Desafiando a Lógica



Título: Sine qua non

Desafiada da vez: Yasmin (Mione-Potter-love)

Desafiante: Luma (Black)

Shipper: Harry e Hermione – (com outros shippers, sendo estes secundários)

Classificação: PG-13 (?)

Gênero: Romance / Humor (pitadas)

Spoilers: Do livro 1 ao 6; Uti Possidetis

Status: Em andamento

Idioma: Português

Observações: Longfic.

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III Proposta

Sine qua non

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Capítulo 2 – Desafiando a lógica da mamãe


Gosto especificamente de um par de diários em especial, alguns trechos eu deixo aqui e logo volto ao que está acontecendo com minha família.

-- Dezesseis anos atrás --

10 de Junho.

21:30 da noite, Residência Potter.

“E como vai minha princesa?”

“Está bem, sente muito sua falta”

“Tenho de ir, meu bem” Surgiu em letras um tanto disformes, por conta da pressa.

“Cuide-se”

“Eu o farei. Por favor, tenha cuidado. Te amo, nena (1)”

“E eu a você”

Hermione suspirou fechando o diário, Harry estava em missão no meio do nada e não eram muitos os momentos em que podiam conversar, ou melhor, trocar palavras.

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13 de Junho.

01:13 da manhã, residência Potter.

“Oh, ok... eu admito, senhor Potter, estou morrendo de saudades, satisfeito?”

“Posso até dormir tranqüilo agora, querida...”

“Tenha uma boa noite. E por Merlim, se cuide”

“Adoro quando você banca a superprotetora, senhora Potter

Hermione sorriu observando as palavras que surgiram em sua página. “É até despudorada a forma que eu te amo, Harry; e você sabe. Mas eu juro que te mantenho numa masmorra caso apareça em casa com um fio de cabelo a menos”

“Uh... É uma promessa? Posso ser um prisioneiro bem comportado”

“Por Deus, cala-se Potter!”

“Posso até ver suas bochechas róseas... está mordendo o lábio inferior; tentando esconder este sorriso meio reservado, meio maroto. Não fique surpresa carinho, você é meu livro aberto”

Hermione suspirou, sentindo-se uma tola por ter os olhos marejando. “Não estou surpresa. Só... é que, às vezes, esqueço porque eu te amo tanto... apenas pra lembrar quando olho pra você, ouço sua voz ou vejo suas palavras. Sinto desesperadamente sua falta, Harry...”

“Prometo voltar o mais rápido possível”

“Eu sei...”

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---(SQN)---

Bem, e aqui estou eu novamente. Incerta quanto o futuro dos meus pais. Atrelada a duas promessas (eu já disse que bruxas? – pode sentir meu amargor daí?) que fiz em momentos infelizes.

Ainda não me conformo por ter sido tão... – expiro com força; acredite em mim, a palavra que virá me ofende profundamente. - Estúpida.

Completamente ansiosa por saber o problema de meus pais. Eu tive a melhor das intenções, mas, ainda assim, não posso parar de me sentir culpada por toda essa fabulosa merda.

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Em nome de Circe, como eu desejo um vira-tempo.

Então eu gritaria “Não, eu não farei promessa alguma” e contaria tudo para o papai. E ele resolveria. Ele sempre o faz.

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Mas eu não tenho um vira-tempo... E as coisas aconteceram mais ou menos assim, naquele fatídico dia (sou só eu quem percebeu, ou estou um tanto ou quanto exagerada por esses dias? Me sinto como tia Lilá quando percebeu que uma unha havia quebrado – sendo franca, há coisa mais fútil?, ela que não me ouça). Àquele dia, apôs minha “descoberta” quanto à suposta traição do senhor Harry J. Potter:

Eu fitava papai com repreensão, como ele pôde? Os homens não prestam!

Mamãe fingia que estava tudo bem, mas meu pai a conhece muito mais do que ela mesma o faz. Estavam cansados de dizer, freqüentemente, isto um ao outro. “Sou mais eu, porque sou você” (2). E pelos freqüentes olhares que ele lançava para a senhora Potter, ele já sabia que não estava nada bem.

Anthony e Marcus discutiam com todos à mesa (mesmo que ninguém estive realmente lhes dando atenção no momento) sobre quadribol de maneira mais entusiasmada possível. Eles têm 15 anos, mas, quando juntos, parecem ser um grupo de crianças de sete numa festa. Barulhentos. Também são, respectivamente, batedor e artilheiro do time de quadribol da escola (preciso mesmo dizer que Grifinórios?).

Meus irmãos são quase que completamente distintos. Características similares: são doces, “gentis” e marotos. São uns pentelhos. E nunca estudam. Nunca. Apesar de estabelecerem notas ótimas. Tony diz que nunca colou, mas eu nunca vou acreditar nele.

Tony é mais aberto e espontâneo, enquanto Marcus faz mais o jeitinho de papai; é mais na dele, só se mostra realmente quando conhece bem a pessoa. Marcus faz o estilo responsável e conseguiu se tornar monitor este ano (Tony diz que ele é um traidor). Tony conseguiu bater o recorde de detenções da escola (Marcus disse que vai pendurá-lo numa daquelas barras de ferros da sala do zelador, assim que chegarem em Hogwarts), marco de James Potter, ele se sente orgulhoso por ter ultrapassado o avô (nem vou comentar). Marcus é talentoso com a gaita, Tony pode acertar qualquer objeto num raio de três metros com seu cuspe (alguma coisa sobre “cuspe mágico”, literalmente). Marcus tem uma namorada, Tony, o restante das meninas...

E havia Catherine, rindo de (mais) um comentário divertido de Tony. Cathy tinha doze anos, a mais nova apanhadora do time de quadribol da Grifinória. Minha irmãzinha era boa. Na verdade, ela é genial.

E impulsiva, orgulhosa e os problemas procuravam por ela... “Uma cópia feminina do pai”, mamãe costuma dizer. Apesar de nem de longe ser tímida, acho que puxou da mamãe esse tom exasperante que fala quando costuma saber que tem razão, olhando pra você como se fosse alguma espécie de criatura esquisita.

Parecia mais um final de tarde normal na mansão Potter.

Seis Potter, cinco pares de olhos verdes, dois destes sob lentes (papai e Tony). Um par cor de chocolate. Papai adora chocolate... Bem, ao menos é o que ele diz.

E o jantar ocorreu surpreendentemente bem. Eu, apesar de estar demasiadamente ofendida por papai ter feito-- Não consigo sequer pronunciar.

Fingi que estava tudo bem e meti um sorriso plástico em minha boca. Por certo, quando sair da mesa, minha boca estará impossibilitada de se mover por algumas horas...

De toda forma, parece que meu sorriso “a-vida-não-é-tão-maravilhosa?” Não chegou a convencer meu pai – por que, por uma maldita vez, ele não poderia deixar de ser tão observador? Pelo jeito, ele só é meio cego quando se trata de mamãe (às vezes não consegue entender o comportamento dela, como hoje – não que ela estava fazendo coisas fora do comum... Não, de forma nenhuma – sinta a ironia - simplesmente age como se meu pai não existisse). - Pois, depois do jantar, ele se dirigiu a mim.

-O que houve, querida?

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Abre parênteses.

Querida, lembro ter pensando, quem mais chama de querida? Oh-meu-Merlim, será que eu tenho outros irmãos?

Fecha parênteses.

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Fiz minha melhor cara de “não sei do que está falando” quando lhe respondi – Claro, pai. Por que não estaria?

Ele me fitou com uma sobrancelha erguida. – Me diga você, carinho.

Deixei o ar se esvair por minha boca, e fitei o chão.

Ah, por Merlim! Já esteve sob o olhar penetrante dele? Nem para salvar minha vida eu conseguiria encará-lo por tanto tempo, quando questionada.

O máximo que consegui (ainda que eu dissesse a verdade) foram exatos trinta e três segundos – recorde entre nós (meus irmãos e eu) -, e agora estava eu, escondendo um segredo que tinha vontade de escarrar no instante que o vi.

-Pai...

-Sim, meu bem?

Então eu o encarei seriamente e por alguma razão, naquele momento, eu pude fitá-lo por mais tempo do que jamais fiz quando me sentia culpada ou com raiva. Acho que finalmente entendi o “mecanismo”: você precisa ter uma razão para fitar da forma penetrante que papai faz e conseguir sustentar o ar inquisitivo. E eu tinha uma muito boa.

-O que esconde de nós? - ele me fitou desconcertado, como se não houvesse entendido a perguntar. Eu prosseguia o fitando, procurando ao menos um pestanejar. – Está agindo estranho e não é de hoje.

Então, para meu espanto, ele sorriu. – Hei, Chloe, parece que finalmente pegou o jeito, hã – ele perpassou o indicador no meu queixo. Então eu deveria o estar encarando em confusão porque papai acrescentou – Minha super-heroína.

Só não pude deixar de sorrir.

--

Abre parênteses.

Quando eu era bem menor, eu dizia que seria uma “super-heroína” como papai e que acabaria com todos os bandidos com o “olhar especial”. Ele me perguntou o que seria esse “olhar especial” e na minha inocência eu lhe respondi que era “aquele que espantava todo mal”, aquele que, eu sabia, sempre me protegia.

Papai fitou mamãe inteiramente sem ação, lembro de vê-la sorrir com doçura para mim enquanto apertava levemente uma das mãos de papai na sua.

“Vamos, amor, mostre pra mamãe como é o olhar” ela disse.

E eu franzi o cenho olhando muito “duramente” para eles. Numa imitação infantil de quando papai está mais alerta, como se pressentisse alguma coisa. Mamãe riu e bateu palmas dizendo que estava perfeito, papai finalmente saiu do torpor e me ergueu em seu braço, abraçando-me.

“Como é, nena?” ele fez a expressão séria, mas ele não franziu o cenho, ele não precisava para parecer ameaçador. Antes que eu pudesse me assustar, papai me fez cócegas.

Desde aquele dia, ele brincava comigo. “Ensinando-me” a “expressão Potter”.

Fecha parênteses.

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Ele me abraçou e eu sumi em seu abraço, prendendo-me a ele, sem querer acreditar que, por mais que eu estivesse irritada com ele, seu abraço ainda me consolava. – O que está a preocupando, Chloe?

-Não faria nenhum mal à mamãe, não é? - ele se afastou, olhando-me entre intrigado e contrariado. E quando nossos olhares se encontravam eu soube a resposta. Ele cortaria um braço primeiro. – Eu só – murmurei envergonhada. Ciente só agora, de que, apesar de toda lógica de mamãe, eu só precisava de um olhar de meu pai para saber a verdade. E esta era: de forma alguma ele a estava traindo.

Obviamente ajudou muito também eu querer acreditar nele.

-Ainda não me respondeu – murmurei, cortando a frase anterior.

Ele sorriu. – Responderei, mas primeiro terá de me prometer que, por hora, ficará apenas entre nós dois.

Novamente àquele dia, eu assenti sem ao menos pestanejar.

E papai me contou seu plano, o porquê estava agindo “estranhamente” e como eu poderia ajudá-lo, se assim quisesse.

Como fui...

Eu fui estúpida, a aluna mais brilhante de Hogwarts e sequer pude pensar racionalmente quando se trata de problemas familiares. Esses, você sabe, que nem sequer existem.

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(continua)

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Na. 1: (1) – nena ou nene é “nenê”, “bebê” ou “criancinha” em espanhol. E eu acho tão fofo... que já viu, né?

(2) Trecho de música do “Cidade Negra”.

Na. 2: Ah, quando há "(SQN)" é a reparação do passado - por assim dizer - com o "presente".

Na.3:
Lady Ly Malfoy, ^^ Obrigada! Espero que curte a att.
Beijão!

alarico touceira, eu espero que curta a fic. E que depois torne aqui para comentar^^.

Gabrielli Oliveira, Ah, espero que curta essa continuação. Eu não pretendia fazer, até ser desafiada ^^. UP é um de meus Xodôs, então eu me empolguei quando o desafio me foi passado. Beijo!

ღDianyPaulaღWildFamilyღ, Se ela vai virar o hoje... pode ser pode não ser. heuheuheuehuehue Brincadeira. A Chloe é inteligente, mas, por conta dessas promeças que fez ainda está na fase "desespero completo e total" rsrsr. Mas veremos, veremos. xD

Josy, Era mais ou menos a idade de HH em UP. rsrsrs. Eu não resisti quando a idéia me veio. E o que será não é? O que será que o Senhor Potter está aprontando? Muhauhauhauhau - risada maquiavélica. heuheuehuhe xD
Sobre por que a Herms pensa que ela a está traindo, é dificil explicar, nem eu entendo muito bem a lógica desta minha Hermione. Acredito que o ciúme a cegou por um momento. Vejamos no que dá? xD
Espero que se divirta.

E obrigada, novamente, por todos os comentários! Assim como deixo meu "obrigada" para as pessoas que votaram. *--*

Beijo e divertam-se, assim como comentem *--¬*!

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