Seqüelas



Capítulo 08 – Seqüelas

(N/A: Narração de Liz)


James estava indo atrás do Ryan pra fazer alguma loucura, e como eu não quero um amigo assassino, fui atrás dele pra tentar convencê-lo a mudar de idéia, por mais que isso pareça impossível, afinal, estamos falando de James Potter.

- James, por favor, não faz isso, por favor, não vale a pena... – supliquei.
- Tarde de mais. – respondeu. Eu olhei pra frente e vi que o Baker estava vindo na nossa direção.

Ai meu Merlin, lá vem confusão...

- Olha só quem resolveu aparecer... Potter, Costa. – falou Baker desdenhoso quando nos viu.

Sabem o que James respondeu? Nada, ele simplesmente foi pra cima do cara já metendo-lhe um murro na cara!

E não parou por aí, Baker respondeu com um soco na barriga, James deu outro soco na cara de Baker e os dois caíram no chão, James estava por cima dele. Ryan lhe deu dois socos na barriga e por um tempo conseguiu assumir o controle. Eles pareciam dois pirralhos brigando, por mais preocupada que estivesse não consegui controlar minha vontade rir, afinal, a cena não deixava de ser engraçada. Imaginem, dois caras de quase adultos se embolando no chão como dois pirralhos...

Mas começou a ficar sério. James deu uma cotovelada nas costelas dele (essa doeu até em mim) e depois o levantou e o encostou numa árvore. Isso está ficando muito perigoso, melhor eu interferir.

- James pára! Você vai machucar ele seriamente. – falei me aproximando um pouco receosa.
- É isso que eu quero. – respondeu sem olhar. O ódio na voz dele deu medo, fiquei até arrepiada.

Baker empurrou James e lhe deu um chute na barriga. James foi parar no chão, mas se levantou rápido e se jogou em cima do Baker jogando ele no chão de novo. Isso tudo enquanto eu gritava tentando fazer eles pararem. Eu estava tentando tirar o James de cima do Baker quando senti dois braços me puxarem com força pra trás me fazendo cair de bunda no chão (foi uma queda ridícula, mas não vou descrever por que tinham coisas mais importantes acontecendo). Eu pensava que a noite estava salva por que alguém ouviu os meus gritos e veio ajudar, mas não, sempre tem um jeito das coisas piorarem. Sim, alguém ouviu meus gritos, mas esse, aliás, esses alguém eram os dois amigos do Baker. Pronto, agora f**** tudo, por que os amiguinhos do Baker estão ajudando eles. Isso é covardia! Mas eles ligam? Claro que não. Ai Merlin, o James começou a apanhar feio, eu tenho que fazer alguma coisa!

Eu tentei gritar, eles não me ouviram. Eu tentei tirar os caras de cima do James, mas cada uma é três vezes (no mínimo) mais forte do que eu. O que mais eu podia fazer? Sair correndo pra chamar reforços.

Foi o que eu fiz, saí correndo desesperada, rezando pra que James ainda estivesse vivo quando eu voltasse.

Não demorou muito até eu avistar Alice, Alex, Sirius, Remo e Peter. E já que eu não podia perder tempo correndo até lá, comecei a gritar pra eles virem, graças a todos os seres divinos eles me entenderam e correram pra me seguir.

Quando chegamos lá vi uma luta completamente injusta. Merlin! São três, batendo em um cara de óculos e ainda mais caído no chão! Que covardes! Bem, voltando ao assunto, eu achava que estava tudo salvo quando cheguei lá com os outros marotos, que Remo ía conseguir fazer eles pararem, mas não, Sirius puxou o Baker e um dos amigos de cima de James e Remo já entrou dando um soco na cara do que restou (PASMEM! Remo Lupin brigando) dando um tempo para James se levantar. Peter emperrou ao meu lado sem saber se ajudava ou não.

E agora começou uma briga pior do que a anterior, James está brigando com Baker, Sirius com Geller, Remo com Andrews e eu estava quase arrancando os cabelos de preocupação tentando pensar num meio se fazer eles pararem enquanto as três criaturas ao meu lado apenas olhavam tudo de boca aberta. Pode?

Foi na hora que eles se separaram por dois segundos que eu puxei os três pra o meio.

- Agora parem, é sério. Nós não vamos sair daqui. – falei segurando as meninas e Peter entre os dois grupos.
- É melhor a gente ir pra casa mesmo gente. – falou Remo – Já deu por hoje. – completou virando as costas.
- Isso vai ter volta Potter. – ameaçou Baker.
- Estou morrendo de medo. – respondeu James debochado.

Graças a Merlin alguém aqui além de mim resolveu escutar a voz da razão. Depois que Remo falou, todos pareceram pensar o mesmo e com um último olhar de ódio cada um pra o seu lado. Já era hora disso acabar, os garotos estavam num estado deplorável, James estava começando a ficar com as marcas roxas, com os braços um pouco cortados e a boca sangrando. Remo estava totalmente descabelado, com um corte acima da sobrancelha e uma mão segurando as costelas (obra de um belo chute) e Sirius era o mais inteiro de todos (o que não podemos dizer o mesmo do Geller), ele estava só com algumas marcas no rosto e nos braços. Eu também não estava nenhuma maravilha, afinal, passei a noite toda correndo pra lá e pra cá, gritando, tentando segurar o James, sendo jogada no chão... E é claro estávamos todos sujos de terra.

Voltamos para casa em silêncio, as pessoas viravam o pescoço pra nos olhar, mas queria o quê? Parecia que tínhamos acabado de sair de uma guerra. A única coisa que foi dita durante o caminho foi um pedido de James.

- Meninas, será que vocês podiam me fazer um favor? – perguntou com a voz cansada.
- Se estiver ao nosso alcance. – respondemos juntas.
- Eu não queria que a Lily soubesse dessa briga, nem de nada, será que vocês podem, sabe...
- Sabemos James. – respondeu Alex – E nem precisava pedir, afinal, isso seria confessar que estávamos lá, mas a gente “não estava” e você tem que inventar logo a história.
- História? – perguntou sem entender.
- É, ou você acha que vai conseguir que a Lily não te veja até você voltar completamente ao normal? – falou Alice.
-Depois eu penso nisso. – respondeu – De qualquer modo, vocês não sabem de nada.

Nos despedimos no meio da rua e cada um foi pra sua casa ainda em silêncio, a noite foi cansativa e todo aquele plano pra nada, ninguém merece né?

Cheguei no meu quarto e apaguei na hora em que me deitei.

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(N/A: Narração de Lily)

Depois daquele episódio com o Potter, eu saí correndo pra casa, chorando (nem sei por que) de me acabar e com a cabeça tão ocupada de todo tipo de pensamentos que nem vi pra onde estava indo. Que resultou em eu me perder completamente e acabar tendo que pegar um táxi.

Cheguei em casa, descobri que as meninas ainda não tinham chegado (Mas aonde foi que elas se meteram? ) e fui direto pra o meu quarto.

Pensando melhor, foi até bom elas não terem chegado, eu estava mesmo querendo ficar um tempo sozinha, essa noite só me deixou mais confusa.

(N/A: Só pra lembrar: Lily marota é em negrito, Lily certinha é sublinhado e Lily confusa é itálico)

Você só tá confusa desse jeito por que deu ouvidos aquele tal de Ryan.

E por que ela não acreditaria? Eu bem que desconfiava do Potter, ele estava quieto de mais.
Lá vêm vocês de novo!
Que foi? Num gosta da gente?
Não é isso, é que vocês só fazem brigar e acabam me deixando mais confusa.
Se ela não se intrometesse...
Quer parar de falar igual a mim!
Pára!

Tá, eu vou botar ordem aqui, primeiro a que é contra o Potter e depois a que é a favor.
Ok, eu primeiro. Eu não gosto muito de fofocas e nem sei se o Ryan é confiável, mas nunca acreditei em uma só palavrinha do que o Potter já falou até hoje, então eu prefiro acreditar no Ryan.
Você é louca? O cara tentou agarrar ela! Acorda pra vida!! É claro que ele estava mentindo e que o Jaminho tava certo sobre ele.
Como é que você pode ter tanta certeza?
É, também quero saber.
Vocês duas pensam de mais, esse é o problema, estão fazendo tempestade em copo d`água.
Tempestade em copo d`água? Aquele cara disse que o Potter disse que ela era fácil!
E ele estava mentindo.
Prova.
A Liz também disse que ele não era boa pessoa.
Mas a Liz é super amiga do James.
E também é dela.
Mas quer ela fique com ele.
Ai Merlin, vocês nuca ajudam! Vou recorrer ao meu caderninho mesmo que é o melhor que eu faço.

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Sexta, 14 de Julho – 10:27 – Meu quarto

Caderno, (Não sei como te chamar, pois você não é um diário)

Meu encontro de hoje foi um completo fiasco. Além do Ryan se mostrar um cara realmente chato, ele tentou me agarrar a todo custo. Mas pelo menos eu o aceitei com o meu super tapa bem no meio das fuças. Que cara mais atrevido! Mas eu não estou escrevendo aqui por isso, estou escrevendo por que coisas suspeitas aconteceram hoje a noite.
Primeiro o Ryan me fala aquelas coisas e logo depois o Potter aparece no parque. Ele me disse que estava com os pais dele e os marotos lá, se isso for verdade, o casal que eu vi lá eram mesmo o Sr. e Srª. Potter, mas onde estavam os marotos? E por que quando eu o encontrei ele estava sozinho? Isso é muito suspeito, não seria a primeira vez que ele estraga um encontro meu. E lá vêm aquelas duas na minha cabeça de novo... Ah é, já ia esquecendo de falar, pra completar eu começo a dar ouvidos a duas vozes loucas da minha cabeça, céus, estou ficando louca.


Assim você ofende a gente.
Mas voltando ao assunto, ele não estragou seu encontro, ele não fez nada!

Ele pode ter enfeitiçado o Ryan.
Você é louca mesmo né? Ele não pode usar magia fora da escola, ainda não tem dezessete.
Ok, só dessa vez eu vou aceitar, ele não fez nada, mas não significa que ele não te seguiu.
Mas ele estava com os pais.
Correção, ele DISSE que estava com os pais.
Mas será que nem aqui vocês me dão sossego? Eu estou tentando raciocinar sabe.
Tá bom, a gente para.
Graças a Merlin...

Bem, continuando...
O Potter sempre dava um jeito de estragar meus encontros, ele sempre me seguia quando ía a Hogsmead com algum garoto, sempre dava um jeito de botar o cara pra correr. Mas como por algum milagre divino aquelas duas concordaram em alguma coisa, ele não fez nada dessa vez, o que não significa que eu esteja desconsiderando a idéia dele ter me seguido. Vou dar um jeito de descobrir isso mais tarde, ainda tenho que pensar no que o Ryan falou. Eu tinha que confiar mais no James, afinal, eu o conheço a mais tempo, porém, o passado o condena. O Ryan não tinha razões pra mentir sobre o Potter, mas o presente o condena. Ai Merlin, e agora? Eu acredito em quem? Eu não queria acusar ninguém injustamente.

Você já fez isso.
Pensei que vocês iam ficar quietas.
Foi só um lembrete.
Como assim eu já fiz isso?
No parque, depois que o Potter te beijou.
E que beijo... Hey! Você está concordando comigo?
Não, estou apenas relatando os fatos.

Ok, vocês têm razão. Eu acusei ele precipitadamente. Mas queriam o quê? Depois de ouvir uma coisa daquelas eu dou de cara com ele, o que eu podia fazer?

Quer mesmo que eu diga?
Nem precisa.

Eu achei que ele estava mais uma vez atrapalhando meus encontros e ao mesmo tempo não queria acreditar nisso, é confusão de mais pra uma pessoa só.


Eu acho que você devia ir dormir um pouco e pensar nisso melhor amanhã, você tá cansada, não é bom pensar desse jeito.
E não é que você fala algumas coisas úteis.
Uma pessoa precisa estar descansada pra pensar, por que acha que eu sempre durmo mais cedo em época de prova?
Retiro o que disse... Mas é melhor você descansar um pouco mesmo. Amanhã você conversa com as meninas e pensa nisso.
É... falando nisso, onde será que elas foram?

Bem caderno, eu vou aceitar o conselho dessas duas e vou descansar um pouco. Até a próxima.


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Fechei meu caderno e fui dormir, esta noite foi longa e amanhã aquelas três vão me atormentar até eu contar todos os detalhes. Curiosas...

Acordei com a campainha tocando, eram cerca de nove da manhã. Não dormi muito bem, ainda estava com um pouco de sono, mas como eu sabia que não ía conseguir dormir de novo, me levantei e fui tomar banho. Até hoje eu me assusto quando me lembro do que vi no espelho aquela manhã. Eu estava com a maior cara de derrotada do mundo. Meu cabelo tava todo desgrenhado, eu tava braça que nem papel, minhas espinhas (poucas mas eu tenho) resolveram se destacar, minhas olheiras estavam iguais as de vampiros e meu rosto tava inchado e amassado já que eu tinha acabado de acordar. Fala sério, parecia um monstro de filme de terror. Mas graças a Merlinzinho querido essa imagem sumiu depois do banho, só restaram as olheiras, mas isso se resolve com corretivo.

Depois de trocar de roupa, estava indo no meio do corredor (mais precisamente passando pela porta entreaberta do quarto de Petúnia) quando a conversa dela com alguém me chamou a atenção.

- Pois é, ele disse que o James disse que só não o arrebentou antes por que não teve chance. – ouvi a voz de uma menina vindo de dentro do quarto e me aproximei pra ouvir melhor a conversa.
- Mas por que ele bateu no seu irmão? – perguntou Petúnia.
- Vingança eu acho, o Ryan me disse que o James fez uma aposta com amigos de que conseguiria ficar com sua irmã antes dele, mas como o Ryan ganhou, ele ficou com raiva. – respondeu a menina que só podia ser a irmã do Ryan, como é mesmo o nome dela?
- Pobrezinha da minha irmã querida. – falou Petúnia ironicamente. Senti meu rosto esquentar de raiva enquanto as duas riam.
- E não parou por aí. – falou Lucy (é, eu me lembrei) – Ele me disse que o James ainda fez questão de se machucar pra dizer a ela que foi o Ryan que o bateu.
- Eu não acredito nisso. – falou Petúnia. Quer saber? Eu também não, isso só pode ser invenção, o James não ía machucar a se próprio.
¬¬ E eu achando que ele não tinha acreditado na história toda.
Coitadinho do Ryan...

Parei de escutar a conversa nesse ponto. Não, isso era de mais pra mim, além de me seguir, por que agora eu tenho certeza que ele fez isso, ele ainda teve a audácia de me apostar! Ai que idiota! Nunca mais eu quero ver o Potter na minha frente.

Desci as escadas me sentindo estranha, eu sentia como se tivesse perdido alguma coisa extremamente valiosa, sabe quando você se sente angustiado por alguma coisa que não sabe explicar? Eu estava me sentindo assim.

Cheguei na cozinha e descobri que não estava mais com fome, encontrei apenas minha mãe lá.

- Bom dia Lily. – cumprimentou minha mãe quando entrei.
- Bom dia mãe. – respondi sem ânimo. Minha mãe percebeu.
- Aconteceu alguma coisa Lily? – perguntou parando de lavar os pratos pra me olhar – você parece triste.
- Não. – menti – Aonde estão as meninas?
- Elas disseram que iam na casa da Liz. – respondeu. Ela sabia que eu estava mentindo, mas sempre respeita quando eu não quero falar alguma coisa.
- Eu vou pra lá então. – falei saindo da cozinha.
- Não vai comer? – perguntou.
- Estou sem fome, eu como mais tarde. – respondi da sala.

Saí de casa, dei a volta na cerca e toquei a campainha da casa da Liz, ela não demorou a atender e fomos direto para o quarto dela, onde Alice e Alex estavam.

- Lily! Já tava na hora de acordar né? – falou Alex quando eu entrei.
- E aí, conta logo como foi o encontro. – falou Alice.
- É isso aí, todos os mínimos detalhes, não ouse nos esconder nada. – disse Liz.
- Foi um completo desastre. – falei me jogando na cama.
- O quê?
- Como?
- Por quê? – perguntaram Alice, Liz e Alex respectivamente.
- Ele era meio chato, ficava falando sobre coisas chatas, sabe. – comecei – E depois tentou me agarrar a força.
- Que tarado! Vamos dar uma surra nele! – falou Alex revoltada.
- Alguém já fez isso, mas não foi por esse motivo. – falei com decepção na voz.
- Quem? – perguntou Alice.
- Por quê? – perguntou Alex.
- O James, por causa de uma aposta. – respondi me sentindo pior a cada segundo.
- O QUÊ!? – gritaram juntas.
- Explica logo essa história Lil. – pediu Alice.
- Eu ouvi uma conversa hoje de manhã, mas isso eu conto depois, agora eu tenho que contar o que aconteceu ontem. – falei.
- Então fala logo antes que a gente morra de curiosidade. – falou Liz.
- Ok, ontem a noite, quando o Ryan tentou me beijar ontem e não conseguiu ele me falou que o Potter falou que eu era fácil e que era louca por ele. – falei mais desanimada a cada sílaba.
- Ele não fez isso. – falou Alex – Não pode ter feito.
- Lily, você não pode acreditar assim nesse cara que você acabou de conhecer. – falou Alice.
- Eu sei, mas é que não parou por aí. – comecei.

Contei a elas sobre a conversa que escutei, mas eu achei que elas ficaram mais irritadas do que deveriam, é até normal que elas estivessem defendendo o Potter, mas daí a gritar que eu fiquei louca de acreditar nessa história, isso já é de mais, não acham?

- Tive uma idéia. – falou Alex – Vamos na casa do James e você ouve a versão dele da história.
- Eu não acho uma boa idéia. – disse Liz.
- Por quê? – perguntei, ela seria a primeira a me incentivar a isso.
- Porque... Eles saíram. – respondeu.
- Não saíram não. – falei.
- Como é que você sabe? – perguntou.
- Por que daqui dá pra ver os vultos se mexendo no quarto do James. – respondi apontando pra a janela atrás de mim.
- Ah, então eles já voltaram. – falou Alice.
- É, nós vimos eles saindo. – falou Alex. Sinto que elas estão me escondendo algo. Isso é um motivo a mais pra eu querer ir lá.
- Legal, já que eles chegaram, já podemos ir. – falei me levantando na hora e indo para a porta.
- Tá legal. – falou Liz. Mas eu percebi que ela estava meio contrariada.

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(N/A: Narração de James)

Voltamos pra casa ontem a noite totalmente em silêncio e foi cada um para o seu quarto, é claro que eu tomei um banho antes, afinal, eu estava acabado. Todo cortado, descabelado, dolorido, sujo de poeira e um pouco de sangue que escorreu da boca.

Dormi na mesma hora em que deitei e acho que só acordei na manhã seguinte por que minha mãe me ver. Ainda bem que ela não me deu muita bronca, acho que Sirius já tinha explicado a ela o que aconteceu, manteiga derretida do jeito que ela é, deve ter ficado com pena. Ela foi lá ver quais poções eu precisava pra ficar inteiro mais uma vez e saiu logo em seguida para ir comprar os ingredientes, ela é uma preparadora de porções excelente, pena que não possa dizer o mesmo de mim.

Sabe que até estou vendo vantagens em ter levado essa surra. Estou recebendo um tratamento especial aqui, com direito a café na cama e tudo mais. Os marotos ficaram aqui me fazendo companhia a manhã inteira (não fizeram mais que a obrigação), é uma pena eu não poder sair na rua, estava um sábado realmente maravilhoso e seria perfeito para adiantar a segunda parte do plano de Liz.

Estávamos discutindo sobre a briga quando ouvimos a campainha tocar e segundos depois, Xipus (N/A: Ridículo, eu sei) , meu elfo doméstico, entrou no quarto anunciando que Lily, Alice, Liz e Alex se encontravam na sala e se deveria manda-las subir. Mas ele mal havia acabado de falar e Lily invadiu o quarto seguida das outras três que nos olhavam com cara de quem pedia desculpas.

- Potter, você vai ter que me explicar agora o qu... – ela já entrou falando alto e em tom imperativo, mas parou depois de me olhar melhor.

Só pra vocês saberem: eu estava deitado na minha cama, todo roxo, meio inchado e ainda com alguns cortes. Ninguém merece ser visto desse jeito pela garota por quem você é apaixonado, especialmente quando ela não sabe e nem pode saber por que você está assim.

- Potter, o que aconteceu com você? – perguntou em tom desconfiado se aproximando de mim.
- Ah, isso foi só... Um acidente de quadribol. Eu estava jogando ontem com o Sirius e ele acabou acertando o meu rosto com o bastão e eu caí da vassoura em cima de uma cadeira. Sorte que estava baixo. – respondi. Ainda bem que eu tenho esse dom de inventar histórias de última hora. Será que ela acreditou?
- E você ficou. Nesse estado. Só por causa disso? – perguntou pausadamente.
- Foi. – respondi na cara mais lisa que consegui.
- E o Remo? – perguntou desviando o olhar para ele que também ainda estava com seqüelas da noite passada. Remo ía responder, mas como eu sabia que ele ia gaguejar e estragar minha mentira, resolvi responder por ele.
- É que eu escorreguei na escada ontem e acabei caindo por cima do Aluado. – respondi.
- Exatamente. – confirmou Remo.
- Sei... E... Isso foi antes ou depois do quadribol? – perguntou olhando de mim para Remo e de volta para mi. Alguém mais acha que ela tem vocação para trabalhar no FBI?
- Antes. – respondi – E por que esse questionário todo? – As meninas (que estavam atrás de Lily) trocaram olhares apreensivos.
- E se eu lhe disser Potter, que a sua história não me convenceu e que por essa razão eu resolvi acreditar em uma segunda versão dela. – ela disse isso com um tom estranho, parecia raiva, mas eu sabia que não era. Seria... mágoa? Mas por quê?
- Eu te direi com toda a sinceridade que não sei do que está falando. – respondi sinceramente. Acho que estou prestes a descobrir o motivo daquela troca de olhares.
- Não seja cínico Potter! - falou alterando um pouco a voz - Você sabe exatamente do que estou falando!
- Não, eu não sei. – falei o mais calmo que consegui.
- Eu acho que é nessa hora que a gente sai. – falou Liz se dirigindo rapidamente à porta e sendo seguida por todos os outros que estavam no quarto. Mas eu tenho certeza e me jogo dessa janela agora se eles não estiverem brigando silenciosamente pra ver quem vai escutar pela fechadura.
- Muito bem Evans, me conte a sua versão da história. – pedi a encarando.
- Vamos parar com a encenação Potter, eu quero saber exatamente por que você fez aquilo. – falou no tom mais imperativo que eu já a vi usar (e olha que ela usa muito) – E exijo a verdade.
- Amada Evans, se você me dissesse o que eu fiz eu poderia te dar uma resposta, caso contrário, lamento dizer que isso será impossível. – respondi fingindo estar calmo. MAS QUE DIABOS DISSERAM A ELA?!


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(N/A: Narração de Lily)

Atravessamos a rua, tocamos a campainha da casa de James e rapidamente um elfo doméstico nos atendeu, eu o pedi para avisar a James que estávamos lá e assim que ele desapareceu eu comecei a subir as escadas, como eu não dei opção, as meninas me seguiram.

Já cheguei ao quarto de James dando uma bronca nele, esperava encontra-lo se divertindo com os marotos, mas ele estava deitado na cama totalmente arrebentado e fez uma cara hilária de pânico quando eu entrei no quarto. Imediatamente as palavras de Petúnia e Lucy ecoaram na minha cabeça.

“Ele me disse que o James ainda fez questão de se machucar pra dizer a ela que foi o Ryan que o bateu.”

Comecei imediatamente a fazer um enorme interrogatório, no que ele está me saindo um cínico de primeira classe. Eu não acredito que eu cheguei a cogitar dar uma chance a esse cara.

- Pare de me enrolar Potter, você não está nada convincente. - falei já perdendo o restinho de paciência que me restava.
- Você vai me falar o que te disseram ou não? - perguntou na cara de pau. Hump, como se ele não soubesse.
- Ok, então já que você quer pelo jeito mais difícil eu vou te contar.- comecei - Eu sei que você bateu no Ryan ontem por que fez uma apostinha idiota com seus amigos e perdeu. - o tom da minha voz subia a cada sílaba.Eu estava com muita vontade chorar, mas eu não ía fazer isso na frente dele - Você acha que pode brincar com as pessoas desse jeito? Eu sabia que não devia acreditar em uma palavra do que você diz.
- E você nem ao menos se deu ao trabalho de pensar se isso seria verdade não é? Já foi logo me acusando como fez ontem. Sabe Evans, parques são públicos, todos têm o direito de andar por lá e quer saber do que mais? Eu não estou nem aí pra se você pensa que eu estou mentindo. - eu não sei o que ele tinha. Ele nunca falou desse jeito comigo, não tinha raiva na voz dele, era decepção - Você acha que é a dona da verdade só por que é uma cdf que nunca quebrou uma regra na vida, mas eu tenho uma novidade: VOCÊ NÃO É! - o rosto dele estava vermelho – Você é uma patricinha mimada, isso sim.
- E quem é você pra me chamar de mimada? Logo você? O Sr. Perfeito Potter? Não me venha com sermões de moral Potter, você não sabe de nada, como você espera que eu confie em você depois de tanto tempo arruinando meus encontros? - retruquei quase aos berros.Só não gritei mesmo por que minha educação não permite.
- Ah claro, então por que não volta pra o seu querido Ryan? Acredito que ele ainda queira te dar uns pegas! - juro que só não o bati por que ele já estava muito machucado.
- EU TE ODEIO POTTER! - é, esqueci da minha educação.
- Me conta uma novidade Evans. - respondeu olhando pra o lado.

Como eu sabia que se não saísse de lá depressa ía chorar na frente dele, saí do quarto batendo a porta (consequentemente derrubei todos que estavam escutando atrás dela). E bati mesmo, que se dane a educação! Eu tô com raiva!!! Não queria voltar pra casa por que ía ter que responder um interrogatório do meu pai, por que ele não é igual a minha mãe que entende quando eu não estou a fim de falar, então resolvi ir para uma praça longe do condomínio.

Eu precisava pensar, e sozinha, melhor eu ir pra algum lugar mais afastado, eles vão me achar muito facilmente aqui.

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(N/A: Narração de James)

Lílian saiu do meu quarto batendo a porta, ela estava a beira das lágrimas (que eu percebi sim), não sei se de ódio ou tristeza, não importava, qualquer um dos dois me deixava péssimo por saber que eu causei isso. Eu sei que não devia ter falado com ela daquele jeito, mas o que mais eu podia fazer? Ela me tirou do sério! Chegou aqui me fazendo acusação atrás de acusação, não deu ouvidos a uma única palavra do que eu disse. Isso é injusto! Por que Merlin? Eu volto a te fazer pela enésima vez a mesma pergunta. Por que de todas as garotas do mundo, eu tinha que me apaixonar exatamente pela Lílian? Aquela cabeça dura que é a única que não percebe o que eu realmente sinto por ela.

- Pontas? – chamou Aluado da porta receoso. Todos os outros estavam mais atrás dele. Eles sempre ficam com o pé atrás quando eu brigo realmente feio com a Lily.
- Podem entrar, eu juro que não vou morder. – respondi sem graça.
- Nem dar coices? – perguntou Almofadinhas divertido. Ele nunca pára de soltar piadinha, seja qual for a situação.
- Nem coices Almofadinhas, entrem logo. – falei com um meio sorriso. Eles entraram se acomodaram pelo quarto.
- Você está bem? – perguntou Liz que se sentou na minha cama junto com Alice.
- Eu me recupero. – respondi olhando para o lado.
- Disso eu sei, quero saber agora. – insistiu.
- Você ainda pergunta. – respondi me deitando e fechando os olhos – Acho que vou desistir, é impossível, quando eu estava mais perto do que nunca, voltamos pra estaca zero. – falei cansado esfregando os olhos, devo ressaltar que isso doeu, pois eu me esqueci que o mesmo ainda estava machucado.
- Acho que já escutei isso uma vez... – disse Liz – Ou terá sido duas? – perguntou olhando para Almofadinhas.
- Acho que foram cinco... – ele entrou na brincadeira – Não! Dez.
- Vocês estão errados. – falou Rabicho – Devem ter sido umas cem.
- Ainda acho que não Rabicho. – comentou Aluado – Já foram pelo menos três mil.
- Até tu Aluado? – perguntei fingindo indignação. Todos riram – Mas sério, será que vale mesmo a pena tudo isso? Quer dizer, já estou tentado há anos e nada! – desabafei um pouco frustrado.
- Que é isso Pontas? Assim você nos ofende! – falou Almofadinhas – Você é um maroto ou não?
- É isso aí Pontas, para os marotos, nada é impossível. – completou Aluado.
- E ainda tem o sangue de Potter, cadê a insistência até a morte? – perguntou Liz.
- Tá legal, vocês venceram. – falei me animando momentaneamente, mas a animação se esvaiu quando me lembrei dos olhos marejados de Lily pouco antes de sair. – Será que ela está muito magoada?
- Deve estar. – respondeu Alice – Ela nunca admitiu, mas tudo que você diz a afeta muito. – completou. Eu baixei os olhos arrependido de ter dito aquelas coisas todas.
- Não seria melhor vocês irem atrás dela? – perguntei.
- Talvez, mas conhecendo a Lil como nós conhecemos, ela deve ter se escondido em algum lugar que não vamos encontrar. – respondeu Alex.
- Ela tem razão. – falou Alice – Quando Lily quer, Lily some. – Eu fiquei me sentindo ainda pior.
- Hey! Não se culpe tanto. – falou Liz colocando a mão no meu ombro.
- É Pontas, a Lily também te falou um bocado de ofensas. – falou Rabicho.
- Eu sei, mas é que... Não dá pra evitar me preocupar. – comecei a desabafar outra vez – Eu preferia receber uma dezena de cruciatus à saber que ela está por aí sozinha e chorando. E por minha causa.
- Galera, nossa amigo está na fossa. – falou Alex – Mas nós sabemos exatamente como amenizar a situação.
- Como? – perguntou Rabicho.
- Vocês verão. – respondeu Alice – Nos dêem... – falou consultando o relógio – trinta minutos e estaremos de volta com a solução.
- Vocês estão pensando no mesmo que eu? – perguntou Liz.
- Exatamente nisso. E por acaso existe remédio melhor pra fossa? – perguntou Alex.
- Claro que não. – respondeu Liz.
- Vocês vão contratar stripers? – perguntou Almofadinhas esperançoso. Todos o olhamos abismados. – Que foi? Tem remédio melhor pra esquecer mulher do que outra? – perguntou sem entender por que o olhávamos daquele jeito. As garotas balançaram a cabeça negativamente.
- Galinha. – disse Liz.
- Safado. – falou Alex.
- Cafajeste. – completou Alice.
- Almofadinhas, acho melhor você ficar calado. – comentei.
- Bem, nós vamos andando, voltamos já. – disseram antes de se retirar do quarto.
- Essa foi a mais feia de todas, cara. – falou Almofadinhas depois que elas saíram. – Acho que nunca vi a Evans tão irritada, ela saiu batendo as portas e tudo mais...
- A Lily está apenas confusa, ela não sabe em quem acreditar. – falou Remo.
- Mas devia saber. – resmunguei emburrado.


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(N/A: Narração de Lily)

Saí andando meio que sem rumo, andar também ajuda a pensar direito, coisa que estava muito difícil agora por causa da minha irritação.

Tem certeza que é irritação?
E o que mais seria?
Ah não, vocês de novo!
Hey! A gente está tentando ajudar.
Ok, desculpa. Mas é que vocês me enlouquecem.
Tá legal, vamos embora então Lily chata.
Eu não sou chata!
Já vão brigar de novo? Pensei que estivessem aqui pra me ajudar a chegar a uma conclusão.
Tudo bem querida, diga-nos a sua dúvida.
E ainda diz que é a inteligente... Você não presta atenção no que acontece não?
Ignore o comentário, conte tudo.
Mais uma vez eu não sei em quem acreditar, eu não sei se o Ryan é confiável, mas ao mesmo tempo nunca confiei no Potter, isso é tão confuso... E aquelas desculpas que ele ficou me dando, dizendo que caiu da vassoura? Que coisa mais absurda, tava na cara que era mentira.
O Potter é mesmo um idiota!
Vocês duas já pararam para pensar que ele pode ter seus motivos pessoais pra não nos dizer o que realmente aconteceu?
Não.
Foi o que eu imaginava...
E que motivos seriam esses?
Eu não sei.
Então temos a prova! Se ele não quer contar é porque não foi coisa boa, a história do Ryan é verdadeira.
Aí Merlin, eu só não desisto de vocês por causa do James...
Então por que mais seria?
Como é que eu vou saber? Talvez tenha sido algo vergonhoso...
Como bater em alguém?
Claro que não! Eu confio inteiramente no Jaminho.
Por quê?
Porque ele é tããããão fofo...
Merlin! Ela está completamente apaixonada pelo Potter!! Será que isso tem concerto?
Ahá! Então você admite??
Admite o quê?
Que você está completamente apaixonada pelo James.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Você tá brincando né?

Não, isso é mais do que sério.
Como assim você não está brincando? Então você pirou de vez.
Não, eu estou apenas repetindo as palavras da nossa querida amiga.
Mas eu disse que VOCÊ está completamente apaixonada pelo Potter, não eu!
E considerando que eu sou uma parte de você e que esta parte está apaixonada pelo James, então um terço de VOCÊ ama o Jaminho.
Sabe que eu não tinha pensado desse jeito...
Você vai dar ouvidos a ela? Ficou louca?
Merlin! Será que eu estou mesmo me apaixonando pelo Potter?
Você perdeu a razão?
Não, ela está começando a entender...

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(N/A: Narração de Liz)

Saímos da casa de James para ir até o mercado mais próximo comprar o melhor remédio pra fossa de todo o mundo: sorvete. Compramos seis potes, é isso aí que você leu, SEIS. E isso por que Alex e Alice vivem de regime.

Voltamos olhando para os lado à procura de Lily, mas nem sinal dela. Chagando à casa de James entregamos um pote a cada um (exceto Alice e Alex, que dividiram um), guardamos o da Lily (claro que ela vai precisar de um também) e ficamos um bom tempo comendo e ouvindo James colocar tudo pra fora, ele se sentiu tão melhor depois... Não falei que dava certo.

Passamos quase o reto do dia lá, almoçamos e tudo. Quando eram umas três horas da tarde é que vimos Lily voltando para casa, mas resolvemos esperar um pouco para aparecer por lá.

Ah, a essas horas o estado do James já estava bem melhor, a mãe dele voltou um pouco depois do almoço e deu a ele meia dúzia de porções e a maioria dos corte e hematomas desapareceu na mesma hora, com magia é tudo tão mais fácil...

Acabado o nosso trabalho com James, fomos para a casa da Lily, com certeza ela estava precisando de nós.

E eu estava certa, quando chegamos ao quarto de Lily, ela estava com a cara enterrada no travesseiro, as cortinhas fechadas deixando o quarto escuro e estava escutando músicas tristes. Ela sempre faz isso quando tá deprê.

- Lily? – chamou Alex da porta. Ela disse alguma coisa que foi abafada pelo travesseiro.
- Como você tá Lily? – perguntou Alice entrando no quarto e sentando ao lado de Lily na cama. Nós fizemos o mesmo.
- Eu to legal. – eu acho que foi isso que ela respondeu.
- Olha, a gente trouxe uma coisa pra você. –falei colocando pote de sorvete com uma colher do lado dela. Ela levantou a cabeça para olhar o que era e deu um fraco sorriso logo em seguida.
- Obrigada. – falou se sentando para abrir o pote. Nós abrimos o que restou dos nossos.
- Vai fundo Lily. Solta tudo. – disse Alice.

Ela começou a falar por onde ela tinha andado e tudo que estava pensando. Eu percebi que ela não estava apenas irritada com James, ela estava decepcionada com o que “ele fez” e magoada com o que ele disse. Por que será que o James não conta logo o que aconteceu? Poderia evitar boa parte de tudo isso que está acontecendo.

Lily terminou o desabafo dizendo que a gente nem precisa opinar, por que ela já sabia exatamente o que nós íamos falar e por que já tinha sido difícil o suficiente se acalmar depois de tudo aquilo e ela não queria começar outra discussão.

- Dia estranho esse. Não acham? – comentou Alex.
- É... – concordei – Vocês já arrumaram as malas?
- Pra quê? – perguntou Lily.
- Como assim PRA QUÊ? – gritei a última parte – NÃO ME DIGAM QUE VOCÊS ESQUECERAM!
- Ai Merlin, a praia! – disse Lily – Desculpa Liz, é que desde de sexta que eu to com a cabeça tão cheia que...
- Eu sei Lily, você está perdoada. Mas vocês não! – falei para Alice e Alex.
- Calma aí. – falou Alex – A gente ainda tem a tarde inteira e a noite.
- É Liz, não precisa disso tudo. – falou Alice.
- Eu sei. – falei – Mas é legal ver a cara de culpa de vocês quando esquecem de alguma coisa. – todas rimos.
- Então, vamos começar. – falou Lily pulando da cama animada. Missão cumprida.
- Tá, também tenho que arrumar a minha. – falei – Vejo vocês amanhã bem cedo, ok?
- Tudo certo. – responderam.

Saí da casa de Lily e voltei para a minha, amanhã vai ser um dia bem cheio... Imagina se a Lily se quer desconfiasse da parte dois do plano...

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