Natal



            Dias foram se passando sem nenhuma ocorrência a mais, os sonhos dos gêmeos haviam parado, o que deixou-os preocupados, afinal, agora que sabiam que era Voldemort o causador dos pesadelos, os dois acharam que ia piorar, mas pelo contrario, parou, e isso de certa forma incomodou os Granger’s.


            Mas, conforme o tempo passou os dois ficaram mais e mais ocupados. Quando menos pensaram, já era férias de Natal e eles estavam no expresso para voltar para casa. Foi inevitável para Theo não se jogar no sofá ao entrar no pequeno apartamento, soltou um suspiro de cansaço e pôs os braços atrás da cabeça, fechando os olhos e aspirando o cheirinho de família que o local tinha; já Samantha aproveitou para arrumar seu quarto e fazer alguns deveres que os professores haviam lhe passado.


            Samantha estremeceu debaixo das cobertas, fazia frio e ela não queria sair de lá, mesmo sendo Natal. Se espreguiçou e tomou um banho relaxante; a menina desceu para a cozinha, onde sua mãe cozinhava biscoitos.


            - Bom dia querida e feliz Natal – Hermione cantarolou alegremente e abraçou sua filha – aonde vai a essa hora? – perguntou ao notar que sua filha estava bem agasalhada.


            - Bom dia mãe, feliz Natal também – sorriu a morena – vou visitar uma amiga, mas juro que volto pra ceia. – a garota pegou alguns biscoitos já assados e correu para fora. Ela apertou os braços enquanto caminhava pelas ruas vazias tentando afastar o frio de si, uma rajada soprou e ela resmungou palavrões.


            Ao chegar no seu destino, Samantha ficou parada por um tempo observando a casa. Era bem grande, maior do que ela imaginava. Havia um enorme portão feito de puro ferro, chegava a ser imponente de tão belo, ela o empurrou e caminhou pela trilha que levava à porta principal, era rodeado de rosas vermelhas e brancas, tinha alguns lírios e uma outra flor que ela não conseguiu identificar pelo caminho. Subiu o primeiro degrau da pequena escadaria; parou defronte a porta de madeira maciça e olhou para cima, tentando achar a campainha, mas a mansão pertencia a dois bruxos, era óbvio que não tinha campainha, no lugar disso, tinha um arco grande, segurado por um leão feito de ferro e prata. Ela bateu uma, duas, três vezes e ninguém a recebeu, Samantha começou a achar que era cedo demais, mas ao olhar seu relógio de pulso constatou ser quase duas da tarde – tinha andado lenta demais – cuidadosamente, abriu a porta destrancada e fechou os olhos ao ser recebida pelo ar quente da casa.


            O corredor era pintado com uma cor creme, as paredes continham retratos, ela reconheceu alguns como professores de Hogwarts e velhos conhecidos, mas haviam alguns orientais que ela nunca tinha visto; do outro lado tinha um espelho antigo, a moldura parecia ter sido feito a mão e a garota deixou um “Uau” ao admira-lo mais perto, chegando a tocar, com cuidado, nele.


            - Quantas vezes tenho que dizer para não falar delas na minha casa? – a frase ecoou por toda a casa e Samantha encolheu os ombros.


            Um barulho estranho foi ouvido e em seguida um choro agudo e forte começou, Samantha correu para a sala e olhou em volta, tudo muito elegante, assim como a entrada, mas ao ouvir outro grito ela olhou para a longa escadaria feita de mármore.


            Começou a subir ela correndo, deixando-se seguir pelos sons estranhos do choro e algo estralado, ao mesmo tempo que corria, a jovem orava à Deus que isso não fosse o que ela imaginava. Outro grito e Sam parou diante de uma porta rosa, nela estava escrito Lilian Potter e imediatamente ela empurrou a porta e ampliou os olhos para a cena que presenciava.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.