Lembranças Ignoradas

Lembranças Ignoradas



            Harry andava pelas ruas perto de seu apartamento, tentava, inutilmente, passar despercebido pelas pessoas, mas sempre um bruxo ou outro lhe parava e apertava sua mão, agradecendo por lutar bravamente.


             Apesar de dias terem se passado, seus pensamentos não deixavam uma única pessoa, Hermione.


            O homem-que-derrotou-Você-Sabe-Quem não se recordava de ter feito algo para magoá-la, não conseguia entender o porquê do repentino sumiço de Hermione, ela até havia dado uma entrevista para O Pasquim, dizendo que o beijo com Cho havia sido um engano e que a mulher que ela amava era Hermione, mas mesmo assim, a morena não tinha voltado para ele.


            Harry abriu a porta de seu apartamento pesaroso, sabia que lá dentro encontraria Cho e, mesmo depois de longas conversas, ele não conseguia tira-la de lá. O cheiro de comida fez seu estomago roncar, Dobby era um ótimo cozinheiro, afinal, Cho nem ao menos sabia cozinhar.


            - Sr. Potter – Dobby fez uma mesura – a senhorita Chang está a horas queimando papéis na lareira, já a chamei para o jantar, mas a senhorita não veio, o senhor acha que Dobby foi um elfo mal?


            - Claro que não, Dobby. Deixa que da Cho eu cuido.


            Harry andou até a oriental e se curvou para ver as fotos, mas havia apenas duas crianças nelas, uma menina e um menino.


            - Quem são eles? – Cho pulou de susto diante da pergunta de Harry.


            - Ninguém importante.


            Harry passou a mão pelo cabelo mais uma vez, essa cena passava o tempo pela mente dele, - Todas as cartas, as fotos, tudo que você enviava para ele eu rasgava e queimava -, e essa maldita frase de Cho, agora tudo fazia sentido, e ele se odiava por ter ignorado a memória dessa forma.


            Ele olhou para Hermione, que estava debruçada sobre Samantha, que acabara de acordar. Tudo teria sido tão diferente se ele não tivesse desistido de encontrar Hermione, mas agora o tempo já havia passado, tudo o que ele poderia fazer era conquistar Samantha e Theodoro. Seus filhos.


            O pensamento era estranho e de certa forma, perturbador. Por anos, Harry imaginava como seria ter uma família com Hermione, e agora ele tinha, de certa forma. Sua mente vagou para sua filha mais nova, Lily; ela não tinha culpa da loucura da mãe, nem da ambição e cobiça que levou Cho a se tornar uma mulher odiosa. Harry tinha que achar um jeito para explicar à Lily sobre tudo o que estava acontecendo, ela ainda era nova, não entenderia fácil, mas era necessário que ele contasse.


            - Você pode ir pra casa, se quiser – a voz de Hermione tirou-o de seu devaneio; ele encarou a mulher que estava a sua frente, Harry quis falar, mas sua voz ainda não tinha reaparecido.


            - Eu levo ele, Hermione – com um aceno, Ron segurou o braço de Harry e levantou-o, em seguida, os dois aparataram.


            Eles chegaram na Toca e Harry prontamente caiu no sofá, a noticia parecia já ter se espalhado, pois logo os ruivos se aglomeraram em sua volta fazendo-lhe perguntas e falando alto.


            - Chega! – ele berrou e todos fizeram silencio. Sua voz finalmente havia voltado. – Eu preciso... preciso me enterrar no travesseiro e pensar no que eu vou fazer.


            E então Harry desaparatou, deixando todos surpresos e calados.



N/A: Olhem eu aqui de novo, depois de décadas, eu tive inspiração pra atualizar. Sei que não ficou tão bom assim, mas peço um pouco de calma e paciência :)

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