Capítulo II



Capítulo II




31 de Agosto de 2017


Respirou fundo, e exalou o ar de maneira cansada, antes de se levantar e dirigir-se a janela de madeira branca do quarto. Ergueu a face, observando a pequenez das estrelas que enfeitavam o céu escuro e sorriu. Não era um sorriso feliz, de alegria ou algo parecido. Era um sorriso cansado, que demonstrava toda saudade contida dentro de si. Sentia-se assim há anos, para ser mais prática, dezenove anos. Desde que tudo aconteceu.


“Mamãe?” Escutou uma voz fina e feminina soar atrás de si.


“Lily?” Virou-se e encarou a pequena ruiva a sua frente, sorriu ao admirá-la. Era linda. Seus cabelos eram ruivos cor-de-fogo, liso e com leves cachos naturais nas pontas, que terminavam em suas costas, tinha sardas por toda sua face, principalmente do lado direito, onde possuía mais. Seus olhos eram castanhos amendoados em um tom de canela, excentricamente parecidos com os da mãe, estavam pouco escondidos atrás de sua franja desfiada e desalinhada. "O que foi, pequena?"


“Não consigo dormir...” Esfregou os olhos lentamente, estava cansada. Fora abraçada por Gina logo em seguida, que a pegou no colo sentando-se na cama.


“Não consegue dormir?”


“Não...”


“Mas temos que descansar, logo pela manhã nós iremos levar seus irmãos para a estação.” Sorriu amorosamente.


“Eu sei mãe.” Suspirou. “Queria ir logo para Hogwarts.”


“Apenas mais dois anos querida.” Levou suas delicadas mãos à cabeça da garota, fazendo leves cafunés.


“Onde está o papai?”


“Deve estar chegando, você sabe como é o ministério.” Riu de leve ao ver a careta da filha.


Casara-se com Harry logo após a guerra do Mundo Bruxo. Ele havia derrotado Voldemort no mesmo ano que fora afastada da guerra. Tivera três filhos com ele, Alvo, James e Lily e o moreno dizia que ainda pretendia ter mais dois, gêmeos de preferência. O casamento deles não era perfeito, mas eles eram felizes. Gina não o amava como deveria - aquele amor de esposa, que dedicava a vida ao marido e todo seu coração ao mesmo. Já Harry a amava profundamente, deixando Gina totalmente constrangida, já que não podia corresponder a altura. Mas ele não sabia que seu coração pertencia a outro.


“Como vão minhas ruivas preferidas?” Falou Harry, que se adentrava no quarto.


“Boa-noite, querido.” Sorriu ao receber um beijo na testa do homem.


“Boa-noite, papai!” Falou a pequena ruiva, estendendo os braços, esperando que o pai a pegasse.


“Opa!” Harry a tomou no colo gentilmente. “Não devia estar na cama, coração?” Beijou-a na face e a colocou no chão. “Descanse. Amanhã bem cedinho irei te acordar! Prometo.” Sorriu vendo a ruivinha sair pelo quarto feliz, depois de mandar dois beijinhos para cada um.


“Cada dia mais ela está parecida com você, Virginia.” Sorriu beijando a mulher.


“Harry, eu não estou muito bem...” Mentiu se desvencilhando do abraço íntimo do moreno que havia a deitado na cama.


“O que houve, Gina?” Perguntou encabulado, sentando-se logo em seguida.


“Não é nada Harry, eu só não estou disposta. Além disso, as crianças estão em casa e amanhã vamos sair cedo.” Suspirou, deitando-se em seu lado da cama. “É melhor descansarmos.”


O moreno nada disse, apenas concordou com a cabeça. Não tendo opção, dirigiu-se ao banheiro para tomar seu banho, enquanto deixava a ruiva deitada na cama, na tentativa de adormecer.


Gina virou-se para que pudesse ter a visão da noite estrelada pela janela e fechou os olhos. Lembrava-se de Viena, de sua noite com ele. Eram memórias impossíveis de se esquecer. Como desejava que toda aquela loucura tivesse dado certo.


25 de Maio de 1997


“Você ainda não me disse aonde vamos!” Bufou.


“Acalme-se, Weasley...”


“Virgínia, Gina.”


“Desculpe?” Parou de caminhar, encarando-a confuso.


“Pare de me chamar de Weasley, Malafoy. Chame-me pelo nome.”


“Não, prefiro Weasel. ‘Gina’ não iria te irritar.” Draco sorriu torto, vendo a ruiva ficar mais vermelha que o normal.


“Idiota.” Revirou os olhos, entediada, voltando a caminhar.


Deveria ter ficado no hotel, nessa hora estaria dormindo. Pelo menos não estaria com Malfoy, no final de tarde em Viena; não estaria escutando suas implicâncias, nem estaria tão vermelha, como estava agora. Quando ele se ofereceu para saírem, devia estar com a sanidade mental na Cornualha. Sempre teve vontade de conhecer Viena, repetiu várias vezes para si mesma; “esqueça a querida companhia.” Como se fosse possível.


Estavam caminhando a um bom tempo por uma viela de chão apedrejado, que Draco dizia conhecer. Afinal ele já esteve em Viena?


“Como você sabe pra onde vamos, Malafoy?”


“Não me enche, Weasel.” Bufou impaciente, parecia irritado.


“Legal, estamos perdidos.”


“Não estamos perdidos.” Saiu da viela, andando por uma ponte que atravessava um canal. “Pronto Weasley.”


“Bela ponte.” Disse caminhando até o meio da ponte, seguindo Draco que estava parado, fixando seu olhar no horizonte. “Que idiota, me trouxe aqui pra ver uma ponte velha.”


“Não...” Segurou-a pelo ombro, virando-a para o lado oeste. Apontou em direção ao sol, que se punha.


Não tinha palavras para descrever a visão, estava em uma ponte, olhando para oeste, vendo pôr-do-sol mais lindo que havia visto em toda sua vida. Nunca havia visto tantas cores no céu; um rosa alaranjado misturado com um amarelo vivo em torno de uma bola de fogo, que descia lentamente, morrendo nas águas do canal sem fim, deixando um longo rastro do céu azul marinho. Estava em transe. Sempre teve vontade de ver um pôr-do-sol como os que via em filmes, mas nunca tivera a chance. Por um momento, esqueceu que estava ao lado de Draco Malfoy. E por um momento pensou que ele também gostava de admirar coisas simples, mas exuberantes. Lembrou-se de se jogar da janela, ao ter esse pensamento.


Virou-se para ele, estava em frenesi. Seus olhos cinza e frios tomaram um tom azul oceano e brilhavam. Sua boca estava semi-aberta com uma expressão surpresa. Voltou o olhar para o sol, que já faltava pouco para sumir e suspirou, sorrindo levemente, se sentindo completamente realizada.


“Já veio aqui quantas vezes Malfoy?”


“Nenhuma.” Sorriu ao ver o sol se pôr por completo, enfim encarando-a logo em seguida. “Primeira vez.”


“E como...”


“Roteiro de turismo. Peguei no hotel.” Draco sorriu debochado, mostrando um panfleto em sua mão.


“Ah... Esperto.”


“Eu sei.” Ergueu o nariz, superior.


“Não exagera.”


“Foi você mesmo que disse...” Riu, acompanhado pela ruiva. “Quer jantar?” Arqueou uma das sobrancelhas ao ver a ruiva corar. “Calma Virginia, não vou te agarrar.” Gina surpreendeu-se ao vê-lo a chamar pelo primeiro nome. Estavam progredindo... “É só jantar, sabe? Comer? Matar a fome. Eu não sou acostumado a ficar sem comer.” A fitou de cima abaixo. “Ao contrário de você.”... Ou não.


“Vá se ferrar, Malfoy!”


“Uh! Weasley, assim você fere meus sentimentos.” Riu alto e pôs-se a andar em direção do bonde, que estava parado na rua, deixando passageiros descerem, estendeu a mão para ajudá-la a subir, mas a ruiva o ignorou, subindo sozinha. ”Qual é, Weasel? Vai me ignorar agora?” Em resposta recebeu o silêncio de Gina. “Certo, não me importo.”


O silencio se apoderou, permaneceram apenas trocando olhares fulminantes. Virgínia simplesmente não entendia. Uma hora ele gritava com ela, outra a levava para ver o pôr do sol e em outra hora simplesmente a humilhava. Quando o bonde parou, desceu seguindo Draco, que olhava o roteiro de turismo de hora em hora e caminhava em direção a um restaurante ao lado de um canal.


“Primeiro as damas.” Abriu a porta, fazendo uma reverência para a ruiva entrar.


“Oh, pode deixar que seguro a porta para que você entre, Malfoy.” Segurou a maçaneta da porta e imitou o loiro na reverência.


“Engraçadinha.” Draco entrou seguido pela ruiva.


O restaurante não era luxuoso, nem simples. Era bonito e confortável, possuía espelhos e enormes janelas por todo o lugar, permitindo a visão do canal que em sua água refletia a lua e as estrelas no céu. Gina escolheu uma mesa para dois, de frente para a janela. Sentaram-se e Draco fez o pedido dos dois, enquanto a ruiva permanecia calada apenas observando a paisagem pela janela.


“Já passamos por essa cena.” Comentou Draco, referindo-se ao trem.


“Ahn?” Foi tudo que garota disse, sem animação.


“O que foi, Virgínia?” Perguntou o loiro, chamando-a pelo nome novamente, fazendo-a corar furiosamente.


“Ah...” Suspirou. “Eu queria saber o que está acontecendo na guerra. Como meus irmãos estão, como minha mãe está, meu pai, meus amigos...Harry...” Draco rolou os olhos ao escutar o nome de Potter. “Queria voltar para a casa.”


“E por que não volta?”


“Porque fui afastada, Malfoy. Meus irmãos não me deixariam pisar em Londres.”


“Eles não precisam saber, ora mais!” Revirou os olhos. “Por acaso eles mandam em você?”


“Tenho seis irmãos. Considere essa a sua resposta” Bufou. “Não é fácil. Afinal pra você é tudo muito fácil. Fugir da guerra, levar sua parte da herança com você e viver gastando ela, sem se importar com sua família ou sem se importar em ter uma família futuramente.”


“Weasley, não fale o que não sabe.”


“E o que eu não sei?”


“Eu pretendo ter uma família se você quer saber.” A ruiva arregalou os olhos, chocada. “O nome Malfoy precisa continuar. Só que para ter uma, eu preciso estar vivo e digamos que em Londres, eu não estaria.”


“É, tem razão. Duvido que saiba lançar uma azaração, não é Malfoy? Principalmente deter uma.” Segurou o riso, referindo-se ao quinto ano, quando o azarou.


“Olha aqui Weasley, se for pra jog...”


“Relaxa Malfoy, não vou te irritar por hoje, apenas me lembrei e resolvi comentar.” Sorriu. “Você fica vermelho quando fica irritado.”


“Além de crispar os lábios, eu fico vermelho?” Cruzou os braços, divertindo-se com a situação.


“Fica.” Finalizou rindo.


“Anda reparando demais em mim, Weasel.” Riu, ao ver o rosto da ruiva corar. “Você também fica vermelha, principalmente suas orelhas.”


“Mal de família.” Comentou, fazendo o loiro rir abertamente.


“Até que você não é tão insuportável assim.”


“E você nem é tão burro como eu pensava.”


“Burro?” Olhou-a escandalizado.


“Sim, ia até sugerir antes, para você comprar um cérebro com toda sua herança.” Falou tacando um pãozinho de aperitivo, que estava na mesa, na testa do loiro.


“Pára com isso, Virginia!” Riu.


“Não era Weasley?”


“Não, Weasley é para os seus irmãos sujos e insuportáveis. E já disse, você não é tão insuportável assim.” Falou, antes de seus pratos chegarem.


“Então, por favor, adoraria que me chamasse de Gina.” Sorriu com 32 dentes, ostentando um olhar pidão. Dando logo em seguida uma garfada em seu jantar.


“Não.”


“Não o quê?” Fitou-o, escandalizada.


“Não gosto de te chamar de Gina, todo mundo te chama de Gina.”


“Mas eu odeio meu nome!” Teimou.


“Não devia, Virginia é um bonito nome.” Sorriu torto.


“Você acha?”


“Não. Só queria agradar.” Falou sério, rindo logo em seguida, vendo a ruiva abaixar a cabeça. “Estou brincando, Virgínia, eu gosto do seu nome.”


“Também gosto de Draco.” Estreitou os olhos, pensando.


“Eu sei.”


“Sabe é?” Riu.


“Sei. Sou todo perfeito.” Sorriu pomposo.


“Aham.” Disse, revirando os olhos, com o comentário do garoto.


“Viu! Até você concordou!”


“Estava sendo irônica!” Protestou.


“Ironia não combina com você!”


“Engraçadinho.” Disse sarcasticamente.


“Não tente...”


“Draco!” Falou atirando uma cenoura de seu prato, nele.


“Não desperdice comida Virgínia!”


O assunto morrera durante o jantar. Os dois permaneceram calados. Gina pensava que Draco era apenas incompreendido. Ele sabia ser legal quando quisesse. Bom, pelo menos com ela.


“Já acabei!” Limpou a boca com o guardanapo.


“Também.” Chamou o garçom. “Por favor, uma garrafa de vinho tinto da casa.” Disse ao garçom, vendo o mesmo se afastar.


“Vinho?”


“Sim! Nunca bebeu, Virgínia?


“Não é isso.”


“Vamos fazer uma loucura?” Perguntou o loiro com um sorriso malicioso.


“Depende do tipo de loucura senhor Draco Malfoy, não me responsabilizo pelos meus atos logo em seguida.”


“Relaxa, ruiva” Riu, deixando o dinheiro em cima da mesa, e pegando a garrafa da mão do garçom que estava a sua frente. “Vamos.” Chamou a ruiva, caminhando os dois em direção à saída. “Pegue aquelas duas taças.”


“Como assim Draco?!”


“Apenas pegue, Virginia!” Olhou a ruiva ir à direção das taças que estavam em cima de uma mesa, e pegá-las, escondendo dentro de seu casaco e saindo do restaurante junto ao loiro. “Viramos ladrões agora?”


“Já disse, ruiva, vamos fazer uma loucura.”


“Isso não está nos meus planos.” Riu, caminhando até o parque junto à garota.


O parque estava vazio, não possuía ninguém, não naquela hora da noite, passaram horas no restaurante que nem perceberam que já eram quase meia noite. Caminharam um pouco mais, até chegarem a uma parte escondida do parque e sentaram-se de baixo de um velho carvalho que ali estava. A ruiva se acomodou na grama deitando-se olhando as estrelas, já o loiro encostou-se no tronco do carvalho, tentando abrir a garrafa de vinho.


“Dez a zero para o vinho.” Riu. “Segundo round!”


Há há há! Seu senso de humor me diverte.” Falou, conseguindo abrir a garrafa. “Dê-me as taças, Virginia.” Pegou as taças e encheu-as com vinho, deitando-se ao lado da ruiva logo em seguida. “A essa noite em Viena.” Estendeu a taça para o alto, junto à ruiva brindando.


“A esse dia em Viena.”


“Amém.” Falou, levando a taça à boca, vendo a ruiva rir logo em seguida.


“Eu contava as estrelas quando era pequena...” Comentou debilmente.


“Dizem que dá verruga.”


“É verdade.” Falou pensativa.


“Você já teve verruga?” Olhou-a escandalizado.


“Já! Milhões de vezes no dedão.” Mostrou o dedo a ele.


“Nossa Virginia. Isso realmente me surpreendeu.” Arregalou os olhos. “Vou parar de contar.”


“Estava contado?”


“Estava.”


“Draco Malfoy contando estrelas... Impressionante.” Bebeu o resto do conteúdo de sua taça, enchendo-a novamente. “Será que você conseguirá me surpreender mais?”


“O que foi?” Virou-se para ela. “Também sou humano, tenho sentimentos, conto estrelas...”


“Pára com isso, vai me fazer ter dor de barriga de tanto rir.”


“Isso é sério, Virginia! Eu estou aqui, humildemente me abrindo com você e você só ri.”


“Draco, pára!” Encarou-o, vermelha de tanto rir.


“Me apaixonei pela primeira vez com onze anos! E se você pensa que foi por alguma coisa material, não foi.” Riu. “Foi por uma garota.”


“Sério?”


“Sério.” Suspirou, enchendo novamente suas taças. “Era loira, parecia um anjinho.”


“Em Hogwarts?”


Draco levou um tempo para responder. Não. Ela era trouxa. Era o que ele deveria dizer, mas seu orgulho falara mais alto.


“Sonserina, é claro.”


“Imaginei.”


“Se contar isso alguém, juro que procuro você onde quer que estiver e te mato.” Revirou os olhos.


“Relaxa... ‘Hic’...” Soluçou. “Eu me apaixonei pelo Harry Potter” Riu, boba. “Eu sempre fui muito estúp...’hic’...ida!” Quando eu era criança criei uma ilusão de Harry Potter perfeito na minha cabeça. Ele não é isso. Ele é só um cara qualquer que tem todo o peso do mundo nas costas, o que me fez pensar que ele era um herói."


“Pára, Weasel. Se não eu vomito.”


“À vontade... Com certeza não me lembrarei de nada dessa noite.”


“Verdade?” Encarou-a. A Weasel não era de se jogar fora. “Então me dá isso aqui.” Tomou a taça dela, bebendo todo o líquido logo em seguida.


“Draco!”


“Você está bêbada.”


Nãotonão” Disse rápido e de maneira incompreensível. Fazendo Draco erguer uma sobrancelha.


“Eu falei, Weasel. Você está pior que eu.” Riu. “Por um momento tive vontade de te beijar.”


“Sério?” Ela riu, acompanhada por ele.


Gina aproximou-se lentamente da face corada de Draco, e sorriu.


“Considere-se bêbado, então.” O loiro permaneceu calado. Gina o beijou de leve. Um beijo diferente. Jamais imaginaria que Virginia Weasley pudesse beijar alguém dessa forma. Sentiu sua língua invadir sua boca, causando-o calafrios. Sua mão quente em sua nuca, puxou-o pra cima de si, acariciando suas costas com a outra, por dentro de sua blusa.


“Draco...” Interrompeu o beijo, sem poder continuar vendo que ele a beijou novamente.


“A gente podia fazer uma loucura.” Sussurrou, a olhando nos olhos, sorriu ao vê-la corar. Beijou-a novamente, de maneira mais intensa.


Abriu o zíper do vestido de Gina, e o puxou para cima lentamente.


“Draco, me entenda. Não posso.” Se recompôs, saindo de cima dele, deitando ao lado do loiro.


“Por que não, Virginia?” Tentou a encarar nos olhos, mas sentia-se tonto demais para isso.


“Temos uma atração física, Draco.”


“E pra essa atração física passar, nós temos que fazer jus a ela.” Encarou-a, ela era linda. Realmente linda. Seu beijo era doce, o que deixava Draco extasiado. “Vamos fazer uma loucura Virginia...” Repetiu, puxando-a para cima de si, entrelaçando sua mão na dela.


Gina estava em cima dele, com os joelhos um em cada lado, o encarava de cima, a visão era realmente perfeita. O loiro deitado na grama, com seus cabelos espalhados por ela. Levemente corado devido ao efeito do álcool e a situação, a boca entreaberta com um sorriso bobo, não podia negar que ele era irresistível. Ninguém iria ficar sabendo, iria?


NC17


A ruiva o beijou, com esse simples ato respondeu a pergunta de Draco, dando a ele uma deixa para continuar. Beijou violentamente e o mesmo correspondeu o beijo, acariciando suas costas. A virou pela grama, dessa vez ficando por cima dela. Sorriu ao vê-la corada com as mãos jogadas e o cabelo desalinhado. Fitou seu colo por um instante, era coberto por sardas que faziam um excêntrico contraste com sua pele alva e macia. A levantou de forma que ficassem sentados com as pernas entrelaçadas.


Abriu novamente o zíper do vestido de Gina, tirando por sua cabeça, dando uma visão perfeita de seu corpo nu. A fitou paralisado por um longo instante, parecia uma visão de pura luxúria. Seus cabelos ruivos estavam jogados levemente por seu ombro. Segurou o pulso da mesma, tirando de leve seus braços que impediam a visão de seus seios fartos e a beijou de leve. Terminando o beijo, com ele tirando sua blusa e jogando-a de lado.


“Draco...” Sussurrou, encarando-o nos olhos. “Eu sou...” Suspirou trêmula.


“Eu sei...” A beijou de leve nos lábios, interrompendo-a. “Confia em mim?” Recebeu em resposta um balanço de cabeça afirmativo.


Beijou-a novamente a deitando na grama. Levou sua boca à barriga inexistente e alva da garota e beijou levemente, percorrendo seus lábios por toda extensão da mesma. Subiu em direção aos seios de Gina, que subiam e desciam de acordo com a respiração ofegante dela, e os beijou de leve, mordiscando logo em seguida, recebendo gemidos abafados da mesma.


Livrou-se de suas calças logo em seguida, ficando com uma cueca ‘box’ preta, e sorriu, vendo a ruiva corar, virou-se para que ficasse deitado na grama e a puxou para cima de si, a ruiva ficou um pouco nervosa com o volume que sentia dentro da cueca do homem, com isso pôs-se a beijá-lo nos lábios de leve, descendo para o pescoço e percorrendo em direção a orelha, mordiscando seu lóbulo de leve. Desceu para o peitoral nu e bem definido do loiro e o beijou por toda extensão. Descendo para seu abdômen em perfeito estado, beijo-o. Sua língua percorreu um caminho do abdômen até sua boca, mordendo seus lábios de leve.


Ele a virou novamente, pondo-se em cima dela, levando sua boca ao ventre da mesma, acariciou suas coxas pela parte externa e beijou a extensão de sua virilha, escutando-a gemer e arfar. Sorriu torto e puxou sua fina calcinha para baixo, tirando-a devagar, sentindo a ruiva arrepiar-se e sua barriga contrair-se. Tirou sua ultima peça de roupa que lhe restara e voltou a beijar a boca da ruiva. Depois de um tempo o beijo parou. Logo em seguida Draco a olhou nos olhos, como se tivesse pedindo permissão para continuar. A ruiva balançou a cabeça positivamente e o olhou nos olhos, esperando o primeiro ato.


O loiro ainda a olhando nos olhos, pressionou seu membro contra o sexo da garota, que apenas abriu as pernas aos poucos, permitindo a entrada do mesmo. Queria ver a expressão da ruiva, suas caras e bocas, enquanto a penetrava. Gina no começo sentiu uma forte pontada, fazendo sua boca se abrir levemente, fechou os olhos querendo amenizar a dor e gemeu. Draco apenas sorriu, prosseguindo com o ato. Quando a penetrou por completo, deixou-o lá, até que se acostumasse. Logo em seguida começou a movimentar-se levemente, recebendo em resposta gemidos, arranhões e contrações da ruiva.


O ritmo aumentava aos poucos. Draco a beijava de leve, e a olhava nos olhos, não queria perder nenhuma expressão, queria ver se ela estava gostando. Logo a expressão de dor de Gina passou para uma expressão de prazer, que entorpeceu Draco, fazendo-o aumentar o ritmo freneticamente. A ruiva gemia junto com o loiro que arfava, beijaram-se e logo se encararam novamente, antes de chegarem ao ápice do prazer.


NC17


Deitou-se ao lado do loiro na grama e respirou profundamente. Sorriu debilmente ao pensar no que tinha feito, tinha transado em um parque. Sua primeira vez tinha sido em um parque em Viena com Draco Malfoy. Nunca em sua vida imaginara isso. Por um instante o sorriso se desfez ao pensar no que podia acontecer depois. Eles nunca mais se veriam e as famílias nunca aprovariam. Ela se aconchegou nos braços do loiro, que havia a puxado para perto e encostou sua cabeça em seu peito nu.


“Draco...”


“Uhn?” Perguntou, acariciando os cabelos ruivos da garota.


Ginny sussurrou algo inaudível, antes de o sono a alcançar. O loiro não havia entendido nada do que ela tinha falado, não queria entender. Apenas a beijou na testa e levantou-se, pegando sua cueca e sua calça, vestindo-se, ficando apenas com o peitoral nu. Cobriu-a com seu casaco e deitou-se novamente na grama, abraçou-a e adormeceu.

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