Surpresas



Capítulo 22 Surpresas


(N/A: Narração de Sirius)


(N/A²: Mas esse Sirius é um folgado mesmo! Só por que eu dei uma brechinha, ele quer narrar o tempo todo agora!)


(N/Sirius: Hey! Eu não tenho culpa se minhas narrações são as melhores!)


(N/A:revira os olhos Tá Sirius, será que dá pra a gente voltar à história?)


(N/Sirius: Ok, ok...)


- E nós vamos fazer...? – perguntei para quebrar o silêncio instaurado após a saída de Remo.


- Preciso ir à Hogsmead. – falou Alex em resposta encarando o nada.


- O quê? – perguntou Lily como quem não ousa acreditar no que ouviu.


- Preciso ir à Hogsmead. – Alex repetiu com mais convicção – Preciso comprar um presente para o Remo.


- Mas nós não podemos, não é dia de visita ao povoado e eles jamais nos deixaram sair. – falou Lily.


- Na verdade Lily, eles não precisam deixar. – falou James.


- E também não há como sair sem que eles saibam. – acrescentou Lily com aquele ar meio irritante de cdf.


- Você leva? – perguntou James olhando para mim e ignorando completamente o último comentário de Lily – Acho melhor só um de nós acompanhá-la para não dar muito na vista, talvez haja professores...


- Tudo bem. – respondi – Vocês vão querer alguma coisa?


- Não. – respondeu James me olhando de um jeito que dizia claramente “Zonkos”.


- Traz chocolate pra mim? – perguntou Liz.


- Trago sim. – respondi – E você Peter?


- Um kit básico da Dedosdemel. – respondeu contando o ouro e me entregando em seguida.


- Por que estão agindo assim? Não vão conseguir sair. – falou Lily ainda com o mesmo tom irritante. James, Peter e eu a olhamos e, sem conseguir segurar, caímos na gargalhada – Qual é a graça? – perguntou ficando irritada.


- Aiai Lily... – falou Liz – Você, por acaso, já ouviu falar de alguma façanha que esses quatro não conseguiram realizar?


- Ah... – Lily pensava em algo para responder.


- Exato. – falei me levantando – Alex, dez minutos, na sala comunal. – conclui e saí da mesa.


- Como ele vai fazer isso!? – ouvi Lily perguntar.


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(N/A: Narração de Lily)


- Preciso me arrumar. – falou Alex se levantando e saindo da mesa. Me virei para Liz.


- Preciso organizar umas coisas do clube... – disse Liz e se levantou também.


- Equipe de quadribol... – murmurou James beijando minha bochecha antes mesmo que eu o olhasse e foi embora.


- Eu vou com você. – falou Peter seguindo James.


- Não tenho a mínima idéia. – falou Alice levantando as mãos quando me virei para ela e Frank.


- É impressão minha ou estão me escondendo algo? – perguntei mais para mim do que para eles que apenas deram de ombros.


O dia passou lento e monótono, todo mundo vazou e como eu não queria ficar segurando vela (já que o Sr. Potter resolveu fugir também), fui para o lugar mais calmo de toda a escola onde eu poderia me distrair por bastante tempo sem que ninguém me incomodasse: a biblioteca. Sem ter realmente algo específico para procurar, fui à seção de transfiguração. Sabe, agora que conheço três animagos, o assunto se tornou mais atraente.


Minha admiração pelos marotos crescia a cada página que eu virava. Era magia muito complexa e extremamente perigosa se feita de maneira incorreta, é realmente impressionante que eles tenham conseguido sozinhos.


- Animagia é mesmo fascinante. – falou uma voz desconhecida. Derrubei o livro com o susto – Oh, me desculpe, não queria te assustar. – disse o dono da voz se abaixando para pegar o livro – Aqui. – falou me entregando o livro.


O dono da voz era uma garoto loiro, de cabelos curtos, alto, forte, com um lindo sorriso e olhos num tom de azul escuro que eu nunca tinha visto antes, era como um azul petróleo. (N/A: Tô imaginando um cara no estilo Ryan do TheO.C. e babando aqui no teclado...)


- Não foi nada, eu é que estava distraída... – falei pegando o livro de suas mãos – Obrigada. – ele sorriu – Ah, eu sou Lílian, Lílian Evans. – completei lhe estendendo a mão.


- Prazer Srtª. Evans. – cumprimentou apertando minha mão – Sou Jack Blanchett.


- Você é um dos alunos novos, não é?


- Sou sim, vim de Halcanfiel para o último ano. (N/A: Nome muito tosco... Ignorem)


- Está curtindo Hogwarts?


- Ainda não posso dizer muita coisa, mas tudo o que vi até agora é incrível, só estou um pouco perdido.


- Isso é normal... Em pouco tempo você se acostuma.


O assunto acabou e por uns tempos ficamos em silêncio.


- Escuta Blanchett, ainda temos duas horas até o almoço... Quer dar uma volta pela escola? Assim eu te ajudo a se achar por aqui.


- Só se me chamar de Jack. – respondeu sorrindo amigavelmente.


- Tudo bem, Jack, vamos?


- Agora mesmo. – falou animado – Onde vamos primeiro?


- Hum... Que aulas você está cursando? – perguntei para ter uma idéia de onde levá-lo – Aliás, me chame de Lily.


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(N/A: Narração de James)


- É sério! Já procurei pelo castelo inteiro! – resmunguei pela milésima vez em trinta minutos.


- James, caso não tenha notado, estamos em um castelo GIGANTE! Você não acha que seria um pouco de sorte topar com ela por aí? – falou Liz – Vê se relaxa.


- Por que não olha no mapa? – perguntou Peter.


- Aluado levou... E se ela ficou irritada por hoje de manhã? Sabe que ela odeia segredos.


- Se ela estiver irritada, nós resolvemos. – disse Alex – Agora, por favor, relaxa e come!


- Não estou com fome.


- Então cala essa boca e nos deixa comer que nós estamos. – falou Sirius.


- Delicado como sempre... – comentou Liz.


- O almoço está quase acabando e nada da Lily. – reclamei outra vez.


- Graças a Merlin! – falou Peter – Ela está ali James. – acrescentou apontando para as portas do grande salão onde duas pessoas entravam rindo.


Uma, inconfundivelmente ruiva, era Lily e a outra era um garoto novo. Não gostei dele. Pararam perto das mesas, conversaram algum tempo e, por fim, se separaram. Ele para a mesa da Lufa-Lufa e Lily corria os olhos pela mesa da Grifinória até nos achar e vir em nossa direção.


- Oi gente. – falou sorridente sentando ao meu lado.


- Ainda bem que você chegou Lily, alguém aqui estava dando um pití. – disse Sirius.


- Quem era aquele Lily? – Liz perguntou interessada olhando para a mesa da Lufa-Lufa. Ótimo, assim eu fico sabendo quem é o sujeito e não preciso passar por ciumento.


- Jack Blanchet, um dos alunos novos. – respondeu Lily servindo purê ao seu prato – Está na nossa turma. – fechei um pouco a cara.


- Uhh, ele é uma gracinha. – falou Liz ainda observando.


- Não vejo nada de mais nele. – Sirius retrucou rabugento.


- Fica quieto Sirius, você não entende nada de homem. – Liz rebateu – Ou entende? – perguntou provocando.


- Esses dois não tem jeito... – falou Alex para Alice.


- E aí galerinha!! – falou uma garota de longos cabelos ondulados e negros sentando-se ao lado de Almofadinhas e beijando-lhe o rosto.


- Andie! – cumprimentou Sirius – Como vai minha priminha favorita?


- Muito bem, obrigada. – Andie respondeu animada – Ah, consegui pegar as coisa que você me pediu, te passo mais tarde. Régulo quase me pegou no flagra.


- Eu já disse que te amo Andie? – perguntou Sirius – Como estão as coisas por lá?


- Nem queira saber... Sua mãe ainda está furiosa. Quase tacou fogo na casa por que não conseguiu destruir a decoração do seu quarto, Tio Ignatius que a impediu.


- Andrômena Black! Estive te procurando por todos os lados! – uma garota de cabelos alaranjados se aproximava.


- Desculpa Kate, me esqueci. – falou Andie – Vim falar com meu primo Sirius.


- É, eu sei quem é... Quem não sabe? – falou a garota – Vamos logo, Hagrid está nos esperando... Ele me disse que vai nos mostrar umas criaturas que estudaremos este ano.


- Eu duvido. – Sirius se intrometeu na conversa – Hagrid não é muito de criar bichos inofensivos como os estudados no terceiro ano...


- Ok, vamos indo então. Tchau gente! – falou Andie e saiu com a amiga Kate.


Ficamos esperando Lily acabar de comer e fomos para a sala comunal procurar o que fazer. Frank e Alice sentaram em uma poltrona. Liz tirou tinta, pena e pergaminho do bolso e se pôs a escrever algo. Sirius e Peter falavam sobre amenidades sentados no chão. Lily sentou num sofá próximo a Frank e Alice e eu deitei o mesmo com a cabeça em suas pernas.


- Como vocês saem do castelo? – perguntou de repente depois de um tempo.


- Passagens secretas. – respondi;


- Jura? – perguntou surpresa – Me mostra?


- Ah Lily, eu não posso.


- Por que não?


- Regras marotas. Não mostramos as passagens a ninguém.


- Mas mostraram à Alex.


- Tá, mas ela é namorada do Remo e...


- E eu sou sua namorada, não? – ela estava começando a ficar vermelha, mal sinal...


- É diferente, você é... – mas me calei imediatamente.


- Sou...? – insistiu.


- Bem, você... Você é... Monitora-chefe. – terminei num sussurro quase inaudível.


- James Potter! – disse quase gritando e com o rosto vermelho – Eu não posso acreditar no que acabei de ouvir!


- Lily, escute, eu não...


- Estou ouvindo. Ouvindo meu próprio namorado me discriminar por ser uma monitora!


- Olha, me desculpa, eu me expressei mal...


- Oh, eu receio que desculpas não serão o suficiente James Potter. – e dizendo isso, se levantou bruscamente (me derrubando do sofá como conseqüência) e saiu em direção ao buraco do retrato.


-Tsk, tsk, tsk... – Sirius balançava a cabeça negativamente – Mal jeito Pontas.


- Ela exagerou. – resmunguei aborrecido me levantando.


- Um pouco, mas você sabe, é a Lily. – falou Alice – Tem que tomar cuidado com o que fala.


- É James, acho que você não precisava esconder dela. – falou Sirius – Não acho que ela nos denunciaria.


- Mas a Lily precisa reconhecer que exagerou. – disse Liz.


- Alguém sabe o que aconteceu com a Lily? – perguntou Remo entrando na sala – Ela quase me atropelou agora há pouco... – e se calou com o meu olhar – Ah... Será que alguma de vocês pode chamar a Alex lá em cima para mim?


- Eu vou. – disse Liz e se retirou.


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(N/A: Narração de Lily)


Saí do salão comunal tão irritada com James que nem parei para pedir desculpas ao Remo por quase derrubá-lo quando ele estava entrando.


Não acredito! Simplesmente não acredito que o James tenha me dito uma coisa daquelas. É tão... Repugnante. Não confiar em mim... Que absurdo!


Eu acho que você exagerou um pouco...


Exagerar!? Ele desconfiou de nós! Achou que o entregaríamos.


Oh não, essa eu NÃO vou perdoar fácil MESMO! Onde já se viu tamanho preconceito com a própria namorada


Eu concordo, se ele não gosta que sejamos monitoras por que pediu pra namorar com a gente?


Ah! Dêem um tempo vocês duas! Ele só se expressou mal e já ficam jogando pedras! Acham mesmo que ele não gosta de nós do jeito que somos? Acham mesmo que depois de anos nos pedindo para sair ele não teria reparado que somos monitoras


Pois é, nos pediu para sair por anos e ainda se ao luxo de ter preconceito contra nós, aqueles marotos...


- Lily? – chamou uma voz atrás de mim.


- Oh, oi Jack. – cumprimentei ao me virar e ver quem era.


- Que está fazendo aqui? – perguntou e eu percebi que estava perto da sala comunal da Lufa-Lufa. Eu nem reparei onde estava indo.


- Nada. – respondi sinceramente – Só dando uma volta pelo castelo... Como sempre.


- Você não parece muito bem Lily, quer conversar? – perguntou gentilmente.


- Por que não... – murmurei para mim mesma – Vamos lá para fora, acho que um arzinho vai me fazer bem.


Fui para os jardins com Jack contando toda a história sobre James e eu. Toda mesmo, desde o comecinho (claro que não coloquei detalhes, afinal, são seis anos de história!)


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(N/A: Narração de Alex)


- Oh meu... Remo... É tão... Tão...Quero dizer, este lugar... – as palavras se perdiam à caminho da boca. Eu nem conseguia acreditar no que estava diante de meus olhos.


Ao sair da sala comunal, Remo me levou para uma passagem atrás de um espelho no quarto andar e saímos num bosque que eu suspeito ficar perto de Hogsmead, embora nunca o tenha visto antes. Andamos alguns minutos e viemos para aqui. Este é o lugar mais lindo que já vi.


É um imenso jardim, com flores de todos os tipos até onde a vista alcança. Há um lago mais ou menos no centro e haviam borboletas voando pelo local.


- É tão lindo... – murmurei finalmente.


- Vamos? – perguntou me oferecendo o braço que eu aceitei.


Caminhamos mais algum tempo entre as flores e, perto do lago, havia uma toalha estirada perto de várias tulipas, minhas flores favoritas.


- Como achou esse lugar? – perguntei depois d nos sentarmos.


- Não foi muito difícil, eu já sabia que existia, mas não sabia onde ficava, levei quase a manhã toda para achar. – respondeu sorrindo.


- Você é perfeito Remo! – falei me jogando em cima dele e o derrubando de costas no chão – Posso supor que as tulipas são propositais?


- Lily me contou tudo que eu precisava saber. – confessou – Posso deduzir que você gostou? – perguntou carinhoso.


- Não, por que eu amei! – falei beijando-lhe brevemente.


- E tem mais uma coisa. – falou voltando a se sentar e procurando algo no bolso interno da capa – Quero te dar isto aqui.


Ele colocou uma caixa de veludo azul claro em minhas mãos, eu o olhei intrigada e logo descobri que ela continha uma linda e fina corrente de prata com um pingente em forma de coração também de prata.


- Ah Remo, você não...


- Eu sei, mas eu queira. – me interrompeu.


- Coloca em mim? – perguntei virando as costas sem esperar resposta.


- Agora, quando você estiver pensando em mim, eu saberei. – falou fechando o colar em meu pescoço.


- Por quê? – perguntei sem entender.


- Metade do pingente foi encantado para só aparecer quando você estiver pensando em mim. – eu o olhei sorrindo impressionada.


- Então terei sempre um pingente inteiro. – falei e olhando em seus olhos e começamos a nos beijar apaixonadamente.


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(N/A: Narração de Liz)


- O que ela está fazendo de novo com aquele cara? – perguntou James muito irritado que olhava pela janela e tinha um grande pedaço de pergaminho nas mãos.


- Do que está falando James? – perguntei distraidamente pondo pontos nos is que acabei de escrever.


- Da Lily, conversando com aquele tal Blanchett outra vez. – resmungou olhando pela janela. Franzi a testa.


- Onde eles estão? – perguntei enrolando o pergaminho que escrevia.


- Perto da cabana de Hagrid.


- E você consegue distinguir daqui!? – perguntei espantada – Quantos graus esses óculos aumentam? – me aproximei da janela para olhar e o ouvi murmurando algo parecido com “malfeito feito”.


Com certeza, havia duas pessoas passeando perto da cabana de Hagrid, mas era simplesmente impossível que alguém conseguisse reconhecê-los.


- James, pode não ser a Lily e nem o Blanchet. – falei seguindo a lógica – É meio que impossível ter certeza se são eles.


- Eu sei que são eles. – falou com convicção.


- James, James... Relaxa um pouco ok? Eu sei que está irritado pela discussão hoje mais cedo, mas vai piorar um pouco as coisas se você estiver desconfiado de algo que a única prova é sua imaginação quando vocês forem conversar.


- Você não entende Liz, fica de fora! – falou de forma extremamente grossa.


- Olha James, eu estava tentando ajudar! Você não precisa ser tão grosso! – falei irritada e saí da sala comunal.


Odeio que descontem a raiva em mim. Tudo bem que ele está irritado, mas precisava isso?


Legal... Agora todos sumiram e eu simplesmente não tenho o que fazer... Onde será que aquele povo se meteu?


Fui andando até o banheiro mais próximo para dar uma olhada no meu visual antes de sair por aí. Não posso dar essa bobeira com tantos garotos novos andando por aí, não é?


Entrando no banheiro, encontrei McKinnon conversando aos cochichos com Emelina Vance. Elas pararam ao me ver entrar. Tive a estranha sensação de que estavam falando de mim... Mas deve ser neura minha.


Percebi que as duas me olhavam enquanto tentava arrumar o cabelo. Emelina cochichava algo para McKinnon, parecia estar encorajando-a a fazer alguma coisa. Bem, eu não fiquei lá para saber o que era e assim que terminei, saí do banheiro.


- Hey! Costa! – chamou uma voz quando eu tinha me afastado apenas poucos passos da porta do banheiro. Era McKinnon.


- Sim. – respondi educadamente me virando para encará-la.


- Eu queria te fazer uma pergunta... – falou meio sem jeito. Percebi que era disso que elas estavam falando.


- Estou te ouvindo.


- Você... Você e... Você e Black estão tendo alguma coisa? – perguntou e ficou muito vermelha logo em seguida.


- Não que eu lhe deva alguma satisfação da minha vida McKinnon, mas eu posso ao menos saber por que a informação lhe interessa? – perguntei. É, eu sei que foi meio grosseiro, mas qual é? Essa pergunta me irritou!


- Oh... É que... Uma amiga minha me disse e... Ela gosta dele e queria se é verdade. – respondeu ficando mais vermelha a cada sílaba.


- Tranqüilize sua amiga. – falei sabendo muito bem quem era a “amiga” dela – Ele está solteiríssimo. Era só isso?


- Era. – ela pareceu muito aliviada.


- Então, tenha uma boa tarde. – desejei muito educada para o meu nível de irritação.


- Ah, pra você também. – falou virando as costas e correndo de volta para o banheiro.


- É, parece que o Sr. Black não vai encontrar muita dificuldade... – falei para mim mesma.


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(N/A: Narração de James)


Assim que Liz saiu da sala comunal, resolvi que queria ver aquilo de perto. Eu estava praticamente explodindo de ciúmes ao ver os dois pontos intitulados “Lílian Evans” e “Jack Blanchett” andando juntos pelos jardins.


Subi até o dormitório, retirei a capa da invisibilidade do malão, cobri-me com ela e fui rumo aos terrenos de Hogwarts. Por que diabos a torre da Grifinória tinha que ser uma das mais altas do castelo? Me perguntava enquanto descia as escadas apressado.


Segundo o mapa, eles continuavam juntos no jardim, chegaram a um lugar onde geralmente está vazio (como agora!) e ela sabe disso. Reduzi os passos ao me aproximar do casal para que eles não me ouvissem.


- Ainda não acredito que fiz isso. – a voz de Lily chegou aflita aos meus ouvidos.


- Calma Lily, não foi nada de mais. – disse o tal Jack. Agora eu já podia vê-los.


- Você não entende Jack, quando as pessoas souberem...


- Ninguém vai saber Lily, olha, eu não vou contar e também não tinha mais ninguém vendo, certo? – ele estava com as mãos nos ombros dela e tentava fazer com que ela o olhasse. Estavam próximos de mais.


- É... É, você tem razão. – falou Lily parecendo mais tranqüila – Obrigada Jack, você sabe como acalmar uma garota. – completou abraçando-o.


- Não precisa agradecer Lil, foi um prazer. – falou sorrindo e afagando os cabelos da MINHA Lily!!


Aquela cena foi de mais para mim, saí de lá andando o mais rápido que pude sem me importar em esbarrar nas pessoas ou em qualquer outra coisa. Voltei ao dormitório, apanhei minha vassoura e, em poucos minutos, já estava percorrendo os jardins outra vez rumo ao campo de quadribol ainda em baixo da capa para que ninguém me interrompesse.


Desejava que o campo estivesse sozinho para que eu pudesse extravasar tudo o que estava sentindo naquele momento. Não era bem raiva, acho nunca poderia descrever realmente o que estava sentindo apenas com palavras. Era frustração, decepção, raiva da Lily, raiva do tal Jack, raiva de mim mesmo por ser tão tolo junto com a sensação de perda e culpa e vontade de gritar junto com a de correr para ela e perguntar o porquê de tudo aquilo.


O céu vespertino quase não era visível por trás da grande quantidade de nuvens cinzentas que se espalhavam por sua extensão. O campo estava vazio como eu queria, então fui até o meio, larguei a capa no chão e dei o maior impulso que consegui.


Ganhar os céus é uma das melhores sensações que se pode ter. O vento forte varre todos os pensamentos ruins e os problemas deixados no solo parecem pequenos, distantes e insignificantes.


Tirei do bolso o pomo roubado há alguns anos atrás, soltei-o e algum tempo depois passei a persegui-lo. (N/A: Tá, eu sei que o James não era apanhador, mas já que eu o coloquei está nessa posição antes, fica assim mesmo.)


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(N/A: Narração de Sirius)


(N/A: AHÁ! Olha eu aqui de novo!)


(N/A: Sem comentários...)


Aaaaaaaaaaaaaaaaaaff!!! Será possível que tá todo mundo estressado nesse castelo hoje? Lily se estressou com James porque ele não soube escolher as palavras. James, por sua vez, ficou estressado com a Lily e acabou descontando na Liz que se estressou também e quase me bate simplesmente por que eu a perguntei se ela tinha visto a McKinnon por aí. Como se isso não fosse o suficiente, lá vem o Filch (estressado porque o castelo está mais cheio que o normal) e cisma que estou armando alguma, me revista e ainda coloca essa maldita gata pra ficar me seguindo. Eu mereço?


A parte boa é que encontrei uma sala vazia num corredor igualmente vazio no andar de cima, entrei, me transformei, coloquei o bichano pra correr e agora posso retomar minha caminhada em paz.


- Onde exatamente estamos indo Almofadinhas?


- Exatamente para lugar nenhum Rabicho. – respondi de bom humor.


- E em que parte do castelo fica? – eu pensei mesmo que estaria em paz?


- Deixa pra lá...


- E como estão as coisas entre você e a Liz? – perguntou Peter depois de algum tempo de silêncio.


- Continuamos com a nossa grande amizade. – respondi meio sem entender o porquê da pergunta – Eu até diria que a considero parte da minha família se não achasse que isso é uma grande ofensa. – completei pensativo.


- Você não é mais um Black, Sirius. – falou uma voz irritante e conhecida vinda da direita.


- Isso seria extremamente agradável se fosse verdade Régulo. – falei me virando para encarar meu irmão – Mas, infelizmente, não posso me livrar deste maldito sobrenome.


- Se misturando com mestiços, sangues-ruins e traidores do próprio sangue... Você nunca mereceu ser dessa família. – falou Régulo pretendendo me irritar. Reparei no distintivo em suas vestes.


- Ora, parabéns Régulo. A morcega velha ficou orgulhosa com seu distintivo? – perguntei olhando com nojo a insígnia reluzente verde e prata.


- NÃO OUSE FALAR ASSIM DA NOSSA MÃE! – gritou me cuspindo um pouco.


- Se você gosta tanto da megera Reg, - respondi calmamente limpando os respingos de saliva do rosto – pode dizer que ela é só sua. – completei com o sorriso mais agradável que consegui – Até mais Reg.


Tinha me afastado somente alguns passos quando ouvi o feitiço sendo lançado. Por sorte, tenho reflexos extraordinários que me permitiram rebater a azaração antes mesmo que meu “querido” irmãozinho terminasse de pronunciá-la e, mais poucos segundos depois, ele estava com a língua colada ao céu da boca.


- O que foi que você disse Reg? Não consigo te entender. – falei arrancando risos de Peter – Nós vemos por aí. – completei desejando que isso não acontecesse.


Continuei meu caminho para fora do castelo. Apesar de um pouco frio, a tarde estava bem agradável para um passeio pelos jardins.


- Não acha que ele pode nos trazer problemas? – perguntou Peter quando já estávamos do lado de fora.


- O idiota do meu irmão! Tá brincando? – falei impaciente – Ele não consegue causar problemas nem para os primeiranistas.


Sem dizer mais nada, nos encaminhamos para a sombra da nossa árvore favorita. Eu me deitei na grama e fechei os olhos, Rabicho sentou-se ao meu lado e ficou observando o lago em silêncio e assim se passaram alguns minutos.


- Sirius? – abri apenas um olho para ver quem era.


- Lily! A que devo a honra de sua presença? – cumprimentei sem me levantar.


- Nada de mais... – respondeu sem graça – Eu só estava pensando se você teria visto o James por aí.


- Bom, eu o vi na sala comunal mais ou menos uma hora atrás. – respondi ainda deitado. Queria me levantar e falar com ela direito, mas a preguiça não permitia.


- Não, acabei de voltar de lá. – falou desanimada.


- Não fique assim ruivinha, ele aparece daqui a pouco. – pisquei para ela.


- Não deixa ele te ouvir falando assim.


- Nunca! Tenho muito amor ao meu rosto perfeito. – falei fingindo ter medo. Lily riu – Deita aqui e relaxa Lily, tudo vai se resolver.


- Acho que vou aceitar o seu convite. – disse e deitou-se ao meu lado.


Silêncio mais uma vez. Odeio silêncio. Rabicho estava calado, Lily estava calada, eu não sabia o que dizer a uma garota que briga com o namorado...


- Sirius? – Lily chamou num murmúrio depois de alguns minutos. Provavelmente ela achou que eu estava dormindo já que voltei a fechar os olhos.


- Hum. – resmunguei sinalizando que estava ouvindo.


- Acha que o James está muito irritado comigo? – percebi a insegurança em sua voz.


- Eu não sei dizer muito bem Lily, mas tenho certeza que se você falar com ele tudo se resolve. – respondi.


- É... Eu exagerei um pouco, não foi?


- Um pouquinho, mas o James também não soube medir as próprias palavras. – respondi enrugando a testa – Eu acho que vocês dois se devem desculpas.


- Obrigada.


- Disponha.


- Sirius?


- Sim Lily.


- Ser monitora é tão ruim assim? – perguntou em tom triste e pensativo.


- Claro que não Lily! – respondi rindo – Só quando se é da Sonserina e faz de tudo para estragar os planos dos marotos. Olha só o aluado, ele é um maroto monitor e nem por isso o deserdamos. Aliás, você é a monitora-chefe mais legal que Hogwarts já teve.


- Mas é que...


- Eu sei Lily, eu estava lá. – interrompi já sabendo o que ela ia dizer – O James apenas se expressou mal e ele próprio sabe disso.


- Obrigada mesmo Sirius. – falou se esticando para beijar minha bochecha – Você é um amor, sabia?


- Claro que eu sabia! – brinquei – E eu já disse que disponha. Apesar de comprometida com o Pontas, tem Sirius para você também.


- Convencido! – falou rindo e dando um tapa fraco em meu ombro – Acho que vou procurá-lo então... – completou pensativa.


- Tem todo o meu apoio. – falei encorajando.


- Certo. – falou se levantando – Até mais gente. – completou já dando as costas.


- Sabe Rabicho, o Aluado que me perdoe, mas eu realmente mereço ser padrinho deste casamento. – comentei olhando para as nuvens.


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(N/A: Narração de Lily)


Me sentindo muito melhor e bem mais confiante depois das conversas que tive com Jack e Sirius, resolvi ir atrás de James para resolvermos logo este assunto, afinal, passei quase a tarde inteira falando disso, quando mais cedo acabar, melhor.


Estava caminhando lentamente para o castelo quando olhei na direção do campo de quadribol quando vi um borrão cortar o céu e um fraco sorriso apareceu em meu rosto. Eu devia ter adivinhado...


Passei algum tempo apenas o observando de um canto escondido perto dos vestiários. Ele voava muito rápido fazendo vários mergulhos e manobras perigosas e desnecessárias. O pensamento de que isso seria para extravasar os sentimentos passou pela minha cabeça me deixando m pouco receosa. Mas eu nunca vou saber se não for, certo?


Fui até o meio do campo o seguindo com os olhos, ele ainda não percebera minha presença.


- James! – chamei alto. Ele parou bruscamente e olhou em volta em busca de quem o havia chamado.


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(N/A: Narração de James)


- Lily. – murmurei ao ver a figura ruiva me encarando no meio do campo.


A onda de sentimentos que havia, por alguns minutos, me abandonado retornou com intensidade. Eu não sabia o que ela estava fazendo ali, o que queria ou como devia reagir a isso. Fiquei apenas olhando-a no mesmo lugar pelo o que pareceram longos minutos.


- Pode vir aqui? – perguntou – Nós precisamos conversar.


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