Sexto.



6.



- Ell? Você está bem? – perguntou Brad, preocupado ao me avistar.

Sorri para ele.

- Sim, só um pouco gripada. – ele mexeu a cabeça. – Você viu a Karen?

- Lá na cantina. – respondeu ele.

Eu já estava indo pra lá, quando ele berrou:

- Vê se te cuida mocinha!

Me virei para ele e pisquei:

- Pode deixar.

Voltei a caminhar em direção a cantina. Karen estava lá, atrás da maquina registradora.

- Karen! – a chamei.

Ela pareceu assustada, mas logo sorriu ao me ver. Saiu de trás da maquina e veio ao meu encontro.

- Você esta bem, criança? Eu falei com Sirius de manhã, ele me disse que você estava de cama... Mas, que diabos, você esta fazendo aqui?

Aí, eu contei. Como sempre costumo contar, contei tudo desde hoje de manha.

- Então, você acha que ele vai aceitar a desculpa de que eu preciso cuidar das crianças? –perguntei, cruzando os dedos da mão para que ela dissesse sim.

- É... Se Jade falar com ele... – obrigada Deus! – mas você quer isso mesmo? Você era toda boba por morar lá...

- Eu sei, Kah! Mas não vai dar. Eu vou endoidar com o Regulus. – pior que eu sabia que ia. Por mais que Sirius tentasse me convencer que o irmão dele nem lembrava mais de mim.

- É, pelo que você contou, ele é um pé no saco... – concordei. Karen pareceu pensativa por um tempo, e logo disse:
- Vamos falar com a Jade.

Saímos da cantina, e seguimos em direção ao prédio A.

Daivid estava no pátio, acompanhado de um tal de Matt.

- Ell, você esta melhor? – perguntou ele levantando-se para falar comigo.

Sorri para ele.

- Na medida do possível. – Ele sorriu. Olhei para o amigo dele, e Daivid fez as apresentações:

- Matt, essa é Elena Montez, a diretora-assistente. Ell, este é Matt, filho do John.

Matt estendeu a mão para mim, e eu apertei.

- Tudo bom? – perguntei sorrindo.

- Ótimo. – ele respondeu sorrindo também.

Karen tossiu, e nos rimos.

- Bons meninos, me deixem levar a moça lá na diretora. Já voltamos. – eles concordaram, e continuei caminhando com Karen.

Quando chegamos à sala da diretora, cumprimentei Camile, que sorriu para mim. Jade já estava em sua sala, falando rapidamente ao telefone. Quando nos viu, nos chamou com a mão, e logo desligou o telefone.

- Boa tarde, senhoras. – disse ela sorrindo. – Nossa Elena, você esta boa mesmo pra trabalhar?

OK, a minha cara devia estar um lixo. Afinal, todo mundo tava me perguntando isso.

Antes que eu pudesse falar, Karen explicou tudo para Jade. Que parecia bastante interessada na historia.
Após uns dois telefonemas, ela conseguiu um quarto para mim. no décimo primeiro andar.

- Você vai dividir o quarto com Camile, OK? – falou Jade.

- Certo. – sorri. Camile parecia ser bem legal.

- Ah, e a respeito de ontem, as meninas vieram falar comigo sobre sua aula de dança. – Gelei. O que será que elas disseram?

- Me pediram para que você desse aula umas duas vezes por semana. O que você acha? – perguntou a diretora casualmente. – eu consegui um horário pra vocês, e até uma sala, mas não posso dizer que você vai ganhar muito...

- Ah, não. Tudo bem. O dinheiro nem é o problema. – e pior que é verdade. E bom, morar aqui teria um lado bom: eu ia poder cuidar das meninas. E quem sabe, achar o assassino.

Por que bom, depois da morte de Sara ser declara como surfe no elevador, eu cheguei a conclusão de que alguém esta fazendo isso. Sara não ia subir naquele elevador nem que a pagassem.

- Ótimo. – disse a diretora. – Vai ser ótimo para as meninas terem você morando aqui conosco.

Concordei com a cabeça.

- Peça a chave para Camile, OK?

- Obrigada, Jade. – Falei saindo da sala com uma Karen toda risonha.

- Camile! Adivinhe! Ell vai ser sua companheira de quarto. – disse Karen toda animada.

- Sério? – perguntou Camile me olhando.

- Sim. – falei.

Ela sorriu e soltou um: “Isso é ótimo!”.

É, a parte mais fácil fora essa. Queria ver eu dizer isso a Sirius...

- Camile você pode me dar uma chave? – perguntei.

- Claro! – ela me alcançou uma chave, que tinha um chaveiro com o numero: 1107.

- Obrigada. Vou buscar minhas coisas. – ela concordou feliz da vida.

Puxei Karen para fora do escritório.

- Karen, ele vai pirar. – Falei pensativa. Na verdade quem ia pirar era eu. Fazia só algum tempinho que eu estava longe, e eu já estava morrendo de saudade.

- Sei... Ell tente ficar lá hoje. Se for muito chato, venha pra cá amanha. – é uma boa idéia. Quem sabe o Regulus esta diferente?

- é, OK. – concordei. Me despedi de Karen e fui para o meu escritório.

Jack e Kate estavam lá acompanhados de Tina, Josh e Adam.

- Elena! Finalmente. – disse Kate ao me avistar. – O que vamos fazer agora que somos em cinco?

Ela e Tina tinham lagrimas nos olhos.

- Vou pensar em alguma coisa... – prometi.

Elas me abraçaram.

- Obrigada. – disseram com soluços.

Os meninos estavam com umas caras nada boas.

- Vamos fazer assim, eu fico no lugar de Sara por enquanto, certo?

Eles concordaram.

- Vai vir outra bolsista no lugar dela? – Perguntei a Josh, que tinha 16 anos, e era o mais velho dali.

- Sim, acho. – Ele deu de ombros.

- Certo, então eu fico de dupla com você ate a menina aparecer.

- Certo. – ele assentiu.

- De quem é o dia hoje? – perguntei a eles.

- Meu e do Adam, - falou Tina chorosa.

- OK, então vamos ao trabalho. E chega de choradeira Tina, a vida continua. – É como se eu levasse isso a sério.

Ela limpou as lagrimas e já assumiu sua posição na frente do armário de chaves. Adam foi ajudar o carteiro com a correspondência, assim que ele cruzou a porta.

Os outros três se despediram de mim, e foram para seus quartos.

Já eram quatro e meia, quando recebi uma ligação de Daivid, dizendo que um garoto chamado Antonio, estava surfando nos elevadores.

Mandei David vir pra cá, assinei o livro das chaves, e pedi a Tina que me desse a chave do elevador.

- Cuide ali pra mim, OK? Eu já vou voltar. – Ela assentiu e eu saí em disparada ao elevador de serviço.

Daivid já estava lá. Ele sorriu ao me ver.

- É, parece que vai ser o nosso primeiro trabalho juntos.

- Nem diga. – Respondi sorrindo. – Em que andar ele está?

- Creio que no quinto, já vamos vê-lo. – Ele fechou as grandes do elevador de serviço, e clicou no botão de número 5.

Quando o elevador parou, fiz com que Daivid me desse pezinho e subi no teto do elevador. Estava bem escuro, e seria silencioso, se não fossem os gritos dos garotos que estavam no sétimo andar.

- EI! ANTONIO! – berrei alto.

O garoto que estava de boné me olhou e soltou um palavrão:

- Merda! A tia me reconheceu! – e já ia sair correndo quando eu falei:

- Você vai ver a tia! – Daivid estava dando risada. – E VOCÊS, – olhei para os amigos de Antonio. – DESAM DAÍ! OS QUERO NA SALA DA DIRETORA AGORA! QUEM NÃO ESTIVER LÁ QUANDO EU DESCER, VAI PASSAR A NOITE NOS JARDINS!

Pronto, foi tiro e queda, deu pra os ouvir xingando baixinho, mas pelo menos obedeceram. Entraram no elevador e desceram.

Daivid me ajudou a descer e fechamos o teto.

- Uau. Você leva jeito. – falou ele rindo. – Até eu fiquei assustado.

Não pude deixar de rir.

- Sei. – mexi a cabeça.

Quando chegamos ao primeiro andar, corri em direção a sala de Jade, onde vi os cinco meninos que estavam surfando no elevador sentados. Eles não pareciam nada felizes. Jade piscou pra mim ao me avistar, sem que os garotos percebessem.

Às seis, fui lá pra frente. Para esperar Sirius. Fiquei conversando com Brad, sobre a minha aventura do dia.

Sirius estacionou o carro e desceu para cumprimentar Brad.

- Tudo bom? – disse ele sorrindo, e me abraçando pela cintura.

- Sim rapaz, e com você? – perguntou Brad sorrindo.

- Também. Vamos? – Sirius olhou pra mim.

- Nos falamos amanha então, Brad. – dei-lhe um beijo na bochecha.

- Claro. E Sirius cuide dela, sim?

- Com toda certeza. – concordou Sirius rindo.

Entramos no carro e fomos para casa.

Chegando lá, notei que estava uma bagunça. Bagunça mesmo. Havia móveis novos, horríveis por sinal. Um tapete verde escuro fora posto no lugar do meu tapetinho amarelo com flores. As minhas plantas? Estavam NO LIXO. Entrei na sala de jantar, e vi que a minha decoração bonitinha tinha simplesmente sumido. Olhei a cozinha, A MINHA GALINHA – que eu comprei em uma feira no ultimo ano de colégio -, estava jogada em um canto. A pia de louça estava cheia até as bordas. Na mesa havia pedaços de pão e farelos.

Subi para o meu quarto, e descobri que eu não tinha mais quarto. Minhas coisas estavam num saco de lixo, na porta do quarto.

Isso não esta acontecendo, não, não.

A porta do meu ex quarto estava fechada, com uma placa na porta escrita: Regulus. OK. Ele vai ver. Peguei meu marca texto branco, e escrevi embaixo da placa: PERDEDOR. O que? Eu tenho 17 anos, ainda posso aprontar. E é isso que eu vou fazer. Vou enlouquecer o Regulus. Rá! Ele cutucou a leoa aqui com vara muito curta.

Desci, e vi que Sirius estava estranho.

Passei reto por ele. Afinal, era tudo culpa dele. Peguei minha galinha, e meus enfeites de cozinha, e soquei tudo dentro de um saco. Depois fui à sala e fiz a mesma coisa. As plantas que estavam no lixo. Ah, elas vão ter utilidade depois.

Abri a porta da rua e chamei Fred.

Pedi para que ele guardasse meus enfeites, se fosse possível, em sua casa.

- Claro. – respondeu ele. – Mas o que aconteceu?

Você sabe que eu não me seguro quando as pessoas perguntam, não é? Eu contei tudo. Ele estava dando risada.

- Você escreveu mesmo?

- Claro! Eu vou acabar com a vida desse cara. – falei com um sorriso maroto nos lábios.

- Pode contar comigo vizinha! – ele disse apertando a mão que eu havia estendido.

- Valeu vizinho! E cuide bem dos meus enfeites certo?

- Pode deixar. – sorri para ele, e voltei pra casa.


- Ele já esta aqui Elena. – disse Sirius assim que eu entrei.

- Eu notei. – falei com um sorriso amarelo.

Sirius parecia triste.

- Desculpe pelas plantas...

- Ah, tudo bem. Eu queria trocar mesmo. Ele esta dormindo?

Sirius assentiu. Ótimo. Fui ao quartinho e peguei o aspirador de pó. Liguei no máximo. Depois fui ao quarto de Sirius, e liguei o radio. Na musica mais animada que encontrei.

Comecei a passar o aspirador pelo segundo andar, depois desci, passei na sala, na cozinha, em tudo, menos no quarto de Regulus. Mas digamos que eu passei pela frente do quarto umas cinqüenta vezes.

Sirius estava no escritório, trabalhando. Mas quando notou a zoeira que eu estava fazendo, perguntou:

- O que você esta tentando fazer? – ele tinha um ar curioso.

- Ah, limpar a casa. – sorri marota.

E acho que foi um erro, pois ele percebeu.

- Deus, você vai fazer uma guerra com ele? A culpa foi minha, eu o deixei mudar as coisas. E o seu quarto, bom, você vivia reclamando dele. – ele parecia meio envergonhado.

- Ah, certo. Obrigada por colocar minhas coisas NO LIXO. E as minhas roupas todas amassadas. – agradeci sarcástica.

- Ah bem, isso foi o Regulus... – senti meus olhos brilharem de ódio.

- E você deixou. – ele assentiu.

- Eu estava trabalhando, ele disse que ia fazer isso por mim. Para não atrapalhar o meu trabalho.

Falando no diabo...

- QUEM FOI A IDIOTA QUE ESCREVEU NA MINHA PORTA? – berrou a bichinha lá de cima.

- DESCULPE, AMOR, MAS A SUA NAMORADA NÃO ESTA AQUI. – respondi com ar zombeteiro.



- Você fez o que? – Sirius subiu as escadas correndo, ouvi lá de cima ele soltar um palavrão.

O que? É só marca texto. Se o Reguluszinho esfregar bem, com uma esponja e sabão, sai na hora.

Mas certamente isso não passou pela cabeça de Sirius, que desceu doido da vida.

- Elena, eu não acredito que você fez isso. – é ele tinha uma cara assassina. Desejei ser uma mosquinha e sumir dali.

- É fiz. – ergui as sobrancelhas. – Agora vai dizer que ele pode jogar minhas coisas por ai? Pegar o meu quarto? Mas eu não posso nem brincar?

- Brincadeira de mau gosto! – berrou Regulus do alto da escada.

Mandei um beijo para ele. O que o deixou mais passado ainda. Digo, deixou os dois passados, Deus me tire daqui.

- Não. Ele fez errado, já falei com ele. Mas você? – ele me olhou com certo nojo. O que eu não curti NEM um pouco. – Você acha que é quem, Elena? Pra sair riscando minha porta? E dizendo o que eu devo fazer? E ficar me julgando?

Eu não estava ouvindo isso, não estava. Mordi o lábio, doida pra mandá-lo tomar no... ham-ham, naquele lugar.

Regulus estava rindo no alto da escada, baixinho, mas estava. Grande babaca! Revirei os olhos.

O que Sirius nem percebeu. Legal. Se esse era o verdadeiro Sirius, bom... Acho que prefiro ficar sozinha.

- Você é criança demais. – falou ele, sem nenhum brilho no olhar. – Não leva nada a sério, acha que tudo vai ficar bem sempre. Vive fugindo de compromissos sérios, por exemplo, aquele tal contrato com a gravadora. Tem medo de não ser boa o bastante. Você se envolve sempre com caras errados, como o Regulus. Você já namorou o “perdedor”, sabe? E por quê? Por gostar de ter pena de si própria. É mais fácil colocar a culpa nos outros, do que em si mesma. Você podia ter o cara que quisesse. Mas não...

Acabou? OTIMO. Minha vez.

- Ah, sim. E você? Que vive de trabalho? Hein? Bom, se você queria uma “adulta” não devia ter escolhido a criança aqui. Mas tudo bem, - tirei a aliança do meu dedo e joguei nele. – pronto. Você pode ir ficar com as suas “adultas”.

Sorri com desdém pra ele, e subi as escadas esbarrando com tudo em Regulus, peguei minha sacola de lixo, a coloquei nas costas e desci.

- Deixe de ser criança e venha aqui. Eu ainda não acabei. – Ai eu comecei a rir. Você sabe. Quando eu fico nervosa, e sei que vou chorar, eu começo a rir.

Mostrei o dedo do meio pra ele.

- Ah é, com certeza você nem é criança. – comentou sarcástico.

- Vá à merda, Black. – falei piscando, bem fria.

Eu já estava com a mão na porta, quando lembrei:

- Sejam felizes! – e bati a porta com tudo ao passar.

Fred estava no armazém, pelo visto, pois não estava ali fora.

Caminhei em direção ao metro, xingando baixinho Sirius, Regulus e todas as mulheres “adultas”.

Aí, lembrei que tinha esquecido o meu violão. OK, eu não podia sair sem ele. Regulus ia o quebrar tão certo, quanto eu tenho 17 anos. Corri de volta pra casa. Eu não podia simplesmente bater. Notei que a janela estava aberta. Sorri marota.

Larguei a sacola meio escondida em um arbusto, e entrei pela janela. Estava um silencio horrível lá dentro.

Ouvindo passos de alguém vindo. Notei que eu estava no escritório de Sirius, que merda. Com tanto lugar, fui ficar logo aqui. Me escondi atrás da porta, e quando ele abriu, torci para que ele não desse com ela no meu nariz.

- Não, nos brigamos por causa do Regulus. – pelo visto ele estava no telefone. – É claro que eu fiquei ao lado dele. Você queria o que? Ela riscou perdedor na porta dele! Eu sei, eu sei, e pare de rir. Só ela mesmo pra fazer isso. – aposto um dólar que ele esta falando com James. – Não sei pra onde ela foi. E duvido muito que ela queria me ver. Eu a chamei de criança... O que? Você queria que eu fizesse o que? Eu estava doido da vida. Concordo com você cara, mas ela não devia ter riscado a droga da porta. Louca da vida? Ela estava passada. Até passou aspirador na casa, com o rádio no máximo, para acordá-lo. James, eu ENTENDI caramba. E mande a Lily parar de gritar. Acho que ela foi pra escola. Sei lá. O que você acha? Eu senti um aperto ao vê-la sair de casa, assim. com um saco de lixo nas costas... Mas o que eu podia fazer? Ta, SEI. Mas ele é meu irmão. E além disso, ele fugiu de casa, e não tinha onde ficar.

E foi ai que ele fechou a porta, e bom, ele me viu ali. Digamos que eu estava com os olhos cheios de lagrimas, e o cabelo todo bagunçado. Sem contar na blusa que era branca, ter ficado toda suja, devido ao fato de eu ter pulado a janela.

- Espera James. – E desligou.

Ok, eu até tinha amolecido ao ouvir aquilo. Eu sei que não devia ter ficado contra o irmão dele. E não foi nada legal ter riscado a porta. Mas eu não precisava ouvir que sou criança. Você sabe. Mas, poxa! Analisando a situação, nos dois éramos culpados. Mas sei lá, acho que não daria certo, né? Se Regulus não tivesse morando aqui, certamente Sirius já estaria na parede. Você sabe. Mas, como o irmãozinho dele está, eu não vou agüentar. Sair de casa é o melhor a fazer mesmo...

- Elena..? – ele estava meio abobado digamos assim.

- Vim pegar meu violão. – falei já saindo de perto dele. – licença.

Mas antes que eu saísse, ele me segurou pelo braço.

Senti meu corpo arrepiar. Malditos hormônios! E maldito coração idiota.

- Elena, por favor. – ele me puxou pela cintura. CARAMBA!

Quem mora lá em cima, com certeza não vai com a minha cara. Afinal, eu não sou de ferro. e bastou ele me puxar que eu já estava amolecendo. Não, não, não!

- Me solta, Black. – falei tentando ser bem braba. O que é meio difícil, mas não impossível. Espero.

- Eu não quero uma mulher “adulta” – ele disse, levantando meu queixo com as mãos.

- Ah, legal pra você. – falei tentando sair de perto dele.

- Elena, ouça-me! – ele me segurou mais forte. Eu estava olhando para o lado. Não ia agüentar olhar naqueles olhos azuis.

Eu estava magoada com ele, de verdade.

- Eu amo você. Só você, caramba. E você sabe disso, eu sei que sabe. Desculpe por aquilo, eu estava louco da vida... – ele fez eu o encarar.

Ele estava com aquele olhar. Aquele que me deixa doida. E estava funcionando.

- OK. Eu o desculpo, agora com licença. – e sai do abraço dele, e fui pegar meu violão. Vi que Regulus estava na cozinha só de samba calção. E me senti enojada. Eca.

Fiz uma careta, peguei meu violão na salinha, e voltei ao escritório, eu pretendia sair pela janela, claro.

- Elena. – Sirius estava lá parado ainda. – Se você me desculpou, por que esta indo embora?

- Por que eu não agüento o seu irmão. – falei sorrindo. – e ele está só de samba canção na cozinha, e digamos que eu quase vomitei. Não estou a fim de ver essa cena todos os dias.

Pelo menos, pensei, fiz Sirius rir um pouquinho.

- Mas e eu? – OK. Isso era golpe baixo.

- Você o que? – Perguntei já sentando na janela.

- quem vai me cuidar?

- Seu irmão. – Antes que eu pulasse a janela, ele me segurou.

Sirius pegou minha mão, e me deu a aliança, fechou minha mão, e a beijou.

- É sua. – Ele disse sério.

Concordei com a cabeça. E pulei da janela. Antes que ele tivesse chance de me beijar.

Ele ficou na janela, me olhando de um jeito triste e sério. OK, acho que posso parar de ser malvada, né?

- Vá me visitar amanhã. – Pisquei pra ele, peguei minha sacola, e sai andando em direção ao metro.



N/J: heiii!! Sou Julinha Potter e vou postar aqui até a Suze sair do castigo (como ela disse no aviso :D ). Nossa...QUE CAPÍTULO PERFEITO *-* Na hora que o Sirius falou que a Elena era criança eu fiquei puta da vida com ele :x mas depois ele foi super mega fofo (: eu quero um Sirius desse para mim :D uasuahuahsuhausa!!! Continuem comentando, viu? Beiiijo para vocês :*

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