Décimo-Segundo.



NA: vai ter música aqui tambéém! ;)

12.



No dia da estréia eu estava tão ansiosa e maluca que eu simplesmente nem vi onde Sirius se enfiou. Eu só sabia que ele não estava em casa. Ou melhor, em nenhuma parte que eu estava. Havia sumido. Mas eu não podia pensar muito nisso. Eu nem pensava, se você quer realmente saber.

Eu estava preocupada com que roupa escolher, que música cantar, como cantar sem esquecer de tocar, como não ficar nervosa e esquecer alguma coisa em casa, ou quem sabe o violão, ou pior, metade da musica. Yeah, eu estava uma caixa de nervos pronta para estourar. Ou seria uma bomba? Quer saber? Tanto faz.

Eu passei a manha inteira correndo atrás de vovó e Loli pedindo ajuda para as músicas. Elas, agora à tarde, estavam também sumidas. Acho que hm, escolhendo suas próprias roupas e etc.

Pra você ver! Abandonaram-me! E ai meu pai! O que diabos eu vou fazer?

Ok, pense Elena! Tem que ser uma música boa. Uma das melhores. Uma que lembre o Sirius. Pensa, pensa, pensa!

Ou melhor, vá escolher a roupa, deixe a música pra depois. Se não, eu vou acabar não escolhendo nada até a hora do show.

Corri para o meu armário – digo, o de Sirius – e escancarei as portas. Eu até que estava gostando do sumiço dele, porque bom, assim eu não precisa me manter quietinha sem dar chilique, fazendo as coisas em segredo. Não, não. Assim eu meio que hm, podia soltar a franga, berrar, correr, bater portas. Yep. Completamente pirada.

Escolhi – depois de colocar metade do roupeiro para fora, ou seria todas as minhas roupas (?) e deixar apenas as de Sirius. – uma calça preta, de tecido fino e macio, bem larga, - gesso lembra? – e uma blusa de manga compridas rosa. Yep, sem grandes combinações hoje. Um tênis, - para um pé – preto.

Eu o joguei escada a baixo berrando para que vovó dessa uma limpadinha. Hahaha. Ah nem vem! Perna quebrada, lembra? Os pontos na cabeça? Oh, tiro semana que vem. Graças a Deus! O gesso? Não pergunte. São três semanas no mínimo. Que horror!

Ok, agora um banho. São seis e meia, e eu não tomei banho nem escolhi a droga da música. Ensaquei a perna e entrei no box. Tomei um banho rápido – na medida do possível, claro – lavei os cabelos e sai.

Sequei-me, vesti o sutiã, calcinha, as calças e fui para a frente do espelho para secar e pentear os cabelos. Feito isso, escovei os dentes, e coloquei a blusa. Depois, calcei o meu único tênis, que vovó havia limpado durante meu banho, e prendi os cabelos em um meio rabo de cavalo, arrumando a franja bem redondinha.

Coloquei perfume, e já estava de saídas quando vi um bilhete em cima da cômoda. Reconheci logo de cara a letra de Sirius. o bilhete devia estar ali a um tempão! E a idiota aqui nem havia se dado conta. Ow, ta louco.

Elena,
Desculpe ter de sair às presas, mas era, realmente, importante. Vemos-nos a noite no bar, certo? As oito. Vá com sua vó, Regulus e Loli. NADA de ir sozinha. Ah, talvez eu me atrase. Então, juízo, ok?

Com amor,
Sirius.

p.s: CUIDA ESSA PERNA!



Sorri ao ler o bilhete. Sem duvidas mesmo longe ele ainda sabe o quão desajeitada eu posso ser. Deus, esse é o meu cara. Sem dúvidas.

Larguei o bilhete na gaveta, e sentei-me na cama, com o violão no colo. Meu cara! Ta aí, já sei a música! E tudo por causa dele. Uau. Isso sim é amor.

Ah, Sirius acha que vamos ao bar só para jogar conversa fora mesmo. Regulus o chamou hoje pela manhã, pelo que Loli me contou. Tudo esta em segredo. Ele só vai saber na hora mesmo.

Fiquei dedilhando e treinando a voz até vovó aparecer a porta e dizer que esta na hora. Íamos a pé, então, devido ao meu pequeno probleminha, temos de sair um pouco antes das oito. Para dar tempo de chegar.

Vovó me ajudou a guardar o violão na capa, e chamou Regulus para carregá-lo.

Desci as escadas com vovó tagarelando que o show ia ser um sucesso ao lado. Eu já estava uma pilha de nervos antes, imagine agora!

Saímos de casa assim que eu desci. Loli fechou e trancou a porta. Ela e Regulus iam atrás de mim e vovó, para caso de eu tentar fugir. Yep, que confiança eles tem em mim, não?

O problema nem era esse. A minha mente não estava mais no show. Estava agora, em Sirius. O que ele ia achar? Eu morria de vergonha sempre de ele me ver tocando! E hoje! Eu ia cantar e tocar pra ele! E se ele não gostasse? E se eu fosse péssima? A música estaria realmente à altura dele? E se tudo fosse horrível? O que eu faria?

Como se lesse minhas expressões, - como eu há tempos sabia que ela fazia – vovó murmurou baixinho:

- Ele vai gostar. Ele é simplesmente louco por você, Elle. - será? Mesmo que for! Quem disse que ele vai gostar de qualquer coisa?

Meu são Jorge! Onde eu estava com a cabeça quando aceitei essa idéia maluca da Loli? E agora eu não posso nem fugir! Se bem que, hm, não seria muito agradável sair correndo pelas ruas, à noite, com uma perna quebrada. Não mesmo...

Mas parecia tão certo no momento.

- Relaxa Elena! – ouvi a voz de Regulus atrás de mim e o risinho de Loli dizendo que tudo acabaria muito bem.

E no momento que entramos no bendito bar, eu relaxei. Yeah, simples assim. Estava quentinho e agradável lá dentro. E também, eu tinha boas recordações dali. O beijo com Sirius, a mesa cheia de amigos, o dia do teste... Yep, podia mesmo dar tudo certo.

O bar estava cheio, mas eu nem pude ficar muito tempo vendo quem estava ali, pois vovó, Loli e Regulus me empurram direto para a tal salinha, onde eu ia ficar uns cinco minutos até a hora do show.

Fiquei sentada, dedilhando o nada, pois Regulus havia levado meu violão já para o palco.

Em silêncio, fiquei ouvindo as vozes que vinham da platéia, pensando apenas em cantar. E na sensação que eu sentia cada vez que entrava no palco.

Quando eu já estava certa que ia acabar dormindo sentada, me chamaram para entrar. Já passara das oito, algo havia acontecido que demorou um pouquinho.

Vovó me abraçou, acompanhada de Loli e Regulus. Eles me desejaram boa sorte, e eu me dirigi a escadinha que levava ao palco, respirando firme.

- Vai dar tudo certo... – balbuciei para mim mesma. Tinha de dar.

Cruzando os dedos, subi no banco, com ajuda de um rapaz que ia fazer segunda voz, caso fosse preciso. Falei um obrigado baixinho para ele que apenas sorriu assentindo. Ele me alcançou meu violão, e eu coloquei a perna boa para cima do banquinho, deixando a outra pra baixo.

Foi ai que eu olhei realmente quem estava ali. Karen estava ao lado de Brad e Daivid, juntamente de minha chefe, Jade. Yeah! Ela estava ali também! Os quarto acenaram para mim, Daivid piscou e Brad falou uma boa sorte sem soltar som. Só com os lábios sabe.

Meu olhar foi para o lado, onde estavam vovó e... Meus pais. Yep. Meus dois coroas, ali sentados. Acho que agora seria a hora de me apavorar... Mas o olhar que eu encontrei em seguida fez com que eu não quisesse ir a lugar nenhum.

Sirius estava, ao lado de Regulus e Loli, me olhando. Aqueles olhos brilhando na escuridão do ambiente. Ele estava usando uma camisa social preta, e jeans. Os cabelos negros caiam lindamente sobre a testa. O sorriso torto e maroto nos lábios que eu tanto amava. As bochechas meio rosadas do frio, e a barba por fazer.

Eu tinha dito para ele, que hahaha, ele tinha ficado muito sexy com barba por fazer. E não é que agora ele vivia deixando assim? Hahahaha. Eu mereço!

Pisquei para minhas irmãs e mandei beijinho. Elas riram e acenaram de volta. Atrás dos meus convidados, estava um monte de gente. E eu nem pude parar para olhar muito, pois, por instinto assim que pediram silencio, eu comecei a tocar. Uma melodia ligeirinha só para aquecer e mandar um:

- Boa noite! – eu olhava fixamente para aqueles olhos azuis. Era para ele o show, e eu queria que todo mundo soubesse. – É, hm, a primeira vez que eu toco em um bar, primeira vez que eu toco em publico, para ser sincera entao... hm, me perdoem caso aconteça algo errado sim?

As pessoas riram e assentiram. Pelo menos foi o que pareceu. Eu estava, no momento, navegando nos olhos azuis do meu namorado. Meuzinho.

- A primeira música, é dedicada ao meu namorado... – pisquei para Sirius. – Espero que goste, amorzinho.

Mais risadas, e um revirar de olhos de Sirius que odiava “inhos”. Hahahaha.

- Um, dois, três... – batuquei no violão, e comecei a melodia.

Uma melodia calma e bonita que todos, pareçam apreciar. Principalmente ele, que pelo visto, estava segurando a respiração assim como eu. Como eu sabia? Oras, eu conheço bem esse cara, sabe.

Sirius nem piscava, muito menos eu. Não quebrar aquele momento. Mas claro que teve uma hora que piscamos, afinal, eu tinha de hm, piscar e claro, respirar. E eu me permiti isso assim que comecei a cantar meio tímida:

- Diz pra eu ficar muda, faz cara de mistério. Tira essa bermuda que eu quero você sério. Tramas do sucesso, mundo particular. Solos de guitarra não vão me conquistar... - eu cantava olhando para ele, mas agora na parte do refrão, eu me permito fechar os olhos:

- Uh, eu quero você, como eu quero... Uuh, eu quero você, como eu quero. – qualquer barulhinho que tinha no lugar foi apagado. As pessoas estavam todas prestando atenção em mim e na música. Olhando para baixo eu via alguns pezinhos batendo no ritmo.

Em uma olhada rápida pelo salão, vi minhas irmãs dançando e dando risinhos, enquanto mamãe as mandava parar. Se comportarem. Sorri ao notar que sentia falta disso...

- O que você precisa é de um retoque total. Vou transformar o seu rascunho em arte total. Agora não tem jeito, ‘cê ta numa cilada. É cada um por si, você por mim, e mais nada. - olhando para Sirius que estava sorrindo mais ainda agora. Apesar de muito sorridente, estava na cara que ele estava prestando atenção em cada partezinha, cada rima, casa verso da música. Como se estivesse decorando. E eu não duvido se estivesse mesmo. Digo, decorando.

- Uuuh, eu quero você, como eu quero... Uuuh, eu quero você, como eu quero. – fechei os olhos no refrão novamente, e quando abri, vi que Daivid estava filmando. Mostrei a língua pra ele rapidamente, vendo vovó revirar os olhos e Brad dar risadinhas. Ops.

- Longe do meu domínio, ‘cê vai de mal a pior. Vem que eu te ensino como ser bem melhor. Longe do meu domínio, ‘cê vai de mal a pior... Vem que eu te ensino como ser bem melhor!– pisquei pra Sirius, e voltei minha atenção para os outros, que sorriam para mim, ou faziam certos com os dedos. Eu estava, agora, completamente feliz.

- Uuh, eu quero você, como eu quero! Uuuh, eu quero você, como eu quero. – foi ai que eu entendi que podia fazer isso pra sempre. Nunca ia cansar. Eu nasci para fazer isso. Tocar e cantar. E só. Eu seria feliz se fizesse isso. E foi ai que eu tomei a decisão que não, não ia fazer medicina. Ia apenas cantar, cuidar do meu novo trabalho.

Shows grandes? Não. Barzinhos. Não quero fama nem muito dinheiro, viver naquele mundo luxuoso não é pra mim. Quero apenas cantar. Em barzinhos mesmo! Desde que eu seja feliz, e possa cantar o que eu quiser, entao esta muito bom, obrigada.

- Cantada assim até parece hm, uma música doce, não? Mas então, vou mostrar do que se trata mesmo... - larguei o violão de lado, pisquei para os caras da banda, desci do banquinho, e saltei – meio desajeitada – do mini palco e cantei olhando para Sirius bem pertinho. Eu podia ver cada fiozinho de barba...

- Diz pra eu ficar muda, faz cara de mistério! Tira essa bermuda que eu quero você sério! Tramas do sucesso, mundo particular! Solos de guitarra não vão me conquistar! Uuuh, eu quero você, como eu quero! Uuuh, eu quero você, como eu quero! – e aí, falei na voz mais sedosa possível: - Uuh, eu quero você... Como eu quero... - Sirius colocou as mãos sobre as minhas bochechas, me segurando como se eu fosse quebrar, uma boneca, e me beijou assim. Devagar e apaixonado. Doce e romântico.

As palmas da platéia me fizeram sair do transe. Girei o rosto para ver meus novos fãs sorrindo que nem uma boba. Sirius sorria também, e assim que me afastei dele, vieram – o pessoal conhecido – me abraçar e dizer o quão bem eu fui.

Notei entre eles, Fred e mais meia dúzia de seus amigos, que vieram me cumprimentar também. Eu e Sirius, claro.

Eles adoram Sirius, vai entender. Hahaha.

Foi então que Lily e James chegaram falando alto, eu e Sirius demos risada ao notar que estavam atrasados. O que hm, nunca acontecia. Pelo menos não quando o assunto era pra ver um show, ou um compromisso.

Lily veio correndo, seguida de James, me abraçar.

- Oh! Eu não acredito que perdemos isso! Nem pensar, pode subir lá e cantar de novo! – dei risada ao ouvir isso. Vai crente, Lily.

Porem, Sirius pareceu gostar muito da idéia, pois abriu um sorriso completamente maroto na minha direção.

- Suba lá Elena, e mostre pro James como se canta. – James revirou os olhos, e me puxou para um abraço.

- Vamos cantora! Mostre-me! Depois eu quero cantar com você, vamos! – olhei para aqueles três. Estava certa que hm, eles queriam.

E não iam desistir tão fácil. E tudo bem. Mais duas músicas, sem problemas. Dei de ombros, e com ajuda de Sirius subi no palco novamente.

- ISSO! MAIS UM! – berrou Daivid rindo, enquanto ligava novamente a filmadora.

Karen estava agora ao lado de mamãe, falando sobre comidas, pelo que eu pude ouvir.

- Vem James! – berrei. James subiu no palco junto, e falou algo sobre a próxima música para os três caras da banda. Eles assentiram, e James veio falar comigo.

- Dias atrás. – ele falou sorrindo.

Assenti, e assim que a melodia começou, as pessoas voltaram a se sentar. Lily estava ao lado de Loli, cochichando rapidamente, enquanto Regulus e Sirius falavam sobre algo que eu não entendi.

Papai estava agora piscando pra mim e desejando boa sorte. Pisquei de volta, e avistei vovó ao lado de Brad dando risadinhas com Daivid.

Fred estava na mesa junto, falando com eles.

Estavam todos ali. De fato. Não podia ser melhor...

James me cutucou para que eu começasse a cantar pela segunda vez. Eu estava hm, meio perdida em pensamentos bons, e sorri pedindo desculpas.

Os meninos da banca começaram, pela terceira vez, a melodia. E dessa vez eu acompanhei:

- Nunca mais espero te encontrar, por tudo que me fez passar! – dessa vez estávamos os dois de pé. Não precisávamos tocar violão, pois os meninos estavam fazendo isso.

Ou seja, agora eu podia encenar e cantar! E eu ia me vingar de James, hahaha.

Apontei para ele e fiz gestos com a mão para que ele saísse, a platéia riu.

- Tantos dias sem entender, esperando por você, que não vai voltar... – balancei a cabeça no ritmo mais animado do refrão.

James ria e balançava a cabeça. Essa era uma das músicas preferidas dele.

- Dias atrás, pensava em você, não é assim, mas... Olho pra trás! Mas penso e sigo em frente, pra nunca mais, viver assim... – ele mesmo cantou o refrão e eu deixei.

Ele também fazia gestos cansados em minha direção. A platéia, devo dizer, estava adorando o showzinho.

- Tanto faz o que vai rolar. – o deixei continuar sozinho.

- O que vai rolar... – fiz segunda voz.

- Mas nunca... Espero voltar lá... – ele apontou para longe. – Sempre tento me esconder, para deixar de te ver – apontou pra mim. – acho que é melhooor!

E mais animado de novo.

- Dias atrás, pensava em você, não é assim. Mas olho pra trás, mas penso e sigo em frente, pra nunca mais viver assim. – e agora vai ser minha vez:

- Nunca mais viver assim... – cantei com bastante espaço entre uma frase e outra. - Eu penso e sigo em frente, dias atrás, ficam pra trás, não voltam mais... Pra nunca mais... Ooooh, ooohhhh....

- Dias atrás, pensava em você... – James de novo, mais rapidinho.

- Pensava em você. – eu devagarzinho.

- Não é assim. Mas olho pra trás... – James.

- Eu olho pra trás! – eu.

- Mas penso e sigo em frente... – James cantava, e eu meio que falava a segunda voz, sabe.

- Penso e sigo em frente. – falei.

- Pra nunca mais, viver assim. – cantou James.

- Viver assim. – finalizei após ele.

- Viver assim... – cantarolou James.

- Viver assim. – anunciei.

- Viver assim...

- Viver assim.

- Pra nunca mais, viver assim. – e a música foi se acalmando no final. O que mais se ouvia era a bateria agora. Batucando de leve.

- Viver assim. – falei novamente.

- Viver assim... – James.

- Viver assim. – eu, pra encerar.

- Viver assim... Pra nunca mais,

- Viver assim! – finalizamos juntos. E pronto, a música havia chegado ao fim.

E a platéia? Bom, o que hm, você esperava?

- Ok, ok. – pediu James ao microfone. – Vamos cantar apenas mais uma, ok?

Mais palmas foram ouvidas. James sorriu maroto pra mim, e falou com os meninos da banda de novo. Ele ia cantar sozinho. Meu são Jorge, me salve!

A melodia começou. Agitada e desengonçada. Meu santo, James não faz isso...

James me puxou pela mão e cantou, acompanhado da multidão:

- Quem não conhece não sabe o que esta perdendo, quem já a viu uma vez se apaixonou! – ele fez eu girar, e me “apresentou” digamos assim, para o publico. Se a música era assim? Não! Ele mudou a bendita letra! – Vem cá menina, vem correndo da tua mão, Jameszito já chego, que emoção!

E me fez girar de novo, cuidando com a minha perna. A platéia estava dando risadas, enquanto eu fazia caretas.

- Eu já te vi, em algum lugar! Sei de onde não, mas quem ta dizendo é meu coração! – berrou Brad da platéia acompanhado de Daivid.

- Pega daqui, pega de lá! – James apontou para a minha a minha bunda. - Nesse palco a gente vê o sol raiar! – Beija daqui – ele me deu um beijo na bochecha direita. – Beija de lá! – um beijo na esquerda. – Contigo do meu lado eu aceito me acabar!

E a platéia deu mais risada ainda. Quando o meu olhar encontrou o de Sirius notei que ele estava de cara amarrada, juntamente com Lily. Que legal, James.

Ok, agora o James ia ter troco. Tirei o microfone da mão dele e mandei:

- Quem não conhece, nem vai querer conhecer. Quem já viu uma vez? Não viu de novo. – eu mais falava do que cantava, mas e dai? Pelo menos estavam rindo. – Eu já te vi! Em algum lugar, sei donde não, mas quem ta dizendo é o meu lado sem noção!

James fez careta e eu continuei com risos ao fundo:

- Pega daqui – apontei para a bunda dele. – Pega de lá – apontei para o anexo dele. – com esse Jameszinho a gente vê o sol raiar! Beija aqui! – apontei para a minha bochecha. – Beija ali! – a outra. – Contigo do meu lado? Eu assim vou me acabar!

E assim se acabou o nosso showzinho. James e eu demos as mãos no final, e agradecemos dando risadas. Papai estava dando risadas, com as gurias.

Karen e vovó estavam balançando a cabeça, sem dúvidas desaprovando a tal música. Mamãe, hm, duvido que tenha prestado muita atenção. Daivid e Brad estavam dando risadas com Fred, mostrando pra quem quisesse ver o vídeo que eles tinham gravado do show.

A Jade – minha chefe? Estava rindo baixinho e assentindo pra mim. Sorri para ela e abanei. Ao lado dela estava o dono do bar, que piscou pra mim e fez certo com a mão. Yep, eu estava contratada. Por fim, procurei por Lily e Sirius. Lily já estava xingando James, que se matava rindo.

Desci do palco, cumprimentando e agradecendo a todos. Com direitos a tapas e beliscões em Daivid e Brad e claro, Fred. Que riram mais ainda. E depois, tratei de procurar por ele.

Sirius? Ele estava em um cantinho agora. E quando seu olhar caiu no meu, ele me chamou com um aceno de cabeça. Sem olhar pra trás, caminhando o mais rápido possível para perto dele.

Quando cheguei, ele me abraçou fortemente, ficamos assim por um tempo.

- Sirius...

- Hm? – olhei para cima. Ele estava totalmente lindo e emburrado. Hahaha.

- Você sabe que eu te amo, não sabe seu bocó? – perguntei apertando as bochechas dele.

Preciso dizer que ele fez uma enorme careta?

- Elena, eu preciso falar com você. – tinha algo no tom de voz dele que ow me fez erguer as sobrancelhas. O que será que houve?

- Sirius! Você sabe que eu e James estávamos brincando e… - eu não pude continuar, pois ele tinha me calado com um dedo.

- Shhh. Eu não vou xingar você, sua boba. – ele sorriu, mostrando os dentes totalmente lindos e branquinhos. – Vamos ali...

E me fez andar em sua frente, me guiando com suas mãos em minha cintura.

Por fim, entramos na tal salinha do ensaio. Ele me sentou em um banco, e ficou me olhando por um longo tempo, como se me analisasse e pensasse no que estava fazendo.

Ok. Engoli um seco. Eu estava mais nervosa do que nunca. Comecei a freneticamente balançar as pernas. Sirius deu risada ao notar, e colocou as mãos sobre os meus joelhos, me fazendo parar. E ficando muito perto de mim. Perto demais, se você quer saber.

Ele encostou a testa na minha. Ficamos assim ouvindo a respiração do outro até ele, por fim soltar:

- Você esta de aniversário amanhã... – arregalei os olhos. Eu tinha esquecido daquilo! Não. Eu não pude falar nada, pois Sirius me calou com o dedo de novo. E bem que eu teria lhe dado uma dentadas no dedo, se eu não estivesse hm, meio curiosa e nervosa com o que ele tinha pra me dizer. – E, eu tinha prometido a sua vó que ia esperar... Mas eu não agüento mais! E como você vai ser maior, de idade claro, você não cresce desde a oitava série!, amanhã...

Ele riu da piadinha e eu fiz careta. Ele mordeu o lábio e por fim continuou:

- Bom, então, eu vou simplesmente falar. Deus sua vó vai me matar... – você já hm percebeu que eu não estava nem respirando, né? Quer dizer, eu estava super a fim de berrar um: anda Sirius! Mas estava nervosa demais. E não queria estragar o momento. O que ele ia pedir? Eu acho que meio que sabia. Mas não queria me iludir com tal idéia. Então hm não me permiti pensar muito. Eu estava com a boca ficando em carne viva de tão ansiosa. Sirius percebeu, pois passou a mão com carinho sobre a minha boca, fazendo com que eu parasse de morder meu lábio. E assim que eu larguei, ele me olhou. Olho no olho. Aquele olhar que parecia me enxergar por dentro. Ler tudo que estava acontecendo em minha mente. – Elena... Você quer casar comigo?

Abri e fechei a boca. Ele tinha pedido. Ele de fato pediu! Fiquei ali que nem uma idiota abrindo e fechando a boca. Incapaz de falar. Era tudo o que eu mais queria. O que estava faltando. E agora, ele tinha, por fim pedido! E não tinha pedido antes por causa de vovó! Que ela pediu depois dos dezoito! Deus!

- Elena... Se hm, você não quiser... – ele desviou o olhar. – Eu vou entender...

Pisquei algumas vezes. Ele estava com medo que eu não quisesse? E eu lá sou louca de não querer?

Sirius já estava levantando, ele tinha meio que se abaixado para ficar da minha altura, quando eu o abracei junto ao peito. Forte. Forte mesmo. Queria colocá-lo dentro de mim. Onde ele ia ficar comigo pra sempre. Ele me abraçou de volta, com a mesma força, se não mais até.

Chorando, - sim! Chorando já! – eu respondi toda dengosa:

- É claro que eu quero! Era tudo que eu mais queria! – Sirius se afastou, para poder me beijar.

Um beijo molhado de lágrimas de alegria. Senti o típico arrepio me percorrer quando aquelas duas mãos me puxaram para mais perto dele. Os choquezinhos que se passavam da pele dele em contato com a minha pareciam mais fortes do que nunca.

Deus, como eu amo esse homem!

Sirius me pegou no colo, por fim, e me rodeou. Rindo de felicidade.

- Faça suas preces garota! Você agora é minha! Toda minha! – ele fez sua imitação de pirata galã do dia e me beijou novamente, enquanto me carregava para fora do tal quartinho.

- Eu sempre fui sua, capitão. – dei risada, entrando na brincadeira, enquanto me ajeitava ao colo dele.¹

Ele ia me levar pra casa. Pra nossa casa.

___

¹: falas tiradas de um livro ma-ra-vi-lho-so que eu li e simplesmente achei lindo demais e quis colocar no finalzinho da fic!
____

NA: o epílogo é de noite :DDD~
desculpem qualquer errinho, quando a beta entrar eu posto eles corrigidos e bonitinhos ;) postei assim só pra não demorar demais! aiushaui \o///
mas e aí *-*
bom?! ruim? terrível?
eu já estou com saudades i_i de escrever :x
e yeah, já tem novos projetos o// para fic's futuras :D
enfim!
espero que tenham gostado e não percam o epílogo de noite!
AAAH E OBRIGADA pelos coments *-* AMEEEEEI³
x
S

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