, ainda ouvi Pansy dizer:


- Logo com a Sangue Ruim da Granger, que azar.


Depois do jantar e de escoltar os alunos novos para o Salão Comunal da Grifinória eu fui direto para o meu dormitório. Era um quarto bonito, e espaçoso, decorado com as cores da Grifinória. Em cima da cama havia um pacote e um bilhete.


 


Achei que fosse gostar disso Srta. Granger. É um livro único, pois o autor não quis que publicassem, talvez a senhorita entenda o porque. Cuide bem, este livro foi um presente de Alvo Dumbledore, inicialmente para a mãe de Harry e depois da morte dela, para mim. Eu não sei como o Sr. Malfoy tomou conhecimento desses feitiços, eu  costumava acreditar que somente eu, Dumbledore, Lílian Potter e amigos muito íntimos dela como Remo Lupin, Sirius Black e o próprio Tiago Potter tivessem conhecimento deles. Imagino que quem lhe contou foi Lupin, Sirius ou Dumbledore antes de morrem, já que você não conheceu os pais de Harry.


Minerva Macgonagall.


 


Abri o pacote e lá estava o livro, era muito antigo. A capa era verde escura e o titulo vinha em prateado: Feitiços de Alma. Abri com cuidado, as paginas estavam amareladas, e logo na primeira havia as inscrições: “Relatório de pesquisa de Fineus Nigellus Black”. E então eu entendi. Fineus havia sido diretor de Hogwarts. Um diretor Sonserino. Provavelmente apesar de ter descoberto os feitiços de Alma, achava tudo meio que especulação. Por isso a inscrição “Relatório de pesquisa”. Por isso o livro não foi publicado.


Resolvi que no dia seguinte eu ia começar a ler esse livro, eu precisava o mais rápido possível entender essa ligação que eu tinha com Draco Malfoy. Já cansada, resolvi dormir.

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