A culpa é do álcool



Capítulo 8 - A culpa é do álcool


 


Cedrico Diggory foi o último a deixar o campo da escola de Torquay na noite daquela sexta-feira depois de seu segundo jogador como técnico de futebol. A partida encerrada há mais de uma hora esteve léguas distantes de adjetivos como clássico ou genial. Os jogadores na faixa etária dos 15 à 18 anos passaram a maior parte dos 90 minutos correndo atrás da bola sem a menor perspectiva tática e exagerando na brutalidade. O jogo beirou a mediocridade e não houve camisa 10 que inserisse talento na partida. Mesmo assim, o treinador estava levemente satisfeito. O empate é melhor do que a derrota. Um ponto é melhor do que nenhum. O recomeço como técnico escolar era melhor do que nada.


 


No vestiário, os vinte e três jogadores do time da casa ainda esperavam pelas palavras finais do treinador Diggory. Malfoy reclamava mais uma vez da demora do técnico e das cinco faltas sofridas durante a partida, além de se vangloriar por ter marcado o gol de empate na cobrança de uma delas. Potter observava o “herói” da partida e bufava a cada palavra debochada pronunciada pelo desafeto. Enquanto o amigo goleiro estava mais preocupado em aplicar gelo no inchaço em seu ombro esquerdo oriundo de um choque com um atacante adversário. Alheio a movimentação dos colegas, João Pedro tentava racionalizar as jogadas construídas em sua participação de 22 minutos em campo para prever se seria incluído ou descartado definitivamente dos planos de Cedrico. O treinador finalmente aparece e se limita a agradecer a dedicação dos atletas e apontar encaminhamentos a serem tomados nos próximos treinos.


 


_ Parabéns pelo jogo de ontem! – diz Luna causando certo desconforto em Ron, que tratava de arrumar as mesas do restaurante _ Ei, eu vim em missão de paz, Rony!


_ Não, desculpa. Eu estava meio distraído e não notei a sua chegada. – continua a tarefa.


_ Último dia, então?


_ É, meio estranho deixar de trabalhar aqui depois de três anos.


_ Pelo menos, você vai se livrar de mim. – tenta brincar Luna.


_ Você ainda é amiga da minha irmã, não é? – devolve com certa irritação.


_ UAU! Eu não esperava tanto, mas acho que mereço. A última vez que nós conversamos neste restaurante foi um desastre. – confessa, ele concorda _ Eu sei que isso é muito pouco perto daquela cena que causei, mas, eu queria te pedir desculpa. Eu sinto muito mesmo, Ronald. – declara.


_ Eu fico mais tranqüilo que você percebeu que extrapolou todos os limites naquela noite. Honestamente, eu não confio nada em você e não me agrada que a Gina saia constantemente na sua companhia. – responde sinceramente.


_ Eu tenho pegado leve ultimamente, sabia? – ele faz que não com a cabeça _ E você não precisa confiar em mim, mas, deve fazer isso pela sua irmã. A Gina tem uma cabeça ótima e não se deixa influenciar. Eu só queria que você não fosse embora antes de tentar acertar as coisas entre a gente.


_ Você não me deve satisfações, mas, eu aceito as desculpas. Antes tarde do que nunca, não é? – ele sorri.


_ É verdade. Quem sabe mais cedo ou mais tarde, nós possamos ser amigos novamente.


_ Eu não me arrependo dos quatro meses em que estivemos juntos, só queria esquecer algumas noites em que o meu papel de namorado foi confundido com o de babá. Eu preciso trabalhar, Luna. – ela compreende _ Se cuida, viu? – despede-se.


 


A loira sorri pela legitima preocupação e pelo passo adiante. O confronto com o João Pedro após ser informada da aparente relação do rapaz com Hermione não foi nada amistoso. O brasileiro negou que estivesse compromissado com a editora do jornal escolar e excluiu qualquer vinculo com ela. De fato, eles nunca haviam firmado nenhuma espécie de relação depois dos beijos na festa à beira-mar. O contato seguiu normalmente como simples colegas de sala. O atleta deu atender que possuía sentimentos confusos pela filha do dono do melhor restaurante da cidade e que não sabia como lidar com a situação. A problemática era que afirmava estar em maior contato e entrosamento com Hermione no momento e por isso, a aproximação além da amizade surgiu e evoluiu.


 


Luna tinha plena consciência dos sentimentos que o ex-namorado nutria por Hermione e percebeu como ele não esboçou qualquer reação controversa ou exagerada. Era nítido o crescimento do irmão de sua melhor amiga nos últimos tempos. O mais estranho era que a garota mais inteligente que conhecia, Hermione Granger, não tinha consciência do rapaz que estava jogando para escanteio. Não estava menosprezando o carismático JP Black, a circunstância era que Ron e Hermione pareciam destinados e, finalmente, convictos de seus sentimentos. Ironicamente, a inteligência não está ligada diretamente à valentia.


 


E nesse quesito que o relacionamento entre Ron e Luna culminou em fracasso. Os dois são impulsivos e explosivos por natureza. O namoro foi marcado pelo exagero em todos os quesitos possíveis. Brigas, reconciliações, festas, amassos, preocupações, dramas, diversão. Nada era levado com naturalidade ou simplicidade e acabou em uma discussão homérica diante dos clientes do restaurante de Alan Lovegood em uma complicada noite de sábado. Humilhado, o rapaz só não pediu demissão pela recusa do patrão. Desde então, Ron se mantinha bem afastado da garota problema de Torquay. Apesar de tudo, Luna era superior a Hermione neste item. A coragem em expor seus sentimentos independentemente de estar certa ou errada. Hermione era totalmente racional e pirava com a possibilidade de perder o controle de sua vida. Talvez por essa razão, os melhores amigos nunca ficariam juntos.


 


Dawn foi a responsável por espalhar a notícia a contragosto de seu irmão mais novo. Gina aprova a descoberta e começa um plano para realizar uma festa de aniversário surpresa para o namorado. A possibilidade de badalação é a desculpa perfeita para que Draco consiga dar uma festa em sua casa com total aprovação dos pais. Afinal, Lucio e Narcisa não diriam não para a festa de aniversário de Sam Winchester! A única condição dos dois era que o evento reunisse menos de 25 pessoas. O bad boy tenta contestar, entretanto, cede ao saber que os pais estariam em uma viagem de negócios durante o final de semana.


 


_ É o último voto de confiança que eu e o seu pai damos a você, Draco. Por favor, se controle e controle os seus amigos. Eu espero encontrar a minha casa inteira no domingo. – ordena Narcisa antes de partir.


 


O entusiasmo colossal do anfitrião é bastante contido pelo irmão mais velho do aniversariante. Mesmo compactuando com os planos de oferecer bebida alcoólica na festa, Dean impõe diversas restrições para garantir a segurança física dos jovens e da casa dos Malfoy. Buffy se orgulha do namorado pela responsabilidade em assumir o controle e concorda com a idéia de iniciar a festa antes do meio-dia com um churrasco e deixar que a animação dos convidados determine a duração do evento. João Pedro e Draco se dão por vencidos e acatam com a sugestão do casal.


 


Sem suspeitar absolutamente de nada, Sam é carregado para a mansão dos Malfoy no sábado pela manhã com a desculpa de testar o novo jogo adquirido pelo amigo. O rapaz é surpreendido pelos familiares, a namorada e o “cunhado”. A festa é montada ao redor da piscina da casa e o rapaz, comovido, agradece pelo inesperado presente. Aos poucos, os amigos começam a chegar e o clima de confraternização se instala.


 


Com o computador de Draco colocado no exterior da residência rodeado por diversas caixas de som e amplificadores, o dono de casa e o primo gargalhavam tentando dar o toque musical ideal para a festa. Enquanto que o churrasco ficava a cargo do mais irmão e do participante mais velho, Dean Winchester. O som eletrônico ecoa alto na residência da família Malfoy recepcionando os convidados. Ainda digerindo a surpresa, Sam tenta receber adequadamente os amigos e não perder a namorada de vista, pois de acordo com os familiares, a idéia partira inicialmente de Gina.


 


Depois de muita insistência, Hermione consegue arrancar Brooke de casa e faze-la lhe acompanhar no aniversário. Desde o rompimento com Harry há mais semanas, a jovem não havia saído nunca para se divertir. Além disso, cada uma seria o suporte da outra no momento de encarar os garotos que formam o antigo quarteto. Imediatamente, a editora do jornal da escola de Torquay deixa claro que não estaria ali apenas para se relacionar com o brasileiro. O relacionamento dos dois não obteve rotulo e os beijos aconteciam no momento mais apropriado para ambos.


 


_ Parece que o seu carro está funcionamento perfeitamente bem. – cumprimenta Sam notando a jovem isolada.


_ Graças a você, Sam. Parabéns e desculpa por estar invadindo a sua festa, ta? – responde constrangida.


_ Sem drama, Brooke. Eu fico muito contente que você tenha vindo, seja bem-vinda! – Sam tenta facilitar a situação da garota.


_ Então, qual é a emoção de completar 16 anos? – brinca a jovem.


_ Por que você não lembra? – debocha, ela esmurra seu braço _ É dez! Eu to ansioso para poder tirar minha carteira de motorista e encher a paciência do meu irmão para sair com o carro dele.


_ Depois de trazer o meu carro do mundo dos mortos, você tem crédito sobrando. Se tiver alguma emergência, ele é todo seu.


_ É muito bom saber disto! Espero que você se divirta, qualquer coisa que precisar é só me chamar, certo? – ela gesticula positivamente.


 


Com a melhor amiga às voltas com a nova relação, o melhor amigo preocupado em evitar a antiga amiga e se entreter no aniversario de seu cunhado, Harry não poderia estar mais deslocado. Mesmo conhecendo todos os participantes não existia alguém realmente intimo do capitão do time de futebol. Desgrudada por poucos instantes do aniversariante, Gina se aproxima tentando amenizar a apatia do convidado. Potter esclarece que a festa estava excelente, o problema era que seus amigos estavam ocupados demais para perceber que estava totalmente perdido. A namorada do homenageado não resiste as gargalhadas pelo drama excessivo e inicia uma conversação a partir do resultado positivo no último jogo e na ansiedade para a próxima sexta-feira, a primeira partida da temporada fora de casa. A intimidade com Harry nunca fez bem para Gina, mas, o relacionamento com Sam servia como blindagem para evitar uma recaída.


 


Não havia ciúme visível entre o casal. E isso deixava a ruiva satisfeita. Sam se ocupava em recepcionar Luna e Collin e sorria eventualmente para a menina que continuava a dialogar com o companheiro inseparável de seu irmão. Simplesmente, a mais nova da família Weasley atravessava um momento excepcional em sua jornada e não queria que nada estragasse tal calmaria. Pena que calmaria não tem nada haver com paixão e muito menos em substituir um primeiro amor tão aterrador como o que a menina sentia pelo atleta. Gina sabia que poderia facilmente se apaixonar pelo namorado, o que não significava que isso se tornaria realidade.


 


O coração continua refém, porém, os olhos procuravam um novo alvo naquele sábado. Por mais que Hermione não saísse da visão ocular de Ronald, a mira estava voltada para outra garota. Se ela tinha o direito de prosseguir, ele garantiria a seqüência de sua vida muito em breve. Os olhares se cruzavam esporadicamente e doía na morena ser apanhada entre um beijo ou um afago no brasileiro. Estar com João Pedro era agradável, simples e objetivo. Tal como o lema de sua sonhada carreira, o jornalismo. Contudo, não poderia ser mais contraditório de que isso não era o bastante. O filho de Sirius Black se ausenta para auxiliar Dean com o churrasco e a menina aproveita para sondar em que estado se encontrava a amizade com o ruivo.


 


_ Eu estava imaginando se deveria te cumprimentar ou simplesmente iniciar a conversa. – diz Hermione.


_ Parece que você não chegou a uma conclusão, porque não fez uma coisa e nem outra. – Rony rebate serenamente.


_ Porque nenhuma das opções serviria para esta situação. Honestamente, eu não sei o que exatamente nós somos agora e tenho medo de descobrir a sua definição.


_ Não que eu lhe deva satisfação, mas, não sou seu inimigo.


_ E não se parece muito com o meu melhor amigo. – confessa.


_ Eu também sinto a sua falta, Hermione.


_ Não seria mais fácil apenas superar e tentar resgatar a nossa amizade?


_ Você não entende mesmo, né? Eu não posso. É impossível deletar os últimos acontecimentos, as nossas últimas conversas... Não dá.


_ Por que você complica tanto? – a morena demonstração frustração.


_ E por que você faz tanta força para me manter longe? – esbraveja o rapaz.


_ Te manter longe? Você mudou, você se afastou há semanas, Ron! 


_ E você achou mais simples correu para outro ao invés de me procurar?


_ Eu não corri atrás de ninguém, eu nem sequer estou com o João Pedro! – esclarece Hermione _ Nós estamos ficando sem compromisso.


_ Sério? Eu sempre achei que isso não servisse para você. – surpreende-se o jovem.


_ O que você quer dizer? Que o João Pedro não serve para mim? – Hermione se irrita profundamente.


_ Eu disse isso, não esse. Eu não me referi ao João Pedro ou a qualquer outro. Achei que ficar por ficar não servisse para você... Não, pensando bem... Talvez, eu tenha errado. – ela lhe encara esperando por respostas _ Sempre achei que eu fosse pouco para você, Hermione. Mas, acho que eu te superestimei, não é?


_ Honestamente, eu não sei se respondo ou apenas te xingo por isso... – indigna-se.


_ Eu nunca aceitaria isso... Eu não me contentaria em ter você nos meus braços às vezes. A incerteza não combina com você, Hermione.


 


Jamais em seus 17 anos de vida o fim de um dialogo soou tão desastroso. Nunca alguém lhe deu as costas e tamanhas feridas em um espaço de tempo tão curto. Ele tinha razão. A indefinição a respeito de seu envolvimento com o brasileiro proporcionou a queda de drama necessária para sua rotina e não resolveu em absoluto a pendência em averiguar os sentimentos pelo melhor amigo. Agora, que atitude tomar ciente de que o relacionamento atual somente tumultuaria sua jornada e não possuía nenhuma perspectiva futura?! Terminar aparecia como a saída mais lógica.


 


João Pedro percebeu e não quis se demorar em observações errôneas do dialogo entre Hermione e o goleiro de seu time de futebol. Independentemente de o rapaz estar dando em cima da jovem isso não lhe dizia respeito. Eles não estavam juntos oficialmente. Nenhum dos dois deveria ser cobrado diante de seus atos. Mesmo com a face da menina fechada e direcionada para a si, o brasileiro não deixou de sorrir. O sábado estava ensolarado e perfeito para ser aproveitado na beira de uma exuberante piscina. O que mais ele poderia desejar?


 


Bem, poderia solicitar uma ajuda divina para conter a decisão irremediável tomada pela jovem jornalista em romper as frágeis amarras entre os dois, poderia ainda pedir para dexar de ser constantemente vigiado pelo ruivo e por Luna sempre que Hermione se posicionava perigosamente próxima de seu rosto.


 


_ Esses dias foram sensacionais, Jota. E eu acho que os seus motivos validos para evitar um relacionamento mais sério. Só que desta forma não está funcionando para mim.


_ A conversa com o Rony mexeu mesmo com a sua cabeça. – debocha o brasileiro.


_ Eu não quero criar um mal-estar entre vocês, está bem? A decisão é minha e o papo serviu apenas para que eu pudesse rever certas atitudes.


_ Tipo ficar comigo? – provoca.


_ Que seja eterno enquanto dure, não é isso que vocês falam no Brasil? – ela sorri, ele corresponde.


 


O termino do relacionamento ocorre em um abraço amistoso. Ninguém saiu ileso ou a beira da morte. A relação atribulada funcionou para ambos em funções bastante distintas e em níveis exorbitantes. Tão logo Hermione se desvencilhou dos seus braços, JP já estava a léguas imaginando a quem poderia socorrer. No Rio de Janeiro, ele era considerado o típico boêmio e não seria em terras distantes que mudaria seu comportamento. Não estava apaixonado, mas se incomodava pela aparente intimidade entre Luna e Collin. Evitando um confronto frontal, Jota puxa o celular do bolso e dispara as palavras para saciar a curiosidade. “Você nunca me contou que era tão próxima do Collin”. Ele percebe quando o celular da menina recebe sua mensagem e a face desconcertada dela ao ler, sendo imitado por ele em seguida. “Você também nunca me contou que era ciumento”. Ela devolve o olhar mortífero e sorri debochada. O ciclo se fecha monossilabicamente. “Sou mesmo”. A garota então se dá ao trabalho de procurar por Hermione e entende o enredo ao avista-la zanzando perto de Ronald. Emendando uma desculpa qualquer ao amigo, ela se achega ao atleta.


 


_ Devo ficar feliz por ser a sua segunda opinião? – fala prontamente.


_ UAU! Eu poderia ter passado sem essa... – diz o rapaz.


_ Me conta, quantos minutos entre o fora da Hermione e a mensagem? – ironiza.


_ Então, me conta quantos minutos para você me dispensar e correr para o Collin? – JP esbraveja.


_ Idiota! E eu achando que você valia a pena...


_ É só dizer não que eu não faço nada. – define o brasileiro.


 


A negativa não surgiu e o brasileiro acabou com a distância beijando novamente a garota. Brooke chama a atenção da amiga para a inacreditável cena. Hermione se limita a rir e o xingar o rapaz de cafajeste.


 


O churrasco é servido e o tom da festa se torna mais controlado. Pelo menos, durante a refeição. Com o retorno da paquera entre Luna e João Pedro confirmado pelos inúmeros beijos trocados, Dawn não esconde a frustração. O brasileiro não ocuparia o posto de melhor amigo ou confidente já reservado pela convivência ao irmão de criação e não seria mais um simples amigo. O ciúme em situações semelhantes era a prova de estava, infelizmente, desenvolvendo sentimentos mais fortes do que a amizade pelo vizinho, ainda que não concordasse com o estilo de relacionamento escolhido pelo adolescente. A descoberta se estendeu para a irmã, que agora estava ao seu lado implorando para a que a caçula não perdesse a festa amargando as aventuras amorosas do rapaz. Buffy lhe alerta sobre a incessante vigília de Ron e para o argumento de não precisaria engatar um namoro toda vez que sentisse vontade de beijar alguém.


 


Draco volta para a improvisada mesa de som e contagia novamente os convidados com seqüências de músicas dançantes. Gina puxa a colega de sala para o espaço ambientado como uma pequena pista de dança. Na oportunidade, Ron continua dialogando com conhecidos sem se aventurar em alguns passos. O ruivo havia percebido que influenciara indiretamente Hermione para finalizar seu pseudo-relacionamento com o meio-campista do time de futebol. Depois de uma rápida troca de palavras, o estrangeiro estava visivelmente confuso e a primeira ação foi justamente procurar por uma substituta, Luna. Ronald revira os olhos pela troca imediata. Por este tipo de envolvimento que ele havia sido rejeitado? Ele não queria dar o troco para Hermione, contudo, estava cansado de esperar em vão. Neste meio tempo pode conhecer melhor a irmã de seu atual patrão e ter a nítida sensação de não ser desencorajado nas poucas vezes em que ousou flertar com a garota. Também estava claro de que ela correspondia aos seus olhares.


 


O comparecimento ao aniversario de Sam Winchester não foi nada bom para o capitão da equipe de futebol. Isolado dos demais convidados depois que Gina voltou a companhia do namorado, Harry tratou de aproveitar o tempo bebendo. Avesso ao consumo de álcool não foi de estranhar que ele acabaria passando mal depois do excesso. Para complementar a maré de azar, o rapaz foi encontrado justamente por seu maior desafeto. Draco estava repondo o estoque de whisky e achou o colega de classe dentro de sua casa. Gargalhando, o dono da residência tratou de reportar o fato aos verdadeiros amigos do adolescente embriagado. Hermione e Gina prontamente atenderam a solicitação, enquanto Ron estava ocupado demais em uma animada conversa com Dawn. Depois de trocar a vodka pela água, Harry recuperou parcialmente o bom senso e pediu para ser levado para casa. O cenário conspirava a favor de Harry. Hermione se despede dos amigos e se encarregada de deixar o rapaz em casa não tão são, mas a salvo.


 


No fim da tarde, o cansaço e uma garoa dispersam boa parte dos convidados, contudo, o que serve para desestimular alguns provoca o efeito contrario na minoria. Draco aumenta consideravelmente o volume das músicas e dispara para a piscina levando Brooke consigo. Os remanescentes acatam a idéia e a festa na beira da piscina se transporta para dentro da água apesar do frio já rondar Torquay. Com a partida dos melhores amigos, Ron se sente muito mais a vontade para tentar algo com Dawn e com a queda geral na piscina o ambiente facilita sua ação.


 


_ Por que diabos você me incluiu nesta idéia estúpida de pular na água? – grita Brooke já fora da piscina _ Eu estou congelando, Malfoy!


_ Sabia que calor humano é a melhor coisa para acabar com o frio? – rebate Draco saindo da piscina.


_ Não se atreva a me jogar de novo nessa piscina. – diz ameaçadoramente.


_ Eu estava pensando só em te beijar, mas, acho que na água é mais divertido.


 


A seqüência de acontecimentos é rápida demais para ser processada pela garota. Quando Brooke realmente se dá conta está novamente na água e aos beijos com o anfitrião. A memória alcoolizada de sua primeira vez não fazia jus a qualidade do beijo do amigo mais canalha de Torquay. A chuva engrossa e não há mais razão plausível para ninguém abandonar a belíssima piscina da propriedade dos Malfoy. Dean e Buffy se ocupam em recolher os utensílios que poderiam ser avariados pela chuvarada ou pelo juízo alterado dos adolescentes. A festa se encaminha noite adentro e a conversa de Ron toma os rumos desejados. Dawn nota que o dialogo ocorre de maneira natural e agradável com o irmão de Gina e que não existiam motivos que justificassem um não. Ela conhecia Ronald e sabia exatamente onde estava pisando. Não havia necessidade de levar sempre tudo tão a sério. Dawn sabia a sutil diferença em ficar uma vez com alguém e se deixar enredar em um relacionamento indefinido e sem nenhuma perspectiva de êxito. Pena que determinadas pessoas não tinham capacidade para trafegar e se estabelecer no meio destes extremos.


 


Na domingo, Narcisa e Lucio encontram a residência inteira e em condições humanamente habitáveis. Já o estado em que encontraram o filho não vem necessariamente ao caso. O trato estabelecido com o único herdeiro se referia exclusivamente a preservação da casa. Com o bom estar do filho assegurado, o último voto de confiança foi de maneira estranha e controversa bem sucedido. Afinal, em uma festa organizada por Draco Malfoy alguma coisa precisava estar destruída no final, mesmo que fosse ele próprio.


 


“A culpa é da vodka, que te deixou relaxado


A culpa é da batida, que te botou na pista


A culpa é do álcool


Culpe a vodka, culpe o whisky


Culpe a cachaça que te deixou alegre


A culpa é do álcool


 


(Blame It On The Alcohol – Jamie Foxx)


 


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Novo capitulo postado e eu espero que todos apreciem o desenvolvimento da história e dos personagens. Bem, espero como sempre por comentários para me auxiliar no desenrolar dos acontecimentos. Dicas, opiniões ou criticas são bem-vindas! Não deixe de colocar a sua sugestão, ok? É o que incentiva o autor a escreve e continuar a história. Obrigada pela leitura! Agora, quem curtir Glee eu convido para ler a minha Fanfic - Voce vai lembrar de mim com um brasileiro incluido na primeira temporada de Glee. Confiram: http://migre.me/4paAp



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