Capítulo XIV




N/A: Aproveitem o cap. bjos ;***

Dedicado ao Zack... que começou a escrever agora...
link de "As 10 Coisas que eu mais odeio em você ":
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=28015


p qm quiser ler ;)

Cap. quando eu puder... vcs sabem ;)




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Capítulo XIV – Te amo mais...



James abriu os olhos lentamente. Sentiu imediatamente o calor de Loren, parcialmente deitada sobre seu peito. A visão de seu rosto tranqüilo, como a muito não via, o fez sentir o peso da mudança que causara na vida dela. Olhou a decoração de chalé. Tinha que admitir que ele era bastante espaçoso. Parecia simples por fora, mas um piano médio na sala e a cama enorme não compactuavam com a falta de luxo que a princípio o chalé aparentava externamente.

- Bom-dia, Jamie. – ela falou sorrindo e espreguiçando-se.

- Bom dia, Loren.

Ela rodou na cama, ficando sobre ele.

- Então, o que a gente vai fazer hoje? Quem a gente vai visitar? O que vamos conhecer? Vamos Loren, quem conhece essa terra aqui é você.

- Poderíamos visitar a tia Margo. Ela não vai acreditar que eu casei. A gente pode olhar as lojas da praça... – ela sorriu.

Ele parecia ligeiramente distraído.

- Jamie, eu sei que minha beleza não te deixa raciocinar muito bem, mas quer interagir comigo?

- Interagir? – ele repetiu.

Ela se levantou.

- Vou tomar banho e fazer o café.

Ela já concluía sua página de palavras cruzadas quando James finalmente apareceu.

- Pensei que tinha ido buscar a água do chuveiro a uns dois quilômetros daqui.

Ele pegou uma torrada e ela a bolsa.

- Aonde vai?

- Tenho que fazer uma coisa, já volto.

- Já sei, vai visitar algum cara que foi sua paixão de infância. Provavelmente você vai descobrir que ele engordou e casou com aquela menina que você não gostava.

- Ótimo saber que meu marido tem ciúmes. – Lorainne brincou.

- É claro que eu tenho ciúmes da minha mulher. – ele falou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Eu não vou atrás de ninguém da terceira série, James.

- Então tá bom.


********************


James largou-se no sofá avermelhado, lembrando do dia anterior.

Casado. A palavra pairou em sua cabeça.

Um tremor percorreu seu corpo e ele descobriu ser frio. Anne levara o casaco por um bom motivo. O tempo estava esfriando, e ainda não era nem época.

Um toque o assustou, era seu palm top. James tinha muita facilidade com aparelhos trouxas e o pai de Rony, já bastante idoso, o convencera a ter um. Era Julie.


Como está indo? James, não me decepcione, está sendo tão difícil para mim ficar longe de você, e muito mais, ter que vê-lo casando. Espero que vocês dois estejam bem... beijos. Te amo.
Julie



James leu-a várias vezes, procurando a ponta de ironia no “Não me decepcione”. A tristeza foi se apoderando quando ele respondeu apenas:


Julie,
Anne está bem e eu estou com saudades. Também te amo.
J



Estava sendo tão frio, e o pior era que não entendia o porquê. Os lábios de Julie voltaram aos seus pensamentos e ele nem ligou quando a porta bateu.

- James, você está bem?

Ele pareceu acordar.

- Ótimo. - Falou automaticamente.

- Está nevando! No outono! O clima não está louco?

- Está.

- Acho que não vai dar para irmos às lojinhas da praça. – ela olhava através da janela.

- Não tem problema... – outro arrepio atravessou por seu corpo. – Temos vinho e lareira, pra quê melhor? – ele afastou os pensamentos de Julie e ergueu-se para vestir seu casaco.

Lorainne respirou fundo. Aquilo não era nem perto do que ela imaginava que fosse uma lua-de-mel. Não havia carinho. Havia apenas dois ex-amigos, separados pelo casamento.

Um ruído abafado veio do móvel mais próximo. James provavelmente havia recebido uma mensagem. Lorainne vibrou com a possibilidade de lê-la. Aproximou-se e em seguida parecia ter levado um choque. Não podia fazer isso... Podia?

Contraiu os lábios na dúvida.

“Uma vez na vida, que se dane. Eu sou sua mulher”.

Ela visualizou como sendo de Julie. A mensagem tinha apenas três palavras.


Te amo mais...


Lorainne marcou como não lida e correu para a cozinha na hora em que James aparecia atrás de chocolate.

- Na primeira estante. - a voz falhou.

- Você está bem?

- Tô ótima. – ela derrubou a xícara de porcelana.

- O que houve, Anne?

- Você nunca me chama assim. – Tentou mudar o assunto.

Ele se calou e juntou os pedaços por magia.

- Eu estou bem. Estava com saudade daqui. – ela desconversou.

Uma raiva crescia dentro dela. Como fora capaz de casar com um homem que não a amava? O QUE ELA ESTAVA PENSANDO?

- Seu Palm...

Ele correu até a sala. Voltando segundos depois.

- É uma mensagem.

- Do trabalho? – ela fazia qualquer coisa e nada ao mesmo tempo.

Ele hesitou por alguns instantes.

- É... Não... – ele pegou na mão de Anne e puxou, fazendo-a olhar para ele. Percebeu-a controlada. – Não era do trabalho. Era da Julie.

- Legal. – ela fingiu sem sucesso. - O que ela dizia?

- Que me amava...

- Você é bem sincero.

Ele suspirou.

- Não quero mentir pra você. Sei que deve se sentir incomodada com essas coisas e por isso pretendo ser o mais verdadeiro possível com você.

Ela assentiu e foi atrás do embrulho que trouxe quando chegou.

- Isso é pra você. Meu presente de casamento. – ela entregou o embrulho médio e ele recebeu confuso.

- Não precisava Loren... - Ele abriu e segurou o enfeite. Era um globo de neve, com a base dourada.

- Sei que faltam ainda dois meses para Natal, mas eu achei realmente parecido com você.

- Por que é parecido comigo?

- Os dois são fascinantes. – ele corou.

- Também tenho uma para você, mas não vou te dar agora.

- Por quê?

- Porque ainda não é hora, curiosa!

- Quando vai ser a hora?

James riu e serviu chocolate quente. Loren aceitou.

- Já provou isso com morangos? – Anne pegou a tigela na geladeira.

- Eu nunca comi morangos.

- NÃO! Não é possível. Eu não sabia.

Ele corou, como se aquilo fosse feio.

- Quando eu era pequeno...

- James e seus traumas...

- Ei, eu fiz muita coisa legal quando eu era pequeno. Lembra das flores no jardim?

- As multicoloridas?

- Sim. Elas deram um trabalhão pro Dobby, eram canibais ou sei lá.

- Mas foram lindas, depois que floresceram. – ela passou o morango no chocolate. – Agora sem sabores artificiais.

Ele deixou que ela tocasse seus lábios enquanto mordia a fruta, saboreando.

- É meio azedo, mas o chocolate adoça. – olhou para os lábios de Lorainne sem querer e fixou-se ali por algum tempo. Parecia que o fruto tingia os lábios da loira, apesar de não ser cabível. Ela mordeu de leve outro pedaço. – Eu quero outro. – ele respondeu instintivamente e ela sorriu.

- Se fosse doce demais, estragava. Prova sem chocolate. – ela o fez experimentar.

Ela riu quando ele fez uma careta.

- É melhor com chocolate. Então, tem outra combinação de morango?

Ela balançou negativamente a cabeça.

- Que pena. – ele parou de tentar não olhar para sua boca e ela finalmente percebeu.

- Eu tenho a melhor combinação de todas, mas não é para você... – ela falou séria, indo guardar a tigela, porém ele a deteve.

- Eu quero só mais um. – ele retirou seu último e ofereceu a ela. Lorainne, que tinha as mãos ocupadas, mordeu o morango sem pegá-lo. James segurou-lhe o pescoço, impedindo que ela se afastasse dele.

- E se a minha melhor for pra você? – ele falou, descendo a mão até sua cintura.

James beijou seus lábios delicadamente.

- Eu realmente nunca tinha provado morangos, mas eles têm o mesmo sabor que você. - colou seus lábios novamente.

Anne soltou o que estava segurando na mesa e levou as mãos aos cabelos de James, bagunçando-os como antes adorava fazer brincando. Abriu os lábios para a mais completa exploração que tivera. Era um beijo completamente sem pressa. James a abraçava e massageava seu pescoço de leve. Anne dava pequenos beijos nele, fazendo-o sorrir. Com uma súbita falta de ar ele se soltou dela.

James respirou fundo e abriu a boca momentaneamente para dizer alguma coisa, mas fechou quando viu uma Loren despenteada.

Anne pensou primeiramente que ele tivesse lembrado de Julie, e faria qualquer coisa para ler os pensamentos do rapaz. Ele segurou sua face, sem tirar os olhos dos seus. Anne o abraçou e olhou para a sala quando ouviu o mesmo barulho abafado que indicava que James havia recebido outra mensagem.

Separou-se dele com a certeza de que ele correria para a sala. “Vai atender o chamado de sua amada, James.” ela pensou antes de ser beijada novamente.

Uma felicidade crescente surgiu dentro dela quando James ignorou totalmente a mensagem. Ele não estava com Julie, ele estava com ela. Podia até ouvir Pierre dizendo isso.

James sentiu as mãos geladas de Anne quando esta segurou seu pescoço.

- Está fria.

- Só trouxe esse casaco.

- Devia ter dito que estava com frio. – ele tirou o seu e deu a ela. – Ficou grande em você, sua magricela.

- James! – ela estava completamente à vontade quando tomou seus lábios de novo. Acariciou seus cabelos de leve e sorriu ao descobrir que ele adorava. Ele mordeu seu lábio inferior, arrancando de Anne um suspiro pesado.

- Lorainne – ele voltou a si.

- Desculpe. – ela se soltou.

- Eu é que tenho que pedir desculpas. Eu... não sei onde estava com a cabeça...

“Aposto que na Julie, querido

Mas ele parecia realmente atordoado. Foi para o quarto e jogou-se na cama. Anne, felizmente, não o seguiu. Pensou em Anne e Julie. Em uma de cada vez. Julie, entretanto, foi apenas um borrão rápido de seu pensamento. Era em Lorainne que pensava naquele momento, na sua enorme capacidade de tirá-lo do controle. O sabor levemente doce ainda era sentido por James ele não entendia como sua amiga de escola ficara tão atraente.

Fechou os olhos e adormeceu. Já passava de meio dia quando abriu novamente os olhos. Anne estava ali, terminando de desfazer suas malas. Abriu a de James.

- Não deveria fazer isso.

Ela se assustou.

- Vai acabar descobrindo que o pacote no final da mala tem o seu presente. Aí você vai querer abri-lo. – “Aí eu não vou deixar e você vai fazer charme, eu vou ceder e nós vamos nos beijar, o que anda acontecendo muito frequentemente...”.

Ela fechou a mala dele, desistindo. Ele se ergueu.

- Eu estava brincando. – ele foi até a mala, sentando no chão e tirando o pacote. Ela fechou os olhos.

- Por que fechou os olhos?

- Porque dá sorte. – ela respondeu, parecendo, por um momento, infantil.

- Está bem. – ele demorou um pouco e Anne ouviu um barulhinho.

- Pode abrir.

Lorainne sorriu quando viu centenas de coraçõezinhos nas paredes. Eles vinham de um abajur, também em forma de coração, avermelhado.

- É lindo.

- Desculpe ter saído daquele jeito, eu... – queria dizer que estava confuso, mas não poderia. – Me arrependi de ter feito aquilo.

A tristeza surgiu no semblante de Loren e ela disfarçou. James queria gritar e dizer que era mentira, que não se arrependera e que ainda estava pensando em como seu beijo era enlouquecedor. Mas a idéia de que Anne estava fazendo um favor se casando com ele voltou com tudo.

E ele se convenceu de que era melhor assim...


N/A: GENTEEE! preciso dizer q esse cap. está p/ ser revisado... pq essa Autocorreção do Word acaba com os meus textos, ainda tô em estado de choque quando eu escrevi depois e apareceu "depôs" no cap. *-*

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