Capítulo VII



Capítulo VII


 




 


N/A: Narração do Draco nesse capítulo.




Ódio, raiva e fúria. Essas três palavras descreveriam o que eu estava vendo a minha frente. Os olhos do homem mantinham tudo isso e isso era muito para uma pessoa só. Harry Potter possuía um ciúme doentio por Virgínia. Parecia devastado ao descobrir que ela era minha amante.


“O que quer, Potter?” Encarei-o friamente, com a varinha em punho.


“Onde está minha mulher?” Gritou.


Sua mulher?”


MINHA mulher, Malfoy.” Bradou. “Virginia POTTER!” Um raio verde saiu da varinha do moreno, atingindo-me na barriga, lançando-me a alguns metros de distancia, colidindo-me com a parede.


“ Feliz Natal pra você também Potter.” Sorri de lado, erguendo-me. Idiota! Maldito Potter!.


“Onde está Virginia?” Cerrou os dentes.


“Não digo.” Ao dizer isso, foi atingido por outro feitiço.


“Alguém já disse a você, para não se meter com a mulher dos outros?” Agachou-se, me encarando friamente. Meu nariz sangrava, e eu podia sentir o gosto de sangue na minha boca.


“Disse. Mas eu costumo não escutar.” Riu. “Mas quem disse que ela é sua mulher?” O moreno levantou-se furiosamente, chutando-me nas costelas. “Na cama ela sempre afirmou ser minha.”


“Repita Malfoy, se for homem.” Chutou-me novamente. “REPITA!”


“Quando eu transei com ela...” Respirei pesadamente, tomando ar. “... Em meio a gemidos, ela afirmou ser minha mulher.” Complementei com um sorriso bobo nos lábios, recebendo um soco no nariz. “Filho da puta!”


“VIRGINIA, QUERIDA! ESTÁ ME ESCUTANDO?” Gritou o moreno, com uma voz que ecoou por toda a mansão. “ESPERO QUE APAREÇA” Continuou. “SE NÃO O MALFOY, VAI PAGAR CARO.”


“Harry, o que aconteceu com você?” Falou a ruiva no topo das escadas. Minha ruiva.


“Virginia...”


“Você é um monstro...” Gina desceu as escadas aos poucos, sem desviar o olhar de Potter. “Onde está o Harry antigo?”


“O ministério não permite adultérios, Virginia.”


“O ministério também não permite espancamento.” Senti seu olhar em cima de mim, antes dela descer as escadas e caminhar em minha direção, ajoelhando-se. “Draco, você está bem?”


“To ótimo, Virgínia!” Bufei, pela pergunta ignorante da ruiva.


“Nem machucado perde esse seu senso de humor.” Rolou os olhos.


“Que cena tocante.” Falou Harry, fuzilando-a com o olhar. “Por que ele, Virginia?” Aproximou-se dela. “Por que ele?” Repetiu.


“Nós não escolhemos quem amamos. Eu o amo.” Encarou-o firmemente, recebendo um tapa em sua face logo em seguida.


“FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO!” Gritei, tentando levantar, aquele covarde estava batendo na MINHA mulher.


“O que foi, Harry? É tão baixo ao ponto de bater em uma mulher?” Disse ela, sorrindo de maneira debochada, recebendo outro tapa.


“Vadia!” Socou o nariz de Gina, fazendo-a cair no chão. “O que pensa que é para me trair com isso?” Chutou-a no estômago.


“PÁRA COM ISSO, SEU DESGRAÇADO!” Me pus de pé, socando-o no nariz.


“É seu melhor, Malfoy?” Harry riu, com a mão em seu nariz quebrado que jorrava sangue.


“Não toca nela.” Rangi entre os dentes.


“Por que não?” Dizendo isso a chutou novamente, fazendo Gina gemer de dor.


“FILHO DA PUTA!” Gritei antes de ser lançado contra a parede.


“Longe, Malfoy! As coisas são entre eu e ela.” – Virou-se para Gina. – Que mãe exemplar você é. – Agachou-se.


“E que pai exemplar você é, Harry, batendo na mãe de seus filhos.” Ela riu, jogada ao chão, apoiando-se em suas mãos, com o rosto virado.


“Você é uma puta!” Deu outro tapa em Gina, fazendo-a virar violentamente a face ensangüentada. “Vocês dois, vão pagar MUITO caro por isso!”


“Você está louco, Harry! Pare com isso! Acalme-se!” Gina estava realmente assustada com Potter. Parecia nunca ter o visto dessa maneira. Eu nunca imaginei que um dia iria vê-lo assim.


“Não, Virginia. Não vou me acalmar. Não depois de tudo. Vocês merecem ser punidos.” Ele falou suavemente.”


“Irá fazer o quê? Nos matar, querido?” Maldita língua, Virginia! Mantenha a boca fechada! Draco pensou.


“Pensei seriamente em fazer isso...” Disse ele, enquanto eu me aproximava de Virginia, abraçando-a.


“Afaste-se dela, Malfoy! Vai ter o que merece depois.” Riu. A respiração dele mantinha-se descompassada. Estava fora de si. “Não se preocupe, a sua será rápida e indolor...” O moreno aproximou-se de Virginia. “Já a dela. Não prometo o mesmo.”


“Não vai não!” Gritei, lançando-o contra a parede com um jato de luz vermelha.


“Qual é, Malfoy? Andou perdendo as forças não é?” Disse de maneira debochada, levantando-se. “Gina tem te dado muito trabalho?”


“Não imagina o quanto.” Sorri maldosamente, enquanto ele se aproximava.


Ele me socou duas vezes seguidas e me chutou, fazendo-me cair. Escutava o choro desesperado de Gina.


“PÁRA HARRY! Já causou sofrimento demais!” Falou a ruiva, aproximando-se de mim.


“Não o suficiente.” Harry, apontou a varinha para ela e seus olhos faiscaram de ódio. “Crucio!”


Sentia tudo ficar escuro, na verdade eu não sentia nada, a não ser as mãos de Gina que estavam geladas, um gelo que me incomodava, que eu podia sentir que não era algo bom. Ela fora torturada. Tremendo, com frio, sóbria. Meus olhos percorreram por toda extensão de sua face, agora pálida, com os olhos forçados para que permanecessem abertos. Seus lábios ressecados e rachados esboçaram um sorriso, um leve sorriso, que fez lágrimas rolarem pela sua face, ela ainda tinha forças para isso.


“Draco...” Começou ela, pensei que nunca mais escutaria sua voz chamar pelo meu nome. “Draco desculpe-me.”


“Não, Virgínia, eu não tenho que te desculpar em nada. Virginia olha pra mim! Virginia, por fav...” Fui interrompido por ela, dizendo a última frase que queria escutar em plenos suspiros.


“Haja o. Que hou... Houver... E-eu amarei v-você, até... O dia, de minha... Morte.”


“Eu amo tanto você, Virginia.” Pela primeira vez havia dito o que ela tanto queria ouvir.


“Eu sei...” Suspirou, tentando sorrir de leve.


Seus olhos fixaram um ponto no horizonte, não havia vida, nem luz em seu olhar, minha melhor amiga, a minha amada, minha mãe e irmã, e principalmente metade de mim, ou praticamente tudo, estava morta nos meus braços. Eu estava perdido, sem rumo, sem vida, sem ela, mas uma coisa eu sabia, eu nunca, jamais esqueceria essa noite. À noite na qual eu a perdi...


“Vamos Potter, teve coragem de matá-la não é?” O encarei com fúria no olhar. “Agora me mate, seu sádico! Vai! Mate-me!” Bradei, com Virginia ainda em meus braços, gelada e sem vida.


...E a noite a qual eu me perdi.


Pensei antes de sentir os meus sentidos se esvaírem de mim.

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