- Mansão Malfoy -






Capítulo 4


Mansão Malfoy


 


“O Eleito. Era assim que eu o chamaria de agora em diante? Não. Ele não passava de um garoto idiota que era salvo por todos ao seu lado. Eu não vejo como alguém pode achar que ele é um herói.


O verdadeiro herói é aquele que consegue suportar anos de sua vida fazendo algo que não quer, e sozinho. O Potter sempre teve seus amigos ao seu lado, ele nunca experimentou de verdade a sensação de estar só e ter que salvar alguém.


Eu próprio tive que me salvar.”


- Parabéns Granger. – Draco estava sentado em sua cama lendo o trecho do final de um capítulo. O livro de Hermione sem dúvida nenhuma conseguia passar o seu ponto de vista, melhor do que qualquer outra pessoa conseguiria. Era um feito.


Já passava das duas da manhã e Draco lia o livro. Não terminara ainda, pois além dele ser grande faltava tempo. Mas acabou gostando de acompanhar a própria vida nas palavras de outra pessoa. De vez em quando ficava óbvia a opinião de Hermione> em alguma fala ou em algum ato. Mas por incrível que pareça ela não o julgara em nenhuma parte do livro.


Draco passou as mãos no cabelo e acabou desajeitando os fios loiros que caíram em seu rosto. Olhou para o quarto escuro, a única luz vinha de um abajur que comprara. Colocou o livro do lado do abajur e apagou a única luz.


Não conseguia dizer se estava sonhando ou não, mas um garoto de quinze anos apareceu para ele. Seus olhos estavam sombrios e nenhum sorriso era visto em sua face.


Aquela imagem o atormentava.


 


Toc toc toc


Hermione acordou meio zonza com os barulhos em sua porta.


Olhou no despertador e viu que eram três horas da manhã. Levantou-se e pegou a varinha. Caminhou apressada pela casa e pode ouvir mais batidas na porta.


- Quem é? – Perguntou um pouco temerosa e abriu uma fresta. Uma visão ruiva apareceu-lhe.


- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Hermione bruscamente para Rony, que sorria na porta.


- Eu vim te pedir desculpas. – Disse Rony encabulado. Hermione bufou.


- Às três horas da manhã, Ronald Weasley? – Perguntou irritada.


- Eu não queria mais brigar. – Falou Rony entrando e Hermione fechou a porta com um estrondo.


- Não poderia esperar até amanhã para pedir-me desculpas? – A mulher bocejou. Rony andou até ela e a abraçou pela cintura.


- Eu não agüento esperar até o amanhã, você sabe disso.


Hermione crispou os lábios e tirou os braços de Rony de si, caminhando de volta para o quarto.


- Mi? – Chamou Rony a seguindo e entrando no quarto. – Você não vai falar nada?


- Tem algo para falar? – Perguntou Hermione e sentou-se na cama – Vamos dormir Ronald, amanhã nós conversamos.


Rony olhou um pouco mais para Hermione e se deu por vencido, deitando ao lado da mulher.


Os dois bufaram contrariados e viraram para lados opostos.


Hermione demorou a dormir depois daquilo, uma súbita lembrança veio-lhe a mente.


 


Os dois não se cumprimentaram.


Cada um tinha olheiras maiores do que o outro.


- O que foi? – Perguntou Draco quando Hermione entrou em sua sala.


- Não consegui dormir. – Disse Hermione esfregando os olhos.


- Nem eu. – Draco bocejou e ergueu os braços tentando despistar o sono.


- Será que não poderíamos dormir? Alguém notaria a nossa falta de presença? – Perguntou Hermione e Draco sorriu malicioso.


- Só se dormimos juntos. – Brincou o homem fazendo Hermione fechar a cara. – O que houve? O Weasley te irritou de novo?


- Ele apareceu às três da manhã na minha casa. – Disse Hermione sentando-se em frente à Draco.


- E daí? – Perguntou Draco sem entender. Hermione franziu o cenho.


- Isso é coisa que se faça? – Perguntou Hermione corando.


- Sim, quando se está apaixonado. – Respondeu Draco e ergueu as sobrancelhas. Tinha um sorriso maroto nos lábios. – Você não gostou, é?


Hermione corou mais ainda e levantou-se desajeitadamente.


- É claro que eu gostei, só estou dizendo que estou com sono. É que ficamos acordados. – Hermione piscou para Draco saindo rapidamente da sala.


Draco olhou por um tempo para a porta da sala de Hermione e sua expressão era confusa.


- Eu não me lembro de ter perguntado o que eles ficaram fazendo.


 


- Malfoy – Hermione chamou o homem pelo telefone que comunicava as salas.


- Escritório de Hermione Jane Weasley, pois não? – Perguntou Draco do outro lado.


- Muito engraçado! Estou morrendo de rir. Dá pra você vir a minha sala? – Perguntou Hermione e Draco apenas desligou.


- Sí? – Falou o homem entrando na sala. Hermione revirou os olhos e mandou-lhe sentar.


- Bem, esse mês nós vamos lançar um livro de um escritor bem famoso. – Disse Hermione – O escritor de Runas: como decifrá-las. Ele escreveu um novo livro, mas é um romance bruxo chamado: Decifre-me.


- Esse cara tem obsessão por decifrar coisas? – Perguntou Draco ironicamente.


- Malfoy, ele decifra Runas ok? – Disse Hermione impaciente – Voltando... Ele nos mandou fazer uma festa de lançamento e...


- Nós temos cara de agência de festa ou algo do gênero? – Perguntou Draco crispando os lábios.


- Malfoy, eu não podia negar nada. – Disse Hermione exasperada – Então, temos que fazer essa festa em tempo recorde, entendeu? Primeiro: um lugar. Arranje um lugar, por favor, para a festa, nem que seja um lugar trouxa.


- Sim senhora. – disse Draco fingindo uma reverência – Então se me der licença tenho que ligar para alguns lugares. – O homem continuava com o sorriso debochado ao sair da sala de Hermione.


A mulher bufou indignada tentando acreditar que Draco conseguiria ajudá-la a fazer uma festa em um mês.


 


- Eu já falei que é para o final do mês – Draco rugia no telefone tentando acertar uma data -, não podem? Como assim não pode? Eu sei que é pouco tempo, mas não tem como reservar? ... Então vai se fuder!


Draco desligou o telefone sentindo raiva. Nem os lugares trouxas estavam colaborando.


Já estava tentando encontrar um lugar há mais de três horas para a tal festa e não conseguia. Aquilo o estava irritando, era como falhar em uma missão patética. E olha que já fora um comensal da morte, enfrentara coisas mais difíceis.


- Malfoy? – Hermione chamou ao sair da sua sala – Conseguiu alguma coisa?


- Não – Draco estava irritado e começara a se sentir mais cansado.


- Malfoy...


Hermione não pode terminar, pois Draco a assustou ao andar até ela e tapar sua boca.


- Eu tive uma ideia. – Disse Draco sussurrando e Hermione sentiu-se tremer com a mão do homem em si.


- Que ideia? – Perguntou Hermione ao tirar a mão de Draco de sua boca.


- Você conhece a minha mansão? – Perguntou Draco sorrindo maroto.


 


- Senhor Malfoy – um elfo apareceu quando Draco abriu a porta de sua mansão e entrou -, o senhor voltou cedo.


- Sim, isso porque eu e a senhorita Granger iremos almoçar aqui hoje. – Anunciou Draco. O elfo fez uma reverência para Hermione e para ele. Hermione crispou os lábios, contrariada.


- Não precisamos dar trabalho a eles. – Disse se referindo ao elfo que saíra para a cozinha. Draco riu sem humor.


- Granger, ande logo, eles têm que trabalhar. – Disse Draco puxando Hermione e caminhando com a mulher pela mansão.


Era enorme a casa, com detalhes de pedras, e pilastras. Muito limpa e organizada. Os móveis eram de madeira escura e mármore. Era pouco iluminada, mas Hermione ao invés de achá-la aterrorizante ou algo assim, achou-a linda.


- Aqui está – Draco a levara até um salão enorme onde com toda a certeza caberiam todos da festa e mais.


- Uau – disse Hermione caminhando pelo grande salão. As janelas eram imensas, mas não iluminavam o ambiente, pois estavam tapadas com cortinas verdes que tinham detalhes dourados. O chão era escuro, mas as paredes eram mais claras do que as outras que já havia visto naquela casa.


- “Uau”? Nossa, Granger está elogiando minha casa? – Disse Draco sorrindo.


- Muito bonita – disse Hermione retribuindo o sorriso. – Aconchegante também.


Draco ergueu a sobrancelha, parecendo incrédulo.


- Isso nem eu acho. Na realidade, é a primeira pessoa que diz isso. – Disse Draco e agora Hermione ria de verdade.


- Pelo menos achamos o lugar – disse Hermione contente. – Quero dizer, se você permitir.


- Granger, por que você acha que eu nos trouxe aqui? – Perguntou Draco caminhando até Hermione.


Os dois se encararam por alguns minutos até que ouviram passos. Hermione se assustou chegando para trás e quase trombou com um elfo.


- Senhor, o almoço está pronto. – Anunciou o elfo e Draco concordou com a cabeça.


- Vamos Granger. – Draco estendeu o braço para Hermione. A mulher mordeu o lábio inferior, mas aceitou o braço estendido.


Novamente caminharam pela mansão chegando até uma sala de jantar. Uma grande mesa havia sido posta no centro da sala e atrás dela era visível um bar.


- Vamos comer assim? – Perguntou Hermione apontando para a mesa. De uma ponta da mesa tinham pratos e talheres e do outro lado mais um prato. Draco franziu o cenho.


- Desconcertante certo? – Perguntou Draco.


- Muito.


- Hm... Trian – Chamou Draco e o elfo apareceu – Coloque o prato da visitante ao meu lado direito.


- Sim senhor – disse elfo começando a obedecer.


Hermione esperou até a mesa estar pronta novamente e sentou-se em seu lugar. Draco ocupou o lugar dele.


- Isso me lembra muito um filme – comentou Hermione timidamente enquanto o elfo servia a comida em seus pratos. Hermione sorriu para o elfo quando ele lhe serviu. Draco apenas pegou os talheres.


- É mesmo? – Perguntou Draco começando a comer – Qual?


- A Bela e a Fera. – Disse Hermione corando e olhando para o prato. Draco franziu o cenho, pois não conhecia aquela história.


- Espero que eu seja a Bela.


Hermione riu de Draco e o homem não pode esconder um sorriso.


- Você e suas ironias de sempre. – Comentou Hermione.


- O que seria de mim, um Malfoy, sem minhas ironias?


- Tem razão, nada.


Hermione comeu em silêncio, no final não pode deixar de dizer:


- Estava uma delícia.


- Obrigado, fui eu mesmo quem fiz. – Disse Draco fingindo estar lisonjeado.


- Eu vou ter que me acostumar com suas respostas – disse Hermione rindo e bebendo um gole de vinho.


- Pensei que já estivesse acostumada. – Falou Draco piscando.


- Nem tanto. – Hermione mordeu o lábio inferior e tirou o guardanapo do colo. – Acho que temos que ir.


- Sim, claro. – Draco levantou-se e Hermione o imitou. Os dois saíram da sala de jantar, e o mesmo elfo os aguardava do outro lado da porta.


- Estava ótimo, muito obrigada. – Disse Hermione gentilmente para o elfo. O pequeno ser arregalou os olhos e Draco bufou enquanto se afastava.


 


- Você foi excelente, Malfoy – disse Hermione contente enquanto assinava alguns papéis em sua sala.


- Geralmente eu sou. – Disse Draco e sorriu malicioso – Ouso dizer que sou excelente em tudo.


- Modesto hein?


- Nem um pouco.


Hermione riu enquanto passava uns papéis para Draco.


- Acho que você já pode sair hoje. – Disse a mulher gentilmente. Draco franziu o cenho.


- Ainda não deram nem cinco horas. – Falou Draco sem entender.


- Pois é, mas você já fez tanto por hoje, que eu te libero mais cedo. – Disse Hermione sorrindo.


- Mas quem disse que eu quero ir embora? – Perguntou Draco sem entender.


- Pensei que você fosse querer. – Disse Hermione sentindo o clima ficar tenso.


- Pois eu não quero. – Disse Draco sério.


- Mas... Malfoy, você não tem outras coisas para fazer? – Perguntou Hermione – Pessoas com quem sair?


- Não. – Disse Draco simplesmente.


- Não tem nada que você queira? – Perguntou Hermione. Draco levantou uma sobrancelha.


- Quero que você pare de fazer perguntas e de tentar ser uma chefa legal.


Hermione estranhou a reação de Draco, e quando viu o homem já estava pegando o casaco que pertencia a ele.


- Mas já que você me liberou – começou Draco caminhando até a porta – ótimo.


Hermione não conseguiu nem responder, pois Draco fechou a porta em sua cara.


 


- Eu não entendo, eu tentei apenas ser legal. – Disse Hermione enquanto conversava com Harry na casa do amigo.


- Peraí, eu ainda não consegui me acostumar com a ideia de você e o Draco estarem trabalhando juntos. – Disse Harry um pouco atordoado. Hermione crispou os lábios.


- Errado, ele trabalha para mim, não trabalhamos juntos. Não somos uma equipe nem nada do tipo.


Hermione tinha uma expressão de raiva no rosto e aquilo fez Harry rir.


- Ele é um bom escravo? – Perguntou Harry achando divertido aquilo.


- Vai se catar, Potter. Eu não escravizo ninguém – disse Hermione levantando-se e caminhando pela sala.


- Eu sei, Mi. Eu estava brincando. – Disse Harry levantando junto.


- Gina disse que vocês brigaram, de novo. – Hermione tentou mudar de assunto.


- Brigamos. Já estou cheio das frescuras dela. Ela que se exploda.


- Não fale assim da minha amiga perto de mim. – Pediu Hermione.


- Eu também sou seu amigo, tenho direito de desabafar, como você veio fazer comigo.


- Mas eu vim falar de trabalho, não de vida amorosa. – Reclamou Hermione.


- Será? – Harry perguntou levando um tapa no braço. – Eu estava brincando, mas eu realmente estou enciumado.


- Enciumado? – Hermione olhou para Harry sem entender. O moreno chegou mais próximo.


- Oras, o meu inimigo trabalhando com minha melhor amiga. E se ele tentar se aproveitar de você? – Perguntou Harry nervoso.


- Eu sei me cuidar, ok? Não preciso de nenhum machão me defendendo. – Hermione cruzou os braços, indignada.


- Eu sei, por isso que eu queria arranjar uma mulher igual a você. – Harry falou sorrindo. Hermione sentiu que estava corando.


- Pare de brincar com isso, Potter. Ou eu levo a sério – avisou Hermione.


- E se eu quiser que você leve a sério? – Perguntou Harry chegando perto de Hermione, e a mulher foi chegando para trás.


- Bem... erh... – Hermione não conseguia pensar em nada para falar e olhou para os lados.


- Hermione, eu estou cansado das mulheres com quem eu saio. São um bando de chatas que reclamam que eu tenho que trabalhar e blábláblá. Pelo menos você é diferente delas. – Harry agora caminhava na direção de Hermione com os olhos estreitos.


- Harry, pára com isso. Olha, o Rony! – Avisou Hermione – Ele... ele vai ficar chateado.


Hermione sentiu a parede atrás de si e viu que Harry agora estava a centímetros dela.


- Ele não precisa saber. – Sussurrou Harry e sorriu de lado – Além do mais, eu sei que vocês brigaram.


Hermione sentiu todo o sangue ficar cada vez mais quente enquanto corava.


- Harry, você brigou com a Gina, eu sei que ela falou coisas horríveis, mas, por favor, não faça isso. – Pediu a mulher quase implorando – Você vai se arrepender, sabe disso.


- Eu não sei de nada. – Murmurou Harry chegando mais para a frente.


 


N/A: Pessoal, desculpe a demora, mas eu tenho uma boa explicação, eu tava revendo todo o meu livro e tal pra achar possíveis erros e etc.


Agora me digam, eu sou má parando aí? Ashuhuasuahshas


Bom, eu não vou contar o que acontece ;X E só posto com coments, mas vocês já sabem disso.


Chantagista? Eu? Nem um pouco! MUAHAHAHA


Agradecimentos:


Brenda Chaia, Jaque Granger Malfoy, Olivia Kaily Malfoy, Larissa, Mione03, Bruninhaaaa, Tamara J. Potter, Alexis Dellamare, Leeh Malfoy, Gislene B.Pizzol Tristão, M.M Potter , Katia Bell.


É isso aí,


Beijitos,


Ciça ;***

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Comentários (1)

  • Angel_Slytherin

    HH? Não da... eles não teem nada haver, pelo menos eu acho!  Hermione é muito para o Harry... nada mais a declarar... ela tem que ficar com o Bonitão. hehehe.  BeijosAngel_S

    2011-07-26
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